Paulo Câmara discute propostas do Projeto PE 2035

O governador eleito Paulo Câmara se reuniu na manhã desta terça-feira  (11) com os coordenadores do Projeto “Pernambuco 2035”. Ao lado de Cecília Wanderley, uma das suas coordenadoras da transição governamental, Paulo conversou por duas horas com os consultores Tânia Bacelar, Sérgio Buarque, Francisco Cunha e Alexandre Mattos. Ele se atualizou sobre o andamento do “PE 2035”, lançado pelo então governador Eduardo Campos em junho de 2013 e que teve sua primeira etapa pública no último mês de abril.

“Pernambuco 2035” é uma iniciativa conjunta do Governo de Pernambuco, com coordenação executiva da Secretaria Executiva de Desenvolvimento do Modelo de Gestão, e do Movimento Brasil Competitivo, para a formulação de um Plano Estratégico de Desenvolvimento de Longo Prazo que prepare o estado para os desafios do futuro, envolvendo a sociedade no projeto de construção de um Estado próspero, inclusivo e sustentável.

Paulo Câmara disse considerar fundamental que Pernambuco tenha um planejamento de longo prazo, que permita ao Estado manter o atual ciclo de desenvolvimento, tornando ele sustentável, ao mesmo tempo em que supere a agenda do século 20 e abra o caminho para a agenda do século 21.

“Vamos continuar melhorando a vida das pessoas, com Educação, Saúde, Segurança, Infraestrutura, levando a prosperidade a todas as regiões”, disse Paulo. O governador eleito destacou que esse esforço de planejamento vai dotar o Estado de um conjunto de propostas e projetos capazes de assegurar as transformações que Pernambuco ainda necessita.

Bairros de Caruaru sem abastecimento de água

A compesa informou por meio de nota, que devido à execução de um serviço de desvio de uma rede de 250 mm, os bairros Inocoop, Cedro, Monte Sinai e parte do Bairro Indianópolis estão sem abastecimento.

A rede, que sai da Estação de Tratamento de Água localizada no Bairro do Salgado, estava passando por um terreno particular. O proprietário deste terreno está fazendo uma obra no local, o que impossibilitaria a Compesa de realizar serviços como consertos de vazamentos e estouramentos.

A previsão é que o serviço de desvio da rede seja finalizado quinta-feira (13). Após isso, o abastecimento será normalizado, gradativamente.

LOA será debatida em audiência nesta quarta

A audiência pública solicitada pelo vereador Lula Tôrres (PR), presidente da Comissão de Finanças e Orçamento do Poder Legislativo, sobre a Lei Orçamentária Anual – LOA, está marcada para esta quarta-feira (12) às 10h no plenário da Câmara Municipal de Caruaru.

A audiência deverá ter a participação do contabilista Bernardo Barbosa e do secretário de Planejamento e Gestão da Prefeitura Municipal de Caruaru, Kleber Macedo Leite, além dos edis da Casa.

Informe Guanabara Comunicação/AscomCâmara

Youssef diz que outro doleiro distribuía propina

Em depoimento à Justiça Federal, em Curitiba, o doleiro Alberto Youssef disse que mantinha uma conta bancária conjunta com o ex-deputado paranaense José Janene, morto em 2010. Ex-líder do PP na Câmara, Janene era um dos réus do mensalão no Supremo Tribunal Federal e foi responsável pela indicação de Paulo Roberto Costa para a diretoria de Abastecimento da Petrobras.

De acordo com o jornal O Estado de S. Paulo, Janene determinava o pagamento de propina a agentes políticos e públicos. Youssef contou que recorria a outro doleiro em Brasília para fazer os repasses de dinheiro: Carlos Habib Chater, dono de postos de combustíveis na capital federal. Chater também foi preso na Operação Lava Jato. A maior parte do recurso, segundo ele, vinha do caixa de empreiteiras.

Segundo o jornal O Globo, em depoimento também prestado ontem em Curitiba, Chater negou atuar como doleiro ou entregar dinheiro a políticos a pedido de Youssef. Ele disse que repassava valores para motoristas e contas indicadas pelo amigo. Congresso em Foco

Regulamentação de Lei sobre trabalho escravo é aprovada

A Comissão Mista de Consolidação das Leis e Regulamentação da Constituição aprovou nesta terça-feira (11) relatório do senador Romero Jucá (PMDB-RR) sobre as emendas apresentadas por senadores ao projeto que regulamenta a Emenda Constitucional do Trabalho Escravo (EC 81). Das 55 emendas, foram acatadas 29. O projeto (PLS 432/2013), agora, voltará para o Senado, que tomará uma decisão final sobre manter ou não as emendas.
O texto prevê a expropriação de terras onde se verifique trabalho escravo. A votação vinha sendo adiada desde junho, quando foi apresentado pedido de vista coletiva.

Uma das questões polêmicas era o conceito de trabalho escravo. Muitas emendas pretendiam incluir a jornada exaustiva e as condições degradantes na caracterização, como ocorre no Código Penal, na definição do crime de “redução a condição análoga à de escravo” (art. 149).

O relator, no entanto, rejeitou as alterações. Para ele, os dois conceitos são abertos e subjetivos, por isso não é recomendável incluí-los na lei.

– Uma coisa é trabalho escravo. Outra coisa é algum tipo de irregularidade trabalhista, que não pode ser punida como trabalho escravo. Agora o trabalho escravo é punido com a expropriação do bem – lembrou.

Com isso, foi mantida a definição já presente no projeto, que considera para a caracterização do trabalho escravo a submissão a trabalho forçado, sob ameaça de punição, com uso de coação ou com restrição da liberdade pessoal. Além disso, são citados a retenção no local de trabalho; a vigilância ostensiva e apropriação de documentos do trabalhador; e a restrição da locomoção em razão de dívida contraída com o empregador ou representante.

Mudanças

Entre as modificações acatadas pelo autor está a retirada da necessidade de trânsito em julgado da ação penal como condição para a ação de expropriação. Além disso, o relator aceitou incluir no texto a possibilidade de imóvel registrado em nome de pessoa jurídica ser expropriado.

Também em razão do acolhimento de emendas de Plenário, o texto estabelece que os bens apreendidos em decorrência da exploração de trabalho escravo sejam revertidos ao Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT). No projeto original, os bens iriam para um fundo específico de combate ao trabalho escravo.

Além disso, o relator deixou claro no texto que estão sujeitos à expropriação os imóveis onde houver exploração de trabalho escravo diretamente pelo proprietário. A mudança tem o objetivo de resguardar, por exemplo, o dono de imóvel alugado em que o locatário é o responsável pela prática.

O texto também foi modificado para prever que o proprietário não poderá alegar desconhecimento da exploração de trabalho escravo por seus representantes, dirigentes ou administradores. Além disso, o relator incluiu artigo que proíbe a inscrição de acusados de exploração de trabalho escravo em cadastros públicos sobre o tema antes que a ação transite em julgado.

Câmara aprova divisão do ICMS de comércio eletrônico

Após mais de três anos de negociações, a Câmara dos Deputados aprovou nesta terça (11), a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 197/12, que altera a sistemática de cobrança do Imposto sobre Circulação de Mercadorias Prestações de Serviços (ICMS) incidente sobre compras feitas pela Internet ou pelo telefone, a chamada PEC do Comércio Eletrônico.

A proposta, aprovada por 337 votos a 3, em primeiro turno, pretende combater a chamada guerra tributária entre os estados de origem e de destinação de produtos. Pelo texto aprovado, os estados de destino da mercadoria ou do serviço terão direito a participação na distribuição do imposto do produto no caso de compras de comércio eletrônico feitas por pessoa física. O imposto será dividido entre o estado em que mora o comprador e aquele em que está instalada a sede da loja online. A PEC ainda precisa passar por uma votação em segundo turno para que as novas regras comecem a valer.

Para o relator da proposta, deputado Márcio Macêdo (PT-SE), a aprovação representa um passo na direção de uma reforma tributária no país. Atualmente, os estados de origem ficam com todo o montante aplicado na alíquota do imposto. “Estamos buscando um equilíbrio fiscal sem que São Paulo pague a conta disso, com um processo escalonado, em que o Brasil inteiro vai ser beneficiado”, disse.

Com a aprovação, a modificação na cobrança será feita de maneira gradual para que ao fim de 2019, a divisão do imposto ficará semelhante ao dos produtos do comércio geral.

Pela regra de transição, em 2015, 20% ficam para o estado de destino e 80% para o estado de origem; em 2016, serão 40% para o estado de destino e 60% para o estado de origem; em 2017, 60% para o estado de destino e 40% para o estado de origem; em 2018: 80% para o estado de destino e 20% para o estado de origem; e, a partir de 2019, 100% para o estado de destino. As novas regras começam a valer após o período de 90 dias, contados a partir do dia 1º de janeiro de 2015.

Antes da votação, deputados do Paraná tentaram evitar a votação, sob o argumento de que o texto prejudicaria o estado, nas compras governamentais feitas por meio de pregão eletrônico.

Eles chegaram a propor a adoção de um texto substitutivo (PEC 397/14)de autoria do deputado Alex Canziani (PTB-PR), determinando que no caso de compras públicas não haverá repartição do imposto.

Após mediação do presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), ficou definida a criação de uma comissão especial para mediar um acordo com o governo. “Vamos todos sentar à mesa e mostrar sinceridade na busca do consenso”, disse Alves.

Os parlamentares decidiram pela criação de uma comissão especial para analisar o pleito, antes da votação do texto em segundo turno, na próxima semana.

“A ideia é que Vossa Excelência[Alves] seja o fiador da proposta de que vamos analisar o caso [para chegar a um acordo e seguirmos para votar a PEC no segundo turno”, disse o líder do governo, deputado Henrique Fontana (PT-RS), que se comprometeu a chamar o Ministério da Fazenda para mediar uma nova proposta que contemple a bancada do Paraná.

Do Congresso em Foco

Paulo Câmara terá audiência com José Queiroz

Na próxima quinta, 13, às 15h30, no Escritório da Transição, no Recife, o governador eleito, Paulo Câmara, concederá audiência ao Prefeito José Queiroz. Será o primeiro encontro formal das duas autoridades após a vitória eleitoral do jovem executivo, indicado candidato ao Governo Estadual por Eduardo Campos.

A pauta da reunião inclui temas gerais de Caruaru, como os investimentos estaduais na cidade, a Feira da Sulanca e as primeiras entregas de obras e serviços do Governo do Estado, bem como a continuidade de ações conjuntas, algumas iniciadas pelo ex-governador.

O governador eleito receberá do prefeito a garantia da participação do Município nas mais diversas iniciativas do Estado e verá consolidada a presença do correligionário, agora na condição de parceiro administrativo de primeira hora durante o governo a se iniciar em janeiro próximo.