Alerta: diabéticos não podem descuidar da saúde da visão

No dia 8 de outubro é comemorado o Dia Mundial da Visão e uma pesquisa divulgada pela Sociedade Brasileira de Retina e Vítreo (SBRV) revelou um dado alarmante: o brasileiro só procura um oftalmologista quando está com algum problema. Apesar das inúmeras informações disponíveis na internet, a falta de exames preventivos leva pacientes a descobrirem doenças graves, que podem causar cegueira irreversível, apenas quando as mesmas já se encontram em estágios mais avançados.

É o caso do diabetes, doença crônica provocada pelo mau funcionamento do pâncreas. Segundo a médica oftalmologista Tania Schaefer, o que muitos não sabem é que o diabetes tem forte relação com a saúde ocular. “Além de provocar várias alterações no organismo, o diabetes afeta o aparelho visual de maneira significativa, trazendo complicações à córnea, podendo levar à catarata e ao glaucoma”, esclarece a médica. Além disso, a doença provoca a retinopatia diabética, a maior causa de cegueira permanente em indivíduos economicamente ativos.

Um levantamento do Conselho Brasileiro de Oftalmologia (CBO) realizado em 2012, mostrou que o paciente diabético tem quase 30 vezes mais chance de tornar-se cego do que um paciente não diabético. Cerca de 50% dos portadores de diabetes desenvolverão algum grau de retinopatia diabética ao longo da vida.

É importante destacar que a perda visual provocada pelo diabetes costuma ser um sintoma tardio da doença. “Mesmo que o paciente diabético apresente uma boa acuidade visual, é fundamental o acompanhamento oftalmológico”, destaca a médica oftalmologista Tania Schaefer.

Outro grupo de risco são as grávidas, que devido ao grande aumento hormonal, podem apresentar alterações como olho seco, doença hipertensiva específica da gravidez e diabetes gestacional. “As grávidas devem ser rigorosamente acompanhadas por uma equipe multidisciplinar, pois o risco de cegueira permanente é grande”, alerta.

A médica lembra que é muito comum o paciente descobrir o diagnóstico de diabetes por meio de exames oftalmológicos, já que em determinadas pessoas, os sintomas da doença demoram a ser percebidos. “Pelas inúmeras complicações que o diabetes traz ao organismo e à saúde ocular, o diagnóstico precoce, a prevenção e a mudança de hábitos são fundamentais no controle e tratamento da diabetes”, destaca Tania Schaefer.

Tragédia anunciada

Por DANIEL CERQUEIRA
De O Globo

A ideia ingênua é que se o Estado não consegue garantir a segurança das pessoas, o cidadão armado garantirá a segurança de sua família. Nada mais equivocado

Na Câmara dos Deputados, está se urdindo a aprovação de um projeto de lei (PL) que visa desmantelar o Estatuto do Desarmamento, uma lei que ajudou a salvar milhares de vidas pelo Brasil afora. Entre outros elementos, propõe-se que cada cidadão possa adquirir até seis armas de fogo e portá-las nas ruas.

O apelo à aprovação deste PL surge no rastro da sensação de insegurança que atormenta as famílias brasileiras. Neste cenário, a ideia ingênua é que se o Estado não consegue garantir a segurança das pessoas, o cidadão armado garantirá a segurança de sua família. Nada mais equivocado, de acordo com as evidências científicas.

Várias pesquisas internacionais mostraram que o risco de alguém sofrer homicídio ou suicídio em um domicílio onde haja arma de fogo é cerca de três vezes maior. Os professores das Universidades de Chicago e de Duke, Ludwig e Cook, demonstraram não apenas o efeito da difusão das armas de fogo para fazer aumentar os homicídios, mas desconstruíram o mito de que os criminosos seriam dissuadidos a cometer crimes pelo cidadão armado. Pelo contrário, eles verificaram que a arma de fogo dentro do lar está associada a uma maior probabilidade de roubos. Numa pesquisa publicada pelo Instituto Brasileiro de Ciências Criminais (IBCCRIM), apurou-se que as chances de um cidadão armado que foi vítima de roubo ser assassinado é 56% maior do que a vítima desarmada.

Se no plano individual a posse da arma de fogo, em vez de garantir a segurança, confabula a favor de um maior risco de vitimização fatal do seu dono e familiares, existem ainda as consequências sociais da corrida armamentista, que ocorrem por dois caminhos. Em primeiro lugar, milhares de homicídios são ocasionados por conflitos interpessoais, entre os quais brigas de bar, no trânsito etc. Muitas vezes, é justamente o cidadão comum que, num momento de raiva, com uma arma de fogo na mão, mata o outro e assim desestrutura duas famílias, a sua própria e a do morto. Em segundo lugar, quanto mais armas houver no mercado legal, mais roubos e extravios ocorrem, que ajudam a irrigar o mercado ilegal e fazem com que o preço das armas diminua aí, permitindo que os criminosos mais desorganizados (e perigosos) tenham acesso a esse instrumento. De fato, pesquisa do Instituto Sou da Paz com o Ministério Público de São Paulo mostrou que 38% das armas apreendidas pela polícia, envolvidas em casos de homicídios ou roubos, haviam sido registradas.

Três teses de doutorado em Economia da FGV, PUC e USP encontraram resultados inequívocos: quanto maior a difusão de armas de fogo, maior a taxa de homicídios. No Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), fizemos vários estudos sobre o tema e concluímos que a cada 1% a mais de armas nas cidades, a taxa de homicídios aumenta 2%. Mostramos, ainda, evidências de que o Estatuto do Desarmamento ajudou a salvar milhares de vidas desde 2004.

Contudo, o controle responsável das armas de fogo no país, ainda que seja um elemento crucial a favor da segurança de todos, não é uma panaceia. Há que se avançar muito para termos um Sistema de Justiça Criminal mais eficiente. Por outro lado, temos que investir seriamente nas nossas crianças e jovens, de modo que o menino de hoje não seja o bandido de amanhã. Muito resta a fazer. A miséria da segurança no Brasil nasce quando as leis são feitas sem levar em conta as evidências empíricas e o conhecimento acumulado na academia científica, como é o caso da proposição a um passo de ser aprovada na Câmara dos Deputados.

Comerciantes querem aproveitar demanda do Dia de Finados

Por PEDRO AUGUSTO
Do Jornal VANGUARDA

Em tempos de crise, qualquer data comemorativa tem sido bastante aguardada pelos mais variados setores do comércio. Dois em especial, mais precisamente as floriculturas e as vidraçarias, estão depositando no Dia de Finados – celebrado nesta segunda-feira (2), em todo o país – as suas fichas para dar uma incrementada no faturamento a dois meses do término de 2015. Durante a manhã da última terça-feira (27), a equipe de reportagem do VANGUARDA esteve circulando por alguns estabelecimentos especializados na venda de produtos temáticos e as estimativas repassadas pelos comerciantes não foram nada otimistas. Mesmo assim, a intenção é aproveitar ao máximo a demanda extra tradicionalmente contabilizada.

Proprietária de quatro bancos na Feira de Flores do Parque 18 de Maio, no centro de Caruaru, a autônoma Terezinha Souza espera vender cerca de 10% a menos em relação ao Dia de Finados do ano passado, porém está fazendo questão de não reclamar. “Diante dessa crise em que todo o comércio vem atravessando, todo movimento extra já é muito bem-vindo. Se provavelmente não iremos vender mais em comparação a 2014, ao menos deveremos observar uma procura maior pelas flores em relação às semanas anteriores. As vendas estão tão fracas que neste ano encomendamos uma quantidade menor de produtos”, avaliou Terezinha.

Sua concorrente, a também autônoma Sueli Rodrigues, mostrou-se um pouco mais animada em comparação a Terezinha. Ela está apostando no poder da tradição da data.

“O Dia de Finados costuma mobilizar um grande volume de pessoas, que fazem questão de visitar os túmulos de seus parentes com buquês e arranjos de flores, e neste ano não deverá ser diferente. É claro que com essa crise elas irão procurar por produtos mais baratos, porém não acreditamos que as vendas irão diminuir, pelo menos no meu banco. Dentre as flores que deverão ser mais procuradas, destaque para as rosas, lírios, monsenhores e gladíolos.”

Na Vidraçaria Oliveira, onde nesta época há geralmente uma extensa demanda por molduras, quadros e imagens de santos, a projeção de vendas não se encontra tão otimista. Pelo contrário. De acordo com a proprietária Josefa Lina, a expectativa em 2015 é comercializar 15% a menos em relação ao Dia de Finados do ano passado. “Em 2014, o movimento já não tinha sido lá essas coisas, imagine agora com a intensificação dessa crise?

Em 32 anos de comércio, nunca tínhamos passado por dificuldades tão grandes conforme estamos atravessando atualmente. Sendo assim, nossas expectativas não são as melhores, porém esperamos vender um pouco mais neste fim de semana com a proximidade da data”, pontuou.

Especializado na venda de arranjos de flores, capelas e demais artigos religiosos, o feirante Sebastião Ferreira trocará mais uma vez, interinamente, as calçadas do Parque 18 de Maio pelas do Cemitério Dom Bosco, no bairro Maurício de Nassau. O objetivo é comercializar novamente o maior número de itens possível durante a visitação no local. “Qualquer apurado que conseguir já será bom, haja vista a falta de dinheiro que o povo está passando. A situação está difícil para todo mundo”, comentou o vendedor.

Por conta do feriado, as atividades da Sulanca só irão acontecer a partir das 6h da próxima terça-feira (3).

Armando consegue apoio importante para exportação do açúcar brasileiro

Armando Monteiro Londres

Durante a missão comercial realizada esta semana, em Londres, o ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), Armando Monteiro, recebeu uma notícia animadora para o setor sucroalcooleiro do Nordeste. O secretário de Estado para Negócios, Inovação e Capacitação do Reino Unido, Sajid Javid, garantiu o apoio para eliminar a sobretaxa do açúcar brasileiro no mercado da União Europeia.

O ministro pernambucano explica que hoje são cobrados 98 euros por tonelada para a venda do açúcar brasileiro na União Europeia. Com essa medida protecionista, os produtores brasileiros ficam em desvantagem em relação ao açúcar que é vendido ao mercado europeu pelos países da África, Caribe e Pacífico. “O apoio do Reino Unido é muito importante para, junto à comunidade europeia, suspendermos a cobrança desta sobretaxa”, comemora Armando.

Desde que assumiu o MDIC, Armando tem mantido diálogo com produtores do setor sucroalcooleiro para ampliar a presença do açúcar nordestino no mundo. O setor está incluído no Plano Nacional de Exportações, lançado pelo ministro em junho deste ano.

Dentre as medidas estão condições de financiamentos favoráveis à exportação, um modelo que o presidente do Sindaçúcar-PE, Renato Cunha, classifica de inovador:

“O plano lançado pelo ministro Armando faz uma verdadeira reconceituação no quesito exportações de açúcar e etanol, pois envolve em seu bojo também figuras garantidoras, que foram viabilizadas pelo trabalho do MDIC junto ao Ministério da Fazenda e à Presidência da República. Portanto, você passa a exportar tendo esta garantia, com os bancos podendo adiantar recursos para exportação”, afirma.

Renato Cunha lembra ainda que o estímulo às exportações do setor sucroalcooleiro ajuda a ampliar e manter os empregos nos Estados do Nordeste. Em Pernambuco, por exemplo, as exportações podem representar até 60% da produção.

Órgão da Fazenda aponta movimentação milionária de Lula e Palocci, diz revista

Da Folha de S. Paulo

Um relatório do Coaf, órgão de inteligência financeira vinculado ao Ministério da Fazenda, aponta que contas ligadas ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, ao ex-ministro Antonio Palocci e à ex-ministra da Casa Civil Erenice Guerra movimentaram R$ 294,6 milhões. As informações foram publicadas pela revista “Época” na edição divulgada nesta sexta (30).

Segundo a publicação, o documento de 32 páginas identifica movimentações incompatíveis com as respectivas rendas daqueles ligados às contas: Lula (R$ 52,3 milhões, de abril de 2011 a maio de 2015), Palocci (R$ 216 milhões, de janeiro de 2008 a abril de 2015) e Erenice (R$ 26,3 milhões, de 2008 a 2015). O relatório foi entregue à CPI do BNDES, que investiga contratos considerados suspeitos assinados pelo banco de 2003 a 2015, nos governos do PT.

Em agosto, a revista “Veja”, também com base em relatório do Coaf, revelou que a empresa do ex-presidente, LILS Palestras e Eventos, recebeu R$ 27 milhões de 2011 a 2014, sendo R$ 9,8 milhões de empreiteiras investigadas no escândalo da Petrobras.

Segundo a “Época”, a movimentação total da empresa no período foi de R$ 52,3 milhões. Parte da receita foi repassada a pessoas próximas e investida em plano de previdência privada (R$ 6,2 milhões).

Procurada, a assessoria de imprensa do ex-presidente Lula não foi localizada.

PALOCCI

Já empresa Projeto, de Palocci, recebeu R$ 53 milhões a partir de junho de 2011, quando deixou a chefia da Casa Civil do governo Dilma Rousseff (PT) após a Folha ter revelado que seu patrimônio multiplicou por 20 em quatro anos ao atuar como consultor privado. Ele defendeu as atividades como “legítimas relações comerciais”.

Do total, R$ 4,7 milhões são oriundos da Caoa, montadora e revendedora de veículos investigada na Operação Zelotes sob suspeita de envolvimento com suposto esquema de compra de medidas provisórias. Investigadores apontam o pagamento de propina relacionado à MP 471 –aprovada pelo Congresso no fim de 2009–, que prorrogava incentivos fiscais de R$ 1,3 bilhão por ano para montadoras.

Em julho deste ano, reportagem da Folha apontou, segundo informações do Coaf, que a empresa de consultoria do ex-ministro faturou R$ 34,9 milhões entre 2007 e 2010, época em que ele exercia o mandato de deputado federal. A Projeto foi contratada por 60 clientes de diferentes setores da economia, como firmas de planos de saúde, de alimentação e incorporadoras de imóveis.

Naquele mês, a Caoa afirmou à Folha que Palocci prestou consultoria “em dois períodos, de 2008 a 2010 e de 2012 a 2013, nas áreas de planejamento estratégico, econômico, financeiro e de relações internacionais. Por política interna, a Caoa não comenta detalhes sobre contratos”.

Procurada, a assessoria de imprensa do ex-ministro Antonio Palocci não foi localizada.

ERENICE

Erenice Guerra foi secretária-executiva da então ministra-chefe da Casa Civil Dilma Rousseff e sucedeu a chefe quando esta deixou o posto para concorrer à Presidência em 2010. Deixou o cargo após acusações de tráfico de influência envolvendo sua família no âmbito do ministério.

Segundo a “Época”, o escritório da ex-ministra recebeu R$ 12 milhões entre agosto de 2011 e abril de 2015. À revista Erenice afirmou que não fala com a imprensa. Procurada pela Folha, a ex-ministra não foi localizada.

Segundo a publicação, o documento de 32 páginas identifica movimentações incompatíveis com as respectivas rendas daqueles ligados às contas: Lula (R$ 52,3 milhões, de abril de 2011 a maio de 2015), Palocci (R$ 216 milhões, de janeiro de 2008 a abril de 2015) e Erenice (R$ 26,3 milhões, de 2008 a 2015). O relatório foi entregue à CPI do BNDES, que investiga contratos considerados suspeitos assinados pelo banco de 2003 a 2015, nos governos do PT.

Em agosto, a revista “Veja”, também com base em relatório do Coaf, revelou que a empresa do ex-presidente, LILS Palestras e Eventos, recebeu R$ 27 milhões de 2011 a 2014, sendo R$ 9,8 milhões de empreiteiras investigadas no escândalo da Petrobras.

Segundo a “Época”, a movimentação total da empresa no período foi de R$ 52,3 milhões. Parte da receita foi repassada a pessoas próximas e investida em plano de previdência privada (R$ 6,2 milhões).

Procurada, a assessoria de imprensa do ex-presidente Lula não foi localizada.

PALOCCI

Já empresa Projeto, de Palocci, recebeu R$ 53 milhões a partir de junho de 2011, quando deixou a chefia da Casa Civil do governo Dilma Rousseff (PT) após a Folha ter revelado que seu patrimônio multiplicou por 20 em quatro anos ao atuar como consultor privado. Ele defendeu as atividades como “legítimas relações comerciais”.

Do total, R$ 4,7 milhões são oriundos da Caoa, montadora e revendedora de veículos investigada na Operação Zelotes sob suspeita de envolvimento com suposto esquema de compra de medidas provisórias. Investigadores apontam o pagamento de propina relacionado à MP 471 –aprovada pelo Congresso no fim de 2009–, que prorrogava incentivos fiscais de R$ 1,3 bilhão por ano para montadoras.

Em julho deste ano, reportagem da Folha apontou, segundo informações do Coaf, que a empresa de consultoria do ex-ministro faturou R$ 34,9 milhões entre 2007 e 2010, época em que ele exercia o mandato de deputado federal. A Projeto foi contratada por 60 clientes de diferentes setores da economia, como firmas de planos de saúde, de alimentação e incorporadoras de imóveis.

Naquele mês, a Caoa afirmou à Folha que Palocci prestou consultoria “em dois períodos, de 2008 a 2010 e de 2012 a 2013, nas áreas de planejamento estratégico, econômico, financeiro e de relações internacionais. Por política interna, a Caoa não comenta detalhes sobre contratos”.

Procurada, a assessoria de imprensa do ex-ministro Antonio Palocci não foi localizada.

ERENICE

Erenice Guerra foi secretária-executiva da então ministra-chefe da Casa Civil Dilma Rousseff e sucedeu a chefe quando esta deixou o posto para concorrer à Presidência em 2010. Deixou o cargo após acusações de tráfico de influência envolvendo sua família no âmbito do ministério.

Segundo a “Época”, o escritório da ex-ministra recebeu R$ 12 milhões entre agosto de 2011 e abril de 2015. À revista Erenice afirmou que não fala com a imprensa. Procurada pela Folha, a ex-ministra não foi localizada.

Mendonça reconduzido na presidência do DEM-PE

Do Diario de Pernambuco

Líder do Democratas na Câmara, o deputado Mendonça Filho foi reconduzido à presidência estadual da legenda por mais três anos. A Convenção Estadual do Democratas ocorreu ontem, no Recife, com a presença de representantes de 65 municípios. Integram ainda a executiva a deputada Priscila Krause, vice-presidente para assuntos relacionados aos diretórios municipais; Roberto Magalhães, vice-presidente para assuntos sociais; e Gustavo Krause, vice-presidente para assuntos econômicos.

Em audiências no Palácio do Campo das Princesas, Paulo Câmara (PSB) recebeu ontem os deputados federais Mendonça Filho (DEM) e Kaio Maniçoba (PHS). Na visita, o governador teve a oportunidade de conversar com os parlamentares sobre o cenário político-econômico do país e a execução de obras estruturadoras no Sertão do estado. Com Maniçoba, ele tratou da duplicação da estrada que dá acesso ao município de Floresta e sobre a retomada das obras que ligam a cidade a Carnaubeira da Penha.

Cadastro de trabalhador doméstico pode ser feito até o dia 6, sem multa

Da Agência Brasil

O cadastramento do trabalhador no eSocial e o pagamento relativo à competência de outubro devem ser feitos até o próximo dia 6, sem multas. A alteração no prazo foi divulgada por meio da página do eSocial na internet . Até ontem (30), a Receita Federal vinha confirmando que o prazo final para o cadastramento seria este sábado, 31 de outubro, e que o balanço com o total das inscrições seria divulgado no próximo dia 3.

A diferença entre os números deve-se aos casos em que os empregadores aguardam o empregado repassar as informações e, por isso, não preencheram os dados completos dos trabalhadores. O Fisco espera a adesão de 1,2 milhão de trabalhadores ao sistema. Até às 18hs de ontem (30) , o balanço parcial da Receita indicava que 1.045.090 empregadores domésticos haviam feito o cadastramento no site do eSocial e 1.068.469 empregados haviam sido cadastrados. A expectativa é atingir mais de 1,2 milhão de cadastros até o próximo dia 6 de novembro.

Para formalizar a situação do trabalhador doméstico, o empregador deve registrar seus dados e os do funcionário na página do programa. Para funcionários contratados até setembro deste ano, os formulários eletrônicos devem ser preenchidos até o fim deste mês. Os empregados contratados a partir de outubro devem ser cadastrados até um dia antes de começarem a trabalhar.

Para gerar o código de acesso ao eSocial, o patrão precisa do Cadastro de Pessoas Físicas (CPF), da data de nascimento e do número de recibo das duas últimas declarações do Imposto de Renda Pessoa Física. O empregador precisará cadastrar ainda o telefone e o e-mail dele e inserir os seguintes dados do trabalhador: CPF, data de nascimento, país de nascimento, Número de Identificação Social (NIS), dados da carteira de trabalho, raça, escolaridade, telefone, e-mail, dados do contrato e local de trabalho.

Por meio do novo sistema, o patrão recolhe, em documento único, a contribuição previdenciária, que varia de 8% a 11% da remuneração do trabalhador e paga 8% de contribuição patronal para a Previdência. A guia também inclui 8% de Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), 0,8% de seguro contra acidentes de trabalho, 3,2% de indenização compensatória (multa do FGTS) e Imposto de Renda para quem recebe acima da faixa de isenção (R$ 1.903,98).

Consultoria pode ajudar empresas a se reestruturarem diante da crise

Os cenários político e econômico atual vêm impactando diretamente nos resultados e no andamento de atividades empresariais por todo o país. As sociedades que não estão bem estruturadas em termos de governança – estrutura organizacional, processos relacionados à tomada de decisão, estrutura societária – ou as que vivem em função de oportunidades são as que mais sofrem nesse momento e que acabam precisando de consultoria jurídica especializada para se reorganizar e retomar o crescimento. O intuito desse apoio é trabalhar, de forma eficiente, a solução mais adequada à continuidade da empresa no mercado.

De acordo com Delmar Siqueira, advogado especialista em Direito Empresarial do Urbano Vitalino Advogados, muitos dos problemas em cenário de crise passam pela discordância entre os sócios/gestores sobre os rumos que a empresa deve tomar e como resolver questões financeiras, refinanciamento de dívidas ou reforço de caixa, por exemplo. “Os gestores das empresas precisam buscar soluções rápidas para superar o momento de crise e evitar que o problema impeça sua continuidade. As decisões devem ser tomadas respeitando o que está previsto no contrato social da empresa e nos seus acordos para-sociais”, explica. Entre as soluções estão a reorganização empresarial com foco no core business da empresa, a reestruturação societária, com, por exemplo, a entrada de sócio investidor, entre outras. “Quanto mais rápida for feita a avaliação da melhor solução, menos a empresa perde valor”, alerta.

Segundo Siqueira, ao longo da consultoria, os sócios são conduzidos a um processo de reflexão. “Nos casos em que todas as opções se esgotam, existe a possibilidade de avaliar medidas mais contundentes, tais como venda de operações, de ativos, dentre outras formas que melhor ajustem a empresa à nova dimensão de seus negócios”, explica.

Regulamentação de atividade deve beneficiar cerca de 10 milhões de artesãos

Da Agência Brasil

Cerca de 10 milhões de artesãos brasileiros foram reconhecidos como trabalhadores profissionais com a sanção este mês da Lei nº 13.180/2015. O texto estabelece diretrizes para as políticas públicas de fomento à profissão, institui a carteira profissional para a categoria e autoriza o Poder Executivo a dar apoio profissional aos artesãos.

A legislação define como artesão toda pessoa que desempenha atividades profissionais de forma individual, associada ou cooperativada, com predomínio manual, podendo contar com o auxílio de ferramentas e outros equipamentos.

Entre as diretrizes estão a valorização da identidade e cultura nacionais, a destinação de linha de crédito especial para o financiamento da comercialização da produção artesanal e para a aquisição de matéria-prima e de equipamentos, além de qualificação permanente, apoio comercial e certificação da qualidade do artesanato.

A Carteira Nacional do Artesão, prevista na lei, será válida em todo o território nacional e só será renovada com a comprovação das contribuições sociais para a Previdência Social. A lei prevê também a criação da Escola Técnica Federal do Artesanato.

CRÉDITO

Para Sônia Quintella, presidente da Artesol, a regulamentação no âmbito federal é fundamental. A Artesol é uma organização da sociedade civil de interesse público (Oscip) que beneficia artesãs e artesãos de baixa renda. Segundo ela, antes era necessário se formalizar como Microempreendedor Individual (MEI) para obter vantagens, como financiamentos, o que, para ela, facilita pouco a vida do artesão que, na maioria das situações, tem a atividade como complemento de renda. “Agora, ele vai ter acesso a uma linha de crédito específica que antes ele tirava como pescador ou produtor rural.”

Sônia Quintella diz que a preocupação é como a lei vai ser posta em prática. Ela acredita na criação de políticas públicas que ajudem o artesão a se manter na profissão, para que essa seja a sua principal fonte de renda. “Ele necessita desse apoio do governo federal. Alguns ministérios fazem algum trabalho voltado para o artesão, mas são medidas específicas”, acrescentou.

VISIBILIDADE

Para Fani Pereira, que trabalha há 12 anos na Feira de Artesanato da Torre, em Brasília, a aprovação vai dar mais visibilidade à categoria em relação às reivindicações. “Antes só tinha voz quem era microempreendedor individual”, diz. José Souza, que trabalha há 45 na Torre, acredita na obtenção de benefícios como a aposentadoria, com a nova lei. Francisco Pereira, de quase 80 anos, espera que a lei seja realmente efetivada na prática. “Todos estamos esperando isso, vamos ver se vai acontecer”, disse.

Quem frequenta o local, como o assistente administrativo Manoel de Souza, também aprova a regulamentação. Morador de Brasília, ele acredita que agora vai haver mais empenho da parte dos artesãos, em contrapartida ao que governo está oferecendo. A turista Ângela Quintanilha, do Rio de Janeiro, concorda. “Eles não tem estabilidade, não tem segurança e é uma forma de valorizar uma profissão de criatividade.”

Segundo o Ministério do Trabalho, o artesanato é uma atividade muito importante para a economia e a cultura do país e a lei vai permitir a formulação de um conjunto de políticas públicas para esses trabalhadores, ao incentivar a qualificação e a gestão profissional das atividades dessa categoria.

OPINIÃO: Diminutivos nem sempre expressam tamanho

Por MENELAU JÚNIOR

Um dia, na escola, aprendemos que o aumentativo e o diminutivo servem para indicar variações de tamanho dos substantivos. Ninguém contesta que um carro pequeno é um “carrinho”; uma menina pequena é uma “menininha”; uma festa para poucos convidados é uma “festinha”.

Mas não é sempre assim. No dia a dia, os diminutivos também são usados com outros valores. Quem não lembra os famosos versos de Caetano Veloso: “Gosto muito de te ver, Leãozinho”? Caetano fez a música para um amigo contrabaixista, o Dadi. Dadi, segundo o compositor baiano, era “novinho, lindíssimo”. E, assim como Caetano, do signo de Leão. Compreendendo as motivações da canção “O leãozinho”, fica mais do que evidente que a palavra não está no diminutivo para expressar tamanho, mas para revelar afetividade.

O que seria do amor sem os diminutivos? Você, leitora, é apaixonada por um rapaz alto, mas o chama de “amorzinho”. Você, leitor, caído pela companheira, chama-a de “princesinha”. E lá se vão os diminutivos cheios de carinho: “mamãezinha”, “painho”, “lindinha”, “gordinho”, “olhinho”, “boquinha”. Tudo depende do contexto. No amor, por exemplo, os diminutivos encontram terreno mais que fértil.

Mas nem sempre é assim. Se por um lado eles podem revelar carinho, afetividade, por outro relevam um aspecto mordaz, irônico. Alguma mulher aceita ser chamada de “mulherzinha”? Todos sabemos que tal atribuição não revela tamanho nem apreço: “mulherzinha” deprecia, diminui, vulgariza. Você ser consultaria com um “doutorzinho”? Claro que não. Recomendaria um “professorzinho” para seu filho? Também não. Até mesmo um “carrinho” pode significar, dependendo da situação, um automóvel que não merece muita confiança.

Resumindo, nem sempre o diminutivo indica a diminuição do tamanho normal. Pode também ser empregado com valor de carinho ou com uma forte carga pejorativa. O contexto ou a situação é que revelam, de fato, o sentido das palavras.

menelau blog

 

Menelau Júnior é professor de língua portuguesa. Escreve para o blog todos os sábados. E-mail: menelaujr@uol.com.br