Vereadores aprovam crédito de R$ 10 milhões para a Prefeitura de Águas Belas

Após duas votações, a proposta da Prefeitura de Águas Belas para a abertura de crédito adicional ao Orçamento Municipal foi aprovada por 2/3 da Câmara de Vereadores da cidade. Dessa forma, a Lei Ordinária nº 1114/2016 relocou verbas subutilizadas de algumas Secretarias para aquelas que tinham mais necessidade de atendimento neste momento.

Dos R$ 10 milhões que agora tem a possibilidade de ser liberados, 80% está previsto para obras, a exemplo, de construção do Hospital Municipal, do calçamento da avenida principal do povoado de Curral Novo e da construção da escola de Campo Grande, os dois na zona rural. “Agora, existem as rubricas e se tornou possível a execução, mas é preciso ainda chegar o dinheiro para realizar todas as ações.”, explica José Cícero Mendes, secretário de Planejamento e Gestão de Águas Belas.

Mendes acrescenta que algumas verbas estão com dinheiro liberado, mas a lei era necessária para viabilizar outras intervenções no município. “Não significa que existe esse valor em caixa, apenas que a Prefeitura agora pode utilizá-lo”, esclarece. No documento encaminhado à Câmara estão previstos investimentos também para a construção da adutora e da ponte de Curral Novo, das Escolas do Caititu, de Campo Grande e da Lagoa Serrotinho e das Unidades Básicas de Saúde na Aldeia Fulni-ô, no Peba e em Nahor (Lagoa do Barro), além de outras intervenções.

CCJ envia processo de Cunha à direção da Câmara

Do G1

A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) enviou, nesta segunda, à Mesa Diretora da Câmara o processo de cassação do deputado afastado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) após rejeitar o seu recurso para devolver o caso ao Conselho de Ética.

O próximo passo do processo é a votação no plenário principal da Câmara, o que só acontecerá em agosto, uma vez que o Congresso Nacional está de recesso “branco” até o fim de julho.

Antes, para o processo ser incluído na pauta, a decisão da comissão terá de ser lida no plenário e, em seguida, publicada no “Diário Oficial da Câmara”. A partir da leitura, começa a contar o prazo de até duas sessões para que o processo seja votado no plenário da Casa.

O novo presidente da Casa, Rodrigo Maia (DEM-RJ), já disse que irá votar o processo em um dia que houver quórum elevado de parlamentares para evitar ser acusado de tentar ajudar ou prejudicar o peemedebista.

Segundo o colunista do G1 e da GloboNews Gerson Camarotti, Cunha aposta na ausência dos deputados com quem tem relação para tentar barrar a perda do mandato. Nesse caso, a falta deles contaria a seu favor porque, para aprovar a perda do mandato, são necessários 257 votos. Se esse mínimo não for atingido, o deputado não perde o mandato.

Como a votação é aberta, aliados mais próximos não escondem o constrangimento de ter que votar contra a cassação por causa das evidências que pesam contra ele no processo, além do desgaste que seria diante da opinião pública.

No recurso apresentado à CCJ, Cunha questionava diversos pontos da tramitação do processo no Conselho de Ética. No seu parecer, o deputado Ronaldo Fonseca (PROS-DF) acatou um deles e defendia que a votação final no colegiado fosse refeita. No entanto, por um placar de 48 votos a 12, os integrantes da CCJ rejeitaram totalmente o recurso.

No processo, Eduardo Cunha é acusado de quebrar o decoro parlamentar por supostamente ter mentido à CPI da Petrobras, no ano passado, sobre a existência de contas bancárias no exterior. Ele nega e diz ter apenas o usufruto de fundos geridos por trustes (entidades jurídicas que administram recursos e bens).

Posteriormente, ele foi denunciado pela Procuradoria-Geral da República ao Supremo Tribunal Federal (STF) sob a acusação de usar contas bancárias na Suíça guardar dinheiro de propina de contratos da Petrobras.

O peemedebista nega as acusações e diz que vai recorrer ao Supremo Tribunal Federal (STF) para tentar barrar o processo por quebra de decoro parlamentar na Câmara.

PDT orienta pré-candidatos no Recife

Hoje, às 18h, o deputado federal e presidente do PDT/PE, Wolney Queiroz, estará na sede do PDT, em Recife, coordenando encontro com pré-candidatos do partido no Estado. Na ocasião, Orson Lemos, representante do TRE, e a advogada Diana Câmara ministrarão palestra com o tema ‘Convenção, registro de candidatura e propaganda eleitoral’. Depois, às 20h, será a vez do palestrante Marcos José, também do TRE, que falará sobre ‘Prestação de contas eleitorais’.

O auditório do PDT, em Recife, fica na Avenida João de Barros, nº 326, Boa Vista. Telefone (81) 3231- 1212

Temer se consolida

Completaram-se dois meses da presidência, ainda interina, de Michel Temer, mas ele avança para continuar no comando do Brasil. De acordo com a empresa Arko Advice, ainda que não esteja vencendo de goleada, ele segue de forma consistente para confirmar, em agosto, a permanência na Presidência. Informações de bastidores indicam mais de 58 votos a favor do impeachment, em discussão no Senado. Além disso, há a existência de um sentimento: a presidente afastada, Dilma Rousseff, perde densidade política a cada dia.

A empresa de consultoria enumera as vitórias do governo: a eleição do deputado Marco Maia para presidente da Câmara, o aumento do Bolsa Família, o retorno do programa Minha Casa, Minha Vida, o reajuste em 50% da dotação prevista para os contratos do Fies, bolsas de ensino para estudo superior. Com os movimentos, Temer conseguiu ampliar o controle sobre a agenda política na Câmara e desmontou o discurso de que seu governo seria antissocial.

Dilma, além de não ter avançado, “escorrega em sua mediocridade”, segundo a Arko Advice. Sem discurso e sem narrativa, chegou a apelar, caso retorne à Presidência, para a possibilidade de manutenção da equipe econômica de Temer.

A verdade é clara: o impeachment está entrando em uma curva que parece irreversível.

Para Dilma, Temer quer implementar o parlamentarismo

A presidente afastada Dilma Rousseff disse, que o governo interino de Michel Temer pretende implementar o parlamentarismo no País.

“Por trás desse golpe, tem uma ambição muito forte pelo parlamentarismo. No Brasil, todas as transformações ocorreram pelo voto majoritário para presidente. No voto proporcional, há uma imensa quantidade de filtros, oligarquias regionais, filtros de segmentos que fazem com que, na maioria das vezes, o Parlamento no Brasil seja mais conservador que o Executivo”, afirmou Dilma durante encontro na Universidade Federal do ABC, em São Bernardo do Campo (SP).

“É visível quando dizem que o golpe pode ser feito por discordâncias políticas. Ora, nós vivemos no regime presidencialista, o chefe de Estado e de governo é um só. A força advém dos 54 milhões de votos obtidos. No caso do primeiro-ministro, pode receber voto de desconfiança, mas pode dissolver o Parlamento e convocar eleições gerais. Eles querem o parlamentarismo”, acrescentou.

Até 2018, impacto no PIB será de R$ 70 bilhões a menos com interrupção do Minha Casa Minha Vida, alerta Humberto‏

Ainda em maio deste ano, o governo interino de Michel Temer cancelou o programa Minha Casa Minha Vida para as faixas que atendiam a população mais pobre. Com essa medida, o presidente provisório vai deixar de gerar R$ 70 bilhões no Produto Interno Bruto (PIB) em três anos até 2018. A presidenta Dilma Roussef havia anunciado, no final de março, a construção de 2 milhões de moradias com o início da terceira etapa do programa, criando a faixa 1,5 (que contempla famílias que ganham até R$ 2.350,00). Mas essa faixa foi excluída por Temer e pelo ministro das Cidades, o pernambucano Bruno Araújo (PSDB).
“Isso é um verdadeiro retrocesso e uma perda significativa de recursos para o Brasil. Além de prejudicar milhões de brasileiros que teriam o seu sonho realizado, nosso país deixará de arrecadar R$ 70 bilhões. É muita trapalhada para um governo só”, avaliou o líder do governo Dilma no Senado, Humberto Costa (PT-PE). A suspensão de novas contratações e a paralisia das obras do MCMV atingem 6,1 milhões de famílias, número estimado para os que necessitam de uma moradia digna.
O objetivo do MCMV, criado em 2009 pelo presidente Lula, foi o de combater o déficit habitacional no Brasil. Além de prejudicar a população mais carente, a suspensão dessas duas faixas (1 e 1,5) tem um grande efeito econômico. Segundo o estudo “Perenidade dos programas habitacionais”, da Fundação Getúlio Vargas (FGV), cerca de 1,3 milhão de empregos deixarão de ser gerados, dos quais 660 mil nas obras de construção das casas e mais 682 mil ao longo da cadeia. Se o governo Temer realmente suspender o Minha Casa Minha Vida, o impacto final seria em torno de R$ 145,7 bilhões no período das obras, estimado em três anos, o que corresponde a 2,5% do PIB.
Apesar de Dilma ter anunciado a construção de 2 milhões de moradias, o governo provisório anunciou que não irá cumprir essa meta. O ministro Bruno Araújo disse recentemente que, em 2016, deverão ser contratadas apenas 400 mil unidades das faixas 2 e 3. “Eu acho engraçado é o governo cancelar as faixas para os mais pobres e anunciar financiamento para compra de imóveis luxuosos de R$ 3 milhões. É realmente uma inversão de prioridades o que esse presidente sem voto está fazendo”, criticou o senador Humberto Costa.

Ministro da Saúde defende sistema integrado para aprimorar gestão‏

Centralizar e organizar os sistemas de informações das unidades de saúde de todo o país, objetivando uma melhor gestão e planejamento, com mais agilidade e transparência. Esta é uma das atuais prioridades do Ministério da Saúde que foi apresentada pelo ministro Ricardo Barros, nesta segunda-feira (18), durante reunião com representantes da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), além de líderes empresariais de diversos setores do país. No encontro, realizado na sede da federação – em São Paulo – foram debatidas as perspectivas da saúde no Brasil.

Durante a reunião, o ministro informou que está em andamento, por meio do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS), a criação de um sistema que vai conectar, centralizar e organizar as informações de todas as unidades de saúde. “O que nós queremos é conectar os sistemas, que hoje estão em diferentes plataformas, para que as informações cheguem o mais rápido ao Ministério da Saúde. A transparência é uma importante ferramenta contra a fraude, pois permite a análise e comparação”, enfatizou o ministro.

Ricardo Barros destacou, ainda, que embora o Ministério da Saúde disponibilize, gratuitamente, softwares a todos os municípios, para auxiliar na centralização e compartilhamento das informações, nem todos os prestadores de serviços implementam essas ferramentas. “É preciso que todos entendam a importância dessas informações para o bom funcionamento da gestão do SUS. Estamos analisando formas de motivar e tornar obrigatório o repasse dessas informações”, afirmou.

A participação do ministro da Saúde, Ricardo Barros, na Federação das Indústrias do Estado de São Paulo integrou uma extensa agenda de trabalho na capital paulista. Ainda nesta segunda-feira (18), o ministro se reuniu, no Hospital Sírio Libanês, com representantes dos hospitais de referência que participam do Programa de Desenvolvimento Institucional do Sistema Único de Saúde (PROADI). O ministro também esteve no Instituto Butantan, onde assinou contrato para assegurar o abastecimento das vacinas de Hepatite A e dTpa (difteria, tétano e coqueluche) no Calendário Nacional de Vacinação, disponível para a população SUS.

Ministério da Saúde compra 6,5 milhões de doses de vacinas do Butantan‏

Em visita ao Instituto Butantan, em São Paulo, o ministro da Saúde, Ricardo Barros, assinou contratos para compra das vacinas de hepatite A e dTpa. Ao todo, serão destinados R$ 375,6 mi

O Ministério da Saúde adquiriu 6,5 milhões de doses das vacinas contra Hepatite A e dTpa (difteria, tétano e coqueluche) do Instituto Butantan. O contrato foi assinado pelo ministro da Saúde, Ricardo Barros, nesta segunda-feira (18), em visita à sede do instituto, em São Paulo. Ao todo, foram investidos mais de R$ 375,6 milhões para assegurar o abastecimento destas vacinas no Calendário Nacional de Vacinação, disponível para os usuários no Sistema Único de Saúde (SUS). Essas doses começarão a ser distribuídas neste segundo semestre.

A vacina DTPa protege contra difteria, tétano e coqueluche e é ofertada no Calendário Nacional de Vacinação às gestantes e profissionais de saúde. Dessa forma, o Ministério da Saúde busca reduzir a incidência e mortalidade causada pela doença entre os recém-nascidos. A recomendação do Ministério da Saúde é para aplicação da dose entre as 27ª e a 36ª semanas de gestação – período que gera maior proteção para a criança, com efetividade estimada em 91%. Entretanto, a dose também pode ser administrada até, no máximo, 20 dias antes da data provável do parto. Já a Hepatite A é ofertada para crianças de 15 meses, em dose única.

Ainda em visita ao Butantan, o ministro visitou os laboratórios de produção da vacina contra influenza, de hemoderivados, de soros hiperimunes e monoclonais. Ricardo Barros, também, conhecerá o local onde está sendo desenvolvida a terceira e última fase da pesquisa clínica para a vacina contra a Dengue, a qual o Ministério da Saúde já destinou mais de R$ 66 milhões. Até agosto a pasta enviará a última parcela que completa o montante de R$100 milhões, acordados em fevereiro deste ano com o instituto.

O Instituto Butantan fornece tecnologias exclusivamente ao Ministério da Saúde e as demais entidades do Sistema Único de Saúde (SUS), com destaque para o fornecimento de soros (antibotrópico, antibotrópico-crotálico, antibotrópico-laquético, anticrotálico, antielapídico, antiaracnídico, antiescorpiônico, antilonômico, antidiftérico, antitetânico, antibotulínico AB, antibotulínico E e antirrábico) e das seguintes vacinas: tríplice (difteria, tétano e pertussis) DTP, dupla (difteria e tétano) adulto e infantil, Influenza Sazonal trivalente, Hepatite A, HPV, Hepatite B e raiva Vero.

Atualmente, o Programa Nacional de Imunizações (PNI) distribui cerca de 300 milhões de imunobiológicos anualmente, dentre vacinas e soros, além de oferecer à população todas as vacinas recomendadas pela Organização Mundial da Saúde (OMS) no Calendário Nacional de Vacinação.

É importante destacar que, nos últimos cinco anos, o orçamento do PNI cresceu mais de 140%, passando de R$ 1,2 bilhão, em 2010, para R$ 2,9 bilhões, em 2015. Além disso, os contratos do Ministério da Saúde com os laboratórios produtores de vacinas estão em andamento e os pagamentos em dia.

PROADI – Ainda em São Paulo, o ministro Ricardo Barros se reuniu mais cedo com representantes dos seis hospitais de excelência que participam do Programa de Apoio ao Desenvolvimento Institucional do Sistema Único de Saúde (PROADI-SUS). No encontro, que foi realizado no Hospital Sírio Libanês, os gestores dos hospitais Albert Einstein, Alemão Oswaldo Cruz, do Coração (HCOR), Moinhos de Vento e Samaritano, além do Sírio Libanês, apresentaram alguns dos projetos do PROADI ao ministro da Saúde.

O PROADI-SUS foi criado em 2009 para possibilitar que as entidades de saúde de referência assistencial participem do desenvolvimento do SUS. Atualmente, são 113 projetos em execução nos seis hospitais de excelência, totalizando cerca de R$ 1,737 bilhão em isenções fiscais entre os anos de 2015 e 2017. Estes projetos estão ligados a diversas áreas do SUS, como a Atenção Primária e a Alta Complexidade, e contemplam ainda a qualificação e o aprimoramento da gestão, inovação científica e tecnológica, a capacitação dos profissionais e de trabalhadores do SUS.

Após o encontro no Sírio Libanês, o ministro se reuniu com o Conselho Superior de Responsabilidade Social (CONSOCIAL) e membros do Comitê da Bioindústria – BioBrasil, na Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (FIESP).

Delegado rouba a cena em Caruaru

  Delegado rouba a cena em Caruaru 

Por Magno Martins

O fato novo na nova pesquisa de intenção de voto do Instituto Opinião para prefeito de Caruaru, postada abaixo, está na aparição do pré-candidato do PR, Erick Lessa. Sem nunca ter disputado uma eleição, sem mídia e o mais desconhecido entre os pré-candidatos, ele aparece com 13,8% das intenções de voto, cenário de empate técnico com a tucana Raquel Lyra, que tem 17,3%. A margem de erro é de 4,6 pontos percentuais para baixo ou para cima.

Lessa é delegado e foi responsável pela prisão dos vereadores que se envolveram num escândalo. Para alguns, é o “Sérgio Moro de Caruaru”. Como os políticos tradicionais estão em baixa e as eleições municipais serão realizadas com regras rígidas, pouco tempo de campanha de rua, no rádio e na televisão, um nome sem rejeição e que tenha como bandeira a moralidade e a ética tem tudo para se transformar num verdadeiro azarão.

A pesquisa traz Tony Gel em crescimento. Na espontânea, sobe dez pontos, enquanto na estimulada cresce cinco. Mas o peemedebista, em contrapartida, detém a maior taxa de rejeição, diferentemente de Lessa, o menor percentual entre os nomes mais competitivos. Os novos números foram desfavoráveis, entretanto, para Raquel Lyra, pré-candidata do PSDB, que perdeu cinco pontos percentuais e corre agora risco de ser ultrapassada pelo candidato do PR.

O levantamento mostra, também, que Jorge Gomes, o candidato do prefeito José Queiroz (PDT), cuja avaliação da sua gestão será postada ao longo do dia, não reagiu, aparecendo praticamente com os mesmos percentuais de janeiro. Isso se dá depois de o prefeito colocar o candidato debaixo do braço e circular com ele, inclusive durante o período junino, o que permite um contato direto com o eleitorado.

Queiroz aposta na sua popularidade para arrastar Jorge. Ele só tem, entretanto, pouco mais de dois meses. Como os municípios estão diante um cenário de regras inéditas para as eleições, que, oficialmente, irão durar apenas 35 dias, seu desafio será muito maior. Se o seu candidato não decolar, a tendência é um segundo turno entre Gel e Raquel ou Gel e Erick Lessa. O que fica muito claro nos novos números é que Tony Gel, mesmo não tendo ainda admitido sua entrada no páreo, tem lugar garantido no segundo turno.

VENCE A TODOS– Além de figurar como favorito na disputa em Caruaru, o deputado Tony Gel não perderia a eleição de segundo turno para nenhum dos candidatos, segundo as projeções na disputa final feitas pelo Instituto Opinião. Caruaru, entretanto, costuma ter pleitos acirrados e este ano não será diferente, até porque as até então consideradas forças governistas – os grupos Queiroz e Lyra – agora aparecem em lados opostos. E com um grau de radicalização que só tende a aumentar. Num segundo turno em que Jorge vier a ficar de fora, o que se diz na cidade é que seria mais fácil Queiroz apoiar Tony.

Tony Gel lidera pesquisa em Caruaru e Raquel Lyra vem em segundo lugar

O pré-candidato do PMDB a prefeito de Caruaru, Tony Gel, subiu cinco pontos percentuais, indo de 25,5% para 30,7%, na nova pesquisa do Instituto Opinião em relação ao primeiro levantamento, em janeiro passado. Já a pré-candidata do PSDB, Raquel Lyra, perdeu cinco pontos, caindo de 22,5% para 17,3%, enquanto o pré-candidato do PSB, Jorge Gomes, oscilou positivamente de 6% para 7,6%. A novidade, que deve esquentar a sucessão no município, fica por conta do pré-candidato do PR, delegado Erick Lessa, que ficou de fora entre os nomes pesquisados na sondagem anterior. Nesta, aparece empatado, tecnicamente, com Raquel, com 13,8%.

Pré-candidato pelo PHS, Rivaldo Soares oscilou negativamente, caindo de 3,8% para 3,3%, em empate técnico com o socialista Jorge Gomes, apoiado pelo prefeito José Queiroz (PDT). Por último, aparecem Milton Manuel (PCB) e Eduardo Guerra (PSol), com 0,2%. Brancos e nulos, que na pesquisa de janeiro eram 22,3%, foram reduzidos para 14,7%. Indecisos também caíram de 14,8% para 12,2%. O levantamento foi realizado entre os dias 15 e 16 deste mês, sendo aplicados 450 questionários. A margem de erro é de 4,6 pontos percentuais para baixo ou para cima. O registro no Tribunal Regional Eleitoral tem o número 03544/2016.

Na espontânea, modelo pelo qual o entrevistado é obrigado a lembrar do nome do candidato sem o auxílio da cartela, Tony Gel também subiu dez pontos, passando de 4,8% para 14%, enquanto Raquel Lyra oscilou positivamente de 2% para 6,7%. Jorge Gomes, não citado no levantamento anterior, aparece com 3,8%. O delegado Erick Lessa vem em seguida com 3,6% e os demais – Rivaldo Soares e Eduardo Guerra – aparecem com apenas 0,2%. Neste cenário, os indecisos sobem para 59,5%, enquanto brancos e nulos somam 9,8%.

As entrevistas foram realizadas na Agamenon Magalhães, Alto do Moura, Boa Vista I e II, Cachoeira Seca, Caiucá, Cedro, Centenário, Cidade Alta, Cidade Jardim, Divinópolis, Indianópolis, Inocoop, Jardim Panorama, João Mota, José Carlos de Oliveira, Juá, Kennedy, Lajes, Loteamento José Liberato, Luiz Gonzaga, Maria Auxiliadora, Maurício de Nassau, Monte Bom Jesus, Murici, Nossa Senhora das Dores, Nova Caruaru, Petrópolis, Rafael, Rendeiras, Riachão, Salgado, Santa Rosa, São Francisco, São João da Escócia, Terra Vermelha, Universitário, Vassoural e Vila Padre Inácio.

No capítulo rejeição, Tony Gel também aparece na dianteira. Dos entrevistados, 20,2% disseram que não votariam nele de jeito nenhum. Em seguida, aparece Jorge Gomes, com 15,3%, sequenciado por Rivaldo Soares, com 10,4% e Raquel Lyra, com 7,1%. Milton Manoel tem 3,1% de rejeição, Erick Lessa 2,9%, Eduardo Guerra 1,6% e Eduardo Mendonça, com 1,3%. Ainda entre os entrevistados, 13,6% disseram que rejeitam todos e 24,5% afirmaram que não rejeitam nenhum dos candidatos.

O Instituto Opinião projetou ainda cenários de segundo turno. Jorge Gomes, o candidato oficial, perde para todos os candidatos de oposição. Frente a Raquel Lyra, a tucana teria 46% dos votos contra 20% do socialista. Brancos e nulos somariam 26%. No enfrentamento com Tony Gel, o pemedebista teria 48,9% dos votos contra 24,4% de Jorge. Brancos e nulos seriam 21,1%. Com o delegado Erick Lessa, a diferença diminuiria, mas o republicano ganharia com 38,9 dos votos contra 25,6% do socialista.

Já se o segundo turno ocorresse entre Tony Gel e Raquel Lyra, o peemedebista levaria a melhor. Teria 40,2% dos votos contra 35,3%. Brancos e nulos seriam 18%. Num cenário em que chegassem ao segundo turno Raquel Lyra e o delegado Erick Lessa, a tucana ganharia com 42,9% dos votos contra 29,8% do republicano. Por fim, num cenário em que a disputa final se desse entre Gel e o delegado, o candidato do PMDB também venceria. Teria 41,8% contra 32,9%. Brancos e nulos ficariam em 18%.

Dissecando a pesquisa, os maiores percentuais de Tony Gel aparecem entre os eleitores com grau de instrução até a quarta série (51,2%), entre os eleitores com renda familiar de apenas um salário mínimo (42,5%) e entre os eleitores na faixa etária acima de 60 anos (34,4%). Seus menores índices estão entre os eleitores com renda superior a cinco salários (18,4%), entre os eleitores com grau de instrução superior (24,5%) e entre os eleitores na faixa etária de 25 a 34 anos (27,5%). Por sexo, 34,8% dos seus eleitores preferenciais são homens e 27,3%, mulheres.

Já Raquel Lyra tem seus maiores indicativos de voto entre os eleitores na faixa etária de 45 a 59 anos (22,1%), entre os eleitores com grau de instrução médio (20,9%) e entre os eleitores com renda familiar entre três e cinco salários (20%). Suas menores taxas se situam entre os eleitores na faixa etária de 35 a 44 anos (9,3%), entre os eleitores com grau de instrução superior (12,7%) e entre os eleitores com renda entre um e três salários (14.9%). Por sexo, 18,4% são homens e 16,5% mulheres.

O delegado Erick Lessa, por sua vez, tem seus maiores percentuais de intenção de voto entre os eleitores jovens, na faixa etária de 16 a 24 anos (22,4%), entre os eleitores com grau de instrução superior (18,3%) e entre os eleitores com renda familiar entre um e três salários (16,9%). As menores taxas estão entre os eleitores na faixa etária acima de 60 anos (6,3%), entre os eleitores com renda familiar até um salário (9,7%) e entre os eleitores com grau de instrução até quarta série (8,5%). Por sexo, 16,5% dos seus eleitores preferidos são mulheres e 10,4% homens.

Jorge Gomes, por fim, tem seus melhores percentuais entre os eleitores com renda familiar entre três e cinco salários (16,4%), entre os eleitores com grau de instrução superior (14,1%) e entre os eleitores na faixa etária de 45 a 59 anos (10,6%). Suas menores indicações de voto aparecem entre os eleitores com grau de instrução até a quarta série (3,7%), entre os eleitores com renda de apenas um salário (4,4%) e entre os eleitores na faixa etária acima de 60 anos (6,3%). Por sexo, 7,6% dos seus eleitores são mulheres e 7,5% homens.