Raul Henry assume presidência do PMDB em Pernambuco

Do Blog da Folha

O vice-governador de Pernambuco, Raul Henry (PMDB), assumiu, neste sábado (18), a presidência estadual da legenda, em convenção realizada na sede da legenda, no bairro do Parnamirim. A eleição, que ocorreu sem tanto alarde, em atenção a Dorany Sampaio que deixa o cargo depois de mais de 25 anos à frente do partido por motivos de saúde e que não esteve presente, foi prestigiada, no entanto, por peemedebistas de diversas regiões do Estado.

Além de Henry para a presidência da sigla, toda a executiva estadual foi eleita em chapa única. O evento, que não contou com discurso ou festa, foi iniciado por volta das 9h e se estendeu até o início da tarde.

Estiveram presentes nomes de peso do partido, a exemplo do deputado federal Jarbas Vasconcelos, os deputados estaduais Ricardo Costa e André Ferreira, o secretário da Juventude da Prefeitura do Recife, Jayme Asfora, o secretário de Segurança Urbana do Recife, Murilo Cavalcanti, a ex-deputada Jacilda Urquiza e sua filha Izabel Urquiza, além do secretário de Habitação do Estado, Marcos Baptista.

“O PMDB vive um novo momento em Pernambuco. Nós participamos de uma aliança muito ampla que governa o Estado e a tendência é que o partido cresça e se fortaleça nesse momento. Nós estamos sendo muito procurados por lideranças do Estado inteiro. Estamos também à busca de lideranças que tenham conosco uma identificação política, tenham admiração pela história que o partido tem aqui no Estado. E a tendência é que a gente se fortaleça daqui até o final de setembro, quando se encerra o prazo de filiações. Agora, queremos que o partido cresça com consistência política, queremos que o partido cresça de maneira criteriosa. Não apenas que cresça de maneira inorgânica, de maneira desorganizada”, afirmou Henry.

FILIADOS

Na página do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) consta que o PMDB, em Pernambuco, tem 51.572 filiados. Esse número pode ser diferente, no entanto, pois a legenda obteve mais filiações. Raul Henry informou, ainda, que vai fazer o levantamento de como está o partido, os diretórios municipais e a questão dos filiados.

Paulo destaca união de esforços durante ação voluntária no Hospital do Câncer

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Acompanhado do prefeito Geraldo Julio, socialista conheceu cada um dos espaços reformados (Foto: SEI)

O governador Paulo Câmara se somou a centenas de voluntários, neste sábado (18), para dar um “abraço” no Hospital do Câncer de Pernambuco. Alvo de uma ação promovida pelo Movimento Novo Jeito, a unidade de saúde teve ambientes revitalizados por 18 arquitetos pernambucanos, entre eles a esposa do vice-governador Raul Henry, Luíza Nogueira.

O clima foi de emoção na entrega dos ambientes. O chefe do Executivo estadual esteve acompanhado do prefeito do Recife, Geraldo Julio; da primeira-dama da capital, Cristina Mello; e do secretário estadual de Saúde, Iran Costa.

No ano em que completa 70 anos de existência, o hospital ganhou de presente a recuperação de 19 ambientes: banheiros, salas de triagem, recepções, jardins e consultórios. “É um movimento que temos que apoiar cada vez mais e fazer com que ele chegue a todo Pernambuco. Pessoas dedicando seu tempo livre, seus momentos de lazer em favor do povo, em favor daqueles que mais precisam”, afirmou Paulo, ao parabenizar o grupo pelo trabalho realizado.

Ao lado de integrantes do Movimento Novo Jeito, Paulo Câmara conferiu cada um dos espaços reformados pelos arquitetos voluntários. Na área de triagem, último espaço visitado, ele participou de um momento de oração e foi homenageado com uma canção entoada por um grupo de voluntárias do hospital. Sob o olhar atento dos funcionários da unidade, o governador destacou o valor da união de esforços em favor daqueles que mais precisam.

“Não tenho dúvida que a forma que se faz aqui é a forma que temos que levar para Pernambuco por inteiro. A cada região, município e distrito. Vou sair daqui com essa frase na minha cabeça: ‘Juntos somos fortes’. E quero repetir o que tenho dito por onde passo: ‘Juntos podemos fazer muito mais’”, cravou.

Fundo de desenvolvimento dependerá de boa gestão, dizem especialistas

Da Agência Brasil

Um dos principais instrumentos para pôr fim à guerra fiscal entre os estados, o Fundo de Desenvolvimento Regional e Infraestrutrura, criado pela Medida Provisória 683, precisará de boa gestão para funcionar efetivamente. Segundo especialistas ouvidos pela Agência Brasil, somente a fiscalização e a administração cuidadosa dos projetos a serem financiados permitirão que o fundo cumpra com a finalidade de reduzir as desigualdades regionais.

Para impulsionar a votação, no Senado, da resolução que unifica a alíquota do Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) interestadual (cobrado quando a mercadoria passa de um estado para outro), o governo editou, no último dia 21, uma medida provisória criando dois fundos. Um compensará a perda de arrecadação dos estados com a unificação do ICMS. Outro financiará projetos de infraestrutura nas regiões menos desenvolvidas. Os recursos virão da multa de 17,5% a ser aplicada sobre a repatriação de recursos de origem lícita do exterior, proposta em discussão no Senado.

A unificação do ICMS interestadual em 4% num prazo de oito anos reduzirá os recursos que os governos estaduais usam para fazer a guerra fiscal. Para o economista Luciano D’Agostini, doutor em Desenvolvimento Econômico da Universidade Federal do Paraná, os investimentos em infraestrutura são essenciais para que estados menos desenvolvidos consigam atrair empresas sem recorrer a incentivos fiscais. Ele, no entanto, alerta que é necessário critério na escolha dos projetos a serem financiados.

EFICIÊNCIA

“O Fundo de Desenvolvimento Regional não depende somente da transferência de recursos. O dinheiro tem de ser aplicado com eficiência e qualidade. É preciso fiscalização e gestão dos empreendimentos, principalmente nos estados mais pobres, que carecem de estrutura administrativa”, adverte D’Agostini.

Professor de Direito Tributário da Universidade de São Paulo (USP), Alexandre Nishioka diz que o texto da medida provisória não deixa claro como funcionarão os dois fundos. Segundo ele, ao transferir para o Ministério da Fazenda a regulamentação de procedimentos e a montagem de um comitê gestor para administrar os recursos, a MP tem muitos pontos ainda em aberto.

“Tudo vai depender da regulamentação. Além disso, o governo impôs diversas condições para o funcionamento dos fundos, como a unificação do ICMS, a aprovação da regularização cambial [repatriamento de recursos do exterior] e a convalidação dos incentivos fiscais existentes pelo Confaz [Conselho Nacional de Política Fazendária, que reúne os secretários de Fazenda dos 26 estados e do Distrito Federal]”, pondera.

NEGOCIAÇÕES POLÍTICAS

Para Nishioka, outro fator que determinará a capacidade de o Fundo de Desenvolvimento Regional funcionar plenamente serão as negociações políticas da medida provisória no Congresso. Ele tem receio de que os parlamentares desvirtuem o fundo e acabem criando um novo instrumento de guerra fiscal. “O ideal seria que o fundo leve à neutralidade tributária concorrencial [sem deixar que um estado tenha vantagem sobre outro]. A ideia é boa, mas o problema é o que será aprovado. A questão é mais política do que qualquer outra coisa”, adverte.

Os dois especialistas, no entanto, concordam que os instrumentos para compensar os estados são essenciais para pôr fim à guerra fiscal, que cria uma concorrência desleal entre as unidades da Federação. “Dar um incentivo financeiro é muito melhor do que perdurar uma guerra fiscal fratricida. Esse é um problema que se arrasta há décadas e impede avanços no país”, avalia D’Agostini. “A guerra fiscal beneficia poucos em detrimento de muitos. O ponto central no fundo é resolver não apenas o passado, mas o futuro e definir como compensar quem perder arrecadação”, diz Nishioka.

Tony Gel participa de convenção do PMDB neste sábado

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O deputado caruaruense chegou acompanhado do ex-governador Jarbas Vasconcelos (Foto: Divulgação)

O deputado estadual Tony Gel participa, neste sábado (18), da Convenção Estadual do PMDB que vai eleger o vice-governador Raul Henry presidente do partido em Pernambuco.

Tony Gel chegou acompanhado do deputado federal Jarbas Vasconcelos. O caruaruense é um dos principais líderes da legenda no Estado.

“Não estamos preocupados com nomes, mas com projeto”

Por WAGNER GIL
Do Jornal VANGUARDA

VANGUARDA traz uma entrevista com Djalma Cintra Júnior, um dos nomes mais cotados do PSDB para disputar a Prefeitura de Caruaru em 2016. Com 51 anos, o empresário faz uma análise da atual conjunta política, dos governos Dilma Rousseff (PT), Paulo Câmara (PSB) e José Queiroz (PDT) e ainda comenta sobre a saída da Sulanca do Parque 18 de Maio. Esta semana, inclusive, os tucanos apresentaram um modelo que poderia ser adotado para transferir os feirantes. Irmão do senador Douglas Cintra (PTB), principal aliado da presidente Dilma na Capital do Agreste, ele diz que as posições políticas não interferem no relacionamento familiar. “Nos damos bem”, conta. Leia abaixo:

Jornal VANGUARDA – Como analisa a sucessão de 2016? O senhor é o nome do PSDB?
Djalma Cintra Júnior – Nossa preocupação não é fazer uma análise da conjuntura da eleição, e sim construir uma proposta para Caruaru. Com essa proposta, será apresentado um candidato que não foi escolhido ainda. Nós queremos discutir o que precisa ser feito pela cidade com a sociedade.

JV – Mas há um comentário sobre seu nome dentro dos quadros do PSDB. Isso já saiu várias vezes na mídia.
DCJ – Eu realmente tenho escutado e vejo comentários de pessoas próximas e na mídia. No partido não existe discussão sobre nomes. Quando esse projeto for executado, discutiremos nomes e essa pessoa caberá ou não aceitar a indicação.

JV- Quem é o PSDB hoje? O partido passou muito tempo no ostracismo e, mesmo com grande força nacional, não tem representação destacada na cidade.
DCJ – Recentemente, o partido ganhou uma grande quantidade de filiados. Eu, Manoel Santos (ex-presidente do Sindloja), Jackson Carvalho (publicitário), capitão Evandro. Nosso objetivo é fortalecer o partido com uma representação forte na eleição proporcional, já que o PSDB não tem hoje nenhum vereador na Câmara. Estamos fazendo um trabalho de conscientização desses possíveis candidatos. Eles, quando forem eleitos, devem estar comprometidos com o projeto do partido, não com projetos pessoais. Não vão poder votar projetos em troca de cargos.

JV – Recentemente, o PSDB entregou uma proposta para a transferência da Feira da Sulanca. Isso já seria uma oposição ao governo José Queiroz?
DCJ – Não diria oposição, mas uma proposta na qual entendemos que contempla de forma mais coerente as necessidades dos diversos tipos de sulanqueiros. A proposta do PSDB dá oportunidade a quem não tem nada de poder começar um negócio na cidade. Criaríamos também uma área coberta para abrigar lojas e outra para o feirante que não pode comprar um boxe. O modelo de negócio que estamos propondo é diferente. A forma do projeto atual está errada. No nosso modelo, o controle da feira fica com a prefeitura. Teríamos a criação de uma autarquia e aí, nesse caso, poderia haver uma eleição para presidente desse órgão. O custo ficaria muito mais barato e o processo, mais transparente. No nosso projeto, as coisas ficam muito mais claras.

JV – Quais as principais dificuldades de Caruaru na área de infraestrutura e as prioridades num eventual governo tucano?
DCJ – O que o PSDB entende como mais importante para Caruaru e o país é a gestão. As pessoas não têm a real dimensão de que dinheiro público é dinheiro nosso. A gestão precisa ser mais eficiente. Você não pode sobrecarregar a máquina com cargos em troca de favores eleitorais. A quantidade de cargos comissionados precisa diminuir. Em Caruaru, por exemplo, são 19 secretários. A pergunta é: precisa de tudo isso? Na nossa opinião, não.

JV – Como o PSDB pretende se comportar em relação à gestão de José Queiroz? O prefeito está na Frente Popular de Pernambuco, assim como os tucanos.
DCJ – O PSDB não está nascendo em Caruaru dentro da atual gestão. Nossa intenção não é bater no prefeito nem nos outros candidatos. Nosso objetivo é apresentar propostas e construir uma agenda de discussões em bairros. Coletar necessidade e elaborar programa de governo junto à comunidade.

JV- E em relação ao seu irmão, o senador Douglas Cintra (PTB)? Ele está na base do governo Dilma e o senhor, no principal partido de oposição. Existe ‘briga’ em casa?
DCJ – Faz tempo que estamos em lados opostos, mas não existe briga. Não pesa nada. Estou trabalhando como voluntário em um projeto. Um projeto a favor da cidade.

JV – Existe a possibilidade de Douglas Cintra ser um dos candidatos a prefeito. O senhor bateria chapa com ele?
DCJ – Nesse aspecto, não vou falar nada. Nós vamos manter a ideia original. Construir uma proposta para Caruaru e lá na frente, se o meu nome for escolhido, terei a prerrogativa de aceitar ou não. Mas repito: não existe essa ideia dentro do partido (escolher nomes). Também não temos a preocupação de quem serão os adversários.

JV – Como o senhor enxerga a relação prefeitura-Câmara e como seria num eventual governo do PSDB?
DJC – Essa relação tem que mudar e não é uma crítica ao prefeito (José Queiroz). Falo em relação ao Brasil. Os gestores precisam ter coragem de fazer essa relação de forma diferente.

JV- Como o senhor avalia o governo Dilma?
DCJ – Uma tragédia. Não é um acidente de percurso. Todo problema que estamos atravessando é fruto do governo anterior. A diferença é que Lula conseguiu manter o rumo da economia.

JV- E a administração de Paulo Câmara?
DCJ – Nossa avaliação é positiva, dentro do que pode ser feito até agora. Paulo Câmara tem a vantagem da humildade, sabe ouvir e reconhece o momento de dificuldade. Está aí para trabalhar e acredito que vai fazer um bom governo.

JV- Que nota o senhor daria ao governo José Queiroz?
DCJ – Não vou dar nota. Vamos trabalhar em um projeto e em alguns pontos, como o da Feira da Sulanca. É claro que vão acontecer diferenças. Uma delas está no número de secretarias. No governo do PSDB, isso vai ser resumido.

Número elevado de trotes continua prejudicando órgãos

Como se não bastasse o elevado montante de ocorrências para resolver, a Polícia Militar, o Corpo de Bombeiros e o Samu ainda têm de enfrentar diariamente, em pleno ano de 2015, um problema já antigo, mas cada vez mais presente em Caruaru. Praticado na maioria dos casos por crianças e adolescentes, os trotes telefônicos continuam fazendo parte da rotina dos três órgãos, dificultando as suas atividades e gerando prejuízos financeiros aos cofres públicos. De acordo com o assessor de imprensa da PM, capitão Edmilson Silva, neste período de férias escolares cerca de 50% das ligações que têm sido registradas pelo canal 190 se referem à prática desse tipo crime.

Apesar de na maioria dos casos não compactuarem com a brincadeira de mau gosto dos filhos, os responsáveis podem acabar sendo punidos judicialmente pelo trote. “Muitas vezes chegamos a entrar em contato posteriormente com os pais para tentarmos evitar que esse tipo de coisa volte a acontecer, mas a prática é muita alta. Salientamos que os responsáveis não só podem ser enquadrados no crime de falsa comunicação de ocorrência como também no de perturbação de serviço de utilidade pública. Dentre os trotes mais comuns registrados na nossa central estão a falsa comunicação de crimes e o achincalhamento através de gritos e palavrões”.

Além da Polícia Militar, o CB é outro órgão que vem penando bastante com a prática dos menores infratores. De acordo com o cálculo do 2º Grupamento de Bombeiros, com sede em Caruaru, atualmente, de cada dez ligações computadas na sua central, pelo menos oito têm correspondido a trotes. “Esse número é muito alto e alarmante na medida em que já chegamos a contabilizar vários prejuízos financeiros por conta dessas ocorrências falsas. Sem falar que ficamos sujeitos a deixar de atender a uma ocorrência importante que pode salvar a vida de muitas pessoas. E nesse período de férias escolares, então, é que os trotes costumam redobrar. Em 2015, não está sendo diferente”, comentou o tenente Paulo Henrique.

Um número elevado de trotes também tem sido registrado no Samu de Caruaru. Segundo levantamento, das 36.817 ligações contabilizadas pelo órgão no período de janeiro a junho deste ano, 36,58% delas se referiram à prática. “Os próprios números demonstram que temos contabilizado vários trotes não de só de ocupação de linha, mas também de supostas ocorrências. O detalhe é que quando as nossas ambulâncias saem para socorrer, essas informações falsas acabam causando prejuízos enormes tanto para a população como para o próprio Samu”, explicou a diretora municipal de Atenção Especializada, Ana Elisabete.

Ciente também dos prejuízos provocados para as outras corporações, o assessor de imprensa da PM utilizou o espaço para fazer algumas recomendações aos responsáveis dos infratores. “É necessário que eles fiquem bastante atentos as ligações de seus filhos, até porque, conforme já citamos, os trotes são enquadrados em dois tipos de crime. Além disso, é importante que os pais conscientizem os jovens dos prejuízos que são causados por conta dessa prática”, destacou Edmilson Silva.
Quem reforçou as palavras do capitão foi o tenente do Corpo de Bombeiros. “Está faltando mais orientação por parte dos adultos. É necessário que eles conscientizem os seus filhos, porque todos esses órgãos vêm se prejudicando com os trotes. Não podemos deixar de atender quem está precisando por conta deles”, complementou Paulo Henrique.

Conselho da Fiepe define demandas para planejamento 2016

Membros do Conselho Empresarial da Fiepe Agreste estiveram reunidos na Unidade Regional com o objetivo de definir propostas para o planejamento 2016. Na ocasião, o diretor financeiro da entidade, Felipe Coelho, apresentou dados econômicos do país e os reflexos do cenário na indústria, na perspectiva de orientar a criação de um painel de análise e demandas para melhoria da competitividade do setor. O integrante do Núcleo de Planejamento, Gestão e Tecnologia Israel Erlich também realizou a escuta do grupo.

A reunião serviu ainda de avaliação do planejamento deste ano, elaborado com base nas demandas defendidas em 2014. O Programa de Desenvolvimento de Pessoas, por exemplo, que está com o primeiro módulo em andamento, contempla uma das propostas regionais eleitas para 2015, sendo aplicado, inclusive, pela sede da Fiepe. Devido à recessão da economia, que resulta em queda nas vendas e aumento dos custos, como a alta dos juros, as prioridades da indústria mudaram na visão dos conselheiros.

As alterações foram percebidas na definição das oportunidades, ameaças, pontos fortes e fracos das empresas e dos desafios do setor. Entre as preocupações estão o aumento da informalidade, a instabilidade econômica, a redução nas vendas e a dificuldade de acesso ao crédito. A escuta dos empresários irá resultar na elaboração de estratégias e ações que serão apreciadas pelo conselho em novembro.

“Somos uma regional bastante atuante que quer se manter representando a indústria do Agreste da melhor forma possível. Esta reunião é o momento das propostas, de avaliar o que queremos da federação para o próximo ano, etapa fundamental para dar continuidade à dinâmica. Para isso, temos o Conselho Empresarial dando a contribuição, levantando as demandas do empresariado”, disse o diretor regional Andrerson Porto.

Para Felipe Coelho, “a escuta é de extrema importância” dentro do planejamento estratégico. “A partir das solicitações, vamos pensar como o trabalho será desenvolvido, sempre de acordo com o nosso orçamento. A Fiepe atua com a missão de fazer mais por menos. O Brasil atravessa uma crise política e econômica, é indispensável considerar cenários e tendências para criarmos uma agenda positiva, que crie oportunidades de melhoria dos ambientes de negócios. Como empresários, temos que avaliar a gestão financeira para sobreviver a este período”.

Usuários criticam reajuste das passagens

O último fim de semana começou indigesto para os usuários de transporte público de Caruaru. Na tarde da sexta-feira (10), eles tomaram conhecimento sobre o reajuste no preço da passagem de ônibus de R$ 2,10 para R$ 2,30. A mudança foi publicada na mesma data, no “Diário Oficial do Município”, através de decreto elaborado pela prefeitura. Para tal procedimento, ela alegou tentar minimizar os custos elevados das empresas do setor para com a manutenção desse tipo de serviço. Já tendo de “rebolar” para não entrar no vermelho em tempos de crise, os passageiros caruaruenses criticaram bastante o novo valor do bilhete. Esse foi o caso da diarista Maria José da Silva.

“Para você ver que ultimamente o trabalhador brasileiro não vem recebendo nenhuma notícia agradável. Assim como em todos os anos, o salário mínimo aumentou uma merreca em 2015, mas as contas de luz, água, telefone e o preço da passagem de ônibus subiram de uma forma exorbitante. Agora vou ter de diminuir a utilização do transporte, porque não posso gastar mais do que recebo. Se a faxina não for tão longe, farei o percurso a pé”, comentou a diarista, que utiliza três vezes por semana esse tipo de transporte. A demanda pode até ser considerada pequena se comparada à do estudante Artur Leite.

Ele pega pelo menos quatro conduções por dia. “Apesar de ser estudante e pagar menos pela tarifa, esse reajuste também pesará no meu bolso, na medida em que agora desembolsarei mais dinheiro para recarregar o meu cartão Leva. Achei esse aumento um absurdo, até porque, se formos para a ponta do lápis, R$ 0,20 a mais em cada passagem não sai tão barato assim”, questionou. Outro a criticar bastante o reajuste nos bilhetes foi o vendedor Sebastião Silva. “Se a qualidade dos ônibus melhorasse com esse aumento, ficaríamos até um pouco mais conformados. Problema é que não deveremos ver mudança alguma”.

De acordo com o presidente do Comut (Conselho Municipal de Trânsito), Ricardo Henrique, o novo valor da tarifa já havia sido aprovado desde o mês de abril do ano passado, em reunião realizada na sede da Destra. “Naquele momento, quando o Comut e a Destra apresentaram as suas planilhas, chegamos à quantia de R$ 2,30. Entretanto, o preço que acabou sendo praticado por vários meses correspondeu aos R$ 2,10. Já no último mês de abril, esse primeiro valor foi respaldado novamente pelo conselho, desta vez, em caráter emergencial. Então, a população já sabia que haveria esse reajuste, até porque já vínhamos anunciando”, explicou.

O presidente do Comut ainda apontou os fatores que justificaram o aumento da passagem. “Desde 2014 que temos observado um desequilíbrio na manutenção do nosso sistema de transportes. É preciso deixar bem claro que esse reajuste colocado em prática se referiu à atualização da tarifa do ano passado. Ou seja, ainda não discutimos os insumos de 2015. Dentre eles estão o aumento dos combustíveis e a elevação de preços de peças e acessórios dos veículos utilizados”, finalizou Ricardo.

Em paralelo à correção do bilhete, outro ponto importante que os usuários precisam ficar atentos diz respeito à adoção da tarifa social aos domingos e feriados. A partir de 1º de setembro, ela só poderá será permitida através da apresentação do Leva. A determinação está no decreto nº 067 que foi publicado no Diário Oficial de 10 de julho de 2015.

José Queiroz conhece instalações do Unicompra Supermercado

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Prefeito conferiu de perto os últimos ajustes antes da inauguração, prevista para agosto (Foto: Divulgação)

Em agosto, Caruaru passa a contar com a primeira loja do grupo alagoano Unicompra Supermercados. O prefeito José Queiroz (PDT) foi conferir de perto os últimos ajustes antes da inauguração, agendada para o dia 1º.

Ao lado do vice-prefeito Jorge Gomes (PSB), do deputado federal Wolney Queiroz (PDT) e do secretário de Infraestrutura, Bruno Lagos, Queiroz foi recepcionado, na tarde de ontem, pelo diretor-executivo do grupo, Edivaldo Barbosa, que apresentou a grande estrutura para equipe. “Em meio à crise, a chegada de uma empresa como esta, gerando mais de 300 empregos diretos, impulsionará a economia da cidade”, comemorou o prefeito.

A área do entorno da loja, localizada no final da avenida Agamenon Magalhães, recebeu melhorias de infraestrutura nas ruas, reforço na iluminação e sinalização.

OPINIÃO: Parque 18 de Maio

Por MAURÍCIO ASSUERO*

Já algum tempo se discute o deslocamento da Feira de Caruaru do Parque 18 de Maio para outro local, possivelmente às margens da BR-104. A Câmara votaria a proposta da mudança semana passada, mas por uma questão de insegurança jurídica adiou a votação. O que envolve esta mudança é muito mais do que uma questão jurídica. É para salvaguardar o patrimônio que a Feira de Caruaru representa. O que se espera é que ao longo das discussões tenha sido feita uma avaliação econômica criteriosa dos impactos (positivos e negativos) dessa mudança. Vou citar dois casos semelhantes. O primeiro foi o ordenamento dado pelo Recife ao comércio ambulante que transformava a cidade num verdadeiro mercado árabe (com todo respeito aos árabes).

Algumas “soluções” foram apresentadas e, após muitas discussões, optou-se pela criação de um espaço que ocupa a av. Dantas Barreto, no centro da cidade, chamado de camelódromo. A estrutura física comportava lojas no térreo e no primeiro andar e o que se observou ao longo do tempo foi um esvaziamento do espaço, prostituição etc. Vendedores localizados mais para o sentido da Igreja Nossa Senhora do Carmo estão melhores situados do que aqueles que ficam mais próximo da praça Sérgio Loreto.

Independentemente da localização, o pessoal do primeiro andar é menos visitado do que as lojas do térreo. A fixação acaba criando uma limitação terrível para o ambulante (veja a contradição: fixar um ambulante!).

O segundo caso foi uma decisão tomada no sentido de inversão do trânsito da av. Conselheiro Aguiar, no bairro de Boa Viagem. Esta via era de mão dupla e, com o intuito de melhorar o fluxo de veículos, fez-se a inversão, deixando a via de mão única no sentido subúrbio-cidade. A consequência foi um esvaziamento total das lojas comerciais que aproveitavam o público que vinha para casa e que optava por fazer compras ali. Este exemplo só corrobora o fato de que localização é fundamental quando se pretende implantar um projeto.

O Parque 18 de Maio tem visíveis problemas de estrutura. Seu tamanho ficou pequeno para a dimensão do patrimônio que abriga. A mudança é desejo de muitos, mas qual o sentimento da população? Até que ponto uma pessoa que trabalha no Centro e que, num momento breve poderia se deslocar até o 18 de Maio, terá essa pré-disposição de enfrentar o trânsito para ir até a BR-104? Diante das discussões, fica o desejo de que todas as variáveis pertinentes foram devidamente exploradas. E que o perfil do comprador, esperamos, tenha sido avaliado muito bem (uma boa metodologia emprega seria uma adequação da disposição a pagar. Por exemplo: quanto você estaria disposto a me pagar para que eu não fume perto de você?).

Finalmente, outra questão é a avaliação do uso futuro. Se há uma necessidade de mudança em função do problema da mobilidade, por exemplo, qual utilização futura minorará os problemas de trânsito? O lado de maior destaque em tudo isso é o patrimônio que a feira representa. Há de se preservar este patrimônio em qualquer que seja o cenário escolhido.

*Maurício Assuero é economista e professor da UFPE