Corpo de ex-deputado Pedro Eugênio será velado no Morada da Paz

Do Blog da Folha

A presidente estadual do PT, a deputada Teresa Leitão, informou que o corpo do ex-deputado federal Pedro Eugênio (PT) será velado no cemitério Morada da Paz, em Paulista, na Região Metropolitana do Recife. O velório deve ter início ainda na noite desta terça-feira (21) e segue até a manhã desta quarta (22). Em seguida, o corpo será cremado, às 11h, em cerimônia particular.

A previsão é que o corpo do ex-deputado chegue, de São Paulo, por volta das 20h. Chegando no aeroporto, segue direto para o Morada da Paz.

Pedro Eugênio morreu na noite dessa segunda-feira (20), aos 66 anos, em virtude de complicações após uma cirurgia cardíaca. O petista realizou exames em janeiro e detectaram que ele precisava fazer uma operação. Desde então, o ex-parlamentar continuou sob cuidados médicos. No dia 2 de abril, ele foi submetido a uma nova cirurgia. Ele estava internado no Hospital São José, que faz parte do complexo da Beneficência Portuguesa, em São Paulo, no mesmo local do deputado estadual Manoel Santos (PT), que faleceu no domingo (19), vítima de câncer no esôfago.

“Ele tinha retornado à UTI na semana passada, tinha feito duas intervenções cirúrgicas. Eu estive com os dois (Pedro Eugênio e Manoel Santos) há pouco tempo, a situação tinha ficado difícil, mas eu estava confiante que eles iriam se recuperar”, lamentou o vice-presidente estadual do PT, Bruno Ribeiro.

Dicas para sair do sufoco e colocar as contas em dia

Uma vez inadimplente, é difícil recuperar o seu crédito. Para ser mais exato, no caso do consumidor brasileiro, demora-se cerca de dois anos para deixar de ter o nome sujo. Segundo pesquisa do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e do portal Meu Bolso Feliz, além de demorar para conseguir limpar o nome, o inadimplente normalmente tem suas dívidas distribuídas em quase quatro empresas diferentes – a maioria adquirida por meio do cartão de crédito e de lojas, formando um débito total junto às empresas credoras que ultrapassa R$21 mil.

Ainda segundo a pesquisa, as dívidas dos brasileiros, embutidas as multas e as taxas cobradas pelo atraso chegam a um valor final até 70% maior do que o inicial. Avaliando este cenário, é importante entender quais os motivos que levaram a entrar na dívida e, mais do que isso, procurar a melhor maneira de quitá-la.

Quase metade dos consumidores entre inadimplentes e ex-inadimplentes ouvidos na pesquisa afirmam que a falta de planejamento no orçamento pessoal é a principal razão para não pagar as contas.

O passo a passo para acabar com a dívida

Um grande problema enfrentado pelos entrevistados na hora de quitar sua dívida é encontrar a melhor maneira de eliminar a pendência. “Esta é a hora de renegociar o que deve e, talvez, buscar um empréstimo para pagar as contas”, explica José Vignoli, educador financeiro do SPC Brasil. Ele dá dicas para quem quer saber o passo a passo para sair dessa situação:

Passo 1 – Identifique o tamanho da dívida

Calcule exatamente o quanto deve. Se não souber ao certo, procure os credores para descobrir. Lembre-se que o valor deve considerar o montante emprestado mais os juros embutidos. Se necessário, peça ajuda para fazer esse cálculo. Faça isso com todas as suas dívidas.

Passo 2 – Veja quanto pode pagar por mês

Inclua no cálculo suas despesas fixas, o empréstimo e os juros a serem pagos. Dessa forma, você planeja o pagamento de todas suas contas e descobre o valor e o número de parcelas que pode pagar, já tendo uma proposta fechada para negociação. Se tiver uma poupança, esta é a hora de utilizar o dinheiro guardado para ajudá-lo a sair das dívidas.

O valor que tem disponível por mês é menor do que sua dívida? A solução então é renegociar o valor das parcelas.

Passo 3: Negociar com os credores

Segundo a pesquisa, na hora de pagar as dívidas, 41% dos entrevistados alegam que a maior dificuldade enfrentada é o valor proposto na negociação, considerado acima de suas possibilidades. 21% alegam que o valor da dívida está muito acima de seus ganhos e enquanto e há os que desejam negociar, mas não sabem como fazer (19%). A negociação com o credor é umas das mais importantes atitudes para resolver a situação.

Neste momento é importante ser sincero, deixando clara a real situação financeira e o quanto de fato pode pagar. Lembre-se que o credor tem tanto interesse em receber a dívida quanto você tem em quitá-la. Assim, com uma conversa franca, pode ser mais fácil chegar num valor e em um número de parcelas que seja bons para ambos.

Passo 4 – Avalie as propostas que pode fazer à empresa credora ou ao banco

Uma boa opção é propor a mudança no tipo de financiamento que você está usando. Neste último caso, você pode obter um empréstimo mais barato, como, por exemplo, o crédito consignado (média de 2% de juros ao mês), para saldar a dívida existente em situações de juros elevados. Você continuará endividado, mas a dívida com juros menor crescerá de forma mais amena.

Passo 5 – Fuja das armadilhas

Lembre-se que quem empresta dinheiro também cobra juros. Por isso, evite os financiamentos com as maiores taxas como utilizar cartão de crédito e o cheque especial. Outro ponto importante é não cair na tentação de buscar empresas que prometem limpar seu nome sem quitar a dívida. Essas ofertas, normalmente, oferecem serviços desnecessários e, muitas vezes, que acabam não funcionando.

Passo 6 – Tenha foco

Durante esse processo de quitação de dívida, você precisa praticar o autocontrole, cortar gastos supérfluos e deixar de adquirir novas dívidas, sempre evitando o uso do cartão de crédito. Para isso, prepare uma lista com tudo que costuma fazer e avalie sua rotina. Comer fora menos vezes por semana, evitar comprar roupas e falar menos ao telefone, reduzindo a conta, são boas opções para economizar dinheiro.

Festival Carla Chakrian segue até o fim do mês no Horácio’s

Quem for ao restaurante Horácio’s Bistrô terá a oportunidade de provar, até o dia 30 de abril, as delícias da culinária contemporânea e francesa apresentadas pela Chef Carla Chakrian na “Noite Gourmet”, semana passada. Foi montado um Festival tendo como base três pratos que fizeram parte da Noite Gourmet. “O objetivo é oferecer mais uma oportunidade ao público que não participou do evento a saborear as receitas da Chef e, quem veio e gostou, poderá também repetir a dose”, explicou Rachel Florêncio, proprietária do Horácio’s.

O “Festival Carla Chakrian” oferece os seguintes pratos:

Entrada – Crevette Citron (Cestinha de massa filo recheada de creme de camarão e alho poró ao azeite de limão)

Prato Principal – Mignon Roti (Bombom de filé ao roti de zimbro e risoto de presunto de Parma e mostarda francesa).

Sobremesa – Tarte au pomme (Tarte de biscoito de chocolate e castanha de caju intercalados com mousse de maçã caramelizada em calda de chocolate e gengibre).

Na ocasião também estará à venda para levar de lembrança, o prato com o tema “Paisagens e Personas” da exposição de Leopoldo Nóbrega, que está em cartaz no Horácio’s até o dia 30 de junho.

Trinta anos sem Tancredo Neves

Do Blog do Noblat

Em fevereiro de 1985, Leitão de Abreu, chefe da Casa Civil do último general-presidente da ditadura de 64, avisou ao presidente eleito Tancredo Neves que Délio Jardim de Matos, ministro da Aeronáutica, estava furioso. Dizia que Tancredo se comprometera a não escolher para sucedê-lo seus desafetos Moreira Lima e Dioclecio Lima. Mas que estava prestes a fazê-lo. Corria contra isso um manifesto de brigadeiros. Tancredo telefonou para Aureliano Chaves, que apoiara sua eleição: “Você tem cinco minutos para dizer quem será o ministro da Aeronáutica: Moreira ou Dioclecio”. Aureliano preferiu Moreira. Tancredo telefonou para seu Secretário de Imprensa e orientou-o a anunciar o nome de Moreira. Francisco Dornelles, sobrinho de Tancredo, que a tudo assistiu, comentou: “Mas, o senhor fez o contrário do que o Leitão disse”. Tancredo: “Se existir um manifesto, quem assinou ainda terá tempo de retirar a assinatura. E quem não assinou não assinará mais”. Tancredo pediu a Dornelles: “Procure o Leitão. Diga que foi Aureliano quem indicou Moreira. E que a essa altura eu não pude fazer mais nada”. Não houve manifesto.

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Ao saber que Alfredo Karan, ministro da Marinha, conspirava contra sua candidatura a presidente, Tancredo convidou-o para continuar no cargo. Karan aceitou radiante. Às vésperas de tomar posse, Tancredo explicou-se a um amigo: “Karan tentou me dar um golpe e eu dei um golpe nele. Não será ministro”.

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Um dia, Tancredo recebeu um recado do deputado Gustavo Farias (PMDB-RJ): “Paulo Maluf me oferece 100 mil dólares para eu votar nele. E o senhor?” Tancredo: “Só prometo que não mandarei atrás de você nem a Polícia Federal nem a Receita”. Ganhou o voto de Gustavo.

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Houve momentos difíceis na campanha de Tancredo para presidente. Num deles, reunido com auxiliares, as reclamações foram muitas. Um disse: “O senhor abandonou Minas.” Outro: “O comitê do Maluf tem mais computadores do que o nosso”. Um terceiro: “Maluf fala olhando para a câmera de televisão e o senhor não”. Tancredo perdeu a paciência: “Se Maluf é tão melhor por que vocês não vão apoiá-lo?” Ninguém foi.

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Eleito governador de Minas em 1982, Tancredo ouviu do seu Secretário de Planejamento, Ronaldo Costa Couto: “Para pôr ordem nas contas teremos de demitir 10 mil funcionários”. Tancredo: “Posso contratar mil?” Surpreso, Ronaldo respondeu que sim. No dia seguinte, a manchete do principal jornal de Minas foi a notícia da contratação. A fonte dela: Tancredo. Que se justificou: “Mineiro só gosta de admissão”. O jornal não noticiou as demissões.

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Governador, Tancredo telefonou para Dornelles. Quando a secretária de Dornelles passou a ligação, Tancredo já estava na linha. Dornelles: “Mas o senhor está aí? Pensei que fosse a secretária”. Tancredo: “Só cheguei a governador porque sempre entrei na linha na frente dos outros”.

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A um amigo que o viu esperar mais de uma hora para ser atendido por um burocrata do Ministério da Fazenda, Tancredo, ainda deputado federal, ensinou: “Ele me humilha, mas libera minhas verbas. Ministro não manda em ministério. Quem manda é o segundo escalão”.

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Crisanto Muniz, deputado do PSD, queixou-se a Tancredo: “Somos amigos, mas você dá mais atenção ao Ernane Maia” (deputado do PTB). Tancredo: “Faço isso por um só motivo: ele é doido. E doido tem que ser tratado com muito carinho”.

Fafica debate sobre corrupção

Na próxima quarta-feira (22), o curso de Filosofia da Fafica promoverá mais uma edição do ‘Diálogo Histórico-Filosófico’. O evento, que acontece uma vez por semestre, irá debater sobre a corrupção. O principal objetivo é fazer com que os participantes possam discutir sobre o cenário político atual, ressaltando os malefícios que a corrupção traz para este meio.

O evento acontecerá na Tenda de Leitura da Fafica, a partir das 19h30. O público-alvo são alunos e professores do curso, e será aberto ao público, em geral. As inscrições são gratuitas.

Artigo: Pedro guerreiro – Pedro gênio

Por Hérlon Cavalcanti

A vida e suas facetas. A cada dia que vivemos, estamos sujeitos a conviver com tanta coisa que machuca a gente e que “o tempo senhor da nossa matéria”, como diria o poeta Mineiro Carlos Drummond de Andrade, não consegue explicar. Aí chegam algumas noticias que nos abalam por inteiro.

Dia 20 de abril às 22hs recebo uma ligação de São Paulo do amigo Marcos Paulo, que o nosso companheiro Pedro Eugênio tinha acabado de falecer. Gritei, sofri e chorei bastante. Mas não poderia deixar de agradecer a Pedro sem escrever algumas linhas sobre a sua passagem aqui na terra.

Pedro era um militante histórico da esquerda brasileira. Um homem simples, sério, articulador, honesto, ético e com uma história de vida voltada para o favorecimento de um mundo mais justo e socialista.

Conheci Pedro Eugênio há 30 anos, quando na minha juventude, meu tio Romero de Figueiredo falava da sua militância politica ao lado do amigo Pedro no PCB. Acompanhei essa história por muito tempo.  As marchas camponesas e suas grandes batalhas por reforma agrária fez parte da bagagem de Pedro Eugênio. Aquilo tudo só construía em mim, um desejo de acreditar ainda mais que era possível acontecer reformas estruturadoras pra vida de muitos e Pedro era símbolo desse debate, fez parte da minha formação humana.

Fui crescendo e amadurecendo politicamente. O grande professor e economista Pedro Eugênio foi um dos meus heróis ao lado do grande Miguel Arraes no PSB. Os dois criaram o programa “chapéu de palha”, uma pintura nos quadros da minha tela de sonhos. Na direção do tempo, cada passo é uma conquista. Chegavam sempre às novas eleições e em cada uma delas, a batalha eleitoral era travada por Pedro como fonte inesgotável de luta.

Pedro foi eleito Deputado Estadual e Federal. Seus projetos de leis tinham o carimbo da sua competência. Chegou a disputar a campanha de Prefeito em Ipojuca não conseguindo se eleger. Lembro-me quando Pedro assumiu a direção do Banco do Nordeste a pedido do ex-presidente Lula em 2005. Sua gestão foi revolucionária, abrindo espaço e dando vez e voz ao homem do campo, um fortalecimento com financiamentos e linhas de créditos, dando dignidade e luz aos menos favorecidos. Nas crises politicas em nosso país, Pedro Eugênio era símbolo de equilíbrio para a construção coletiva do diálogo. Pedro chegou a ser presidente estadual do PT. Sua participação foi mola mestra do debate e nos embates políticos em Pernambuco.

Chega à eleição nacional de 2014. Pedro se coloca mais uma vez para disputa eleitoral. Mesmo com tanta fragilidade do PT e suas próprias armadilhas, o nosso grupo político, que em 2013 deixava a sigla, decide por unanimidade apoiar Pedro Eugênio para Deputado Federal, por entender, que ele representava um dos últimos homens sérios do partido, uma espécie de guru politico, uma figura extremamente revolucionária. Pois bem, fomos pra rua, levar sua história e sua luta. Por quase 60 dias de batalhas entre o querer fazer, sempre com os pés no chão, se deparando com grandes estruturas politicas rivais, realizamos ao lado de Pedro, aqui em Caruaru, Vitória de Santo Antão, Bonito e Batateiras, grandes encontros, palestras e porta a porta, e em cada momento, Pedro se reinventava nas lutas e nas propostas.

Chegamos à reta final das eleições, com Pedro obtendo mais de 60 mil votos no Estado. Não foi possível sua reeleição, mais sua marca de homem sério, valente com propostas claras, sem promessas vazias e com um discurso apurado esse sim foi vitorioso. “A morte surda caminha ao meu lado”, já dizia o poeta Baiano Raul Seixas. Agora chega a notícia da sua morte, depois de ter penado por três meses em uma luta intensa na tentativa de se recuperar de uma cirurgia no coração. As 22hs Pedro nos deixou no hospital Beneficência Portuguesa em São Paulo. Um vazio no peito de muitos amigos, eleitores, militantes e camaradas que conviveram com ele.

Vá em paz amigo Pedro Eugênio e que o céu lhe receba de braços abertos. Pedro guerreiro que plantou a semente da luta e colheu a semente do bem eterno.

PEDRO EUGÊNIO HOMEM SÉRIO
UM GRANDE GUERREIRO
HOMEM SIMPLES E LUTADOR

UM GRANDE COMPANHEIRO
UM POLÍTICO DE ALMA LIMPA
UM GRANDE BRASILEIRO.

Hérlon Cavalcanti é militante politico e jornalista.

Governo realiza promoção da PM e Bombeiros

O governador Paulo Câmara promoveu, nesta segunda-feira (20), 1.920 policiais militares e bombeiros. Eles integram um grupo de 7.119, cuja ascensão na carreira já havia sido autorizada pelo chefe do Executivo estadual em março. Até o final do ano, quando esses profissionais assumirem seus novos postos, o Governo terá realizado a maior promoção da história das duas corporações em Pernambuco.

À tarde, o governador condecorou 1.095 praças e oficiais da PM em cerimônia no Quartel Geral do Derby. Após entregar as insígnias aos policiais, Câmara foi ao Centro de Convenções presidir a mesa da formatura de 410 novos sargentos e 415 novos cabos do Corpo de Bombeiros.

De acordo com o secretário de Defesa Social, Alessandro Carvalho, viabilizar as promoções não foi fácil. “Esse ato materializa a preocupação do Governo do Estado com a valorização das pessoas. Nenhuma instituição, por mais investimento que seja feito, será uma instituição respeitada se não houver essa prioridade”, comentou.

INCLUSÃO – A solenidade do Corpo de Bombeiros também foi marcada por duas homenagens: ao ex-governador Eduardo Campos, representado pelo seu filho João Campos, e ao cabo Gil Sormany, que ficou afastado das suas atividades por cinco anos após perder a visão em decorrência de um tumor.

Mesmo sendo considerado inválido para a atuar como bombeiro, Gil Sormany não desistiu de voltar às suas atividades. Em 2013, quando tomou conhecimento do desejo do militar de retornar ao trabalho, Eduardo Campos assinou um decreto que garante o retorno do qualquer bombeiro, policial civil ou militar, que tenha se tornado deficiente. Depois de passar por um treinamento, Gil Sormany se transformou no primeiro bombeiro reintegrado à corporação do Brasil. 

Maestro Camarão morre no Recife

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Faleceu na manhã desta terça-feira (21), o Maestro Camarão. Ele estava internado desde o último sábado (18) no Hospital Santa Joana no Recife. Camarão tinha 74 anos e era considerado um ícone da cultura pernambucana. O maestro sofria de problemas renais e fazia hemodiálise.

Segundo informações da família, o sepultamento será no cemitério Dom Bosco.

Projeto Muda Camocim impulsiona agricultura do Agreste

Os 215 agricultores que participam do Projeto Muda Camocim, promovido pelo Instituto Agronômico de Pernambuco (IPA), já fecharam, em 2015, contratos para venda de produtos no valor de R$ 1,8 milhão, 80% a mais do total de 2014, com registro de R$ 1 milhão.

As vendas são realizadas por meio da Cooperativa de Desenvolvimento da Agricultura Familiar de Pernambuco (COOPEAFA), criada em 2011, como forma de reduzir a exclusão social, no município de Camocim de São Félix. Dentro dessa iniciativa, o Instituto Agronômico de Pernambuco (IPA) presta serviço de Assistência Técnica e Extensão Rural (ATER) para os agricultores dos cinco municípios envolvidos (Bonito, Camocim, Sairé, São Joaquim do Monte e Bezerros), do plantio até a comercialização dos produtos.

O IPA também participa da elaboração de projetos firmados com a Conab, Programa de Aquisição de Alimentos (PAA), prefeituras, Sesc, Ceasa, entre outros, os quais viabilizam a venda dos 32 tipos de alimentos produzidos pelos agricultores de base familiar daqueles municípios. Para qualificar os agricultores, entre os  anos de 2013 e 2014, o IPA realizou 10 oficinas, sobre os mais diversos temas, além de 10 excursões técnicas.

Terceirização: por que sou contra a aprovação do PL 4330

Por Érika Kokay, do Congresso em Foco

A Câmara dos Deputados aprovou no último dia 8 a primeira parte do Projeto de Lei nº 4330, de 2004, para legalizar a contratação de trabalhadores terceirizados para todas as atividades de uma empresa, até mesmo para o desempenho de suas atividades-fim. No Distrito Federal, fui a única parlamentar que votou contra o PL 4330, pois considero que a sua aprovação retira direitos dos trabalhadores, precariza as relações de trabalho e, entre outros graves prejuízos aos trabalhadores, significará:

1) Permitir que todas as atividades de uma empresa sejam executadas por trabalhadores terceirizados. Atualmente, a Súmula 331, do Tribunal Superior do Trabalho, só admite a terceirização em serviços como vigilância, conservação e limpeza e serviços especializados ligados à atividade-meio do tomador, e desde que não haja pessoalidade e subordinação direta. No caso do PL 4330 não há como impedir que os terceirizados  fiquem subordinados diretamente ao tomador, já que irão exercer atividades-fim da empresa;

2) Retirar da empresa tomadora dos serviços de trabalhadores terceirizados a responsabilidade solidária pelo pagamento de salários, férias, 13º, FGTS etc quando a empresa fornecedora desses trabalhadores deixar de cumprir as suas obrigações legais. A responsabilidade da empresa tomadora dos serviços, desde que “fiscalize” o cumprimento dessas obrigações pela prestadora, passará a ser apenas subsidiária e não mais solidária, como ocorre atualmente. O PL prevê que essa responsabilidade subsidiária será exercida nos termos definidos pelo Código Civil. Isso é um grande retrocesso, pois significa que o terceirizado só poderá acionar a empresa efetivamente tomadora de seus serviços depois de esgotar todos os recursos judiciais cabíveis no sentido de obrigar a empresa prestadora a pagar os valores devidos;

3) Reduzir os salários dos trabalhadores da iniciativa privada em geral, pois a experiência brasileira mostra que, em média, os terceirizados ganham 25% a menos do que os trabalhadores efetivos da empresa;

4) Aumentar a rotatividade no emprego, enfraquecer a capacidade de organização dos trabalhadores e a representatividade das entidades sindicais, dificultar o exercício do direito de greve e diminuir o poder de negociação dos trabalhadores, que ficarão submetidos à permanente ameaça de demissão e de substituição por terceirizados, principalmente nos períodos de menor crescimento econômico e de maior desemprego;

5) Diminuir a oferta de emprego na economia, pois os trabalhadores terceirizados, mesmo ganhando um salário 25% menor do que os efetivos, em geral, têm uma jornada de trabalhado de 3 horas a mais por semana; o que diminui a necessidade de contratação;

6) Aumentar os casos de assédio moral, pois os terceirizados ficarão submetidos à intensa pressão por apresentação de resultados e à permanente ameaça de substituição tanto por parte do tomador dos serviços como do contratante; sem respeitar horários de repouso, pagamentos de horas-extras e outros direitos trabalhistas;

7) Aumentar a incidência de acidentes de trabalho e de adoecimento em geral por causas relacionadas ao ambiente de trabalho, pois será possível contratar trabalhadores menos qualificados e com menor nível de treinamento, o que, associado ao assédio moral pelo cumprimento de metas, levará a uma maior incidência dos problemas descritos;

8) Permitir que empresas não especializadas possam assumir as atividades de correspondentes bancários. Isso porque, para atender aos interesses dos grandes bancos, preocupados apenas em aumentar ainda mais os seus lucros, o artigo 20 do PL 4330 estabelece que  “as exigências de especialização e de objeto social único, previstas no artigo 2º desta Lei, não se aplicam às atividades de prestação de serviços realizadas por correspondentes contratadas por instituições financeiras…”. Vale dizer, qualquer empresa fica autorizada a explorar os serviços de correspondentes bancários, mesmo que não disponham de locais apropriados e não ofereçam as condições de segurança exigidas para isso, e que os trabalhadores não contem com necessária especialização em atividades bancárias. Apresentei destaque para ampliar a discussão dessa matéria em plenário e impedir que esse verdadeiro absurdo possa ser aprovado;

9) Substituir a curto e médio prazos (talvez num horizonte de 10 anos mais ou menos) todos os trabalhadores efetivos apenas por trabalhadores terceirizados ou, talvez, por trabalhadores “quarterizados” ou “autônomos”, com acelerada e contínua supressão ou violação generalizadas dos direitos dos trabalhadores, impondo um grave retrocesso aos expressivos avanços conquistados nos últimos anos.