ARTIGO — Estado emocional alterado aumenta em quase dez vezes risco de colisões no trânsito

por Beatriz Souza

Motoristas, motociclistas, pedestres, passageiros e ciclistas estão no trânsito se deslocando para diferentes destinos e com objetivos igualmente diversos: retorno do trabalho, ida a um compromisso importante ou apenas a passeio. Porém, todos se deparam com situações estressantes, como sinfonia de buzinas, congestionamentos e desrespeito às leis de trânsito. Não raro, esse ambiente democrático torna-se hostil e se revela ideal para a troca de afrontas entre os usuários. Para que acidentes não agravem esse cenário, manter a paciência e a calma são determinantes. Conforme estudo inédito do Instituto de Transportes da Virginia Tech, associadas à direção, raiva, agitação e tristeza aumentam em quase dez vezes os riscos de colisões. Para entender em que momento dirigir passou a ser encarado como um ato estressante, a Perkons ouviu alguns especialistas.

Antropólogo e professor da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio), Bernardo Conde enxerga o trânsito brasileiro como um retrato de traços culturais específicos, como a hipervalorização da emoção. “As pessoas manifestam suas vontades individuais também em espaços públicos, como o trânsito, onde o esperado é se agir com a razão. Por isso sorrimos ao pedir vez a outro motorista, pois assim, demonstramos emoção. Da mesma forma, agimos emocionalmente quando ao invés de nos planejarmos para sair uma hora antes para percorrer determinado trecho, saímos com atraso de 30 minutos e a mesma expectativa. O resultado é a frustração e, por consequência, o estresse”, elucida. Segundo ele, as oscilações de humor também respingam nas interações entre os usuários, que, em sua maioria, se tratam com distanciamento. “Somos um povo muito cordial e solidário com o que nos comove, mas não com os desconhecidos, como é o caso do motorista ao lado”, completa.

Conforme Conde, mesmo em meio ao sentimento de intolerância generalizada que se alastrou pelo país nos últimos tempos, a falta de gentileza no trânsito não se originou na contemporaneidade, mas veio se consolidando há décadas. “O trânsito está mais caótico e nós menos tolerantes. O estresse traz consequências e agora, com mais informação e divulgação do que acontece no dia a dia, a sensação é de que tudo está pior. Não se pensa no bem comum. Não consigo perceber que sou tanto quem tem pressa dentro do ônibus, como quem está no ponto raivoso com o motorista que não parou”, analisa.

Dominar as próprias emoções pode garantir um trânsito harmonioso
Apesar de decisiva, a abordagem emocional do trânsito ainda é recente e, conforme o vice-presidente do Observatório Nacional de Segurança Viária (ONSV), Mauro Gil, perde espaço para pontos também vitais, como a importância do cinto de segurança e os riscos de associar ao volante celular ou bebida alcóolica. “Estamos predispostos a reagir de maneira agressiva em situações desconfortáveis e embora essa tendência não seja exclusividade do trânsito, costuma ser transportada para ele com frequência. O perigo é o carro ser visto como válvula de escape, mesmo sendo uma arma”, ressalva.

Perceber o trânsito como um espaço democrático, compartilhado e que exige respeito e reciprocidade é, para Gil, o primeiro passo para impedir que as emoções aflorem de maneira nociva. “As pessoas pensam que ditam as regras do trânsito, quando, na verdade, o que acontece é o contrário. Se não houver esse discernimento, os acidentes continuarão a ocorrer. É preciso refletir e questionar as próprias condutas”, aconselha.

Recomendações como essas são a premissa básica do Programa de Educação Emocional no Trânsito (PEET), dirigido pelo educador de trânsito Rodrigo Ramalho. Ele explica que a associação entre estresse e volante remonta à década de 1990 e é conhecida como fenômeno road rage (raiva no trânsito). Mas foi no ano de 2006 que países como Brasil, Rússia e Estados Unidos passaram a apresentar casos mais recorrentes de conflitos violentos no trânsito. Na análise do educador, uma das razões que corroborou para a difusão desses embates foram os recordes de congestionamentos registrados em algumas capitais a partir da década de 2000. E a cada ano, os recordes são superados. “A falta de espaço e de tempo tornaram o ambiente do trânsito muito mais competitivo na década de 2000 do que nos anos 80 e 90. Soma-se a isso, um universo de celulares e outros dispositivos de registro de imagens que flagram esses conflitos”, ressalta.

Sejam os suscitadores da raiva os engarrafamentos ou a postura dos demais usuários, Ramalho acredita ser possível reverter um cenário a priori agressivo em um espaço de convivência pacífica e harmoniosa. “Ter domínio do próprio comportamento e relacionar-se com mais inteligência emocional é um passo importante para o sucesso na vida pessoal, profissional e também no trânsito”, salienta. Para equalizar as emoções e evitar que o estresse interfira na saúde física e mental, ele orienta o desenvolvimento da empatia, o controle da raiva e a aplicação de técnicas de comunicação positiva.

ARTIGO — Cinco passos para redirecionar a carreira

Por Tarsia Gonzalez

A maior dúvida de quem quer mudar o caminho profissional é: por onde começar? Claro que a ajuda profissional é fundamental nessa hora, porque muitas vezes não conseguimos enxergar os problemas sozinhos, e nem mesmo as soluções. Mas, para Tarsia Gonzalez, existem alguns passos que podem ajudar a tomar as primeiras decisões.

1. Invista no autoconhecimento

Entender o que se quer é a primeira grande etapa da mudança e requer uma busca constante de questões que passam pelo que se ama de verdade, quais são as aspirações de vida, quais os propósitos que movem o caminho pessoal e profissional. “Autoconhecimento é algo que não tem fórmula e é um caminho sem fim. Somos seres mutáveis, em constante transformação e, por isso, precisamos ouvir sempre nossa voz interior”, explica Tarsia. Para ela, o primeiro passo para rever o caminho profissional é ter certeza do que se quer: “é preciso jogar fora a indecisão e desenvolver a ousadia, com integridade”.

2. Obtenha informação do mercado

Esse passo é importante para entender como seus talentos serão recebidos e poderão ser utilizados pelo mercado. “Para buscar a melhor vaga ou até mesmo empreender, é preciso entender o que está acontecendo no mundo do trabalho, quais os setores mais prósperos e, mesmo naqueles que ainda estão se reerguendo, quais as funções mais necessárias e de que forma posso contribuir”, enfatiza Tarsia. Ela explica: conhecer o mercado é fundamental para gerar oportunidades”.

3. Busque as ferramentas

Depois se decidir o que quer e entender de que forma o mercado pode receber sua força de trabalho, é importante buscar conhecimento, cursos, consultorias que vão ajudar no processo. “São essas as ferramentas que vão ajudar a construir o planejamento pessoal”, reflete a especialista, que reforça: “sem um plano de vôo, avião nenhum é autorizado a sair do chão. Da mesma forma, não dá para querer atingir um objetivo sem um planejamento de onde se quer chegar”.

4. Trace suas metas

Planejamento traçado, é hora de determinas as metas, em curto, médio e longo prazo: “construir metas reais dá mais força, ânimo e permite galgar os primeiros degraus, gerando coragem e autonomia para ir, aos poucos, aumentando os objetivos a atingir”, explica Tarsia. Ela enfatiza: “de nada adianta colocar metas grandiosas e desistir na primeira dificuldade. Com metas possíveis, reais, o potencial de vitória vai aumentando exponencialmente”.

5. Monte um planejamento anual

Um planejamento, por melhor que seja, precisa ser revisado de tempos em tempos. “Sozinho ou com ajuda de um especialista, é ótimo rever anualmente seus objetivos e metas. O mercado muda, nós mudamos também, e a máxima ‘em time que está ganhando não se mexe’ não vale mais. Agora, o que sabemos é que a palavra de ordem é transformação. Então, é preciso rever, de tempos em tempos, e readequar o caminho profissional”, finaliza.

Sobre Tarsia Gonzalez

Gestora, psicóloga, especialista em finanças, presidente do conselho de uma das maiores companhias do país, consultora e palestrante, Tarsia Gonzalez construiu uma carreira de sucesso observando as pessoas, angariando conhecimento e expertise para gerenciar com propriedade e criar times fortes e coesos. Seu esforço para equilibrar governança corporativa e profissionalização com a felicidade das pessoas que formam a empresa levou a Transpes, companhia fundada por seu pai, a receber por três anos consecutivos o prêmio da Revista Você S/A como Melhor Empresa para se Trabalhar do Brasil.

Consumidor está disposto a gastar 15% a mais nesta Páscoa

Os brasileiros estão dispostos a gastar em média 15% a mais nesta Páscoa, em comparação ao mesmo período de 2016, segundo pesquisa da Boa Vista SCPC sobre hábitos de consumo relacionados à data comemorativa. Subiu também para 51% (contra 45% em 2016), o total de consumidores que pretende gastar entre R$ 50 e R$ 200 e, de 5% para 8% o que irá gastar acima de R$ 200 com a compra de presentes nesta Páscoa, que este ano será comemorada no dia 16 de abril. O valor médio pretendido para os gastos, por sua vez, será de R$ 94, contra R$ 82 registrados em 2016.

Realizada entre 10 e 20 de março, com 1.224 respondentes, a pesquisa da Boa Vista SCPC identificou que 82% dos consumidores pagarão as compras de Páscoa deste ano à vista, mesmo percentual registrado em 2016. 55% farão uso de dinheiro e 32% do cartão de débito. Outros 12% pagarão com cartão de crédito (parcela única) e, apenas 1% utilizará como meio de pagamento o carnê ou boleto para pagamento das compras de Páscoa.

18% dos consumidores disseram que efetuarão o pagamento das compras de Páscoa de forma parcelada, e 88% que farão uso do cartão de crédito para efetivar o parcelamento. Outros 11% utilizarão o carnê ou o boleto para financiar as compras e 1% o cheque pré-datado.

Preferências

Os ovos de Páscoa voltaram a ser a preferência este ano para 54% dos entrevistados. O item obteve um crescimento de 9p.p. (pontos percentuais) como opção de presente em 2017, se comparado ao ano passado. 46% têm outras preferências, que incluem bombons ou caixas de bombom, colomba pascal, entre outros.

59% disseram que levarão em conta preços e ofertas ao comprarem o presente de Páscoa. 33% considerarão a qualidade. Mesmo apresentando diminuição no número de menções, de 70% para 59%, em comparação ao ano passado, a decisão dos consumidores no momento da compra do presente de Páscoa é, em 1º lugar, por preços. A qualidade dos produtos aparece em 2º lugar, com 33% das menções. Consumidores sem filhos são maioria na busca por qualidade ao invés de preço (37% contra 32%).

A pesquisa da Boa Vista SCPC também constatou que o preço é um dos atributos considerados importantes pelos consumidores no momento da decisão da compra do presente de Páscoa. Já ao observar o grupo de consumidores por expectativa de gasto – o preço prevalece no grupo dos que pretende gastar até R$ 100 com os presentes; e para gastos superiores, a qualidade do produto é levada em consideração para o grupo que está disposto a gastar um pouco mais (valores acima de R$ 100).

Metodologia

A pesquisa da Boa Vista SCPC sobre o comportamento do consumidor para a Páscoa teve como objetivo identificar os hábitos de compras dos consumidores para o período, suas preferências segundo os diferentes tipos de produtos, os motivos que influenciam na decisão de compra, o valor médio pretendido para as compras e os meios de pagamentos que devem ser utilizados. A pesquisa quantitativa foi realizada por meio de link via internet no período de 10 a 20 de março de 2017. O universo é representado por consumidores que buscam informações e orientações no site Consumidor Positivo da Boa Vista Serviços – www.consumidorpositivo.com.br. Ao todo participaram 1.224 respondentes.

ARTIGO — Semana Santa x São João

Por Maurício Assuero

Um dos momentos turísticos mais preponderantes para o agreste pernambucano é a Semana Santa. O Outro é o São João. A cidade de Caruaru está no ponto focal de um e no eixo de abrangência do outro. Embora a crise seja um limitador de sonhos e ações, cada cidade deve estar preparada para atender a demanda de pessoas que se deslocam para participar de tais eventos. E eles são fundamentais porque são os dois maiores do primeiro semestre e no segundo semestre ainda não temos algo que traga um apelo e um envolvimento de pessoas similar.

Caruaru tem recursos amplos de atendimento ao turismo, começando pela gastronomia. E não se fala apenas da quantidade de opções disponíveis de bares e restaurantes, mas da qualidade da qualidade da comida com ou sem o apelo de ser exclusivamente nordestina. Aliado a isso, destaca-se, também, a qualidade de hotéis e pousadas, que colocam à disposição do cliente um café da manhã capaz de nos levar, sem fome, até às 15 horas. Seguramente é o momento de aumentarmos a renda.

A forma de gerar renda passa pelo fornecimento de serviços relacionados ou não com a Semana Santa. Não importa o conteúdo, importa o fim. Na verdade, o que vale mesmo é atrair o turista indo ou vindo de Fazenda Nova, mediante uma programação voltada para ocupar horas ociosas e determinada suficientemente para que o turista não esqueça e indique a outros e/ou volte o ano que vem.

Certamente, dois dados novos precisam ser considerados: o primeiro é que a crise serve como um limitador para obtenção de patrocínio junto a iniciativa privada e, o segundo, é o contingenciamento de gastos públicos provocado pela perda de arrecadação e pela redução de repasses governamentais. Assim, o esforço do município precisa ser bem pensado porque precisa gerar retorno no curto prazo.

Outro detalhe importante para a cidade é que mal terminará a Semana Santa e já se começa a respiração pelo São João que, tradicionalmente, ocupa o mês inteiro de junho. Sabemos o quão Caruaru tem representatividade e esperamos que isso se reverta em benefícios no curto prazo. De resto, há que se pensar o semestre seguinte. Caruaru, dado a sua estrutura poderia trabalhar mais a ideia de turismo de negócios e sediar eventos como feiras, congressos, por exemplo, permitindo que a cidade externasse suas potencialidades, inclusive no setor industrial, visto que este polo precisa de uma identidade tão forte quanto o polo têxtil.

Coelhinho à vista: pesquisa inédita revela hábitos do consumidor na Páscoa

Está chegando a Páscoa, data para reunir a família e resgatar boas memórias. E quem não gosta de ser surpreendido pelo coelhinho da Páscoa e sair à caça aos ovos de chocolate? De acordo com pesquisa encomendada ao CONECTA pela ABICAB — Associação Brasileira da Indústria de Chocolates, Cacau, Amendoim, Balas e Derivados, mais da metade da população brasileira (63%) possui o hábito de presentear com chocolate na Páscoa.

Pensando nisso, as indústrias prepararam cerca de 120 novas opções de ovos e produtos de Páscoa para a data este ano, já disponíveis nos principais pontos de venda e lojas especializadas do País. “Com o intuito de atender a demanda deste ano e o paladar dos consumidores, a indústria se organiza para produzir lançamentos e uma grande diversidade de produtos, movimentando a economia brasileira”, afirma Ubiracy Fonseca, presidente da Abicab.

Outro dado revelado pelos entrevistados da pesquisa é de que cônjuges e namorados são os mais presenteados com ovos de Páscoa (59%), seguido por filhos e sobrinhos (54%), pais (36%) e amigos e outros familiares (31%).

“O comportamento do consumidor brasileiro de presentear os familiares e entes queridos é o que faz da Páscoa do Brasil a maior do mundo, com quase 60 milhões de ovos a cada ano”, completa Ubiracy Fonseca.

Quando perguntados sobre o significado da Páscoa, 55% dos entrevistados consideram que o período é propício para degustar ovos de Páscoa e, por ser uma comemoração religiosa, a data traz um contexto mais familiar para 39% das pessoas, que acreditam que essa é uma data ideal para reunir a família.

Ministério da Fazenda autoriza reajuste de 7,48% em tarifas dos Correios

Sabrina Craide – Repórter da Agência Brasil
Correios

O Ministério da Fazenda autorizou hoje (13) um aumento de 7,485% nas tarifas dos serviços postais e telegráficos prestados pelos Correios. O reajuste vale para os serviços nacionais e internacionais, e não se aplicam ao segmento de encomendas, como PAC e Sedex.

Para entrar em vigor, a medida ainda depende da publicação da portaria do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações.

Com o aumento, a carta não comercial de até 20 gramas passa de R$ 1,15 para R$ 1,23. A tarifa do telegrama nacional redigido pela internet passa de R$ 7,07 para R$ 7,60 por página. O preço da Carta Social, destinada aos beneficiários do programa Bolsa Família, permanece inalterado, em R$ 0,01.

Segundo os Correios, os serviços da estatal são reajustados todos os anos, com base na recomposição dos custos repassados à estatal, como aumento dos preços dos combustíveis, contratos de aluguel, transportes, vigilância, limpeza e salários dos empregados. As tarifas são atualizadas com base no Índice de Serviços Postais, indicador formado a partir de uma cesta de índices, como INPC, IPCA, e IGP-M.

EUA lançaram potente bomba em base do Estado Islâmico no Afeganistão

Leandra Felipe – Correspondente da Agência Brasil

O Pentágano confirmou nesta quinta-feira (13) ter lançado sobre instalações terroristas no território do Afeganistão uma bomba não nuclear classificada como “a mais potente disponível em seu arsenal militar”. O artefato é conhecido como o “a mãe de todas as bombas”. A Casa Branca informou que o ataque, direcionado a estruturas usadas pelo Estado Islâmico (EI) na região, foi um “sucesso”.

A chamada MOAB GBU-43 tem 11 toneladas de explosivos e foi lançada por uma aeronave do Exército norte-americano em Achin, província de Nangarhar, próximo à fronteira paquistanesa. De acordo com o Pentágono, o alvo eram cavernas e túneis utilizados pelo EI. De acordo com o general John Nicholson, em entrevista às redes CNN e Reuters, o ataque diminui a capacidade operativa do Estado Islâmico.

Em declarações na Casa Branca, o presidente Donald Trump disse estar “muito orgulhoso do Exército do país”, e informou que deu total autorização para que o Pentágono prosseguisse com a operação.

A bomba foi lançada por volta de 7h30 no horário do Afeganistão. A MOAB GBU-43 nunca havia sido utilizada, mas foi desenvolvida em 2003 na época da guerra do Iraque.

O general John Nicholson informou que, à medida em que o Estado Islâmico vai sendo enfraquecido, o grupo tem usado bombas de fabricação caseira, muitas delas armazenadas nestas estruturas que o Pentágono atingiu com o ataque de hoje.

Esta é a segunda ação  militar unilateral dos Estados Unidos em uma semana. Na sexta-feira passada, o governo atacou uma base na Síria, em reação ao ataque com armas químicas que provocou a morte de mais de 80 pessoas naquele país.

Água do São Francisco chegou à Campina Grande

As águas do ‘Velho Chico’ chegaram nesta quinta (13) à região de Campina Grande (PB), onde vão assegurar o abastecimento para mais de 716 mil pessoas em 18 municípios. O ministro da Integração Nacional, Helder Barbalho, visitou o reservatório Epitácio Pessoa, localizado no município de Boqueirão, e destacou o esforço de todos os envolvidos para cumprir a meta de levar, ainda no mês de abril, a água ao local, que vive uma das maiores secas dos últimos anos.

O ministro destacou a importância do cumprimento do cronograma do Governo Federal, que havia garantido a chegada da água em abril. “Poder cumprir com os prazos faz com que a população possa ter a certeza da nossa atenção e priorização para o enfrentamento a essa seca, que tem trazido sofrimento a essa região. Desde 2011 não passava água aqui e poder ver a água chegando hoje, chegando forte, é a certeza de que todos que já sofreram podem ter um futuro novo de prosperidade, de produção e qualidade de vida”, destacou Helder Barbalho.

Nas próximas duas semanas, o Governo da Paraíba reforçará as captações necessárias para levar água, além de Campina Grande – segunda maior cidade do estado-, aos moradores de mais 17 cidades: Barra de Santana, Caturité, Queimadas, Pocinhos, Lagoa Seca, Matinhas, São Sebastião de Lagoa de Roça, Alagoa Nova, Boqueirão, Boa Vista, Soledade, Juazeirinho, Cubati, Pedra Lavrada, Olivedos, Seridó e Cabaceiras.

Depois do reservatório Boqueirão, a água continuará seguindo o curso do rio Paraíba até a barragem Acauã, para beneficiar ainda mais 132 mil habitantes em mais 12 cidades paraibanas, por meio de sistemas de distribuição de água já implantados. São elas: Aroeiras, Gado Bravo, Itaituba, Ingá, Mogeiro, Juarez Távora, Itabaiana, Salgado de São Félix, São José do Ramos, Pilar, Juripiranga e São Miguel de Taipu.

Eixo Leste – O primeiro município paraibano que recebeu a água do rio São Francisco foi Monteiro (PB), com 33 mil habitantes. Em Pernambuco, Sertânia, com 35 mil moradores, também está sendo contemplada.

No total, o Eixo Leste conduz as águas do ‘Velho Chico’ por 217 quilômetros, entre canais, seis estações de bombeamento, aquedutos e túnel. A captação do rio é realizada no lago de Itaparica, entre os municípios pernambucanos de Floresta e Petrolândia. De lá, a água ainda passa por mais duas cidades nesse mesmo estado: Custódia (PE) e Sertânia (PE) – antes do seu destino final na Paraíba.

Governo Temer definha e tem a pior avaliação da história, afirma Humberto

Ao comentar os dados da pesquisa CUT/Vox-Populi, divulgada nesta quinta-feira (13), o líder dá Oposição no Senado, Humberto Costa (PT), disse que os dados comprovam a rejeição ao modelo político e econômico apresentado por Temer. Segundo o levantamento, o presidente Michel Temer (PMDB) tem apenas 5% de positiva, contra 65% que consideram sua gestão ruim ou péssima e 28% regular.

A imagem do peemedebista vem despencando desde ele que assumiu à Presidência, no ano passado. Em outubro de 2016, 14% consideravam o desempenho do presidente bom ou ótimo, este número caiu para 8% em dezembro e voltou a sofrer uma nova queda agora.

“O governo Temer está definhando e hoje sobrevive na UTI, na base da política do toma lá, dá cá. O governo vem promovendo um assalto aos direitos dos trabalhadores e levando a economia brasileira à ruína. Nunca, em tempo algum, conseguimos retroceder tanto em tão pouco tempo. É projeto de país que fracassou lá atrás, com Fernando Henrique Cardoso, e que agora está novamente levando o País ao abismo. Temer e seus aliados deram um golpe na população brasileira para poder trazer de volta esse projeto que foi derrotado nas últimas quatro eleições. A população não quer e nunca quis esse modelo governo e a insatisfação crescente é a prova disso. Temer tem a pior avaliação da história. Esse projeto político de arrocho jamais teria sido aprovado pelas urnas”, afirmou Humberto.

A pesquisa mostra também que é no Nordeste onde há a maior rejeição ao governo Temer. Na Região, o peemedebista tem 78% de avaliação negativa, contra 4% positivo, 14% regular. “O Nordeste foi uma das áreas mais afetadas pelo golpe. Sempre houve uma preocupação dos governos de Lula e Dilma de trazer desenvolvimento para a região, de trabalhar para reduzir as desigualdades regionais. Foi assim com a Transposição do Rio São Francisco, com o incentivo para empresas como a Fiat pudessem vir para Pernambuco e garantir desenvolvimento. Mas desde que assumiu, o governo Temer deu às costas para a população e é claro que isso se reflete na impopularidade do peemedebista na região”, avaliou Humberto.

A pesquisa traz a rejeição da população ao pacote de reformas proposto por Temer. A Reforma da Previdência, que está sendo debatida no Congresso Nacional, é reprovada por 93% dos brasileiros, contra apenas 5% concordam com as medidas e 2% que são indiferentes. Outros projetos de Temer também são reprovados pela população, como o congelamento dos gastos públicos, em saúde e educação pelos próximos 20 anos, rejeitado por 83% e a ampla terceirização, reprovada por 80% dos brasileiros.

“A população brasileira não vai aceitar calada esses desmontes do governo Temer. Seguiremos mobilizados contra todos esses retrocessos. Não vamos permitir que um governo ilegítimo acabe com aquilo que o povo brasileiro demorou séculos para conquistar”, disse Humberto.

A pesquisa CUT-Vox Populi foi realizada entre os dias 6 e 10 de abril. Foram ouvidas 2 mil pessoas com mais de 16 anos em 118 municípios de áreas urbanas e rurais de todos os Estados. A margem de erro do levantamento é de 2,2%.

Campanha contra a gripe vai vacinar 54,2 milhões em todo o país

A 19ª Campanha Nacional de Vacinação Contra a Influenza deste ano começa na próxima segunda-feira (17) com uma novidade: a partir de agora, os professores, tanto da rede pública como privada, passam a fazer parte do público-alvo. Cerca de 2,3 milhões de profissionais da educação poderão se vacinar contra a gripe. Ao todo, receberão a vacina 54,2 milhões de pessoas que integram os grupos prioritários. Para isso, o Ministério da Saúde está adquirindo 60 milhões de doses da vacina. A campanha seguirá em todo o país até 26 de maio, sendo que dia 13 será de mobilização nacional.

Durante o lançamento da campanha, o ministro da Saúde, Ricardo Barros, informou que a Pasta, em parceria com o Ministério da Educação, realizará, a vacinação dos professores nas escolas públicas e privadas de todo o país, nos dias 2 e 3 de maio. “Pela primeira vez, o Brasil está vacinando os professores contra a influenza. Estamos atendendo a uma solicitação constante desses profissionais de serem incluídos no grupo prioritário da vacinação. São profissionais que têm contato com dezenas de alunos diariamente, ficando expostos à contaminação”, ressaltou o ministro.

O Ministério da Saúde também lançou companha publicitária com o slogan “Vacine-se. Deixe a gripe pra lá”, tendo como padrinho o sambista Martinho da Vila. A estratégia de mobilização para todo o país, que será executada em parceria com estados e municípios.

O objetivo do Ministério da Saúde é vacinar 90% desta população, considerada de risco para complicações por gripe. A meta de vacinação deste ano aumentou devido aos índices alcançados nos últimos anos, que ultrapassaram 80%. Em 2016, inclusive, foi o primeiro ano que este índice ultrapassou 90%, atingindo 93,5% de cobertura vacinal.

Integram o público-alvo da campanha, pessoas a partir de 60 anos, crianças de seis meses a menores de cinco anos (quatro anos, 11 meses e 29 dias), trabalhadores de saúde, professores das redes pública e privada, povos indígenas, gestantes, puérperas (até 45 dias após o parto), pessoas privadas de liberdade – o que inclui adolescentes e jovens de 12 a 21 anos em medidas socioeducativas – e os funcionários do sistema prisional.

Os portadores de doenças crônicas não transmissíveis, que inclui pessoas com deficiências específicas, também devem se vacinar. Para esse grupo não há meta específica de vacinação. Este público deve apresentar prescrição médica no ato da vacinação. Pacientes cadastrados em programas de controle das doenças crônicas do Sistema Único de Saúde (SUS) deverão se dirigir aos postos em que estão registrados para receberem a vacina, sem a necessidade de prescrição médica.

A escolha dos grupos prioritários segue recomendação da Organização Mundial da Saúde (OMS). Essa definição também é respaldada por estudos epidemiológicos e pela observação do comportamento das infecções respiratórias, que têm como principal agente os vírus da gripe. São priorizados os grupos mais suscetíveis ao agravamento de doenças respiratórias.