Eleições 2016: UNICEF pede prioridade às crianças e aos adolescentes

Com as eleições se aproximando, é fundamental que candidatos e candidatas às prefeituras e câmara de vereadores priorizem a infância nas políticas públicas locais. Para tanto, o UNICEF apresenta a Agenda pela Infância no Município 2017-2020. Trata-se de um convite à sociedade e aos futuros gestores e gestoras para que assumam cinco compromissos capazes de garantir os direitos de cada criança e adolescente nos 5.568 municípios brasileiros onde haverá eleições neste ano.

A Agenda pela Infância no Município apresenta os principais desafios do País com relação à infância e à adolescência e aponta estratégias para solucioná-los ou minimizá-los em nível local. Cabe ao município, entre outras ações, investir em políticas públicas que reduzam a mortalidade infantil e a exclusão escolar, em especial a de meninos negros nas periferias das grandes cidades. É responsabilidade dele, também, garantir o acesso das crianças à educação infantil e ao ensino fundamental inclusivos e de qualidade. Precisa estar na pauta, ainda, o acesso à justiça e aos serviços públicos de saúde, especialmente no que diz respeito à atenção especializada de adolescentes e jovens na testagem e no tratamento do HIV e DST.

Todos estes temas estão reunidos nos cinco compromissos dessa Agenda pela Infância:

1. Eliminar as mortes evitáveis de crianças menores de 1 ano de idade e reduzir a mortalidade infantil com atenção especial para as crianças indígenas.
2. Garantir que cada criança tenha acesso à educação infantil e ao ensino fundamental públicos, inclusivos e de qualidade.
3. Contribuir com políticas de prevenção para reduzir as altas taxas de homicídio de crianças e adolescentes.
4. Garantir o acesso à justiça para todas as crianças e todos os adolescentes.
5. Garantir a atenção humanizada e especializada para adolescentes e jovens nas unidades de saúde, com ênfase na prevenção, na testagem e no tratamento do HIV e de outras DST.

Dentro do documento, encontra-se um detalhamento de cada compromisso. O texto traz a situação atual do País para os cinco temas, qual a responsabilidade do município e que ações precisam ser realizadas. Com esses dados em mãos, futuros gestores e gestoras e toda a sociedade podem focar esforços na garantia dos direitos de meninas e meninos brasileiros, priorizando ações que fazem a diferença na vida deles.

Para o UNICEF, União, Estados, municípios e a sociedade civil têm de se unir para erradicar as desigualdades dentro dos municípios, com foco no enfrentamento das violações que atingem os grupos mais vulneráveis. “A construção de cidades sustentáveis e justas só será possível se crianças e adolescentes estiverem no coração da agenda política local, regional e nacional. Nestas eleições municipais, os brasileiros – candidatos e eleitores – terão a oportunidade histórica de construir um futuro melhor para todos”, diz Gary Stahl, representante do UNICEF no Brasil.

PT continua apreensivo com Mantega

Mesmo depois da decisão do juiz federal Sérgio Moro de revogar a prisão temporária de Guido Mantega, o PT permanece apreensivo em relação ao que dirá o ex-ministro da Fazenda depois das revelações feitas na fase “Arquivo X” da Operação Lava Jato.

Petistas ouvidos pelo blog reconhecem que a situação de Mantega ficou extremamente delicada depois do conteúdo do depoimento do empresário Eike Batista relatando que pagou propina no exterior para os publicitários João Santana e Mônica Moura por determinação do próprio ex-ministro.

Segundo petistas, outros depoimentos, como da própria Mônica Moura, poderão influenciar em uma delação premiada de Mantega.

Antes da revogação da prisão, petistas já temiam que a permanência prolongada do ex-ministro da Fazenda na prisão pudesse influenciar numa eventual colaboração.

“Mas claramente Guido está em situação fragilizada tanto do ponto de vista pessoal quanto do ponto de vista jurídico. E isso pode influenciar na decisão de colaboração”, disse ao Blog um integrante da cúpula petista.

Há o temor de que outros empresários também façam relatos semelhantes dentro da Lava Jato como fez Eike Batista ao se antecipar depois do relato de que ele passou recursos ao exterior para os publicitários do PT.