Preso na Lava Jato ganha liberdade após delação 

O juiz federal Sérgio Moro, da 13ª Vara Federal em Curitiba, homologou hoje (26) mais um acordo de delação premiada na Operação Lava Jato. A pedido do Ministério Público Federal (MPF), Moro validou os depoimentos de coloboração de João Antônio Bernardi Filho, preso na 14ª fase da Lava jato, deflagrada em junho. Em troca das declarações, o acusado ganhou o direito de responder às acusações em liberdade.

Entre as cláusulas que constam no acordo com o MPF, Bernardi Filho deverá devolver aos cofres públicos R$ 3 milhões, dos quais 80% serão destinados à Petrobras e 20% aos órgãos de investigação da Lava Jato. Bernardi também assinou compromisso no qual se comprometeu a comparecer a todos os atos judiciais e a não mudar de endereço sem autorização do juízo.

Nos depoimentos, o delator detalhou aos investigadores sua relação com ex-diretor de Serviços da Petrobras Renato Duque. João Bernardi foi denunciado pelo MPF, por suposto pagamento de propina a Duque para favorecer a petroleira italiana Saipem.

Bancários encerram greve 

Os bancários de todo o país encerraram nessa segunda-feira (26) a greve da categoria, que durou 21 dias. Segundo a Confederação Nacional dos Trabalhadores de Ramo Financeiro (Confraf), 60% das agências estavam paradas desde o dia 6 de outubro. Os trabalhadores dos estados de Mato Grosso e de Roraima decidiram continuar em greve.

A maior parte dos bancários, em assembleias na noite de ontem, aceitou o acordo proposto pela Federação Nacional dos Bancos (Fenaban), que ofereceu reajuste de 10% sobre os salários, a participação nos lucros e resultados (PLR) e o piso da categoria.

Com o reajuste de 10 % sobre a PLR, os bancários garantiram que a parcela adicional será de 2,2% do valor do lucro líquido, distribuído linearmente.

Também foi proposto um reajuste de 14% para os vales-refeição e alimentação. Os bancos aceitaram abonar parte das horas não cumpridas durante a greve e os funcionários vão trabalhar uma hora a mais até o dia 15 de dezembro. Alguns sindicatos promovem assembleias nesta terça-feira (27) para decidir sobre o retorno às atividades

Lula tem maior aceitação e rejeição, aponta pesquisa Ibope

Pesquisa do Ibope divulgada pelo jornal O Estado de São Paulo nesta segunda-feira (26) avaliou o potencial de votos de alguns personagens políticos que podem vir a disputar a Presidência em 2018: Lula (PT), Aécio Neves (PSDB), Marina Silva (Rede), Geraldo Alckmin (PSDB), José Serra (PSDB) e Ciro Gomes (PDT). A rejeição ao ex-presidente aumentou para 55% – em maio de 2014, 33% dos entrevistados disseram que não votariam em Lula de jeito nenhum. Contudo, o antecessor de Dilma apresentou o maior índice de aceitação entre os eleitores, 23% afirmam que votariam em Lula com certeza.
Em maio de 2014 este índice era de 33%.

Também aumentou o percentual daqueles que disseram que não votariam de jeito nenhum no senador tucano Aécio Neves (de 42% para 47%), em Marina Silva (de 31% para 50%) e em José Serra (de 47% para 54% em dois anos). Não há dados comparativos para Geraldo Alckmin e Ciro Gomes, e ambos apresentam 52% de rejeição. O cenário demonstra que, embora a imagem do ex-presidente venha se desgastando, isso não tem se refletido em intenções de votos nos demais possíveis candidatos.

O senador Aécio Neves aparece com a segunda maior taxa de intenção de votos, com 15%, seguido por Marina Silva (11%), José Serra (8%), Geraldo Alckmin (7%) e Ciro Gomes (4%).

Apesar de ter concorrido à Presidência em 2002, Ciro Gomes é o candidato mais desconhecido pelos entrevistados: 24% disseram “não conhecer o suficiente” o pedetista, seguido por Geraldo Alckmin (16%), José Serra (11%), Marina Silva (10%), Aécio Neves (9%) e Lula (2%).

Entre os três possíveis candidatos tucanos – Aécio, Alckmin e Serra –, o senador paulista é o que apresenta a maior rejeição: 54% dos entrevistados disseram que não votariam de jeito nenhum em José Serra.

A pesquisa foi realizada entre os dias 17 e 21 de outubro. As taxas não somam 100% pois os entrevistados podiam apontar que votariam com certeza em mais de um candidato ou em nenhum deles.

Ministro do Turismo defende legalização de cassinos e bingos 

O ministro do Turismo, Henrique Alves (PMDB-RN), assumiu, hoje, a defesa pública de uma proposta que até então vinha sendo tratada de forma discreta pelo Palácio do Planalto: a legalização dos jogos de azar. Em um almoço com empresários em São Paulo promovido pelo Grupo de Líderes Empresariais (Lide), o peemedebista defendeu que os cassinos voltem a funcionar no Brasil depois de quase 70 anos. A proibição dos jogos de azar foi estabelecida por decreto em abril de 1946 pelo presidente Eurico Gaspar Dutra.

Depois de dizer que apresentou a proposta ao ministro Ricardo Berzoini, da Secretaria de Governo, Alves citou o caso do Uruguai para ilustrar sua tese. “No hotel Conrad, no Uruguai, por exemplo, o cassino é a sua principal praça. Saem de São Paulo semanalmente três voos lotados para lá. E 70% da frequência do hotel é de brasileiros”, afirmou. Ainda segundo o ministro, o projeto está em fase de estudo pelo governo.

Alves reconheceu, entretanto, que a proposta sofre muitas resistências dos setores mais conservadores, especialmente da igreja. Em setembro a presidente Dilma Rousseff consultou ministros e líderes da base aliada para saber se a legalização de bingos e cassinos seria bem recebida pelo Congresso Nacional.

A ideia é usar a taxação sobre cassinos, apostas na internet e bingos para incrementar a receita da União. “Não há sinalização do governo. Eu é que tomei a iniciativa”, disse o ministro. “Dos 194 países que compõem a ONU, em 156 os jogos de azar são legalizados, tendo os cassinos como fonte principal. Do restante que não tem, 75% são países islâmicos”, finalizou o peemedebista.