Caruaru sedia 18º Encontro de Campeões da Viola

violeiro

No domingo, 30 de abril, Caruaru abre espaço para a realização do 18º Encontro de Campeões da Viola. O festival de repentistas contará com a participação de grandes ícones da cantoria nordestina, oriundos de várias partes do Nordeste e das mais diversas gerações. A organização é por conta do cantador Raimundo Caetano, paraibano radicado em Caruaru que tem mais de quatro décadas de viola e é uma das maiores expressões do repentismo, já tendo percorrido vários estados do Brasil e até países europeus. O evento começará às 15h, no Gonzagão Hall, no Alto do Moura.

O ‘cast’ do congresso será formado pelas seguintes duplas: Ivanildo Vila Nova e Severino Dionísio; Valdir Teles e Hipólito Moura; Helânio Moreira e Felipe Pereira; Raullino Silva e Rogério Meneses; Daniel Olímpio e Luciano Leonel; Edvaldo Zuzu e Zecarlos do Pajeú; Maximino Bezerra e Gabriel Silva. O evento ainda será abrilhantado pelos poetas declamadores Iponax Vila Nova e Espingarda do Cordel.

Durante o festival, cada dupla desenvolverá quatro modalidades da cantoria, a saber: sextilhas; mote em sete; mote em dez e mais um gênero de livre escolha dos poetas. São disponibilizados cinco minutos para cada etapa. Neste período, os cantadores terão de desenvolver estrofes improvisadas acerca do assunto, atendendo a exigências como rima, métrica, oração e estrutura dos conjuntos de versos.

A temática apresentada pelos cantadores repentistas é variada. Portanto, assuntos como Saudade, Sentimentos, Amor, Sertão, Conhecimentos Diversos e Atualidades deverão fazer parte das solicitações, sorteadas no palco, momentos antes de cada dupla se apresentar.

Com tantos anos de história, o evento já é considerado uma tradição entre os amantes da cultura popular. Mesmo assim, o organizador aponta as dificuldades para manter acesa a valorização da poesia nordestina na ‘Capital do Forró’. “Por vezes, chego a pensar que o festival vai se acabar, pois é muito difícil conseguir apoio”, lamenta Raimundo Caetano.

SERVIÇO

18º Encontro dos Campeões da Viola
Domingo, 30 de abril, a partir das 15h
Gonzagão Hall, Alto do Moura
Entrada: R$ 30

Temer perde apoio na Câmara às vésperas de reformas

Contando com a fidelidade dos parlamentares desde que assumiu a presidência, Michel Temer (PMDB) tem visto ruir sua relação com o Congresso nas últimas votações de projetos de interesse do Planalto. O atual presidente vinha se destacando desde que assumiu o governo, em 2016, com uma taxa recorde de apoio na Câmara.

No entanto, essa taxa de fidelidade às orientações do governo vem caindo de maneira constante desde o fim do ano passado, conforme aponta reportagem do jornal O Estado de S. Paulo desta segunda-feira (24).Em julho de 2016 a média de apoio ao governo na Câmara foi de 91%. O percentual revela o maior índice de governismo já registrado desde 2003. Já em abril deste ano, a taxa caiu para 79%.

Conforme dados do Basômetro, ferramenta do jornal que coleta dados de todas as votações nominais no Congresso e compara os votos dos deputados com as orientações do governo, nos primeiros 11 meses
de gestão, Temer registra 84%
de apoio na Câmara. De acordo com os dados apresentados, “nas primeiras 20 votações nominais do governo Temer, por exemplo, 92% dos deputados seguiram a orientação do Planalto. Já nas 20 mais recentes, apenas 68% fizeram o mesmo”, diz trecho da reportagem.

Nos próximos meses, o presidente precisará ainda mais das alianças e fidelidades dos parlamentares na Câmara para tentar aprovar duas das maiores reformas apresentadas por seu governo até aqui: reformas da Previdência e trabalhista. Na última semana, os parlamentares demonstraram que não estão tão afiados assim com o governo e rejeitaram pedido de urgência para acelerar a votação da reforma trabalhista. No entanto, no dia seguinte, após movimentação do Planalto, o governo conseguiu reverter e conquistar o apoio de sua base, que aprovou o regime de urgência para a tramitação da proposta.

Ao jornal O Estado de S. Paulo, o vice-líder do governo na Câmara, Darcísio Perondi (PMDB-RS), disse que os índices de fidelidade ao Planalto caíram a partir do momento em que o Planalto colocou em sua agenda questões reformistas. De acordo com ele, as propostas “ficaram mais duras e transformadoras”. Apesar disso, ele acrescentou que “os deputados estão compreendendo aos poucos que as reformas são necessárias para a retomada do crescimento econômico”.

Já o líder da minoria na Câmara, deputado José Guimarães (PT-CE), disse que os parlamentares estão preocupados com o impacto da aprovação em suas bases eleitorais. “Deputado que apoia o governo Temer começa a ter medo da reação popular”, disse.

Fidelidade dos tucanos

Entre as siglas, o PSDB, partido que integra a base do governo, é uma das que teve menor queda no percentual de parlamentares que decidiram contrariar o planalto nas últimas votações. “Os tucanos passaram de 98% de apoio em dezembro de 2016 para 94% em abril deste ano – o que coloca o partido no topo do ranking de governismo na Casa, acima do próprio PMDB, partido do presidente”, diz a reportagem.

No caso do PMDB, a legenda passou de 98% de adesão no fim do ano passado para 92% agora. Já entre todos os partidos, o PSB e o PR registraram as maiores baixas às propostas de Temer – uma diminuição de 11 e 8 pontos porcentuais na taxa de adesão ao governo de dezembro até aqui. As duas siglas possuem, juntas, 74 deputados.

Reforma trabalhista permite que empregador reduza salário de funcionário

O projeto de reforma trabalhista que a Câmara programou para votar nesta semana anula, na prática, direitos constitucionais que protegem o trabalhador desde a década de 1940 e também previstos pela Constituição promulgada em 1988. O principal deles é a irredutibilidade dos salários para quem continua exercendo as mesmas funções em determinada empresa. A conclusão consta de estudos feitos por várias entidades sindicais, juristas especializados no assunto e até pela Ordem dos Advogados do Brasil (OAB).

Se o texto apresentado pelo deputado Rogério Marinho (PSDB-RN) virar lei, as empresas poderão reduzir os salários de todos os empregados para continuarem exercendo as mesmas funções. Para isso, basta demiti-los e recontratá-los em regime de terceirização ou por acordo fechado individualmente com cada funcionário. Pela proposta do parlamentar, nem mesmo a Justiça poderá interferir no assunto.

Segundo estudos feitos pelo Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar (Diap), Marinho foi além do que o Palácio do Planalto desejava. Ele acrescentou mecanismos que eximem as empresas do recolhimento de Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) e até da contribuição para a Previdência. Isso será possível com possibilidade de contratação temporária e a troca da carteira assinada pela terceirização dos mesmos trabalhadores que continuam prestando serviços à mesma companhia.

Empobrecimento

“As consequências serão o empobrecimento do trabalhador a médio prazo, a redução da massa salarial geral do país e até o corte na arrecadação previdenciária e de tributos”, alerta o advogado José Eymard Louguercio, especialista no tema. O advogado lembra que Marinho acatou muitas das 850 emendas apresentadas pelos colegas ao texto enviado pelo governo ao Congresso. A proposta altera mais de 200 dispositivos da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) e de toda a legislação trabalhista vigente.

Rogério Marinho nega que o projeto retire direitos dos trabalhadores e afirma que vai modernizar a legislação e permitir a geração de empregos, ao dar segurança jurídica aos empresários e colocar na formalidade trabalhadores sem carteira assinada.

A Ordem dos Advogados do Brasil alerta que, a médio prazo, as mudanças não vão interessar sequer aos empregadores, já que a redução salarial vai ter como consequência a queda no consumo. “O projeto agride a Constituição e todo o sistema normativo, representa um retrocesso civilizatório com o desrespeito aos direitos adquiridos”, diz o presidente da Ordem, Claudio Lamachia.

Justiça e sindicatos

O relatório de Rogério Marinho, na prática, acaba com a Justiça trabalhista, porque impede reclamações nos tribunais regionais e no Tribunal Superior do Trabalho (TST) depois que os acordos coletivos ou individuais forem fechados entre empresas e empregados. Pelo relatório, o Judiciário perde a autoridade para anular os acordos individuais, os acordos e as convenções coletivas contrárias à legislação. Com o texto de Marinho, as delegacias do Trabalho, os tribunais regionais e, em último caso, o TST teriam suas funções praticamente eliminadas.

Outro desmonte previsto no projeto do relator diz respeito à estrutura sindical. Ele propõe a criação da representação dos trabalhadores por empresa e retira das entidades sindicais a autoridade de fazer reclamações coletivas à Justiça. Com a terceirização até das atividades-fim, a proposta de Marinho acaba, na prática, com benefícios como o 13º salário, reduz significativamente as multas aplicadas às empresas que descumprirem a lei, regulamenta o teletrabalho por tarefa, e não por jornada, e dificulta o acesso dos trabalhadores às reclamações judiciais.

O deputado Rogério Marinho, integrante da bancada evangélica e principal defensor do polêmico projeto de Escola sem Partido – propõe o parcelamento das férias em até três períodos e acaba com o princípio de grupo econômico para limitar possíveis reclamações dos trabalhadores exclusivamente à empresa que celebra o contrato direto com os funcionários, eximindo a holding e outras coligadas da responsabilização pelas possíveis ilegalidades cometidas pelo “patrão” direto.

Abaixo do mínimo

Para a Frente Associação da Magistratura e do Ministério Público (Frentas), que representa mais de 40 mil juízes, promotores e procuradores, inclusive do Trabalho, trata-se do maior projeto de retirada de direitos trabalhistas já discutido no Congresso Nacional desde a criação da CLT. Em nota assinada pelos presidentes de nove entidades, a frente aponta o risco de o trabalhador passar a receber até mesmo abaixo do salário mínimo.

“São criadas/ampliadas novas formas de contratos de trabalho precários, que diminuem, em muito, direitos e remuneração, permitindo, inclusive, pagamento abaixo do salário mínimo mensal, o que concorreria para o aumento dos já elevados níveis de desemprego e de rotatividade no mercado de trabalho”, destaca a frente em um dos trechos da nota em que pedem aos parlamentares que rejeitem a proposta.

Segundo a Frentas, o substitutivo parte da ideia de que o trabalhador age de “forma ilícita e censurável” na relação processual, colocando a empresa como “ente sacrificado” por essas ações. Em pelo menos duas ocasiões o relatório nega aos trabalhadores a gratuidade processual: quando faltar à primeira audiência e quando as perícias tiverem resultado negativo, retirando dos juízes a possibilidade de exame caso a caso. “São hipóteses que mais parecem ameaças veladas para instrumentalizar passivos sancionatórios que a grande parte dos trabalhadores não teria como pagar, o que resultaria no desestímulo ao acesso à jurisdição e na elitização de uma Justiça reconhecidamente popular”, reclamam as entidades.

O projeto deverá ser votado entre quarta e quinta-feira em plenário e tem o apoio da maioria governista na Câmara. Depois dessa fase, a proposta irá ao Senado, onde o governo também tem maioria. Para virar lei, a reforma trabalhista só precisa ser aprovada por maioria simples dos presentes nas sessões de cada Casa legislativa.

Campina Grande divulga programação junina: Caruaru ainda mantém mistério

Foi divulgada no último final de semana a programação completa do São João de Campina Grande. A abertura da festa paraibana ficará a cargo de César & Menotti, Jonas Esticado, Os Três do Nordeste e Andrezza Formiga. Já o final da festa, marcado para dois de julho, será com  Fernando & Sorocaba, Luan Estilizado, Felipão e Tribo Cordel.

Alguns nomes tradicionais da música nordestina e nacional foram confirmados, entre eles, Flávio José (03-06), Simone & Simaria (04-06),  Mano Walter (07-06),  Gabriel Diniz (15-06), Bruno e Marrone (22-06), Elba Ramalho (23-06), Maiara e Maraisa (25-06); Aviões do Forró (28-06) , Luan Santana (29-06) e Wesley Safadão, Ítalo & Renno e Karkará, no dia 30 de junho.

Caruaru – Já a programação da Capital do Forró está sendo guardada a sete chaves pela prefeita Raquel Lyra e pelo presidente da Fundação de Cultura, Lúcio Omena. Alguns nomes já foram confirmados e divulgados nas redes sociais, entre eles, Alcymar Monteiro e Fulô de Mandacarú, que devem se apresentar na abertura das festividades.

Vale lembrar que algumas atrações que deverão estar em Campina Grande vão aparecer por aqui, já que em janeiro deste ano Raquel Lyra foi à Rainha da Borborema debater o São João e como baixar os cachês de alguns artistas, fazendo contratações em parceria. Ela esteve com o prefeito da cidade.

Entre esses nomes que devem pintar no São João de Caruaru estão Aviões do Forró, Márcia Felipe, Henrique & Juliano, Gabriel Diniz, Geraldinho Lins, Magnificos e o Wesley Safadão. Vale lembrar também que à prefeitura de Caruaru limitou em R$ 200,00 mil o valor máximo de um cachê pago a qualquer artista. Isso não impede que algum mais caro possa estar presente, desde que seja pago por algum patrocinador.

Pequenos negócios fecham trimestre com saldo positivo de empregos

No primeiro trimestre deste ano, as micro e pequenas empresas apresentaram um saldo positivo de geração de empregos de 60,7 mil vagas, enquanto que as médias e grandes empresas encerraram 138,8 mil postos de trabalho. Os dados são do levantamento feito mensalmente pelo Sebrae com base nos números do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho.

“Apesar dos pequenos negócios terem apresentado um saldo negativo em março, o bom desempenho do começo do ano compensou essas demissões”, afirma o presidente do Sebrae, Guilherme Afif Domingos. Depois de dois meses consecutivos com um número maior de contratações do que de demissões, as micro e pequenas empresas apresentaram em março um saldo negativo de 31,6 mil vagas, número inferior ao das médias e grandes que encerraram 36,5 mil vagas. No comparativo com o mesmo período do ano passado, o saldo dos pequenos negócios foi menos negativo. Em março do ano passado, foram encerradas 46,9 mil vagas.

Quando analisada a geração de emprego por setor no terceiro mês do ano, apenas as micro e pequenas empresas que atuam no setor de Serviços registraram saldo positivo de cerca de 4 mil empregos. Nesse setor, destacaram-se os pequenos negócios que atuam nos segmentos de ensino, de comércio e administração de imóveis, transportes e comunicações e serviços médicos, odontológicos e veterinários. O setor com o maior encerramento de vagas, por parte das micro e pequenas empresas, foi o Comércio com 23,8 mil.

“Caravana Tecendo Direitos para Mulheres” beneficiará quatro bairros de Caruaru

PMC

Com o objetivo de desenvolver ações de prevenção e enfrentamento à violência contra mulher, bem como, promover o acesso a serviços de cidadania, o projeto itinerante “Caravana Tecendo Direitos Para as Mulheres” aportará em Caruaru e beneficiará os bairros Rosanópolis, Santa Rosa, Indianópolis e Vassoural.

Das 9 às 12h, os interessados em receber serviços de orientações jurídica e previdenciária, atendimentos Psicossocial e de Saúde, além de atividades recreativas, devem comparecer ao CRAS Bonança, que funciona na Rua Hermínio Ribeiro, nº 49, Santa Rosa.

Os serviços são oferecidos de forma totalmente gratuita.

Reforma trabalhista permite que empregador reduza salário de funcionário

Do Congresso em Foco

O projeto de reforma trabalhista que a Câmara programou para votar nesta semana anula, na prática, direitos constitucionais que protegem o trabalhador desde a década de 1940 e também previstos pela Constituição promulgada em 1988. O principal deles é a irredutibilidade dos salários para quem continua exercendo as mesmas funções em determinada empresa. A conclusão consta de estudos feitos por várias entidades sindicais, juristas especializados no assunto e até pela Ordem dos Advogados do Brasil (OAB).

Se o texto apresentado pelo deputado Rogério Marinho (PSDB-RN) virar lei, as empresas poderão reduzir os salários de todos os empregados para continuarem exercendo as mesmas funções. Para isso, basta demiti-los e recontratá-los em regime de terceirização ou por acordo fechado individualmente com cada funcionário. Pela proposta do parlamentar, nem mesmo a Justiça poderá interferir no assunto.

Segundo estudos feitos pelo Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar (Diap), Marinho foi além do que o Palácio do Planalto desejava. Ele acrescentou mecanismos que eximem as empresas do recolhimento de Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) e até da contribuição para a Previdência. Isso será possível com possibilidade de contratação temporária e a troca da carteira assinada pela terceirização dos mesmos trabalhadores que continuam prestando serviços à mesma companhia.

Empobrecimento

“As consequências serão o empobrecimento do trabalhador a médio prazo, a redução da massa salarial geral do país e até o corte na arrecadação previdenciária e de tributos”, alerta o advogado José Eymard Louguercio, especialista no tema. O advogado lembra que Marinho acatou muitas das 850 emendas apresentadas pelos colegas ao texto enviado pelo governo ao Congresso. A proposta altera mais de 200 dispositivos da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) e de toda a legislação trabalhista vigente.

Rogério Marinho nega que o projeto retire direitos dos trabalhadores e afirma que vai modernizar a legislação e permitir a geração de empregos, ao dar segurança jurídica aos empresários e colocar na formalidade trabalhadores sem carteira assinada.

A Ordem dos Advogados do Brasil alerta que, a médio prazo, as mudanças não vão interessar sequer aos empregadores, já que a redução salarial vai ter como consequência a queda no consumo. “O projeto agride a Constituição e todo o sistema normativo, representa um retrocesso civilizatório com o desrespeito aos direitos adquiridos”, diz o presidente da Ordem, Claudio Lamachia.

Justiça e sindicatos

O relatório de Rogério Marinho, na prática, acaba com a Justiça trabalhista, porque impede reclamações nos tribunais regionais e no Tribunal Superior do Trabalho (TST) depois que os acordos coletivos ou individuais forem fechados entre empresas e empregados. Pelo relatório, o Judiciário perde a autoridade para anular os acordos individuais, os acordos e as convenções coletivas contrárias à legislação. Com o texto de Marinho, as delegacias do Trabalho, os tribunais regionais e, em último caso, o TST teriam suas funções praticamente eliminadas.

Outro desmonte previsto no projeto do relator diz respeito à estrutura sindical. Ele propõe a criação da representação dos trabalhadores por empresa e retira das entidades sindicais a autoridade de fazer reclamações coletivas à Justiça. Com a terceirização até das atividades-fim, a proposta de Marinho acaba, na prática, com benefícios como o 13º salário, reduz significativamente as multas aplicadas às empresas que descumprirem a lei, regulamenta o teletrabalho por tarefa, e não por jornada, e dificulta o acesso dos trabalhadores às reclamações judiciais.

O deputado Rogério Marinho, integrante da bancada evangélica e principal defensor do polêmico projeto de Escola sem Partido – propõe o parcelamento das férias em até três períodos e acaba com o princípio de grupo econômico para limitar possíveis reclamações dos trabalhadores exclusivamente à empresa que celebra o contrato direto com os funcionários, eximindo a holding e outras coligadas da responsabilização pelas possíveis ilegalidades cometidas pelo “patrão” direto.

Abaixo do mínimo

Para a Frente Associação da Magistratura e do Ministério Público (Frentas), que representa mais de 40 mil juízes, promotores e procuradores, inclusive do Trabalho, trata-se do maior projeto de retirada de direitos trabalhistas já discutido no Congresso Nacional desde a criação da CLT. Em nota assinada pelos presidentes de nove entidades, a frente aponta o risco de o trabalhador passar a receber até mesmo abaixo do salário mínimo.

“São criadas/ampliadas novas formas de contratos de trabalho precários, que diminuem, em muito, direitos e remuneração, permitindo, inclusive, pagamento abaixo do salário mínimo mensal, o que concorreria para o aumento dos já elevados níveis de desemprego e de rotatividade no mercado de trabalho”, destaca a frente em um dos trechos da nota em que pedem aos parlamentares que rejeitem a proposta.

Segundo a Frentas, o substitutivo parte da ideia de que o trabalhador age de “forma ilícita e censurável” na relação processual, colocando a empresa como “ente sacrificado” por essas ações. Em pelo menos duas ocasiões o relatório nega aos trabalhadores a gratuidade processual: quando faltar à primeira audiência e quando as perícias tiverem resultado negativo, retirando dos juízes a possibilidade de exame caso a caso. “São hipóteses que mais parecem ameaças veladas para instrumentalizar passivos sancionatórios que a grande parte dos trabalhadores não teria como pagar, o que resultaria no desestímulo ao acesso à jurisdição e na elitização de uma Justiça reconhecidamente popular”, reclamam as entidades.

O projeto deverá ser votado entre quarta e quinta-feira em plenário e tem o apoio da maioria governista na Câmara. Depois dessa fase, a proposta irá ao Senado, onde o governo também tem maioria. Para virar lei, a reforma trabalhista só precisa ser aprovada por maioria simples dos presentes nas sessões de cada Casa legislativa.

Principais modificações na legislação trabalhista previstas no relatório de Rogério Marinho:

1 – Redução do salário para quem exerce as mesmas funções na mesma empresa com a demissão coletiva e a recontratação via terceirização

2- Prevalência do acordo coletivo ou individual sobre a legislação trabalhista. Isto possibilita que a empresa contrate o empregado com menos direitos do que prevê a convenção coletiva da categoria ou da lei.

3- Terceirização até das atividades fim de qualquer setor

4- Parcelamento das férias em até três períodos à escolha da empresa

5- Fim do conceito de grupo econômico que isenta a holding de responsabilidade pelas ilegalidades de uma das suas associadas

6- Regulamenta o teletrabalho por tarefa e não por jornada

7- Deixa de contabilizar como hora trabalhada o período de deslocamento dos trabalhadores para as empresas, mesmo que o local do trabalho não seja atendido por transporte público e fique a cargo da empresa

8 – Afasta da Justiça do trabalho a atribuição de anular acordos coletivos e até individuais de trabalho

9 – Permite jornada de trabalho de até 12 horas seguidas, por 36 de descanso, para várias categorias hoje regidas por outras normas

10 – Acaba com o princípio de equiparação salarial para as mesmas funções na mesma empresa

Agricultura: Começa mais uma etapa de fiscalização dos estoques públicos

Nesta segunda-feira (24), a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) inicia a terceira etapa de fiscalização de estoques públicos de 2017. Técnicos da Companhia inspecionarão armazéns públicos e privados dos estados do Acre, Amazonas, Amapá, Espírito Santo, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Pará, Paraná, Rio de Janeiro, Rondônia e São Paulo. Os trabalhos prosseguem até 5 de maio e envolvem 23 profissionais.

A expectativa da Companhia é fiscalizar 583.257 toneladas de grãos entre arroz, café, milho, feijão, trigo, farinha e fécula de mandioca em 44 armazéns do país. Os fiscais observarão, entre outros quesitos, as condições de armazenagem e conservação e a quantidade de grãos armazenados.

Na segunda etapa deste ano, foram fiscalizadas 144.354 toneladas em 56 armazéns, sendo constatados desvios de 2.496 toneladas de milho e perdas de 217 toneladas de café e milho.

No caso das perdas, os armazenadores terão que indenizar a Companhia. Para os desvios identificados, a irregularidade é informada ao Ministério Público e à Polícia Federal. Além disso, a armazenadora fica impossibilitada de operar com a Conab por dois anos e deve restituir o estoque inicial em dinheiro ou em produto.

Cadastramento – Para otimizar custos, os técnicos da Conab aproveitarão o roteiro e farão o cadastramento de novos armazéns.

Pernambuco recebe investimentos de 22 indústrias metalmecânicas e eletroeletrônicas

Indústria metalmecânica 1

A cada ano, mais indústrias dos segmentos metalmecânico e eletroeletrônico estão se instalando em Pernambuco. No último dia 11 deste mês, seis empresas que atuam nesses segmentos foram habilitadas a receber incentivos fiscais do Programa de Desenvolvimento do Estado de Pernambuco (Prodepe) pelo Conselho Estadual de Políticas Industrial, Comercial e de Serviços (Condic). Esses empreendimentos, que serão responsáveis por investimentos totais de R$ 97 milhões, atuam em áreas diversas como siderurgia, fabricação de máquinas, de aparelhos eletrônicos e assessórios para banheiro.

Os projetos aprovados este mês somam-se aos 16 projetos de instalação ou ampliação de plantas industriais metalmecânicas e eletroeletrônicas que foram aprovados pelo Condic no ano passado. Entre elas estão indústrias de baterias automotivas, eletrodomésticos, peças para motos e esquadrias de metal, que totalizam investimentos de R$ 251 milhões. Dessa forma, de março de 2016 a abril deste ano, o Estado comemora a atração de 22 projetos industriais desses setores, representando um volume de investimento de R$ 348 milhões. Entre eles estão empresas como Acumuladores Moura, Gerdau Aços Longos, VN Eletrodomésticos e Metalflex Indústria de Produtos de Alumínio.

De acordo com o presidente do Sindicato da Indústria Metalmecânica e Eletroeletrônica de Pernambuco (Simmepe), esses números mostram que estão surgindo muitas oportunidades no segmento eletrometalmecânico do Estado para os fabricantes de bens de capital para o setor industrial. Segundo ele, os fornecedores que estão atentos a essas oportunidades já estão se movimentando para sair na frente dos concorrentes.

Como exemplo, ele cita empresas como Tsubaki, Sew Eurodrive e Gates que já garantiram seus estandes na Fimmepe – Mecânica Nordeste (Feira da Indústria Mecânica, Metalúrgica e de Material Elétrico de Pernambuco), evento que será realizado pelo Sindicato de 24 a 27 de outubro, no Centro de Convenções de Pernambuco.

Pontes destaca que a Fimmepe, que está na sua 22ª edição, é uma feira consolidada como instrumento de geração de negócios. “Quem quer ampliar suas vendas no mercado regional está vindo para a Mecânica Nordeste, que coloca os fabricantes de bens de capital do Brasil e do Exterior em contato as empresas que necessitam adquirir máquinas e equipamento para ampliar ou modernizar os seus parques fabris”, afirma.

Em Caruaru, comunidade surda celebra o Dia Nacional da Libras nesta segunda (24)

Deaf woman and child learning sign language

Nesta segunda-feira (24) é celebrado o Dia Nacional da Língua Brasileira de Sinais (Libras) que marca anos de luta da comunidade surda. Em Caruaru (PE) foi sancionada a Lei 5.330/2013 que garante mais obrigações do Poder Público Municipal na assistência às pessoas surdas.

De acordo com o Professor e Intérprete de Libras, Álvaro Ferreira, que é Secretário Nacional das Pastorais dos Surdos do Brasil, vinculado à CNBB, a Lei caruaruense é uma grande conquista para a comunidade surda. O município se compromete em oferecer ações para disseminar a língua dos surdos; apoio dentro das escolas com a implantação de um modelo de educação bilíngue para os surdos com a contratação de profissionais da área.

Além disso, a Lei Municipal garante a presença de intérpretes nas escolas regulares para atender alunos com surdez; e a obrigatoriedade de ter intérpretes de Libras em espaços com grande fluxo de pessoas, como por exemplo, shoppings e bancos, para que o surdo tenha autonomia.

Ainda segundo, Álvaro Ferreira, na questão cultural de Caruaru nos últimos três anos tivemos o São João com Acessibilidade que garantiu a inclusão social dos surdos no evento, com interpretações de Libras nos telões durante os shows. Ele lembra que por conta dessa iniciativa, Caruaru foi premiada nacionalmente na 21ª Edição do Prêmio Direitos Humanos, pelo case do sucesso “Selo Nacional de Acessibilidade”, em 2015.

Álvaro ressalta que essa data é importante para que os surdos celebrem as conquistas dos seus direitos, e que a sociedade reflita sobre a inclusão dessas pessoas no contexto igualitário.

Em Caruaru, há mais de 5 anos funciona o Centro Educacional de Ensino em Libras (CEELI) que capacita os ouvintes a aprenderem a Língua Brasileira de Sinais (Libras).