Diretor do Hospital Regional é demitido

Crise na saúde estadual aumenta e culmina com demissão do odontólogo José Bezerra Alves. Ele foi demitido da direção do Hospital Regional do Agreste no final desta tarde. Ele teria sido convocado para uma reunião no Palácio do Campo das Princesa quando recebeu à notícia.

Bastante experiente na gestão pública ligada à saúde, José  Bodocó como é conhecido tem uma leva de serviços prestados à saúde pública em Caruaru e no Estado. Já dirigiu à IV Gerência Regional de Saúde, foi o diretor que inaugurou o Hospital Regional do Agreste na gestão do ex-governador Miguel Arraes.

 No primeira gestão de Eduardo Campos José Bezerra foi convocado pelo socialista para dirigir o Hospital da Restauração, a maior emergência médica do Nordeste. Lá ele fez um excelente trabalho quando a saúde estadual passou pelo processo de reestruturação. Nossa reportagem tentou ouvi-lo mas não tivemos êxito.

Sessão da Câmara com orçamento e reajuste de servidores na pauta

O reajuste dos vencimentos dos servidores públicos municipais efetivos, ocupantes de cargo de nível superior da área de saúde, e o orçamento do Poder Legislativo municipal para o exercício financeiro de 2016 são alguns dos projetos que entrarão em votação na 50ª reunião da 3ª sessão legislativa ordinária que a Câmara Municipal de Caruaru realiza às 20h desta terça-feira (22).

Além desses projetos, os vereadores votam ainda quatro projetos de decreto legislativo, trinta e dois requerimentos e duas indicações. Os projetos de decreto legislativo são para a concessão de honrarias a pessoas que se destacaram em suas áreas de atuação, como a empresária e bailarina Sinara Kataline, o Cap. PM Edmilson José da Silva (relações públicas do 4º BPM) e o promotor de Justiça Paulo Augusto de Freitas Oliveira.

Dos trinta e dois requerimentos que serão votados hoje, seis são reiterações, ou seja, proposituras já aprovadas em plenário, mas ainda não executadas pela prefeitura, como a do vereador Edjailson da Caru Forró (PTdoB), que solicita novamente a implantação do Vale Cultura Municipal. As outras cinco reiterações são de autoria do vereador Edmilson do Salgado (PCdoB), que reivindica, mais uma vez, colocação de asfalto nas ruas Padre Cícero Romão, Valdomiro Manoel da Silva, Senhor do Bonfim, São Salvador e General Estilac Leal, todas no Salgado.

Entre os demais requerimentos, destaque para os do vereador Lula Tôrres (PR), que solicita a implantação de binário nas ruas Bento de Farias, Marquês do Paraná e Martins Afonso, no Bairro São Francisco, e do vereador Rodrigues da Ceaca (PRTB), que pede revitalização da Ponte Irmã Maria Jerônima.

Infraestrutura é também o foco dos requerimentos da vereadora Rosimery da Apodec, que apela pela reforma na Praça Geraldo Nóbrega Borba, no Bairro Petrópolis, e do vereador Heleno do Inocoop (PTdoB), que reivindica construção de Unidade de Saúde da Família e terraplanagem em ruas do Loteamento Parque da Cidade, além de construção de creche no Loteamento Morada Nova, nas Rendeiras. Já o vereador Edjailson da Caru Forró pede, também para as Rendeiras, a conclusão da UPA, enquanto que o vereador Alecrim (PSD) solicita fiscalização de trânsito na Rua Alferes Jorge, no Indianópolis, e remoção dos ferros e correntes nos estacionamentos públicos localizados na Rua Tiradentes, no centro da cidade.

Destaque ainda para os requerimentos do vereador Gilberto de Dora (PSB), que solicita saneamento básico e revitalização da praça da Vila de Lajedo do Cedro, no IV Distrito, além de construção de praça e quadra poliesportiva ao lado da Escola Cristina Tavares, na Vila Padre Inácio.

Também em votação na reunião desta terça duas indicações: uma do vereador Heleno do Inocoop, que solicita do Estado reforço na frota de caminhões-pipa para a Unidade Regional Agreste Central da Compesa, e a outra do vereador Edjailson da Caru Forró, que também direciona ao Estado apelo pela realização de um mutirão de carros-pipa para abastecimento nos bairros mais afetados e áreas rurais de Caruaru.
A súmula com a Ordem do Dia está disponível no Portal da Câmara – www.camaracaruaru.pe.gov.br.

ARTIGO: Como reverter a desmotivação no emprego e o medo da crise?

Por Erik Penna

Há algum tempo, fiz um curso de teatro como forma de aprimorar minha performance no palco e um fato me marcou para sempre. O professor sorteou 10 pessoas para ir ao palco e se apresentar ao grupo. Os cinco primeiros participantes falaram de forma envergonhada e confusa só para dizer o próprio nome, cidade onde moravam e o objetivo de fazer o curso. Lembro-me bem que o quinto a falar tremia e gaguejada tanto, que não conseguiu concluir.

Após esse fato, o professor abriu a porta de um armário que ficava ao lado do palco e pediu que os cinco próximos colegas se apresentassem com uma das fantasias que ali estavam para livre escolha. O resultado foi impressionante, diferente e melhor, com apresentações bem mais naturais, descontraídas e efetivas. Então o professor explicou que o segundo grupo havia sido melhor porque usou as fantasias e, ao entrar no personagem, deu um show no momento de falar sobre si.

Hoje, levo esse conceito da interpretação para dentro das organizações, principalmente para aquelas pessoas que convivem com a crise e, momentaneamente, não conseguem conquistar bons resultados.

Outro dia, fui numa empresa ministrar um desses treinamentos e um vendedor que integrava a equipe e que estava nitidamente abatido e cabisbaixo, pediu para falar comigo em separado. Ele me disse: “Erik, a crise econômica afetou os meus resultados aqui na loja, os clientes sumiram, as vendas despencaram, minha comissão quase zerou e eu já chego ao trabalho preocupado com as contas lá de casa. Como eu faço para abordar o cliente de forma motivada se não estou motivado e vivencio tantas agruras atualmente? Quer que eu minta ao cliente dizendo que está tudo lindo e maravilhoso?”.

Escutei atentamente e perguntei a ele: “Você já fez aula de teatro ou já foi pra Disney alguma vez?”. E ele respondeu: “Sim, já fui pra Disney uma vez com minha família e foi inesquecível, ficamos encantados. E me lembro como se fosse hoje o momento em que minha filha encontrou o Mickey e abraçou as princesas”.

E eu disse a ele: “Sabia que a Disney recebeu no ano passado mais de 132 milhões de clientes em seus parques espalhados pelo mundo? Eu mesmo conheço milhares de pessoas que foram lá e, curiosamente, até hoje nunca escutei de ninguém qualquer tipo de reclamação por ter interagido lá com algum personagem desmotivado. Imagine, então, qual é um dos segredos para esta tamanha energia dos colaboradores e motivação sempre 100%?”.

É que os funcionários sabem que estão representando o personagem, como o Mickey, por exemplo, recebem um intenso treinamento e, por isso, têm a consciência de que estão apresentando um show. Portanto, são tradados como membros do elenco e devem ter um desempenho otimista e primoroso quando estiverem diante dos visitantes. Imagino que, o indivíduo que está fantasiado e personificando, deve ter problemas pessoais e profissionais, mas o personagem Mickey não tem, portanto, encanta e atua continuamente de forma calorosa e entusiasmada.

Ele disse: “É verdade Erik, você tem razão, eu nunca havia pensado nisso”.
Neste momento, eu peguei um boné com a logomarca da loja que ele trabalhava, coloquei na cabeça dele e disse: “E agora, você precisa fazer o mesmo. Sugiro que passe a representar aqui um personagem chamado VENDEDOR NOTA 10. Amanhã, quando você adentrar a loja, lembre-se que estará participando de um espetáculo, precisará dar um show de atendimento e representar este personagem. Atue de forma alegre, motivada e convincente”.

Para finalizar, comentei: “Ah, e quando seu expediente acabar e o show terminar, ao sair para casa você tem todo o direito de deixar seu traje/boné na portaria e levar seus problemas embora com você. Mas lembre-se: amanhã terá que dar outro show diante de seus clientes e, se assim o fizer, com toda certeza seus resultados se agigantarão”.

ARTIGO: Como treinar os profissionais que constroem a reputação da empresa

Por Arley Ribeiro

Trabalhar numa multinacional, muitas vezes, dependendo do cargo, é necessário viajar pelo Brasil e mundo afora visitando clientes e outras filiais da empresa que representamos.

Em certa ocasião, visitei clientes em Salvador. Ao entrar num importante distribuidor, parei na portaria para me identificar e não consegui ver o segurança, pois ele estava atrás de um vidro escurecido. Ele me perguntou pelo sistema de som se eu tinha cadastro e pediu meu número de RG. Alguns segundos depois de eu responder, ele abriu a porta, saiu da guarita sorrindo com um crachá na mão e disse: “Seja bem vindo, Sr. Arley! Eu vi no sistema que o senhor só veio aqui no ano passado, venha mais vezes nos visitar”. Agradeci e segui para a recepção.

Ao chegar, me identifiquei para a recepcionista e ela me pediu para sentar “um minutinho”. Coloquei minha mochila na cadeira e segui para tomar um café. Ela logo se levantou, me pediu para esperar e disse que iria buscar um café “fresquinho, direto da cozinha”.

Ao ser atendido pelo responsável pelo setor de compras, fiz algumas observações a respeito da simpatia com que fui atendido pelos seus funcionários da portaria e recepção. “Ok, obrigado”, ele respondeu, “mas eles são terceirizados, não são nossos funcionários de fato, apesar de passarem pelo mesmo treinamento que todos aqui”.

Isto me fez pensar um pouco. Muitas empresas investem em treinamento pesado, principalmente para as equipes de vendas, pois estas estão em contato com os clientes e precisam “passar uma boa imagem”. Mas a verdade é que a imagem da empresa é construída pela recepcionista, pela faxineira, pelo presidente, pelo guarda-noturno, pelo motorista que faz a entrega, enfim, por todos que trabalham ou prestam serviço para a companhia.

Tratando-se de reputação, todos são igualmente importantes. Mas, a grande pergunta é: como fazer com que 100% das pessoas ligadas à companhia consigam transmitir uma imagem positiva do lugar em que trabalham? Treinamento é a ferramenta que deve ser utilizada, mas existe um ingrediente que o torna eficaz.

Lembro do meu primeiro dia de trabalho em uma importante multinacional, quando eu aguardava numa sala com funcionários recém-contratados de todos os níveis. Estávamos esperando o Vice-Presidente chegar para falar conosco. Quando ele chegou, estava acompanhado de uma senhora da limpeza.

Meio sem jeito, ela disse que trabalhava na empresa há mais de 25 anos, que tinha criado filhos e netos trabalhando lá, que todos eram bons com ela, mas que cobravam muito para que todas as áreas estivessem muito limpas. E ela se esforçava muito para deixar tudo brilhando não pela cobrança, mas pelo fato dela gostar muito de trabalhar ali.

Assim que ela saiu, o Vice-Presidente iniciou sua fala dizendo: “Não creio que eu tenha muita coisa a falar depois desse depoimento, tenho…?” Não, realmente não tinha…

As empresas só podem treinar seus funcionários para divulgar uma imagem positiva se conseguirem transmitir uma mensagem não só para suas mentes, mas também para seus corações. Os funcionários precisam, de acordo com cada função, conhecer seu trabalho, as normas internas, os produtos da empresa, dominar os equipamentos de produção e receberem treinamento sobre as vantagens de seus produtos. A construção da reputação da empresa não vem só disso, mas também do fato de colocar sentimento em tudo o que é feito, e por parte de todos os funcionários.

Para que este objetivo seja compreendido e multiplicado por todos, é necessário depositar sempre sentimentos em todos os treinamentos que são efetuados. Depoimentos de funcionários antigos, de pessoas que superaram barreiras para continuar trabalhando lá, ou mesmo de experiências vividas dentro da companhia, são fundamentais em todo em qualquer treinamento. Um ser humano em geral é facilmente motivado por outro!

É claro que a empresa precisa ter uma cultura vencedora e sua comunicação corporativa deve estar ajustada com seus objetivos e produtos. A ética é fator fundamental no dia-a-dia, mas tudo isso é mais rapidamente conseguido por funcionários que gostam do lugar onde trabalham.

O mais interessante é que a empresa não precisa ser perfeita, pois mesmo as mais amadas do mundo pelos funcionários não são, isso não existe. Entretanto, seus erros são entendidos e corrigidos pelos que trabalham lá, e a reputação positiva não é abalada por percalços naturais que qualquer organização enfrenta naturalmente!

Vereadora denuncia acúmulo de lixo

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A vereadora Rosimery da Apodec (DEM) fez uma visita, na manhã desta terça-feira (22) à rua Espírito Santo, no Bairro Santa Rosa, próximo à Penitenciária Juiz Plácido de Souza. Ela havia recebido reclamações de acúmulo de lixo no local. As denúncias foram confirmadas e a vereadora, impressionada com a quantidade de detritos jogados na rua, registrou o problema.

“Essa situação é um absurdo e ainda me informaram que a Locar, empresa contratada pela prefeitura para fazer a coleta, só disponibiliza uma caçamba – que nem estava aqui – quando seriam  necessárias três, para armazenar todo esse lixo, composto em grande parte por entulho de construção”, disse a vereadora, que vai dar encaminhamento ao problema através de requerimento.

Lula Tôrres acompanha Dia da Árvore com Prefeito

Na manhã desta segunda-feira (21) o Vereador Lula Tôrres esteve participando de uma ação referente ao Dia da Árvore, com os alunos do Colégio Criativo no Parque Botânico do Bairro São Francisco. Durante as atividades, Lula acompanhou os musicais, histórias e demais acontecimentos que envolveram os alunos.

No fim da manhã, o Prefeito José Queiroz esteve presente para conversar com os alunos sobre a importância do dia da árvore e durante o breve discurso, falou também sobre o grande espaço verde que é o Parque do São Francisco, luta do Vereador Lula Tôrres na Câmara desde a década de 1990.

Lula Tôrres destaca a importância da comemoração ao dia da Árvore. “Conscientizar os nossos pequenos da grande relevância que a natureza tem, é essencial hoje em dia num mundo em que eles passam cada dia mais online do que off-line, conhecendo o que há lá fora. E fazer isso no Parque do São Francisco só ilustrou mais ainda. O Colégio Criativo está de parabéns”.

Humberto quer acelerar migração das rádios AM para FM

Em um grande encontro em Brasília, onde foi homenageado pela Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e TV (Abert), o líder do PT no Senado, Humberto Costa, ouviu dos dirigentes do setor um apelo para que o Governo Federal acelere a migração das rádios de frequência AM para FM. Segundo a entidade, a metodologia utilizada pelo Ministério das Comunicações para precificar as emissoras tem impedido a continuação do processo.

Em novembro de 2013, Dia do Radialista, a presidenta Dilma Rousseff assinou o Decreto nº 8.139, por meio do qual facultou às rádios AM que operam na faixa de ondas médias (locais, regionais e nacionais) a adaptação da outorga, a título oneroso, para o serviço FM. Das 1.781 emissoras AM em ondas médias do país, 1.386 optaram pela migração, ou seja, 78%. Somente em Pernambuco, foram 33 das 41 ou 80,5%.

“O Ministério das Comunicações iniciou os estudos para o estabelecimento dos valores a serem pagos pelas emissoras que adaptarão suas frequências, mas, por algumas questões de metodologia, não deu sequência. O trabalho parou”, explicou Daniel Slaviero, presidente da Abert.

O senador Humberto Costa, que recebeu posteriormente os representantes da entidade para uma reunião em seu gabinete, se comprometeu a conversar com o ministro das Comunicações, Ricardo Berzoini, sobre o tema. “Vou falar com o ministro para saber quais os entraves. Realmente, se os preços praticados para essas migrações forem muito elevados, isso vai inviabilizar a migração. E nós precisamos acelerá-la”, afirmou o líder do PT.

O setor assegura que está disposto a pagar um preço razoável e compatível com a realidade econômica atual para dar sequência ao processo. “Resta, então, fechar o entendimento sobre essa metodologia para que nós consigamos dar efetivo cumprimento ao decreto presidencial, que não pode ser paralisado pela falta de um entendimento”, defende Humberto, que deve propor uma audiência pública no Senado com a presença do ministro Berzoini para discutir o assunto.

Por apoio, presidente cogita dar Ministério da Saúde ao PMDB

Da Folha de S. Paulo

Após a cúpula do PMDB se recusar a indicar nomes para a nova equipe que a presidente Dilma Rousseff está montando, o governo passou a cogitar entregar o Ministério da Saúde ao partido, ampliando a influência do aliado.

Na manhã desta segunda (21), Dilma ouviu do vice-presidente, Michel Temer, e dos presidentes do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), e da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), que eles preferiam deixá-la à vontade para escolher os novos ministros.

Diante da recusa, emissários da presidente começaram a discutir a ampliação do espaço do PMDB para evitar seu desembarque definitivo da base aliada.

O gesto da cúpula peemedebista preocupa o Planalto, que o vê como novo sinal de caminhada ao rompimento.

Em novembro, o PMDB vai discutir em um congresso se mantém o apoio à presidente ou se entrega seus cargos, tendência hoje majoritária.

Para assessores palacianos, Dilma precisa fortalecer o PMDB, oferecendo-lhe um ministério de peso da área social.

Hoje, a sigla ocupa as pastas de Minas e Energia, Turismo, Agricultura, Pesca, Portos e Aeroportos. Mas os principais cargos estão com o PT ou são ocupados por nomes da cota pessoal de Dilma.

No desenho de assessores presidenciais, a Saúde seria oferecida ao PMDB do Rio. O governador Luiz Fernando Pezão esteve com a petista nesta segunda-feira (21).

Nas conversas com alguns dos principais líderes do partido, Dilma só fez consultas genéricas sobre nomes. À noite, um peemedebista afirmou à Folha que o ministério, hoje ocupado pelo petista Arthur Chioro, está sim “sobre a mesa” de negociações.

DISCURSO

Temer foi o primeiro a dizer a Dilma que não faria indicações. Depois, Renan repetiu o discurso, afirmando que não cabia a ele, presidente do Senado, sugerir nomes e que preferia discutir medidas para melhorar as contas.

Dilma também ligou para Cunha, que foi na mesma linha. O presidente da Câmara rompeu com o governo em julho, quando foi denunciado pelo Ministério Público na Lava Jato e acusou o governo de estar por trás da ação.

Foi justamente a reação combinada dos três o que assustou o Planalto.

Além do risco de desembarque, há um outro agravante. Cunha tem o poder de dar andamento aos pedidos de impeachment.

A presidente manifestou a assessores a disposição de anunciar ainda nesta semana sua reforma administrativa, podendo deixar nomes de escolhidos para as novas pastas para a semana que vem.

Nas conversas com o PMDB, disse estar disposta a adiar para sexta sua ida à Nova York para resolver a reforma. A previsão inicial era de embarque nesta quarta (23).

Ela estava sendo aconselhada por assessores a deixar todo o processo para a próxima semana a fim de evitar atritos com sua base aliada.

MUDANÇAS

No desenho inicial imaginado pela presidente, o PMDB corre o risco de perder duas de suas atuais seis pastas. Portos deve ser fundido com a Aviação Civil; e a pasta da Pesca seria incorporada na da Agricultura.

Da cota do PT, o governo deve fundir três secretarias hoje com status ministerial: Direitos Humanos, Igualdade Racial e Mulheres.

Perdem o título de ministério o Gabinete de Segurança Institucional, a Secretaria de Assuntos Estratégicos e a de Relações Institucionais. Por último, vai extinguir o Ministério da Micro e Pequena Empresa.

OPINIÃO: Ser jovem é, cada dia mais, um ato revolucionário!

Por JOSÉ FRANCISCO RODRIGUES NETO*

A luta juvenil tem sido cada vez mais árdua nos últimos tempos. A tentativa de subtrair os avanços adquiridos tem se tornado algo cotidiano e, com isso, nós, jovens, devemos nos fortalecer como tais, de maneira ainda mais intensa.

Tentam, a todo custo, diminuir a identidade que tantos e tantas jovens conseguiram durante anos de lutas por causa de fundamentalismos individuais.

Primeiro, viramos apenas força de trabalho. Colocar o jovem e a jovem em um subemprego é uma maneira de contemplar as Políticas Públicas de Juventude, uma vez que todos e todas têm as mesmas chances e oportunidades, logo, todo mundo pode ser bem-sucedido na vida. Mas, todo/a jovem é igual? Um ser de fácil molde que é só dar uma receita que ele seguirá à risca e o sucesso é garantido? Meritocracia é ótima… para quem usufrui dela.

Depois, todos nós viramos insanos e insanas em querer mudar isso. Arrisco-me a dizer que porcentagens altas de jovens ouviram respostas negativas e tiveram sonhos cortados pela raiz quando disseram aos pais e mães que queriam ser artistas, cantores e cantoras, dançarinos e dançarinas, artesãos e artesãs e, como resposta, tiveram sonoros “Vai arrumar algo que preste pra fazer!” ou “Isso lá dá dinheiro!” emendados em “Por que tu não inventa de estudar medicina que nem o filho de fulano?”. E assim potenciais construtores e construtoras de cultura em nosso país se iam e o Brasil se empobrecia.

Mais recentemente, nos tornamos marginais. Na verdade, marginalizaram tantos e tantas que certos representantes querem colocar para debaixo do tapete por não fazerem parte de sua “crença”. Preferem investir em presídios a escolas. Preferem achar que muitos são potenciais bandidos do que acreditar em potenciais cidadãos e cidadãs com condições de contribuir com seu lugar. Preferem tratar a violência como causa, não como consequência. Apesar de eles e elas dizerem que todos e todas poderão ser punidos e punidas com isso, sabemos aonde essa política de repressão chegará: pobre e que mora em periferia e, em sua maioria, preto. Não falo em discurso comum, mas em fatos.

Diante disso, dessas tomadas à força das conquistas de acesso à cultura, ao trabalho digno, à participação cidadã e tantos outros direitos, digo que ser jovem e ir de encontro a todo esse discurso de desconstrução é, sim, um ato revolucionário!
Certa vez, ouvi de um senhor que não deveríamos repercutir essa imagem de que a juventude é “coitadinha” por exigir demais direitos e que o mundo se “virou” muito bem antes disso.

Acho que ele não entendeu que o mundo avançou e muda dia a dia. Os sujeitos que antes eram invisibilizados, agora estão colocando a cara pra luta.

Os negros, que só eram considerados favelados, agora retomam seu lugar que, historicamente, foi usurpado. Gays, lésbicas, transexuais e bissexuais, que eram motivo de chacotas, agora estão na luta para uma sociedade mais justa. Os jovens e as jovens que são egressos e egressas de medidas socioeducativas, e que são tratados como detentores de pena perpétua pelo que fizeram, agora mostram que são dignos de estar nessa construção social. Os jovens e as jovens de religião de matriz africana se sentem orgulhosos e orgulhosas de sua identidade.

Bem, se estar junto com os e as jovens que a elite tentou invisibilizar ao longo de centenas de anos é ser coitadinho, muito prazer, aqui está mais um!

Encerro com a frase do grande professor Boaventura de Sousa Santos: “Temos o direito de ser iguais quando a nossa diferença nos inferioriza; e temos o direito de ser diferentes quando a nossa igualdade nos descaracteriza”.

*José Francisco Rodrigues Neto é gerente de Juventude da Prefeitura de Caruaru

Publicação exalta perfis dos ex-governadores de Pernambuco

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Em cerimônia no Salão das Bandeiras, Câmara ressaltou papel desempenhado pelos ex-gestores (Foto: SEI)

O Governo do Estado abriu, nesta segunda-feira (21), as portas de sua sede para o lançamento do livro “Os governadores de Pernambuco – Breve história”, do escritor Jorge José Santana. A publicação promove o resgate de pontos importantes da história política pernambucana por meio dos perfis dos homens que administraram o Estado. O ato contou com a presença de ex-gestores e de seus familiares.

Em uma cerimônia no Salão das Bandeiras, o governador Paulo Câmara ressaltou a importância da valorização das raízes pernambucanas e o papel fundamental desempenhado pelos ex-governadores. “É uma obra importante que reflete a história de Pernambuco. E os governadores fazem parte desse processo. Pernambuco sempre se destacou pelas lutas libertárias do seu povo e por seus políticos. Se Pernambuco, hoje, é grande e forte, isso tem uma contribuição fundamental do seu povo e dos seus governantes”, pontuou.

Nas 400 páginas, a publicação apresenta um recorte da história política de Pernambuco, de 15 de novembro de 1989 a 31 de dezembro de 2014. Para escrever o livro, o autor, que é natural do Recife, pesquisou os sucessos e as frustrações dos ex-governadores. Através de uma precisa cronologia dos fatos, a pesquisa incluiu periódicos e anotações da época.

Jorge José Santana explicou que a publicação começou a ser feita durante conversas com amigos. “Confesso que tenho sido, nesses últimos anos, uma espécie de caçador de histórias de vida, principalmente de figuras que, pela sua perseverança, tenham realizado trabalhos dignos de serem registrados”, contou o autor.

Entre os nomes que constam da publicação estão, entre outros, os ex-governadores Roberto Magalhães, Marco Maciel, José Ramos, Joaquim Francisco, Jarbas Vasconcelos, Mendonça Filho, Eduardo Campos e João Lyra Neto.

Roberto Magalhães, que representou os ex-governadores no ato, ressaltou a coragem dos homens que ocuparam o mais alto cargo do Executivo estadual. “Deste Palácio do Campo das Princesas muitos foram os que comandaram Pernambuco com dedicação e coragem, emprestando o melhor de si a serviço do Estado”, salientou.