Leonardo define Comissão de Representação do recesso

O presidente do Poder Legislativo, vereador Leonardo Chaves (PSD), nomeou – amparado no Artigo 265 do Regimento Interno – a Comissão de Representação do recesso parlamentar deste 2º período da 3ª sessão legislativa – com validade entre os dias 22 de dezembro e 01 de fevereiro (2016).

A comissão, que tem a missão da representatividade parlamentar durante o recesso, é constituída pelos vereadores presidente Leonardo Chaves (PSD) e os membros Tenente Tibúrcio (PMN), Louro de Juá (sem partido), Rozael do Divinópolis (PROS) e Romildo Oscar (PTN).

Durante o recesso, não são realizadas as reuniões plenárias, mas o expediente na Casa Legislativa é normal, funcionando de segunda a sexta, das 7h às 13h, na Rua XV de Novembro, 201 – Bairro Nossa Senhora das Dores. Mais informações pelo telefone (81) 3701-1830 e pelo sitewww.camaracaruaru.pe.gov.br.

Força tarefa tem início em Gravatá

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A Prefeitura de Gravatá iniciou, nesta quarta-feira (30), uma força tarefa para limpar a cidade durante o período de Réveillon. Um total de 25 homens, divididos em cinco equipes, utilizam oito máquinas, entre elas: caçambas, retroescavadeiras, pás enchedoras e compactadores. O intuito é fazer a coleta de lixo e, assim, garantir a limpeza da cidade, enquanto uma nova empresa não inicia os trabalhos.

No Centro, a varrição iniciou pelas ruas Cleto Campelo e Rui Barbosa, seguindo, posteriormente, pelas demais ruas da cidade. A ação, coordenada pela Secretaria de Infraestrutura, Mobilidade e Controle Urbano, será realizada em toda a cidade e, além da coleta do lixo, também está sendo feita uma varrição em todo o município.

Patrimônio cultural de Pernambuco tem novo Conselho

Com um pacote de três ações, o Governo do Estado deu mais um passo para preservação e valorização do patrimônio cultural de Pernambuco. O governador Paulo Câmara empossou, na última terça (29), o novo Conselho Estadual de Preservação do Patrimônio Cultural, além de lançar o Prêmio Ayrton de Almeida Carvalho de Preservação do Patrimônio Cultural de Pernambuco e o Prêmio Ariano Suassuna de Cultura e Dramaturgia. Juntos, eles contabilizam R$ 211 mil em premiações. O ato aconteceu no Palácio no Campo das Princesas, sede do Executivo estadual, ao som da orquestra de frevo do Clube de Alegoria e Crítica Homem da Meia-Noite, tradicional troça carnavalesca de Olinda.

Diante de representantes dos mais diversos segmentos do setor, o governador Paulo Câmara destacou a importância de manter a política cultural mais “viva” e “atuante” no Estado. “A cultura precisa estar muito bem trabalhada, pensando uma política que não seja só do agora. Mas uma política que preserve o antes, garanta o presente, mas, acima de tudo, que pense fundamentalmente o futuro. Para que ela fique viva para as novas gerações e esteja presente no cotidiano da população de Pernambuco e do Brasil”, defendeu o governador.

Composto por 14 membros, sendo sete representantes da sociedade civil e sete designados pelo Governo (ver lista completa abaixo), o Conselho tem entre suas atribuições a missão de deliberar sobre tombamentos de patrimônios, eleição para novos patrimônios vivos, além de outros assuntos relacionados à política para o setor. O processo que culminou na nova formatação, com uma composição paritária, teve inicio em 2013 quando o ex-governador Eduardo Campos determinou a adesão de Pernambuco ao Sistema Nacional de Cultura (SNC), que orientou as gestões estaduais e municipais a comporem um conselho neste formato.

O chefe do Executivo pernambucano enalteceu a qualificação dos membros que integram o Conselho Estadual de Preservação do Patrimônio Cultural. “São pessoas experimentadas, com um currículo invejável. Muitos deles já nos ajudam, há muito tempo, a pensar a política de cultura do nosso Estado. Estamos confiantes de poder continuar trilhando o caminho de valorização do nosso patrimônio, de pensar o futuro da difusão da nossa cultura e de estar mais junto dos movimentos culturais”, afirmou Paulo.

Eleito para compor o conselho no segmento Movimentos sociais de urbanismo e meio-ambiente, o arqueólogo Plínio Victor classificou o ato como uma “conquista histórica”. “A questão da preservação no Brasil é muito séria. Você tem grandes monumentos ou partes interessantes das capitais ou das cidades mais importantes, mas é como se o cidadão que mora no Interior ou mesmo nas cidades grandes não percebesse isso. O estabelecimento desse Conselho é uma conquista histórica. Daqui para frente teremos mais conquistas com certeza”, comemorou.

À frente da pasta de Cultura, o secretário Marcelino Granja ressaltou que o ato é a culminância de um processo de luta de expressiva parte da sociedade civil pernambucana, que vem ajudando o Governo de Pernambuco na construção das políticas públicas voltadas para a cultura. “Esse processo de integração do desejo da sociedade civil com o Governo do Estado, a partir da gestão de Eduardo (Campos), fez com que a política cultural passasse para um outro patamar, tanto em relação aos recursos, quanto também em relação ao processo de pactuar com a sociedade a distribuição e aplicação dos recursos da política cultura”, arrematou Granja.

PRÊMIO AYRTON DE ALMEIDA – Instituído com o objetivo de reconhecer as ações voltadas à preservação, sobretudo, da memória cultural do estado de Pernambuco, com a ênfase na preservação dos patrimônios culturais tangíveis (materiais) e intangíveis (imateriais) do Estado, a iniciativa contabiliza R$ 60 mil em prêmios que contemplarão três categorias: Formação (ações educativas), Promoção e Difusão (comunicação e midi), além de acervos documentais e memória cultural.

Podem concorrer à premiação iniciativas consideradas bem sucedidas da sociedade civil, portadoras ou não de personalidade jurídica, voltadas à valorização, preservação e difusão dos patrimônios culturais de Pernambuco, por meio de diferentes técnicas, instrumentos metodologia, e que tenham sido desenvolvidas ou estejam em desenvolvimento no Estado até o ano corrente do certame.

As inscrições podem ser realizadas até o dia 31 de março de 2016. Mais informações podem ser obtidas junto a Gerência de Preservação Cultural da Fundarpe, de segunda a sexta-feira, das 9h às 15h, ou através dos telefones (81) 3184-3061/3062/3068 ou do endereço eletrônicopremioaacarvalho@gmail.com.

Sem vetos, lei de Humberto sobre medicamentos é sancionada por Dilma

A presidenta Dilma Roussef sancionou, sem vetos, a lei de autoria do líder do PT no Senado, Humberto Costa (PE), que estabelece normas gerais para inibir erros de administração, trocas indesejadas e uso equivocado de medicamentos. A Lei nº 13.236, publicada no Diário Oficial da União desta quarta-feira (30), tem por objetivo impedir a troca de medicamentos, além de obrigar os fabricantes a disponibilizar bulas com letras maiores e informações mais explicativas ao público.

Humberto explica que a medicação passará a ter rotulagem e embalagem “claramente” diferentes em caso de produtos de composição distinta para possibilitar a sua imediata e precisa identificação. A lei também exige diferenciação, por exemplo, entre remédio destinado ao uso exclusivo adulto e uso infantil.

“Observamos muitos casos em todo o país em razão de erros na administração de medicamentos. Uma das causas é, justamente, a utilização de rótulos e embalagens iguais ou semelhantes para produtos de composição diferente”, avalia. “É uma lei que vem ajudar os brasileiros nesse sentido.”

O senador ressalta que algumas situações corriqueiras do dia a dia podem levar ao uso errado de remédios. “Não conferir o rótulo é um descuido que pode provocar inchaço, irritações na pele, diarreia, alteração na pressão arterial, palpitações cardíacas e até mesmo a morte”, lembra.

“A orientação geral para as pessoas é não guardar os seus medicamentos fora das caixas originais. Isso pode gerar confusão. E sempre olhar antes de tomar”, diz. Em caso de ingestão de medicamento errado, a recomendação é buscar ajuda em uma Unidade Básica de Saúde.

O parlamentar lembra que, em novembro deste ano, uma idosa morreu em Passos (MG) após tomar um anticoagulante ao invés de um medicamento contra a alta pressão cardíaca. Em abril do ano passado, uma adolescente de 14 anos faleceu em Guaíba (RS) após inalar o remédio errado durante uma crise de asma. A garota precisava inalar um broncodilatador, mas acabou usando, na nebulização, um colírio para glaucoma, que faz o efeito contrário.

“Esses equívocos não ocorrem apenas nas nossas casas. Dois acidentes foram registrados em hospitais de São Paulo e do Ceará nos últimos anos. Nesses infelizes episódios, os pacientes morreram porque receberam, por via endovenosa, medicação errada, confundida com soro”, ressalta.

Humberto acredita que a quantidade de acidentes desse tipo pode ser maior que a conhecida, já que nem todos os casos são notificados corretamente.

Esta é a terceira proposta apresentada por Humberto, no atual mandato, que se torna lei federal. Além dela, o projeto que criminaliza a venda e a oferta de bebida alcoólica a menores de 18 anos e o que prevê a atribuição da Polícia Federal para apurar os crimes de falsificação, corrupção e adulteração de medicamentos, assim como sua venda, já foram sancionados pela presidenta da República.

Compesa amplia abastecimento em Água Preta 

  A Companhia Pernambucana de Saneamento (Compesa), e a Prefeitura de Água Preta, município da Mata Sul do estado, firmaram, nesta quarta-feira (30), um convênio de cooperação técnica para a realização de projetos hídricos na cidade. Construção de duas adutoras, instalação de hidrômetros e apoio na elaboração de projetos estão entre as ações previstas no convênio. A assinatura foi celebrada na sede da Compesa, no Recife.
 

As duas adutoras deverão viabilizar o transporte da água para os conjuntos habitacionais Barra D’Ouro I e II, construídos pela Operação Reconstrução, após a enchente do Rio Una, em 2010. Serão construídas uma adutora de água bruta e uma de água tratada que vão permitir o funcionamento do novo sistema de abastecimento. Também serão fornecidos hidrômetros que serão instalados pela Prefeitura nos referidos conjuntos habitacionais. “Vamos agilizar a compra dos materiais para que a obra comece logo em janeiro e termine no prazo estimado de dois meses”, afirmou o diretor Regional do Interior, Marconi Azevedo.
 
A Compesa também dará apoio na elaboração de um Plano de Investimentos para o sistema de abastecimento municipal de água tratada. O objetivo é dotá-lo de condições e padrões mínimos de operacionalização, universalização, continuidade e potabilidade da água preconizados nas normas de regulações sanitárias e ambientais vigentes e na lei 11.445/07, marco regulatório do saneamento básico. “É um investimento que colocará esses moradores em outro patamar de qualidade de vida”, assegurou o diretor.
 
Para o prefeito de Água Preta, Armando Almeida Souto, o apoio que o Governo do Estado e a Compesa estão dando ao município é de extrema importância para seu desenvolvimento. “Os conjuntos habitacionais Barra D’Ouro I e II deixarão de receber água de carros-pipa e passarão a receber água tratada, em um prazo de 60 dias, graças à ajuda da Compesa”, comemorou.
 
Outra obra importante é a transposição de água do Rio Una, que irá reforçar a captação no riacho Ourives, trazendo maior segurança hídrica para a cidade de Água Preta. A vigência do referido convênio é de 18 meses, com recursos da ordem de R$ 460 mil. O presidente da Compesa, Roberto Tavares, e o diretor de Articulação e Meio Ambiente da Compesa, José Aldo dos Santos, também estiveram presentes no ato da celebração do convênio.

Funcionamento da Prefeitura de Caruaru no dia 1º

A Secretaria de Administração e Gestão de Pessoas de Caruaru informa que no dia 01 de janeiro não haverá expediente na Prefeitura, o mesmo acontecerá com as atividades da Ciclofaixa, que só retomam no dia 03 de janeiro.

Os serviços de caráter essencial, como a Policlínica do Salgado, UPA do Vassoural, Hospital Manoel Afonso, Hospital do Coração e Maternidade Casa de Saúde Bom Jesus estarão com as urgências funcionando normalmente. Já os ambulatórios e PSFs fecham.

Feira do São Francisco será antecipada

Em decorrência do feriado do Dia Mundial da Paz, vivenciado em 1º de janeiro, a feira de frutas, verduras e legumes do bairro São Francisco, que comumente acontece nas sextas, será antecipada para a quinta, 31, a partir das 5h. As feiras do Agamenon, Rosanópolis, Parque 18 de Maio; Salgado; Cohabs I e II; São João da Escócia e Rendeiras serão realizadas normalmente, nos dias e horários de costume, sem nenhuma alteração.

Portaria regulamenta dispensa de vistos para a Olimpíada

O Diário Oficial da União publicou ontem (30) a portaria conjunta dos Ministérios do Turismo, da Justiça e das Relações Exteriores que regulamenta a dispensa unilateral de vistos para turistas no período dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos. A medida vale exclusivamente para australianos, canadenses, americanos e japoneses, que venham ao Brasil para fins de turismo, no período de 1º de junho a 18 de setembro de 2016.

A dispensa terá validade de 90 dias, contados a partir da primeira data de entrada no país. Estão excluídos do âmbito da portaria os cidadãos das nacionalidades mencionadas acima que venham ao Brasil com o objetivo de exercer atividades remuneradas ou assalariadas, participar de atividades de pesquisa, estágios, estudos e trabalhos de caráter social ou voluntário, entre outros.

O ministro do Turismo, Henrique Eduardo Alves, avalia que a dispensa temporária de vistos é uma medida que pode ter forte impacto no turismo brasileiro durante o Ano Olímpico. “Nossa expectativa é receber 20% de turistas das nacionalidades contempladas a mais nesse período e convidá-los ao esporte de descobrir e conhecer o Brasil. É uma vitória para o setor, que agradeço à presidenta Dilma Rousseff. Ela teve sensibilidade para perceber a importância desse pleito para a ampliar a promoção do Brasil no exterior e, consequentemente, atrair mais turistas e recursos para o nosso país. Registro meu agradecimento, também, ao Congresso Nacional. Foi lá onde tudo começou, com a aprovação unânime da lei autorizativa”, afirmou.

O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, destaca que a dispensa dos vistos não interfere no esquema de segurança pública organizado para o mundial. “A medida se une à estratégia de promoção da Olimpíada e não interfere na proteção dos indivíduos. Já estão em curso todas as medidas necessárias para que a segurança durante os jogos atenda aos mais rigorosos padrões internacionais”.

O Ministério das Relações Exteriores entende que a medida tem por objetivo facilitar o fluxo turístico durante os Jogos Olímpicos. O critério de reciprocidade no que se refere à isenção de visto continua, porém, a ser a norma geral aplicável.

Para definir os países beneficiados com a dispensa temporária de vistos por ocasião dos Jogos Olímpicos foram considerados uma série de fatores, entre os quais: elevado fluxo emissivo internacional, histórico positivo no envio de turistas ao Brasil, países que mais gastam no Brasil, forte tradição olímpica, baixo risco migratório e de segurança.

Governo pode perder R$ 116 bilhões com desoneração

Do Estadão Conteúdo

O Brasil que não conseguiu cumprir as metas de superávit primário prometidas pelo governo – e que por isso perdeu o grau de investimento em duas das três principais agências de classificação de risco – é o mesmo que encerrará 2016 com cerca de R$ 116 bilhões em renúncia fiscal.

O valor, de acordo com especialistas consultados pelo Broadcast, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado, é parecido com o previsto para este ano, de R$ 112 bilhões, acrescido de inflação de 7% esperada para 2016 e considerando um Produto Interno Bruto (PIB) negativo em 3%.
Até novembro, as renúncias fiscais do governo federal somavam R$ 95,4 bilhões, valor 7,65% superior aos R$ 88,6 bilhões de janeiro a novembro de 2014, a preços correntes. O que os cofres públicos deixam de embolsar corresponde a desonerações que vão da folha de pagamentos (R$ 22,1 bilhões no ano até novembro), responsável por 23% do total das renúncias, até Vale Cultura, com R$ 679 milhões. No mesmo período de 2014, as desonerações da folha somaram R$ 17,9 bilhões.
O ex-ministro da Fazenda Joaquim Levy chegou a dizer em fevereiro, quando defendia a medida provisória que revertia, em parte, a desoneração da folha de pagamentos: “Essa brincadeira nos custa R$ 25 bilhões por ano, e vários estudos nos mostram que isso não tem protegido o emprego. Tem de saber ajustar quando não está dando resultado. Não deu os resultados que se imaginava e se mostrou extremamente caro.”
À época, Levy se referia apenas à desoneração da folha de pagamentos, mas a lista é grande. Quando perguntados se a redução das renúncias ajudaria a engordar a meta de superávit primário, analistas não entram em consenso. Para alguns, dada a avançada deterioração da política fiscal, o impacto não seria tão importante e o governo enfrentaria dificuldade em reverter as renúncias. Para outros, reduzir as renúncias seria valioso.
Em novembro, o ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Armando Monteiro, também comentou as desonerações. Disse que o governo pecou por excesso. “Não foi por falta de política ativa de apoio ao setor produtivo. Se pecamos, foi por excesso.”
“Concordo com o ministro. Foi enorme o pecado por excesso porque a desoneração da folha custou R$ 22 bilhões este ano, segundo conta preliminar da Receita Federal”, afirma o especialista em contas públicas José Roberto Afonso, pesquisador do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (Ibre/FGV) e professor do Instituto Brasiliense de Direito Público (IDP).
Segundo ele, é provável que, quando for apurado o resultado definitivo, a perda seja maior. O benefício, segundo Afonso, foi criado a pretexto de estimular a contratação de trabalhadores, mas hoje há um quadro generalizado e intenso de demissão. “Logo, o governo está pagando para trabalhadores serem demitidos.”
Renúncia fiscal, segundo Fábio Klein, especialista em contas públicas da Tendências Consultoria Integrada, é o nome dado a perda de receita em razão de subsídio, auxílio ou taxa subsidiada de que o governo abriu mão para beneficiar algum setor. Mas, de acordo com ele, o governo já tem feito a reversão desses subsídios tanto em 2015 quanto para 2016, segundo algumas intenções da Fazenda.
Klein cita como exemplos de reversão de renúncias o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) – para carros, linha branca -, PIS/Cofins, para alguns casos, e a volta da Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico (Cide) sobre combustíveis.
PILAR – Octavio de Barros, diretor do Departamento de Pesquisas Macroeconômicas do Bradesco, diz não ter dúvida de que a redução das renúncias fiscais é um pilar importante do ajuste fiscal. Mas ressalta que essa questão já teria, em parte, sido abordada pelo governo. Um programa emblemático que sofreu alterações este ano e vai colaborar com a redução da renúncia fiscal, segundo ele, é o da desoneração em folha de pagamento.
Com a alteração aprovada este ano, continua Barros, o governo deverá conseguir uma receita de cerca de R$ 10 bilhões em 2016. “Porém, tenho destacado em algumas oportunidades que o principal problema das contas públicas brasileira hoje é a rigidez das despesas. Atualmente o governo consegue mexer (sem a necessidade do Congresso) em apenas 10% da despesa total. Além disso, temos um grave problema de indexação das principais despesas do País ao reajuste do salário mínimo.”
O economista Bruno Lavieri, da 4E Consultoria, entende que as desonerações são outro fator negativo para a arrecadação. Ele destaca que a renúncia fiscal passou de R$ 78 bilhões em 2013 para R$ 104 bilhões no ano passado. Ele reconhece que houve algum avanço, como no caso da “reoneração” parcial da folha de pagamento de setores da economia. Mas, para ele, porém, o esforço é insuficiente.
“A falta de convicção do governo em reverter desonerações é o principal fator impeditivo (de alta da receita). Já que pela recessão não se consegue fazer muito milagre, o caminho natural, que seria de reverter desoneração, não foi feito.” Para 2016, ele avalia ser difícil o governo reverter de maneira acelerada as desonerações.