Abertura do Natal Luz 2016 acontece nesta sexta

Será aberto, oficialmente, nesta sexta-feira (11), o Natal Luz 2016. A cerimônia acontece em frente ao Palácio Celso Galvão, na avenida Santo Antônio, e começa às 19h30min. O momento será marcado pelo show Estação G4, formatado especialmente para a ocasião, unindo no palco os cantores garanhuenses Andrea Amorim, Amanda Back, Hercinho Gouveia e Kiara Ribeiro. A programação completa do evento está disponível no portal da Prefeitura: www.garanhuns.pe.gov.br.

Programação – Neste ano, a temática principal é “A Magia do Natal”. As apresentações vão ocorrer em dois polos fixos, sendo eles o Palco Prefeitura, instalado em frente ao prédio do Palácio Celso Galvão; e o Infantil Fonte Luminosa, novidade desta edição, situado na Praça Souto Filho e que receberá ações aos sábados de dezembro. Os “Desfiles de Papai Noel” permanecem acontecendo sempre aos sábados e domingos na avenida Santo Antônio.

A ação itinerante “Natal Luz nos Bairros” vai levar a programação natalina para 10 áreas da cidade – Cohab III, Magano, Várzea, Boa Vista, Liberdade, Vila do Quartel, Indiano, São José, Parque Fênix e Cohab II. Os três distritos municipais – São Pedro, Iratama e Miracica – também recebem o evento, além do Quilombo Estivas.

Decoração – Desde fevereiro deste ano aproximadamente 50 artesãos estiveram envolvidos na produção de milhares de peças, entre ursos, duendes, brinquedos e doces. As principais avenidas e ruas da cidade estão recebendo os detalhes finais de decoração e iluminação, idealizados pela administradora Michelle Régis, a primeira-dama Socorro Régis, e com a execução da equipe da Secretaria de Turismo.

Movimentação econômica – De acordo com dados da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico, a expectativa é de que as vendas no comércio superem de 5% a 7% os registros do ano passado. A ocupação nos meios de hospedagens, entre hotéis e pousadas, deve chegar aos 100% nos finais de semana do evento.

Atrações musicais – Entre os nomes que compõem a programação do Natal Luz 2016 estão os cantores Altemar Dutra Júnior, Adilson Ramos e os arcoverdenses da Orquestra Super Oara. No dia 23 de dezembro, no Palco Prefeitura, vai se apresentar o projeto Natal Sanfonado, formado por mais de 20 artistas, estando na cidade 12 desses músicos: Petrúcio Amorim, Rogério Rangel, Nádia Maia, Iráh Caldeira, Roberto Cruz, Andrezza Formiga, Dudu do Acordeon, André Macambira, Pecinho Amorim, Almir Rouche, César Amaral e Benil. Eles farão um show com elementos da cultura sertaneja, propagando as raízes nordestinas.

Lula diz ser vítima de pacto “quase diabólico”

O Globo 

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse nesta quinta-feira acreditar ser vítima de um “pacto quase diabólico” entre a mídia, o Ministério Público, a Polícia Federal e o juiz Sérgio Moro, para incriminá-lo na Operação Lava-Jato. A declaração foi dada durante o lançamento da campanha “Por Um Brasil para Todos e pra Lula”, que conta com a adesão de artistas, lideranças políticas e intelectuais.

No ato em São Paulo, que contou a presença de cerca de mil pessoas, foi lido um manifesto de defesa de Lula em relações às acusações que são feitas pela força-tarefa da Lava-Jato. Os organizadores anunciaram que o texto já teve a adesão de, pelo menos, 600 pessoas.

Ao discursar, Lula foi duro nos ataques aos investigadores da Lava-Jato, mas não chegou a citar nominalmente o juiz Sérgio Moro.

Trump complica o caso do Brasil

Folha de S.Paulo

A economia do mundo mudaria devagar. O Brasil teria algum tempo ao menos para fazer a limpeza grossa da bagunça da ruína da primeira metade da década. A eleição de Donald Trump abala esse prognóstico.

De mais importante e menos imprevisível, o que mudaria devagar? A oferta de dinheiro no mercado mundial, seu preço: as taxas de juros. Os planos econômicos menos implausíveis de Trump podem dar fim a quase uma década de juros quase zero nos países ricos.

Juros altos lá fora tendem a princípio a reduzir e encarecer o financiamento externo para países emergentes em geral, em especial aqueles com finanças em desordem, endividados demais, como o Brasil. Tendem a depreciar a moeda brasileira, a “encarecer o dólar”. Tudo mais constante, dificulta um pouco mais o controle da inflação.

Em tese. Não é uma camisa de força. Não é um trilho inevitável para os acontecimentos no Brasil. Nosso rolo é, na maior parte, doméstico. Mesmo os antídotos para as prováveis reviravoltas na economia mundial podem ser fabricados aqui, afora no caso de mordidas de cobras gigantes, solavancos graves ou catástrofes mundiais.

Ainda assim, a reviravolta dificulta o trabalho de reconstrução, cria mais risco, deve exigir mais disciplina. Trump deve provocar a reviravolta primeiro porque seu plano menos implausível de governo implica elevação do deficit dos EUA.

Como se dizia nesta quinta (10) aqui nestas colunas, o Orçamento do futuro presidente dos Estados Unidos deve propor mais gastos em obras de infraestrutura, talvez em defesa, cortes imensos de impostos e nenhuma mexida para baixo nas grandes despesas obrigatórias (Previdência, saúde).

Em suma, trata-se de um programa de estímulo ao crescimento econômico baseado em aumento de gasto, de deficit.

Em uma economia com baixo desemprego, mesmo com tanto trabalho precário, tais medidas devem provocar um aumento da inflação, ora em nível perigosamente baixo. Isso tende a provocar uma alta de juros mais acelerada do que a prevista até agora, no prognóstico “mundo muda devagar”.

Mais gastos devem levar o banco central americano, o Fed, a reduzir o despejo de dinheiro barato na economia. Governos europeus começam também a cogitar alta de gastos, dada a anemia catatônica de suas economias. Em março do ano que vem, também o Banco Central Europeu deve apertar a oferta de dinheiro.

Segundo a especulação quase geral, teórica e também nos mercados, como tem se visto nestes dois dias, o mundo financeiro da última década começaria a ser virado do avesso: menos estímulo de banco central, na verdade esgotado, mais estímulo fiscal, gasto.

Se vai mesmo acontecer, isso depende dos arranjos de Trump, do Congresso republicano, da elite econômica americana. Baita incógnita.

Há hipóteses ainda mais incalculáveis. Trump vai mesmo provocar uma convulsão no comércio mundial, tornando a economia americana menos aberta? A vitória de Trump vai inspirar e fortalecer o variantes de trumpismo nas eleições europeias, criando pelo menos mais incerteza na política mundial? Incerteza leva a atividade econômica e o investimento para a retranca.

Em suma, para o Brasil, ficou um tanto mais difícil.