OPINIÃO: Não vai ter Copa?

Por MENELAU JÚNIOR

Já se espalha pela internet e pelas ruas do Brasil um movimento que promete impedir a realização de alguns jogos da Copa do Mundo. Intitulado de “Não vai ter Copa”, o movimento conta principalmente com a participação de estudantes do ensino médio e de universidades públicas. Ah, e com os “black blocs”, claro.

Semana passada, o site Congresso em Foco divulgou que mais de 80% dos gastos com a Copa estão saindo de onde qualquer cidadão não alienado pelo petismo sabia: dos cofres públicos. E já tem até analista político – devidamente financiado pelo petismo – dizendo que a quebradeira promovida contra a Copa pelos manifestantes é obra do PSDB e de Eduardo.

A verdade é que movimentos como o “Não vai ter Copa” não ajudam em nada. Há muitos brasileiros injuriados – com razão – com os gastos por causa do Mundial. Mas ir às ruas, promover rolezinhos, queimar ônibus, depredar bancos e incitar “movimentos sociais” não ajuda em nada. Não é mais a hora de reclamar da Copa.

O Brasil teve sete anos para se preparar. E os mesmos descerebrados que agora quebram tudo para que não haja Copa foram às ruas comemorar quando Lula moveu céus e terra para que o Brasil trouxesse a Copa. Sim, senhores, Lula quis o circo no lugar de educação, hospitais, infraestrutura, transporte público. Lula quis o circo e, como palhaços, comemoramos. Agora não é mais a hora de quebrar tudo. Aceitemos a Copa e permitamos que todos se divirtam no circo comprado pelo Lula.

“A gente não ataca a pessoa, o trabalhador, o manifestante. Se é para quebrar alguma coisa, é a propriedade do Estado que não nos representa, ou só representa uma parcela pequena da população e oprime a maior parte. A gente quebra um banco, que não nos representa também”, disse um “ativista” do “Não vai ter Copa”.

Em 2016, teremos as Olimpíadas. A dois anos do evento, não temos nada pronto – muito pelo contrário, tudo está atrasado. É mais um legado que o senhor Luiz Inácio deixou para o país. Mas promover baderna, quebradeira e vandalismo para protestar é apenas violência pela violência. Curiosamente, são os mesmos defensores do lulismo que agora criticam a polícia quando esta precisa ser enérgica para impedir os “militontos” de quebrarem tudo pela frente. Se há sete anos comemoramos o circo; agora, é hora de sentar no picadeiro e assistir ao show.

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Menelau Júnior é professor de língua portuguesa. Escreve para o blog todas as quintas-feiras. E-mail: menelaujr@uol.com.br

Jarbas desiste do Senado e indica Raul Henry para vice

Do PE247

O senador Jarbas Vasconcelos (PMDB-PE) anunciou, por meio de nota, que não irá concorrer à reeleição nas próximas eleições. Jarbas estava cotado para ser candidato à reeleição em uma chapa encabeçada pelo PSB, após o reatamento das relações entre ele e o governador e presidenciável Eduardo Campos. O senador ainda não definiu se será ou não candidato à Câmara Federal.

Na nota, o parlamentar indica o nome do deputado federal Raul Henry para compor a chapa majoritária da Frente Popular (união de partidos que dão sustentação ao governo de Eduardo Campos). A indicação praticamente define que o PMDB será o indicado por Campos para ocupar a vaga de vice na chapa socialista que irá disputar o Governo do Estado.

Jarbas e Campos tiveram um encontro reservado no último final de semana para discutirem o cenário eleitoral deste ano. Na ocasião, Campos teria deixado claro que Jarbas poderia ser o candidato ao Senado, caso o parlamentar assim desejasse. Apesar do apoio mútuo, Jarbas acabou por declinar da possibilidade. “Amadureci uma decisão que quero comunicar publicamente ao povo de Pernambuco: não disputarei a reeleição para o Senado Federal. Já comuniquei essa posição ao meu partido e ao governador Eduardo Campos. Sendo assim, com minha saída da disputa senatorial, o PMDB sugere o nome do deputado federal Raul Henry para representar o partido na chapa majoritária da Frente Popular, contribuindo para esse movimento de renovação desejado pelos brasileiros”, disse em nota.

As especulações, contudo, há algum tempo já apontavam que o senador poderia abrir mão de disputar a reeleição e tentar uma vaga na Câmara Federal. O futuro político de Jarbas, contudo, ainda não estaria definido. Em seu comunicado, ele disse apenas que não irá deixar de contribuir com o Brasil. “Pretendo continuar na vida pública, dando minha contribuição para as práticas, as teses e os pensamentos que considero os mais adequados para colocar o Brasil entre as nações mais prósperas do mundo”, escreveu.

O presidente estadual do PMDB, Dorany Sampaio, lamentou a desistência de Jarbas em disputar a reeleição para o Senado, mas disse que a decisão foi tomada de forma pensada e que ela será respeitada. “Lamento a perda para o Senado e também para o país. Jarbas é um político de peso, um dos nomes mais importantes do Congresso. Mas ele tem todo o direito de seguir o seu rumo pessoal e também político”, afirmou.

Sobre a indicação do deputado Raul Henry para ser o vice na chapa encabeçada pelo PSB, Dorany disse que este fato também foi discutido e que a defesa em torno do nome do parlamentar para compor a chapa majoritária que está sendo gerida pelo governador Eduardo Campos foi tomada de comum acordo com a direção estadual do PMDB em Pernambuco. “Esta é uma decisão tomada após muita discussão, muito debate. E, agora, estamos fechados em torno da indicação de Henry para ocupar a vaga de vice”, assegurou.