Magazine Luiza inaugura loja em Serra Talhada

A partir das 9h desta sexta-feira, 26 de agosto, a população de Serra Talhada poderá conferir a loja do Magazine Luiza na cidade. A rede varejista abrirá suas portas em meio a muita festa e ofertas especiais de inauguração.

Localizada na rua Enock Ignácio de Oliveira, 640, no bairro Nossa Senhora da Penha, a filial estará embrulhada para presente, com um laço em comemoração à inauguração. O prédio abriga centenas de promoções e produtos exclusivos para os consumidores da região.
Segundo a gerente da unidade, Suleide Ricardo da Silva Ferre, a população está ansiosa pela inauguração, e a equipe preparada para atendê-la. “A expectativa da cidade é muito grande. Os descontos especiais de inauguração vão atrair ainda mais os clientes”, afirma.

Magazine Luiza
O Magazine Luiza, fundado em 1957, é uma das maiores redes varejistas do Brasil, com 786 lojas e oito centros de distribuição, estrategicamente localizados em 16 Estados (São Paulo – sede –, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Goiás, Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Bahia, Sergipe, Alagoas, Pernambuco, Paraíba, Rio Grande do Norte, Ceará, Piauí e Maranhão), cujas economias correspondem a 75% do PIB nacional.

Em maio de 2011, a empresa passou a ser listada na Bolsa de Valores e, mais uma vez, inovou, destinando grande parte de suas ações a investidores pessoa física. Ao longo de sua história, realizou 13 aquisições.

A empresa investe constantemente em programas e ações em benefício de seus mais de 22 mil colaboradores. A política de gestão de pessoas adotada já rendeu diversos prêmios à rede, que, há 18 anos, figura entre as melhores empresas para se trabalhar nos rankings da revista Exame e do Instituto Great Place to Work. O e-commerce do Magazine Luiza já ganhou 12 vezes o troféu Diamante no Prêmio Excelência em Qualidade Comércio Eletrônico – B2C.

Entidades promovem 2ª edição do CEI

Com o objetivo de oferecer esporte e lazer para os portadores de deficiências intelectuais, a Unecar (Unidade Especializada de Caruaru), em parceria com a Unep (Unidade Especializada de Pernambuco) e o Gerpe (Grupo Especializado de Reabilitação de Pernambuco), promoverá, na quarta-feira (31), das 8h às 13h, no Sesc Caruaru, no Bairro Petrópolis, a 2ª edição do CEI (Campeonato de Esportes Inclusivos).

O evento, que será aberto ao público, contará com a participação de 300 deficientes com idades entre 4 a 43 anos. As modalidades disputadas serão futebol de campo, corrida de 100 metros, salto em distância, cabo de guerra, dentre outras, com a entrega de medalhas para os primeiros, segundos e terceiros colocados.

A entrada é gratuita, porém quem tiver interesse de colaborar com as instituições envolvidas poderá fazer o repasse de materiais de limpeza. “Queremos com o CEI demonstrar aos participantes e a sociedade em geral que esses deficientes são capazes de evoluir e mostrar os seus potenciais, apesar de suas limitações. Convidamos a todos para comparecerem ao nosso evento”, destacou a psicóloga Cláudia Castro.

Cresce o número de oportunidades de emprego para jovens

Diante da atual crise econômica enfrentada pelo país, o mercado de trabalho brasileiro vivencia um dos piores momentos das últimas décadas. Segundo o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED), do Ministério do trabalho, mais de 530 mil vagas com maiores salários foram descartadas no primeiro semestre do ano, e o levantamento mais recente da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio Contínua (PNAD Contínua) do IBGE, aponta que atualmente, 11,2% dos brasileiros estão desempregados. Apesar desse cenário o mercado se mostrou aquecido para os jovens nos últimos meses. O número de vagas para quem tem entre 14 e 24 anos aumentou. Mais de 180 mil empregos com carteira assinada foram criados no primeiro semestre para trabalhadores jovens. Parece uma boa notícia, principalmente considerando-se que essa faixa etária é a que mais sofre com a crise do emprego, porém, é importante analisa-la de um outro ângulo: em tempos de crise as empresas estão cortando gastos e oferecem postos de baixa remuneração para esses novos funcionários.

Histórico

Entre janeiro e junho desse ano, o saldo positivo na abertura de vagas só se concretizou na faixa etária mais jovem, enquanto para os mais velhos, o número de demissões ainda supera o de contratações. Mesmo que pareça um avanço, o mercado ainda está longe de se tornar convidativo ao candidato entre 14 e 24 anos: essa faixa é a mais afetada, são quase 4,8 milhões de desempregados de acordo com dados do CAGED. O cenário é preocupante pois estima-se que 1 em cada 4 trabalhadores com menos de 25 anos foi diretamente impactado pela crise, justamente num período no qual adquirir experiência e projetar a carreira é fundamental.

Visão do mercado

Se por um lado o número de postos de trabalho voltados para esses candidatos aumentou, por outro a remuneração ainda está aquém do esperado. Diversos fatores podem explicar esse cenário desfavorável “Muitas empresas tiveram que substituir trabalhadores por mão de obra mais barata e o jovem, por possuir pouca experiência, acaba sendo menos exigente devido a urgência em entrar no mercado de trabalho.” – Analisa o gerente de Recursos Humanos Rafael Pinheiro. Considerando ainda que muitos jovens que antes dedicavam-se exclusivamente ao estudo precisaram se lançar no mercado de trabalho, seja para custear os estudos ou complementar a renda familiar, o próprio número de candidatos também aumentou, inflando o mercado.

Diante disso as empresas podem aumentar o nível de exigência ou simplesmente baixar os salários, pois a oferta de profissionais segue ampla. Para Rafael, o mais preocupante nesse cenário é que, diante da necessidade, o jovem pode acabar arriscando a própria carreira, visto que muitas vezes essas vagas não condizem com seu perfil ou não vão de encontro com sua área de estudo. Esses fatores podem desmotivar o estudante, pois, atuar num período integral fora da área de formação, impede que o mesmo consiga aplicar os conhecimentos adquiridos no curso e obtenha experiência profissional em seu campo de trabalho, o que torna muito mais difícil conseguir uma colocação depois de formado. – Esclarece o especialista.

Estágio é uma alternativa promissora

Para especialistas, uma alternativa para driblar a crise, adquirir experiência profissional e aumentar a renda, é investir em qualificação e em programas de aprendizado. Vagas voltadas para jovens, como as vagas de estágio, proporcionam maiores oportunidades pois são flexíveis e permitem ao candidato conciliar os estudos com o trabalho. Além disso, por possuírem contratos e jornadas de trabalho mais brandas em relação a um trabalhador formal, conferem vantagens ao empregador, servindo como um estímulo à contratação de estagiários e aprendizes. E mesmo diante da crise, investir neste tipo de vaga é a melhor aposta para o jovem.

De acordo com Tiago Mavichian, diretor da Companhia de Estágios, consultoria especializada na contratação de estagiários e trainees, apesar do mercado estar encolhido a evolução das vagas nos programas de estágio é contínua nessa época do ano “Nosso próprio levantamento mostrou que no último triênio a média de crescimento na oferta de novas vagas de estágio durante o segundo semestre foi de 7%. Esse é um resultado muito significativo considerando que o número de postos de trabalho formal vem caindo muito ao longo do último ano”. Muitos estudantes que atuavam como estagiários se formam e ingressam no mercado de trabalho, e, para suprir essa demanda as empresas abrem novas vagas, explica o diretor.

A jornada de trabalho reduzida, a possibilidade de aprendizado e o valor da bolsa auxílio são os maiores atrativos. Tantos benefícios oferecidos nesta modalidade. As vagas estão cada vez mais concorridas devido ao número de estudantes que priorizam o estágio. Dados da recrutadora apontam que mais da metade dos jovens já procuram uma oportunidade no início da formação. Segundo Mavichian mesmo as vagas de estágio com remunerações maiores não exigem experiência, mas requerem um bom perfil “Os estudantes que participam de iniciativas como trabalho voluntário, empresa Jr., além de possuir cursos de idiomas e bons conhecimentos de informática se destacam dos demais, pois esses fatores são um diferencial no currículo que se reflete no desempenho e desenvoltura do estudante no estágio” – finaliza.

Qualificação é essencial

Ainda que a crise seja a grande responsável pelo mercado de trabalho mais desafiador, outro fator extremamente relevante é que muitos candidatos, pela urgência em conseguir uma colocação, concorrem às vagas que não condizem com seu perfil. Com a concorrência acirrada os empregadores têm a possibilidade de ser mais criteriosos e podem fazer um filtro mais apurado, pois, a procura está maior do que a demanda de vagas. Segundo o diretor da Companhia de Estágios as vagas em empresas de médio e grande porte que oferecem mais benefícios, bolsa auxílio acima da média e possibilidade de efetivação são também as mais exigentes.

De acordo com Rafael Pinheiro, hoje em dia é necessário complementar a formação básica, as empresas procuram, mais do que nunca, um currículo bem qualificado “Investir em cursos técnicos e de aperfeiçoamento é essencial para conseguir uma colocação em meio à crise, principalmente no caso dos jovens que buscam o primeiro emprego. Quando o cenário da economia se recuperar quem estiver com o melhor currículo e mais qualificado terá mais chances de conquistar um posto melhor e ser bem remunerado” – explica o gerente de RH.

Aliados querem fala dura de Dilma; não, ao termo golpe

Do G1, em Brasília

Aliados da presidente afastada Dilma Rousseff defendem que ela faça um discurso “duro” e “firme” no Senado nesta segunda-feira (29), quando vai ao plenário para se defender no julgamento final do processo do impeachment.

Para senadores ouvidos pelo G1 e para o advogado de defesa, o ex-ministro José Eduardo Cardozo, Dilma deve, além de enfatizar que não cometeu crime, não cair em eventuais provocações de adversários.

No entanto, os aliados da petista divergem sobre o uso dos termos “golpe” ou “golpista” no pronunciamento, com previsão de duração de 30 minutos, prorrogáveis por período indeterminado a critério do presidente da sessão, ministro Ricardo Lewandowski, do Supremo Tribunal Federal (STF).

O depoimento de Dilma é esperado como um dos principais atos do julgamento do impeachment. Esta vai ser a primeira vez que ela irá ao Congresso desde que foi afastada da Presidência da República, em maio

A sessão está prevista para começar às 9h. Após o pronunciamento, Dilma receberá perguntas formuladas pela acusação, pela defesa e por senadores e poderá responder se quiser. Assessores e aliados dizem que a disposição dela é responder.

Segundo a senadora Kátia Abreu (PMDB-TO), ministra e amiga pessoal de Dilma, senadores contrários ao impeachment vão se reunir com a presidente afastada no fim de semana para definir a estratégia a ser usada na segunda-feira.

Um dos que defendem o tom mais “duro” no discurso de Dilma, o líder do PT no Senado, Humberto Costa (PE), avaliou que a presidente afastada precisa resistir e não cair em possíveis “provocações” de parlamentares favoráveis ao impeachment.

Ele disse também acreditar que Dilma não deve “elevar o tom”, fazer acusações contra senadores, apontar eventuais envolvimento deles em casos de corrupção ou chamá-los de “golpistas”.

Ex-ministro de Dilma, o senador Armando Monteiro Neto (PTB-AL), por sua vez, defendeu que a petista faça uma fala “firme” durante a sessão, “como é a característica” da presidente afastada.

“Ela tem que fazer uma fala firme e ser altiva. Evidentemente, se ela puder temperar sua fala com um toque mais humano, é sempre bom. E não me parece que ela está vindo aqui apontar o dedo aos senadores, chamá-los assim [golpistas]. […] Até porque não seria uma linguagem própria e não a ajudaria nesse contexto [de julgamento]”, declarou o G1.

Divergência
Uma das principais aliadas de Dilma no Senado, Vanessa Grazziotin (PC do B-AM), por outro lado, disse “discordar” dessa tese, pois acredita que a presidente afastada deve, sim, chamar de “golpistas” os senadores que defendem o impeachment. “Por que ela esconderia isso?”, indagou.Para Vanessa Grazziotin, a sessão de segunda será um “debate muito forte” porque “todos os lados estão muito nervosos”.

“Se alguém no plenário elevar o tom contra ela [Dilma], algum senador, não será ela quem responderá. Seremos nós, no outro lado do plenário”, declarou. “Gente, alguém vai para o abatedouro como um cordeiro que é mansinho?”, indagou.

O advogado de Dilma no processo, José Eduardo Cardozo, disse ao G1 não saber o tom que Dilma usará em seu discurso, mas afirmou que “certamente será de uma chefe de Estado acusada injustamente”.

“Dilma fará uma contextualização política sobre o assunto e abordará os aspectos que considera mais descabidos nas acusações contra ela. Eu usei o termo ‘golpista’ o tempo inteiro, por escrito e nas minhas falas, assim como vários juristas de todo mundo têm utilizado, e não vejo por que ela não fazê-lo [chamar senadores de golpistas]”, afirmou o ex-ministro da Justiça.

Lula
Na segunda, Dilma contará com uma estrutura especial no Senado. Além de parte do gabinete do presidente da Casa, Renan Calheiros (PMDB-AL), foi colocada à disposição dela a tribuna de honra do plenário, onde poderão ser acomodados ex-ministros e auxiliares.

Ela vai ter a presença de seu mentor político e antecessor, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A lista de pessoas que vão acompanhar Dilma na sessão tem ainda 18 ex-ministros – como Jaques Wagner (Casa Civil) e Aloizio Mercadante (Educação) –, presidentes de partidos – entre eles Rui Falcão (PT) e Carlos Lupi (PDT) – e assessores que a acompanham no Palácio da Alvorada.

Lava Jato ofende quem prega respeito à Constituição

Folha de S.Paulo

O procurador-geral Rodrigo Janot tem uma curiosidade. Bom sinal, nestes tempos em que temos sabido de inquisidores sem curiosidade, só receptivos a determinadas respostas.

A crítica do ministro Gilmar Mendes aos “vazamentos” de delação na Lava Jato suscitou a reação de Rodrigo Janot registrada por Bernardo Mello Franco: “A Lava Jato está incomodando tanto? A quem e por quê?”.

É uma honra, e quase um prazer, aplacar um pouco a curiosidade que a esta altura acomete ainda o procurador-geral, talvez forçando-o a alguma passividade ou omissão.

Não escapa à sua percepção o quanto a Lava Jato incomoda aos que envolve com sua malha, tenha ou não motivo real para tanto.

Mas existe outra classe de incomodados, muito mais numerosos do que os anteriores e atingidos por inquietação diferente. O procurador-geral não terá dificuldade em reconhecê-los.

É uma gente teimosa e inconformada. São os que prezam o respeito à Constituição, mesmo que não a admirem toda, e às leis, mesmo que imperfeitas.

E entendem, entre outras coisas, que isso depende não só dos governos e políticos em geral, mas, sobretudo, dos que integram o sistema dito de Justiça. Ou seja, o Judiciário, o Ministério Público, as polícias.

Perseguições escancaradamente políticas, prisões desnecessárias ou injustificáveis, permanências excessivas em cadeias, “vazamentos” seletivos —tudo isso, de que se tem hoje em dia inúmeros casos, incomoda muita gente.

Porque, além de covardes, são práticas que implicam abuso de autoridade e múltipla ilegalidade. E sua prepotência é tipicamente fascistoide.

Mas os incomodados com isso não se mudam e não mudam. Querem o fim da corrupção e de todas as outras bandalheiras, sem, no entanto, o uso de resquícios do passado repugnante.

2) Mais uma vez, às vésperas de uma decisão em procedimentos destinados ao impeachment, a Lava Jato cria uma pretensa evidência, na linha do escandaloso, que atinja Dilma Rousseff ainda que indiretamente.

Desta vez, estando os seus procuradores sob suspeita do crime de “vazamento” de matéria sigilosa, a Lava Jato passou a tarefa ao seu braço policial: o já conhecido delegado Márcio Anselmo, da Polícia Federal, indicia Lula, Marisa e Paulo Okamotto.

Os procuradores da Lava Jato pediram 90 dias para fazer a denúncia dos indiciados. Três meses? Um inquérito com as peças que justifiquem o indiciamento não precisa de tanto prazo para a denúncia.

A dedução é inevitável: o indiciamento foi precipitado, com o mesmo propósito político dos anteriores atos gritantes, e os longos três meses são para tentar obter o que até agora não foi encontrado.

3) O governo da China ofereceu ao Brasil, em junho de 2015, crédito em torno de US$ 50 bilhões para obras de infra-estrutura.

A Secretaria de Assuntos Internacionais do Ministério do Planejamento, no governo Dilma, e os chineses formaram uma comissão que, por sua vez, decidiu pela criação de um fundo de investimento de US$ 20 bilhões, composto por US$ 15 bilhões da China e completado pelo Brasil. Um outro fundo elevará o financiamento ao montante proposto no ano passado.

O governo de Michel Temer reteve a formalização do acordo, e o início do primeiro fundo, para apresentá-lo como realização sua. No dia 2 de setembro, data escolhida em princípio.

4) A crítica de Gilmar Mendes aos procuradores da Lava Jato foi atribuída por muitos, nos últimos dias, ao corporativismo sensibilizado pelo “vazamento” injustificado contra o ministro Dias Toffoli.

O que houve, porém, foi a repetição, em parte até com as mesmas palavras, das críticas feitas por Gilmar Mendes em pelo menos duas ocasiões. Inclusive tratando como crimes os “vazamentos” de delações sigilosas. Os quais, na verdade, não são vazamentos, ou informações passadas a jornalistas: são jogadas com fins políticos.

A definição como crime, aliás, é motivo bastante para que a tal investigação do “vazamento” contra Toffoli, ou nem comece, ou termine em nada a declarar.

A pobre estreia de Temer no G20

Folha de S.Paulo

Se se tornar o presidente efetivo até lá, Michel Temer fará sua apresentação à sociedade internacional durante a cúpula do G20 nos próximos dias 4 e 5, em Hangzhou (China).

Será tudo menos uma estreia apoteótica. Primeiro porque Temer carece do brilho que só o banho das urnas confere a governantes recém-empossados.

Luiz Inácio Lula da Silva, por exemplo, apresentou-se ao mundo (no caso dele, no Fórum de Davos, em 2003) e foi um sucesso de público e de crítica, um tanto por sua vitória eleitoral e muito por sua história de vida, realmente cinematográfica. Temer, ao contrário, tem uma biografia convencional.

Segundo fator: o Brasil de Temer está tendo o pior desempenho econômico entre todos os países do G20. Até a Rússia, a pior da classe no G20 anterior, passou o Brasil.

Os simpatizantes do novo governo podem dizer que a culpa não é dele, mas de Dilma Rousseff. Não deixa de ser verdade, mas para o resto do mundo é difícil entender como o companheiro de chapa de uma pessoa não é corresponsável pelas políticas adotadas.

Afinal, não se conhece uma única palavrinha de Temer contra o que Dilma fazia. Até fez questão de ser o candidato a vice em 2014, quando já operavam as políticas que acabaram levando ao desastre.

Mais complicado ainda é o fato de que os anúncios de Temer até agora vão na contramão do pensamento predominante hoje no G20.

O clubão das grandes economias comprometeu-se, na cúpula de 2013, a adotar políticas que levassem o mundo a crescer, até 2018, 2,1 pontos percentuais acima do que o Fundo Monetário Internacional previa naquele ano.

Como a previsão era de crescimento de 2,9%, tem-se, portanto, que, em 2018, o mundo deveria estar crescendo fabulosos 5%.

É uma meta que, a esta altura, parece inalcançável. Tanto que na mais recente reunião dos ministros de Economia do G20 anunciou-se, pela enésima vez, a disposição de “usar todas as ferramentas políticas, individual e coletivamente”, para alcançar um crescimento forte.

Até o Fundo Monetário Internacional, outrora guardião inflexível da ortodoxia, especificou uma das ferramentas necessárias: mais gasto público. O Brasil de Temer, além de estar contribuindo para arruinar a meta de crescer 5% em 2018, parece exclusivamente preocupado com o acerto das contas públicas, no pressuposto de que, uma vez alcançado este, o crescimento virá inexoravelmente.

Para o meu gosto, é mais fé do que ciência. De todo modo, a ênfase na agenda do novo governo não é o crescimento, ao contrário do que destacam, ao menos retoricamente, seus pares do G20.

De todo modo, o governo brasileiro festeja o fato de que a China, a anfitriã, incluiu “reformas estruturais” entre os temas para facilitar o crescimento. Essa expressão acaba sendo uma muleta retórica que países (ou o mundo em geral) usam quando o crescimento é medíocre, como ocorre atualmente.

O governo Temer também usa a muleta retórica, o que, em tese, significa que está em sintonia com o G20. É pouco para uma estreia que tem tudo para ser opaca.

Violência em alta no reduto do Mestre Vitalino

ALTO

Pedro Augusto

A presença dos bonecos de barro na festa de encerramento das Olimpíadas 2016, ocorrida no último domingo (21), no Estádio do Maracanã, no Rio de Janeiro, emocionou não só os pernambucanos, mas principalmente os moradores do Bairro do Alto do Moura, em Caruaru, onde o Mestre Vitalino deu vida, já há bastante tempo, a esta arte incessante. A justa homenagem sob a trilha sonora de nada mais, nada menos de “Asa Branca”, de Luiz Gonzaga, acabou servindo como um alento para a comunidade do filho mais ilustre da Capital do Agreste, haja vista a dura realidade conforme atualmente ela está passando. Horas antes da realização da cerimônia, mais precisamente pela manhã, um grupo de moradores se concentrou na entrada da localidade para dar início a um protesto cobrando mais segurança em suas ruas e avenidas.

Trajados em sua maioria com camisas pretas e com cartazes nas mãos, os manifestantes circularam pela comunidade chamando a atenção dos demais populares e da própria Polícia Militar, que se encontrava dando o auxílio necessário para o desenrolar da ação. Um segundo ato, desta vez na noite da última quarta-feira (24) e contando com o mesmo cronograma, também foi promovido por um quantitativo de protestantes ainda maior. Dentre eles estava o artesão Helton Rodrigues, que possui um ateliê na Avenida Mestre Vitalino. Se fosse para ele enumerar o número de crimes que tem conhecimento e que ocorreram recentemente na comunidade, não caberia nos seus dedos. Para a reportagem VANGUARDA, o artesão tentou resumir os casos sabidos.

“O Alto do Moura vem passando por um problema de segurança muito sério. Hoje, os pais de famílias têm sido roubados nos pontos de ônibus, as casas e os estabelecimentos comerciais vêm sendo arrombados, os veículos estão sendo furtados e a polícia não tem dado conta de tanta violência. Para se ter ideia, assim que a unidade itinerante da Polícia Militar seguiu para outra comunidade, uma pessoa foi assassinada nas imediações, bem como alguns automóveis foram levados. Eu mesmo já fui uma das vítimas desses bandidos. Recentemente, dois deles invadiram o meu ateliê e furtaram dinheiro e mercadorias. Hoje, pelo menos 90% da população do Alto já foi roubada. Um absurdo!”.

O também artesão Rogério Senna foi outro a sentir na pele a sensação nada agradável de ser assaltado. Para ele está faltando uma atenção maior por parte das autoridades. “A prática de roubos tem sido constante por aqui e não estou vendo muita disposição por parte não só da PM, mas também das demais instituições envolvidas com o nosso sistema de segurança para resolver esse problema que vem aterrorizando bastante a todos nós moradores. Queremos mais policiais atuando nas nossas ruas. Todo mundo sabe que o Alto do Moura é um polo turístico de Caruaru e não pode ficar a mercê dos criminosos. Se não há segurança, os turistas e os próprios moradores locais deixam de nos visitar e todos saem perdendo. Depois que levaram a minha moto, passei a viver com medo”, desabafou.

De acordo com a autônoma Hilda Maria, no Alto do Moura, a prática de crimes não tem se restringido a apenas um horário. “A minha prima, por exemplo, que também é minha vizinha, teve a sua casa arrombada em plena 1h30 da tarde. Levaram praticamente tudo. Jamais imaginei que os bandidos teriam coragem de fazer isso tudo ao luz do dia, mas estava enganada. Aqui no Alto do Moura, eles têm pintado e bordado do início da manhã até a madrugada. A comunidade anda tão assustada que, à noite, as ruas têm parecido um deserto. Quem é doido de colocar os pés para fora?”, questionou. Segundo informações repassadas à reportagem VANGUARDA, os crimes estariam sendo realizados por meliantes oriundos de comunidades circunvizinhas.

Tida como uma das principais líderes dos protestos realizados, a artesã Roseli Maria afirmou que os atos em prol do combate à violência não irão acabar na comunidade. “Enquanto a paz e o sossego não voltarem a reinar no Alto do Moura continuaremos com as nossas manifestações pacíficas. Infelizmente o número de assaltos e arrombamentos tem crescido a cada dia e, quando a polícia vem chegar até aqui, os bandidos já se encontram muito longe. Queremos que a polícia e as demais autoridades resolvam de uma vez esta questão da segurança no Alto do Moura, porque não aguentamos mais. Após a saída da unidade móvel da PM, os criminosos aproveitaram para fazer a limpa por aqui.”

PM

Diante de tantas críticas e cobranças por parte da população local, o VANGUARDA acabou entrando em contato com o assessor de imprensa da Polícia Militar, capitão Edmilson Silva. Por telefone, o policial afirmou que a corporação tem feito o que está ao seu alcance. “Contamos com uma viatura exclusiva para o Alto do Moura e região e as ações de combate à criminalidade têm sido constantes. Costumamos dizer que segurança não se faz apenas com o trabalho da Polícia Militar, mas infelizmente esta última, na maioria dos casos, é a única cobrada por isso, mas reiteramos: o que cabe à PM, ela tem feito. Em relação ao trailer ou unidade móvel, precisamos ressaltar que o equipamento possui caráter itinerante, ou seja, não pode ficar limitado somente a uma comunidade.”

O capitão destacou ainda a importância do repasse de informações por parte dos moradores, bem como o registro de queixas das vítimas para que a polícia possa chegar aos bandidos o mais rápido possível. Eles podem entrar em contato com a PM, através dos telefones 190 e 99488-3439.

Eleição dinamiza mercado mesmo em época de crise

Pedro Augusto

Em Caruaru, cidade esta que vem batendo todos os recordes sucessivos de demissões em massa, o período eleitoral parece ter chegado em boa hora. Para quem ainda não conseguiu ligar uma coisa à outra, é recomendável saber que as campanhas dos candidatos costumam gerar diversas ofertas de empregos temporários direcionadas para os mais variados setores. Neste ano, apesar do tempo delas encontrar-se mais curto em relação ao pleito anterior, com o agravante da proibição de doações financeiras por parte de pessoas jurídicas, que promete inibir os gastos dos postulantes, a expectativa é de que várias oportunidades sejam abertas dando ao menos certa resposta à crise. É o que espera o motorista Edvaldo da Silva.

Pai de três filhos e desempregado há três meses, ele vem procurando neste período de campanha uma chance de retornar ao mercado de trabalho. “Essa crise veio para prejudicar muito pai de família, então, temos de aproveitar toda oportunidade que aparece. Embora as campanhas estejam mais curtas em comparação com a eleição de 2012, elas não vão deixar de gerar milhares de vagas de emprego. Estou à procura de uma delas. Se conseguir arranjá-la, mesmo que o trabalho seja por pouco tempo, já me ajudará bastante”, analisou Edvaldo.

Além proporcionar rentabilidade para inúmeros profissionais do volante, a eleição também costuma impulsionar diversos setores operacionais de Caruaru. Foi o que destacou o auditor fiscal da Agência Regional do Ministério do Trabalho e Emprego, Francisco Reginaldo. “É interessante ressaltar que as campanhas eleitorais costumam dinamizar não só o mercado formal, mas também o informal. Neste ano não está sendo diferente. No primeiro campo já vêm sendo demandados os serviços de contabilistas, advogados, jornalistas, pesquisadores, telefonistas, dentre outros. Em paralelo, já estão sendo preenchidas vagas para as funções de planfeteiros, porta-bandeiras, cabos eleitorais, homens-placa – todas elas voltadas para o mercado informal. Mais uma vez, a eleição promete movimentar bastante a economia de Caruaru.”

Também em entrevista ao VANGUARDA, o auditor fiscal do MTE realçou os benefícios que a eleição 2016 promete proporcionar para o mercado local neste período de crise. “Embora as contratações desses profissionais não possuam naturezas trabalhistas, não tenho dúvidas de que estes acordos deverão minimizar, ainda que temporariamente, os efeitos do desemprego na nossa cidade, uma vez que já estão gerando diversas oportunidades de renda para milhares de trabalhadores. Para salvaguardar as partes, ou seja, tanto os empregados como os empregadores, é recomendável que as contratações sejam feitas por escrito, atendendo a vários aspectos, como a discriminação da remuneração pelos serviços prestados, as jornadas diárias de trabalho, dentre outros.”

De acordo ainda com Francisco Reginaldo, caso os empregadores deixem de cumprir com o que foi acertado, deverão ser acionados judicialmente. “Para deixar bem claro: nas situações de calote, os prestadores de serviço deverão entrar com uma ação judicial. Também é importante ressaltar que os candidatos ou partidos devem adotar medidas para que seja preservada a integridade física desses profissionais. Por exemplo, os homens-placa e planfeteiros, que ficam ao ar livre, precisam ter a garantia da ingestão de líquidos, a utilização de banheiros e ao descanso.”

Teatro na Comunidade apresenta musical sobre ecologia no Polo Caruaru

Neste domingo (28), tem espetáculo no Polo Caruaru, dessa vez com os estudantes da Escola Professora Jesuína Pereira Rego, que realizam um musical totalmente sobre ecologia e preservação do meio ambiente.

O espetáculo “Zapt e Zupt – Traques e Truques para manter o Verde Vivo” será realizado às 15h na Praça de Eventos e será gratuita. O enredo conta a luta d os Palhaços Juriti, Curió e a trupe Zapt e Zupt para proteger a última árvore da praça, a Maria Peroba, que está sendo maltratada por um comerciante.

Com músicas ao vivo e coreografias que oferecem um passeio pelas danças populares, a criançada vai se divertir com as brincadeiras infantis apresentadas pelos jovens atores. A direção é do Professor William Smith e tem produção da Cia Olhares, comandada por Benício Jr.

Colégio Motivo realiza campanha de conscientização e cuidado aos animais

Neste domingo (28), os alunos do Colégio Motivo realizam a campanha I Encãotro Motivo, que vai oferecer adoção responsável de cães e gatos e atendimento gratuito com veterinários. O objetivo é conscientizar a população da importância de ter cuidado com os animais e com o meio ambiente. Saquinhos e panfletos serão distribuídos para conscientizar a população dos direitos dos animais, os deveres dos donos e também sobre a importância da preservação do meio em que vivem.

A ideia surgiu com a turma do 6° ano, após a leitura do livro “Três animais” que fala dos maus tratos sofridos por três bichos. A leitura, feita na disciplina de Língua Portuguesa, despertou tanto interesse nos alunos que a equipe de professores decidiu realizar uma ação maior. O encãotro, como foi batizada o encontro, será das 15h30 às 18h, na Avenida Agamenon Magalhães, próximo ao Hemope, na transversal da Avenida Oswaldo Cruz.

De acordo com Viviane Ley, coordenadora pedagógica do colégio, a iniciativa é importante, pois parte dos alunos e do que eles trabalharam em sala de aula: “O protagonismo é um dos nossos mecanismos de trabalho, que mostramos ao aluno o quanto ele é responsável pela sociedade em que vive, essa ação mostra o quanto eles se preocupam com a sociedade e têm o poder de mudá-la”.

A iniciativa também será realizada por alunos das outras unidades do Motivo em Recife e Petrolina.