Ex-presidente do PT defende aliança com Queiroz e PDT nas eleições deste ano

O PT e o “país de Caruaru“
​O termo “país de Caruaru” cunhado pelo grandioso Nelson Barbalho sempre serviu para ressaltar as inúmeras peculiaridades na vida social na cidade e sempre captou a singularidade do processo político caruaruense.
 

​No entanto, o “país de Caruaru” nunca foi uma ilha perdida em meio a Pernambuco e ao Brasil. Ao contrário, Caruaru sempre esteve muito bem conectada à política estadual e nacional, basta lembrar o importante papel que o caruaruense Fernando Lyra teve ao longo do processo de redemocratização do país.

 
​A incerteza presente no cenário político local em relação as eleições municipais deste ano não é exclusividade de Caruaru. É uma incerteza nacional. Com a mudança promovida pelo STF ao declarar inconstitucional o financiamento privado empresarial das campanhas políticas abriu-se um abismo de incertezas e o reposicionamento das forças políticas ainda não permite apontar um caminho claro para o próximo pleito na cidade.

 
​A única certeza, e baseada em dados bastante objetivos, é de que o governo Zé Queiroz atingiu um patamar de satisfação popular que faz do prefeito o maior cabo eleitoral nas próximas eleições. A literatura da Ciência Política sobre o federalismo brasileiro aponta que nas eleições municipais duas lideranças políticas possuem peso fundamental: o governador do estado e o candidato apoiado por ele. Dispondo de influência política e recursos, o governador é capaz de desequilibrar a disputa municipal.

 
​O governador Paulo Câmara, atualmente, é desprovido deste dois elementos: influência e recursos políticos. O governador não é bem avaliado pelo eleitorado pernambucano, não é a toa que até agora não saiu nenhuma pesquisa séria indicando um nível elevado de aprovação do governador. Há somente aquela pesquisa do Instituto Paraná, suspeitíssimo por sinal, que na última campanha presidencial perdeu qualquer credibilidade, se é que já teve algum dia.

 
​Logo, Zé Queiroz desponta como a liderança, talvez única neste momento, que está muito bem avaliado ao final de um quarto mandato como prefeito. Este é um cenário muito claro. Queiroz possui influência política sobre o eleitorado e recursos políticos à sua disposição construídos nos seus dois últimos mandatos.

 
Neste ponto, o PT entra com uma parcela de contribuição. Desde 2009, o PT de Caruaru se empenhou na construção de uma agenda muito positiva no governo Queiroz. Sabiamente, o prefeito soube aproveitar esta disposição e posicionou o PT em áreas muitos sensíveis a população nos dias de hoje: 1) Direitos Humanos (Gênero, LGBT e políticas étnico-raciais) que embora sejam demandas generalizadas é um tema que interessa particularmente aos eleitores mais jovens; 2) Participação Social que também é uma demanda social generalizada e que encontra seu nicho mais profundo nas periferias e; 3) Na Saúde, trazendo a experiência de gestores petistas na construção e desenvolvimento do SUS e que é um das áreas mais sensíveis a toda a população.

Portanto, concretamente, há apenas um cenário possível para o PT em 2016 em Caruaru: continuar fortalecendo a aliança PDT-PT em Caruaru.

Há, entretanto, quem defenda a candidatura própria do PT à disputa ao cargo de Prefeito. O pleito é legítimo, mas o argumento muito frágil e não considera todos os cenários que se apresentam para as próximas eleições. O primeiro ponto de fragilidade é afirmar que a candidatura própria tem como objetivo defender o legado de Lula e Dilma na presidência. Se essa fosse a maneira mais eficiente de defender o legado de Lula e Dilma o PT deveria então lançar candidaturas em todas as cidades e assim todo o legado seria defendido.

 O segundo ponto é que lançar uma candidatura própria demanda duas decisões: 1) Uma decisão estratégica nacional que apresente o lançamento de candidaturas próprias como fundamental para o partido em nível nacional e, 2) que o PT nacional disponha de recursos para financiar inicialmente todas estas candidaturas (Guia eleitoral, material impresso e etc.). Mesmo assim, o sucesso de uma candidatura própria dependeria crucialmente da estrutura política do partido na cidade, isto é, vereadores do partido e um corpo representativo de candidatos que fosse capaz de alavancar eleitoralmente os diversos setores e movimentos sociais em que o partido atue.

 É nesse momento que o PT de Caruaru encontra suas maiores dificuldades. O grupo que controla a atual direção do partido assumiu o compromisso em campanha de melhorar justamente em sua organização política. A maior crítica era que o partido estava desestruturado na cidade, sem sede, sem reuniões, sem estratégias. Pelo que se vê, tudo continua igual, ou pior. A atual presidência não conseguiu sequer unir minimamente o partido. Inclusive, parte de seus apoiadores e ex-fiéis escudeiros dentro da direção do partido estão de saída do PT. Sobrou o quê? Apenas fazer discurso do mundo da fantasia e dizer PT vai lançar candidatura própria.

  A atual presidência do partido tem a percepção absurda de que o cargo serve apenas de trampolim social. Aparecer nos blogs, falar nas rádios, divulgar fotos de reuniões privadas com lideranças locais, divulgar notas públicas horríveis (como aquela que dizia que PT deveria deixar o governo Queiroz pelo fato de que nada havia sido ofertado ao partido). Nunca foi divulgada uma foto de uma reunião do Diretório Municipal. Nunca foi feito um debate sério sobre as estratégias do partido. O que existe é muita coluna social e pouquíssimo raciocínio político.

Esta proposição da candidatura própria atende apenas a projetos pessoais que estão totalmente desconectados da atuação do partido na cidade. Para os defensores deste posicionamento sugiro um argumento mais honesto: Reconheçam que o PT em Caruaru ganhou experiência nos últimos anos na implantação e gestão de políticas públicas que foram criadas e impulsionadas pelos governos Lula e Dilma. Este argumento é mais honesto e garante mais legitimidade ao pleito, pois as políticas implementadas pelo PT na gestão de Zé Queiroz são parte importante do legado do governo Lula e Dilma em Caruaru.

 

Vanuccio Pimentel

 

Ex-presidente do PT de Caruaru. Doutor em Ciência Política e professor da Faculdade ASCES.

Lammech Cunha expõe 50 anos de sua carreira no Museu do Barro

Caruaruense, nascido em 1956, o artista plástico Lammech Cunha apresenta sua trajetória de vida no mundo da arte. A exposição “Retrospectiva: 50 anos de Arte” acontece no Museu do Barro – Espaço Zé Caboclo até o dia sete de fevereiro. Na mostra é retratada a trajetória do artista a partir de 1965 até os dias atuais. O estilo presente nos trabalhos de Lammech tem uma abordagem abstracionista, cubista e impressionista. Ao todo, estão expostas 38 esculturas e 28 quadros.

 
O artista Lammech Cunha tem sua vida inteira dedicada às artes. Começou muito cedo, pois vivia em um ambiente repleto de cultura. “Me tornei profissional com nove anos de idade, quando comecei a comercializar todo o meu trabalho. Com 11 anos, fiz minha primeira grande exposição no Recife”, relembra. O incentivo para que Lammech entrasse para o mundo das artes partiu de seus pais, que identificaram um belíssimo talento no menino que ainda estudava as primeiras letras na escola. “Meus pais adoravam artes. Minha mãe abriu a primeira galeria de arte de Caruaru. Quando eu era criança e olhava para as paredes via obras de artistas como Di Cavalcanti, Pancetti, Modigliani, Picasso e tantos outros. Minha mãe logo percebeu meu interesse e começou a me incentivar”.

Desde então, Lammech não parou mais. Participou de diversas premiações e exposições individuais e coletivas em todo o Brasil. Com muita disciplina, dedicação e trabalho, suas obras se destacaram, ganhando as salas dos museus por todo o país. Além da pintura em quadros, começou a esculpir no barro guiado pelos ensinamentos de Mestre Galdino, José Rodrigues e outros artistas com quem conviveu no Alto do Moura.

Lammech Cunha sempre foi um artista multimídia. Pintava, dançava, trabalhava com teatro e cenografia em várias cidades do Brasil e no exterior. “Ao mesmo tempo que pintava queria dançar e atuar. Mas a pintura sempre foi mais forte. É dom de Deus que chegou e vai ficar para sempre”, ressalta o artista. Profissional detentor de seu estilo próprio, Lammech está entre os melhores artistas nacionais, sendo reconhecido pela trajetória impecável de 50 anos de arte contemporânea brasileira com mais de sete mil obras produzidas, entre pinturas e esculturas.

Vale a pena conferir toda essa história de vida e arte do artista plástico Lammech Cunha. A mostra está aberta ao público na sala de Exposições Temporárias e Oficinas de Atividades Educativas, no Museu do Barro. A entrada é gratuita.

SERVIÇO 

EXPOSIÇÃO “RETROSPECTIVA: 50 ANOS DE ARTE”

Local: Sala de Exposições Temporária / Museu do Barro – Espaço Zé Caboclo.
Endereço: Praça Cel. José de Vasconcelos, 100 Centro – Caruaru (Pátio de Eventos).
Período: Até 7 de fevereiro de 2016
Horário: Terça à Sábado das 8h às 17h / Domingos das 9h às 13h.

Aterro sanitário de Caruaru consegue licença da CPRH

O ano começa com boa notícia para o município de Caruaru. A Agência Estadual de Meio Ambiente (CPRH) concedeu a licença de operação ao Aterro Sanitário, no último dia 30 de dezembro. Isso significa que o lixo do município é recolhido e tratado conforme rigorosos padrões de controle ambiental. A licença vale também para a nova célula do equipamento, construída em ritmo acelerado pela Prefeitura, em terreno de cinco hectares, para atender ao expressivo crescimento da produção de resíduos sólidos na cidade.
 
Com a nova situação, Caruaru reconquista as cotas do ICMS-Verde, pagas pelo Governo do Estado aos municípios com Aterros Sanitários aprovados pela Agência Estadual de Meio Ambiente-CPRH. “A nossa fatia do imposto será maior. A pontuação oficial aumentou porque temos trituradoras de material destinado a produzir adubo orgânico, usado em nossas praças, parques e jardins”, observa Emerson Aragão, engenheiro ambiental responsável pelo Aterro Sanitário de Caruaru.

Após a regularização junto à CPRH, e já contando com o término das obras físicas da Central de Triagem de Resíduos, o próximo passo será a coleta seletiva do lixo. O serviço será implantado numa ação conjunta da Prefeitura e organizações civis do setor de reciclagem de resíduos. “O contato com as entidades já foi feito. Restam detalhes operacionais para que comecemos um projeto-piloto”, informa Maurício Silva, Diretor do Departamento de Limpeza Urbana.

A licença da CPRH é proveniente da ação da Prefeitura e do suporte da Consultoria do técnico caruaruense Geraldo Miranda. Ele concebeu o projeto de expansão com base em atualizada tecnologia, como as mantas de poliuretano que impedem a infiltração do solo pelo chorume, protegendo o lençol freático, e o tratamento de gases que elimina odores indesejáveis. Tudo em espaço vedado à entrada de animais ou catadores não autorizados.

Governo recua e Bolsa Família terá reajuste

Do Congresso em Foco

O Bolsa Família terá reajuste. A afirmação é da ministra do Desenvolvimento Social, Tereza Campello. O aumento irá ocorrer, segundo a ministra, só que não se sabe a partir de quando e nem o percentual que será concedido. No último dia 31, o Diário Oficial da União publicou o texto da LDO, com vetos da presidente Dilma que suspendiam o reajuste para o programa. O valor do benefício varia de R$ 77 a R$ 336 por família. As informações são do jornal O Globo.

Os recursos necessários virão da previsão do Orçamento para 2016, de R$ 1,1 bilhão a mais em relação a 2015.

“Existe a previsão de ter aumento no Bolsa Família, na casa de R$ 1 bilhão, que pode ser um pouquinho maior, dependendo do comportamento da economia. Me preocupa muito essa ideia de indexar o Bolsa Família à inflação, como queria o Aécio (Neves). Não vamos nos meter nessa aventura. O Bolsa Família não é salário e nem o substitui”, disse Tereza.

A Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2016 foi sancionada com vetos pela presidente Dilma. O texto foi publicado em edição extra do Diário Oficial da União de 31 de dezembro e traz, entre os cortes, dispositivo que previa reajuste para os beneficiários do Bolsa Família. A LDO contém parâmetros e estimativas que orientam a elaboração do Orçamento deste ano.

Polêmica

O anúncio feito pela ministra acontece depois da polêmica que se seguiu ao veto de Dilma à emenda do senador e presidente nacional do PSDB, Aécio Neves (MG), que previa reajuste pelo índice de inflação medido pelo IPCA. O governo argumentou que não há essa previsão orçamentária e que se tratou de um veto à indexação.

“E não há que se falar em perda inflacionária, porque os beneficiários do Bolsa Família tiveram ganho acima da inflação”, disse a ministra.

A variação do benefício médio do Bolsa Família, entre janeiro de 2011 a junho de 2015, foi de 78,35%, e, segundo o governo, supera quatro índices de inflação no período, que variam de 27,95% a 45,78%.

Aécio criticou o veto, em nota divulgada no último final de semana, afirmando que, em um momento de grave crise, os primeiros a sofrer e de forma mais profunda são os que mais necessitam, os beneficiários do Bolsa Família.

A emenda proposta pelo senador mineiro seria de R$ 3 bilhões.

“A presidente com seu veto, mais uma vez, sacrifica a população que mais precisa do apoio do governo”, disse o senador mineiro, na nota.

Tereza Campello reagiu:

“É uma proposta completamente descabida. Usar o argumento de que recompõe perda inflacionária é desconhecer o que ocorreu com os mais pobres nos últimos anos”, disse a ministra.

Inflação

Campello disse que a presidente Dilma vetou a emenda para não atrelar o aumento do benefício à inflação. A estimativa do mercado (segundo o Boletim Focus) é de que a inflação, depois de romper os 10% em 2015, vai também superar o teto da meta, de 6,5%, neste ano.

Congresso prevê R$ 28,8 bilhões para o programa, em 2016. A ministra assegurou ainda que não haverá qualquer veto de Dilma ao Orçamento do Bolsa Família. Durante a tramitação, o deputado Ricardo Barros (PP-PR), que relatava a proposta, defendeu um corte de R$ 10 bilhões no programa, por ver suspeitas de fraudes. O governo se esforçou para evitar o corte. O texto aprovado pelo

De acordo com o governo, em 2010 o orçamento do programa era de R$ 18 bilhões, o que comprovaria a expansão contínua do Bolsa Família.

Aumento da oferta de energia pode estabilizar tarifas em 2016

Da Agência Brasil

A tarifa de energia elétrica foi uma das vilãs da inflação em 2015, com alta de 49% no Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) entre janeiro e outubro. A falta de chuvas, que reduziu o nível de água nos reservatórios das hidrelétricas e obrigou o acionamento de usinas termelétricas, foi um dos principais fatores para o aumento do custo da energia sentido na conta de luz da maioria dos brasileiros.

O cenário deve melhorar para este ano. Na avaliação de Nivalde de Castro, coordenador do Grupo de Estudos do Setor Elétrico (Gesel), da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), as tarifas em 2016 tendem a subir em níveis próximos aos da inflação, porque a situação hidrológica deverá ser melhor e poderá haver aumento da oferta de energia, com a entrada em funcionamento de novos empreendimentos de geração.

“Isso parece indicar que não vamos ter grandes aumentos no ano que vem, tendendo a subir dentro dos níveis inflacionários”, afirmou o coordenador.

Apesar disso, o sistema de bandeiras tarifárias, que permite o repasse mensal dos custos extras da geração de energia térmica para as contas de luz do consumidor, deve continuar sendo acionado pelo governo, de modo a evitar que as distribuidoras de energia tenham novamente problemas financeiros. “O governo deve deixar as bandeiras hasteadas”, acrescentou Castro.

O Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) estima que as condições hidrológicas e climáticas previstas para 2016, com previsões de chuvas provocadas pelo fenômeno climático El Niño nas regiões Sul e Centro-Oeste, devem garantir o atendimento à demanda de energia do Brasil.

Segundo o Relatório Trimestral de Inflação divulgado recentemente pelo Banco Central, o El Niño poderá resultar em uma redução nas tarifas de energia elétrica, por causa do aumento do nível dos reservatórios.

O documento constata que uma eventual troca de bandeira vermelha para amarela reduzirá a inflação em 0,18 ponto percentual. Se houver troca de bandeira de vermelha para verde, a redução na inflação será de 0,36 ponto percentual.

Outro fator que pode influenciar positivamente o cenário deste ano é a redução do valor repassado para cobrir a Conta de Desenvolvimento Energético (CDE) . Em 2015, o montante foi calculado em R$ 18,9 bilhões e, para 2016, o repasse deverá ser de R$ 12,1 bilhões, o que, de acordo com a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), poderá gerar um impacto negativo de 4,56% nas tarifas.

Reajustes

Por causa dos custos extras que as distribuidoras tiveram desde o ano passado com a compra de energia termelétrica, a Aneel aprovou, em fevereiro, a revisão tarifária extraordinária, com aumento médio de 23,4%.

Os maiores reajustes foram para as distribuidoras AES Sul (39,5%), Bragantina (38,5%), Uhenpal (36,8%) e Copel (36,4%). Somou-se a isso os reajustes das tarifas que acontecem todos os anos, e são calculados de acordo com a realidade de cada distribuidora.

Além desses aumentos, entrou em vigor, no primeiro dia de 2015, o sistema de bandeiras tarifárias. Em todos os meses do ano, a bandeira acionada foi a vermelha, que indica um custo maior para a geração de energia.

O valor extra cobrado na conta de luz começou em R$ 3 para cada 100 quilowatt-hora consumidos, mas, em março, aumentou para R$ 5,50 para cada 100 kWh. Em setembro, com o desligamento das termelétricas mais caras, o valor passou para R$ 4,50.

Renovação das concessões

Ano passado, o governo prorrogou por 30 anos a concessão de 39 distribuidoras de energia que estavam vencendo entre 2015 e 2017, exigindo como contrapartida o cumprimento de metas de qualidade e de gestão, inclusive econômico-financeira, sem repassar investimentos para tarifas.

Para o ministro de Minas e Energia, Eduardo Braga, a assinatura dos contratos para prorrogação das concessões representa o início de um novo ciclo tarifário. A expectativa de Braga é que, em 2018, o país consiga chegar a uma tarifa internacionalmente competitiva.

Desemprego em 2016 será pior do que no ano passado, dizem economistas

Em 2015, os brasileiros enfrentaram o fechamento de postos de trabalho em decorrência das dificuldades econômicas no país. Em 2016, o cenário pode se repetir, segundo avaliação de especialistas.

Para o vice-diretor da Faculdade de Economia da Universidade Federal Fluminense (UFF), Renaut Michel, a taxa de desemprego no Brasil deverá continuar crescendo em 2016, por causa da queda no nível da atividade econômica. “Não há nenhum tipo de expectativa positiva”, disse o especialista em mercado de trabalho.

Para Renaut Michel, embora a construção civil, um dos setores que mais empregam no país, tenha sentido mais os impactos da crise, outros setores da indústria poderão ser afetados este ano. “A indústria já vem mal há um bom tempo. Enfrenta um problema sério de perda de competitividade, de queda de investimentos. Minha expectativa é que continue um ano muito ruim para a indústria, mas em alguma medida vai afetar também o comércio e o serviço, porque o ambiente de incertezas está levando as famílias a consumirem menos. Em consequência disso, os empresários investem menos e bancos também não emprestam”.

O único setor que deve continuar apresentando bom desempenho é o agronegócio. “Mas não vai conseguir ser suficiente para minimizar o impacto muito ruim da trajetória do emprego nos próximos meses”, acrescentou.

Já o professor João Luiz Maurity Sabóia, do Instituto de Economia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), lembra que em outubro do ano passado, a taxa de desemprego era 7,9%, conforme a Pesquisa Mensal de Emprego (PME), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A taxa era praticamente a mesma registrada em 2008, que foi 7,5%, no auge da crise econômica internacional.

“Foram dez anos de melhoras sucessivas no mercado de trabalho, e boa parte disso, infelizmente, em um ano de recessão foi revertida”, disse o professor, em referência ao salário e ao número de postos de trabalho gerados no período.

Para Sabóia, os problemas enfrentados em 2015 causaram efeito pior no mercado de trabalho, em comparação aos impactos da crise internacional. “Aquilo [2008] foi um momento de desaceleração, mas não chegou a ser de piora do mercado de trabalho. E você sustentou esse movimento, praticamente, até o ano passado”.

Desemprego

Os metalúrgicos foram umas das categorias afetadas pelo desemprego no ano de 2015. De acordo com o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Niterói e São Gonçalo, Edson Rocha, 7,5 mil metalúrgicos foram demitidos nos dois municípios. Desses, 3,3 mil ainda não receberam indenização. A maioria dos demitidos da construção naval está “fazendo bicos”, enquanto não arruma um novo emprego, relatou Rocha.

Odair Francisco da Silva é um dos que perderam o emprego. Ele trabalhava no Estaleiro Eisa-Petro Um, antigo Estaleiro Mauá, em Niterói. Casado e pai de quatro filhas, Odair recorreu à ajuda de parentes. “Estou me virando e, infelizmente, incomodando os outros”, disse. A mulher do operário, que não trabalhava fora, hoje faz faxina. Os pais de Odair, ambos aposentados e ganhando um salário mínimo cada, o “socorrem, na medida do possível”.

O soldador Luís Silva Coelho foi dispensado do emprego e procura vaga na mesma área. “Trabalho está difícil. Tem que correr atrás. Tenho filho para dar conta”, disse.

Caminhonete invade Ministério da Fazenda e Polícia Federal faz perícia no local

Da Agência Brasil

A Polícia Federal realiza, neste momento, perícia na entrada de serviço do Ministério da Fazenda, em Brasília, invadida por uma caminhonete com placa de Londrina, por volta das 4h40 de hoje (4).

A invasão destruiu as portas de vidro do edifício e as catracas que registram a entrada de visitantes e funcionários, mas não há feridos.

A empresa que faz a segurança no ministério acionou a Polícia Militar e deteve o homem, que foi levado para a Polícia Federal. A identidade do homem ainda não foi divulgada.

O expediente nesta segunda-feira está mantido e os servidores devem entrar pela portaria do Anexo do ministério.

Nassau Caruaru realiza Projeto Capacita 2016

A Faculdade Maurício de Nassau, unidade Caruaru, realiza de 5 a 30 de janeiro o Projeto Capacita 2016. O objetivo é proporcionar à população qualificação profissional por meio de minicursos gratuitos. No total, serão oferecidos 89 das seguintes áreas: Fisioterapia, Biomedicina, Serviço Social, Educação Física, Odontologia, Engenharia Civil, Pedagogia, Administração, Ciências Contábeis e Enfermagem.

Todos os minicursos oferecidos pela Faculdade serão ministrados por professores das áreas citadas. Há opções como Anatomia palpatória, Desenvolvimento e causas do câncer, Biotecnologia, Políticas sociais e direitos humanos, Segurança do trabalho, Educação de jovens e adultos, Marketing de serviços e experiência, Epidemiologia da chikungunya, Auditoria e controle interno na administração pública, Liderança coaching, Psicanálise e educação, As diferentes faces da enfermagem, Noções de contabilidade geral, Patologia das construções, Oratória e Educação. A lista completa pode ser conferida no endereçowww.sendspace.com/file/z4dai1.

Os interessados poderão assistir a mais de um curso, desde que os horários sejam compatíveis. As inscrições podem ser feitas antecipadamente das 14h às 18h no NAE da unidade; é necessário fazer doação de 1kg de alimento não perecível, que deverá ser doado a instituições carentes.

A Faculdade Maurício de Nassau está localizada no entroncamento da BR-232 com a BR-104, quilômetro 68, 1.215. O número de telefone da unidade é (81) 3413-4660.

Magazine Luiza realizará sua tradicional liquidação

Nesta semana, o Magazine Luiza promoverá a maior e mais esperada promoção do varejo nacional, a Liquidação Fantástica, que ocorrerá em 8 de janeiro (sexta-feira) e será realizada, simultaneamente, nos Estados de São Paulo, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Goiás, Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Bahia, Sergipe, Alagoas, Pernambuco, Paraíba, Rio Grande do Norte, Ceará, Piauí e Maranhão. Milhões de pessoas comparecerão às 780 lojas da rede para aproveitar descontos de até 70%. Cerca de 3 milhões de produtos de setores como eletrodomésticos, eletroeletrônicos, móveis, utilidades domésticas, brinquedos e informática estarão à disposição dos consumidores.

Sobre a Liquidação Fantástica

Desde 1994, quando foi criada a Liquidação Fantástica, o Magazine Luiza dá a largada das grandes promoções do varejo de início de ano. A ousada ação de marketing já é tradicional em todo o país e atrai milhares de clientes às filiais da rede, a primeira do varejo a realizar este tipo de ação, que depois foi seguida por todos os concorrentes, mudando o calendário de vendas no mês de janeiro.

Magazine Luiza

O Magazine Luiza, fundado em 1957, é uma das maiores redes varejistas do Brasil, com 780 lojas e oito centros de distribuição, estrategicamente localizados em 16 Estados (São Paulo – sede –, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Goiás, Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Bahia, Sergipe, Alagoas, Pernambuco, Paraíba, Rio Grande do Norte, Ceará, Piauí e Maranhão), cujas economias correspondem a 75% do PIB nacional.

Em maio de 2011, a empresa passou a ser listada na Bolsa de Valores e, mais uma vez, inovou, destinando grande parte de suas ações a investidores pessoa física. Ao longo de sua história, realizou 13 aquisições.

A empresa investe constantemente em programas e ações em benefício de seus mais de 24 mil colaboradores. A política de gestão de pessoas adotada já rendeu diversos prêmios à rede, que, há 18 anos, figura entre as melhores empresas para se trabalhar nos rankings da revista Exame e do Instituto Great Place to Work. O e-commerce do Magazine Luiza já ganhou 12 vezes o troféu Diamante no Prêmio Excelência em Qualidade Comércio Eletrônico – B2C.

Produtos de limpeza deverão ter mensagens contra desperdício de água 

Foi publicada no Diário Oficial da União da última quarta-feira (30) a Lei 13.233/2015, que torna obrigatória a inclusão da expressão “Água: pode faltar. Não desperdice” na embalagem de produtos de limpeza cujo uso implique consumo de água. A lei sancionada pela presidente Dilma Rousseff é proveniente do Projeto de Lei do Senado 176/2005, do senador Marcelo Crivella (PRB-RJ), aprovado pela Casa no início de dezembro.

O objetivo da norma é conscientizar a população sobre o agravamento da crise hídrica e incentivar a economia de água na limpeza de residências e empresas. A proposta estabelece que a mensagem de advertência terá destaque e será impressa de forma legível nas embalagens e rótulos dos produtos.

A mensagem deverá ainda respeitar o tamanho mínimo de letra e quaisquer outros critérios definidos nos regulamentos técnicos que disponham sobre as características das embalagens e rótulos dos equipamentos e produtos de limpeza abrangidos pela norma. A regra entra em vigor em um ano e o descumprimento da medida acarretará punições previstas no Código de Defesa do Consumidor (Lei 8.078/1990).