ARTIGO — Hora de trabalhar

Por Maurício Assuero

Finalizado o processo de afastamento da presidente Dilma Rousseff fica a imagem de que “Dura lex…sed látex” (ou seja: “a lei é dura mais estica”). Uma gritante violação do artigo 52 da constituição brasileira, mais precisamente o seu parágrafo único que trata dos incisos I e II do referido artigo. O que mais espanta é o presidente do Supremo Tribunal Federal fazes parte de uma artimanha dessa natureza. Rasga-se a Carta Magna a bel prazer e sempre no interesse de alguns, não da sociedade. Meio mundo de políticos com medo das grandes legislam em causa própria. É por isso que a comunidade externa olha para o Brasil com sarcasmo (De Gaulle já disse: “o Brasil não é um país sério”), mas cabe lembrar que há muita gente séria neste país, pena que estes nem sempre tem o poder de decisão.

Agora, podemos dizer que temos um novo governo (isso se o STF não invalidar a votação do impeachment por conta de agressão feita pelo seu presidente) e agora, o governo precisa deixar claro o rumo a seguir para tirar a economia dessa crise. Quais são os gargalos? A imediata geração de empregos vem como ponto primordial. Se aumentar a produção sem que haja aumento de vendas teremos apenas estoques indesejados. É preciso renda formal porque a renda informal não contribui para a previdência.

Um segundo ponto é a reforma previdenciária. Não tem como sustentar este modelo deficitário sem mudanças profundas. Estipular uma idade mínima é um grão de areia no deserto. O modelo previdenciário sem respalda nos modelos de gerações superpostas no qual a geração atual é sustentada pela anterior, ou seja, o financiamento da previdência hoje é feito pela contribuição da PEA – População Economicamente Ativa, isto é, a contribuição previdenciária da força de trabalho de hoje mantem os benefícios dos aposentados e sucessivamente. Lógico que se a taxa de de crescimentos dos aposentados for maior do que a taxa de crescimento dos contribuintes, essa conta dificilmente fechará.

No meio desse conjunto de coisas, temos o controle da inflação. Admitir algum nível de inflação em troca de crescimento é complicado. Manter a taxa de inflação dentro da meta em 2017, requer mais sacrifício (mais juros alto, menos investimento, mais desemprego) e até agora o governo não foi capaz de externar suas prerrogativas para cuidar disso. O que temos é o sentimento de que com a definição da questão política ficará mais fácil atrair investidores externos. Que eles venham logo porque a água está chegando na altura do queixo.

Representantes dos Detrans e Correios buscam melhorias na entrega de documentos

Com objetivo de oferecer um serviço de qualidade aos usuários dos Departamentos Estaduais de Trânsito – Detrans, o Diretor Presidente do Detran-PE, Charles Ribeiro, esteve reunido, na tarde da última terça-feira (13), em Brasília, com o Presidente da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos – EBCT, Guilherme Campos Jr, quando apresentou os principais problemas enfrentados pelos Órgãos de trânsito do país, ao mesmo tempo que entregou uma lista contendo uma série de melhorias necessárias nos serviços prestados pelos correios.

Conforme informou Ribeiro, que na ocasião representou a Associação Nacional dos Detrans – AND, relação entre Detrans e Correios envolve 60,7 milhões usuários e correspondências regulares referentes aos quase 93 milhões de veículos registrados em todo país. Por isso, os Detrans pedem soluções para os altos índices de devolução de documentos e de questões envolvendo os Avisos de Recebimento, além de mais segurança e destinação correta dos documentos não entregues e redução dos valores cobrados aos Estados.

Guilherme Campos Junior se comprometeu a participar do próximo Encontro Nacional dos Detrans, que acontece em novembro, na Capital Federal, esclarecendo que a empresa está disposta a encontrar soluções conjuntas que atendam os Departamentos de Trânsito da melhor forma. “Vamos rever as situações apontadas e, dentro de um prazo, apresentar possibilidades concretas para resolve-las”, disse.

Também participaram da reunião o Deputado Federal André de Paula; o Diretor de Atendimento do Detran São Paulo, Jânio Loiola; e o 1º secretário da Confederação Nacional dos Municípios e Prefeito de Cumaru/PE, Eduardo Gonçalves Tabosa Júnior.

Fim de Feira em dupla apresentação no fim de semana

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A turnê de circulação do DVD “Bomba Cordão”, da Fim de Feira, em dupla apresentação no fim de semana. Na sexta-feira (16), o grupo toca em Triunfo, na tradicional Motofest, no Pátio de Eventos. Os shows têm início a partir das 10h. No sábado (17), é a vez de Caruaru receber a banda na Estação Ferroviária, a partir das 20h. Nas apresentações da turnê, o público também poderá conferir a Banda Zé do Estado, que divide o mesmo palco, numa interação que mistura ritmos como o coco, o forró e o baião, num repertório dedicado à música de Pernambuco, além da marcante presença da poesia de cordel.

Além da performance das duas bandas, também sobe ao palco o cantor e violonista Clayton Barros (ex-Cordel do Fogo Encantado), tocando e interpretando alguns dos seus grandes sucessos.

Entre as atividades previstas para a etapa de Caruaru, que ocorrerá em parceria com o 1º Dia dos Mestres, promovido pela Casa do Pífano, a noite contará com shows do percussionista Lucivan Max; e participação da Banda de Pífanos de Caruaru, um dos mais tradicionais grupos de Pernambuco, fundado há mais de nove décadas.

EDUCATIVA – Atividades como oficinas de pífanos e percussão também serão desenvolvidas ao longo da programação. No domingo (18), as aulas serão ministradas na Casa do Pife para alunos da rede pública de ensino. Os shows são gratuitos e contam com patrocínio do Governo de Pernambuco, através do edital Funcultura, com apoio da Fundação de Cultura de Caruaru.

Campanha de multivacinação para crianças e adolescentes começa no dia 19

O ministro da Saúde, Ricardo Barros, lançou na terça-feira (13), em Brasília, a Campanha Nacional de Multivacinação 2016. O objetivo da campanha é mobilizar os pais ou responsáveis a levarem seus filhos para atualizar o cartão de vacinação. Este ano, a ação será voltada para menores de cinco anos, para crianças de nove anos e adolescentes de 10 a 15 anos incompletos. Para isso, o Ministério da Saúde enviou 19,2 milhões de doses extras de 14 vacinas para os postos de saúde de todo o país.

“Neste ano, estamos incluindo os adolescentes porque esse grupo prioritário é um dos apresenta uma maior resistência a se vacinar. Além disso, muitos pais acreditam que não há necessidade de imunizar os filhos nesta faixa etária” explicou Ricardo Barros. Segundo o ministro, com a campanha serão atualizadas 14 vacinas nesses públicos. “Isso servirá para reduzir o número de não vacinados e aumentar a cobertura vacinal nas crianças e adolescentes”, completou. Ricardo Barros reforçou que é fundamental que toda a população alvo compareça aos serviços de saúde levando a caderneta de vacinação, para que os profissionais de saúde possam avaliar se há doses que necessitam ser aplicadas.

O dia D da mobilização nacional será no sábado, 24 de setembro, mas a campanha se inicia na próxima segunda-feira (19) e vai até 30 de setembro. Ao todo, foram enviadas às unidades da federação 26,8 milhões de doses, que serve tanto para a vacinação de rotina, no mês de setembro (7,6 milhões), como doses extras para a campanha (19,2 milhões). Serão cerca de 36 mil postos fixos de vacinação e 350 mil profissionais de saúde envolvidos nos 12 dias de mobilização.

Com a campanha de vacinação, o Ministério espera a redução das doenças imunopreveníveis no país e diminuir o abandono à vacinação. Como a vacinação será de forma seletiva para a população alvo, não há meta a ser alcançada.

Para reforçar a mobilização, o Ministério da Saúde lançou uma campanha publicitária que será divulgada em todo o país. Com o slogan “Todo mundo unido, fica mais protegido”, a campanha publicitária será veiculada na televisão, rádio e internet, com vídeos, banners, cartazes e jingles.

Para a coordenadora substituta do Programa Nacional de Imunização (PNI), Ana Goretti Maranhão, o lançamento dessa campanha é importante, também, porque marca os 43 anos do PNI. “Em todos esses 43 anos de programa, temos uma história de sucesso: erradicamos a poliomielite e temos, ao longo dos anos, reduzido drasticamente uma série de doenças, além de manter as coberturas altas na maioria das oferecidas”, afirmou.

MUDANÇAS NO CALENDÁRIO – Em janeiro de 2016, o ministério promoveu alteração no esquema vacinal de quatro vacinas: poliomielite, HPV, meningocócica C (conjugada) e pneumocócica 10 valente. O Calendário Nacional de Vacinação tem alterações rotineiras e periódicas em função de mudança na situação epidemiológica, nas indicações das vacinas ou na incorporação de novas vacinas. Mudanças deste ano:

POLIOMIELITE – O esquema vacinal contra a poliomielite passou a ser de três doses da vacina injetável – VIP (2, 4 e 6 meses) e mais duas doses de reforço com a vacina oral – VOP (gotinha). Até 2015, o esquema era de duas injetáveis (VIP) e três orais (VOP). A mudança está de acordo com a orientação da Organização Mundial de Saúde (OMS) e como parte do processo de erradicação mundial da pólio. Vale ressaltar que essa substituição não prejudica a proteção das crianças, que já ficam imunizadas com as três doses injetáveis.

HPV – O esquema vacinal passou de três para duas doses, com intervalo de seis meses entre elas. Os estudos recentes mostram que o esquema com duas doses apresenta uma resposta de anticorpos em meninas saudáveis de 9 a 14 anos não inferior quando comparada com a resposta imune de mulheres de 15 a 25 anos que receberam três doses. As mulheres vivendo com HIV entre 9 a 26 anos devem continuar recebendo o esquema de três doses.

MENINGOCÓCICA – O reforço, que anteriormente era administrado aos 15 meses, passou a ser administrado aos 12 meses, preferencialmente, podendo ser feito até os 4 anos. As primeiras doses da meningocócica continuam sendo realizadas aos 3 e 5 meses.

PNEUMOCÓCICA- Redução de uma dose na vacina pneumocócica 10 valente. Passou a ser administrada em duas doses, aos 2 e 4 meses, com um reforço preferencialmente aos 12 meses, que pode ser recebido até os 4 anos. Essa recomendação também foi tomada em virtude dos estudos mostrarem que o esquema de duas doses mais um reforço tem a mesma efetividade do esquema três doses mais um reforço.

PNI – Atualmente, o Programa Nacional de Imunizações (PNI) distribui cerca de 300 milhões de imunobiológicos anualmente, dentre vacinas e soros, além de oferecer à população todas as vacinas recomendadas pela Organização Mundial da Saúde (OMS) no Calendário Nacional de Vacinação. Nos últimos cinco anos, o orçamento do PNI cresceu mais de 140%, passando de R$ 1,2 bilhão, em 2010, para R$ 2,9 bilhões, em 2015.