Dia do Trabalho tem protestos, prestação de serviços e shows pelo país

Agência Brasil

O 1º de maio foi marcado por atos contra as reformas trabalhista e da Previdência Social, prestação de serviços ao trabalhador e apresentações de artistas.

Veja como foi a data em algumas capitais: 

São Paulo

O presidente da Força Sindical, Paulo Pereira da Silva, disse que representantes das centrais sindicais irão amanhã (2) ao Senado Federal para negociar possíveis mudanças na reformas trabalhista e da Previdência Social. A declaração ocorreu no ato da central sindical pelo 1º de Maio, em comemoração ao Dia do Trabalho, na Praça Campo de Bagatelle, zona norte da capital paulista, onde uma multidão se reuniu em frente ao palco.

“Não aceitamos a reforma trabalhista como está. E vamos para a Câmara. E vamos para o governo. Se o governo Temer quiser negociar a partir de amanhã, nós estamos dispostos a negociar. Agora, se o governo não abrir negociação, se o governo não discutir com centrais, se o governo não mudar essa proposta, nós vamos parar o Brasil novamente”, disse Paulinho da Força.

A comemoração do Dia do Trabalho, promovida pela Força Sindical, teve shows de artistas.

Na Avenida Paulista, no ato promovido pela Central Única dos Trabalhadores (CUT), outras centrais destacaram que o evento serviu para reafirmar a greve geral realizada na última sexta-feira (28). “Ficou claro que o Brasil é contra as reformas [trabalhista e da Previdência] propostas pelo [Michel] Temer. Por isso a greve geral foi um sucesso”, avaliou Vagner Freitas, presidente da CUT. Após o ato, os participantes saíram em caminhada em direção à Praça da República, onde foram realizadas apresentações culturais.

Rio de Janeiro

Na Cinelândia, centenas de pessoas se reuniram nas escadarias da Câmara de Vereadores em ato contra as reformas e a violência policial. Na última sexta-feira (28), a polícia usou bombas de efeito moral e gás lacrimogêneo para dispersão dos manifestantes, causando um corre-corre.  Sindicalistas, lideranças sociais e a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) acusam a Polícia Militar de ter agido de forma excessiva e ter inviabilizado o comício, que marcaria o fim da greve geral na cidade.  Em nota, a PM diz que agiu para combater a ação de vândalos. No mesmo dia, grupo de manifestantes e policiais se enfrentaram em frente à Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alejr) e ônibus foram incendiados em outro ponto da cidade.

No outro extremo do centro do Rio, na Praça Mauá, a prefeitura promoveu prestação de serviços, como inscrição para candidatura de vagas de emprego em empresas, e shows de artistas como Michael Sulivan e Xande de Pilares.

Rio de Janeiro - No Dia do Trabalho, manifestantes fazem ato contra as reformas trabalhista, previdenciária e violência policial, na Cinelândia (Tânia Rêgo/Agência Brasil)
 

Recife

O ato foi organizado pelo mesmo grupo que convocou a greve geral da última sexta-feira, no dia 28 de abril. Os manifestantes, em número menor em relação aos atos de sexta-feira, reuniram-se desde as 9h na Praça Oswaldo Cruz, no bairro da Boa Vista, e saíram em caminhada por volta de 11h, sentido Praça do Derby.

“Antes a gente brigava para reduzir a jornada de trabalho de 44 para 40 horas semanais. Hoje estamos brigando para manter a jornada, porque eles querem levar para 48 horas, ou até mesmo ditar 24 horas à disposição da empresa [trabalho intermitente]”, diz o presidente estadual da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Carlos Veras, afirma, se referindo a mudanças propostas na reforma trabalhista proposta pelo governo federal, que tramita no Senado Federal depois da sua aprovação na Câmara dos Deputados, no dia 26 de abril.

Dia do Trabalho tem manifestação no Recife
Dia do Trabalho tem manifestação no RecifeSumaia Villela/Agência Brasil

Belo Horizonte

Na região metropolitana de Belo Horizonte, foi realizada a tradicional missa do Dia do Trabalho. No ato, fiéis levaram faixas e cartazes com críticas às mudanças na Previdência e nas leis trabalhistas. A celebração foi conduzida por dom Otacílio Ferreira de Lacerda, bispo auxiliar da Arquidiocese de Belo Horizonte. Questionado sobre as reformas, ele afirmou que “não podem ser feitas com imposição de decretos e abolição de direitos já conquistados”. Em março, a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) já havia se manifestado contra a reforma da Previdência.

A missa é realizada na Praça da Cemig, na cidade de Contagem, localizada na região metropolitana de Belo Horizonte. A cerimônia, que ocorre anualmente na manhã do dia 1º de maio, chegou à sua 41ª edição. Sindicatos parceiros da Arquidiocese de Belo Horizonte na organização do evento esperavam reunir cerca de 6 mil trabalhadores e fiéis. Não foi divulgado um balanço final do público. Antes da celebração, alguns sindicalistas fizeram uso do microfone para fazer breves discursos. Em decorrência da mobilização realizada na última sexta-feira (28), quando diversas categorias realizaram uma greve geral contra as reformas, as centrais sindicais não organizaram a tradicional marcha dos trabalhadores que ocorre em Belo Horizonte no dia 1º de maio.

Salvador

No Farol da Barra, ponto turístico da capital baiana, um trio elétrico foi o palco de discursos das lideranças sindicais e de atrações culturais, como bandas de axé e forró.

“Este é um ano ímpar, porque os direitos das trabalhadoras e dos trabalhadores estão sofrendo ataques muito duros e eu diria que estão sendo sequestrados. Querem rasgar a CLT [Consolidação das Leis do Trabalho] e querem rasgar a Previdência”, disse o presidente estadual da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), Aurino Pedreira.

Durante todo o ato, os participantes pediam, em faixas e cartazes, eleições diretas e a suspensão das propostas relacionadas aos direitos do trabalhador.

“Estão cassando todos os nossos direitos conquistados ao longo de muitos anos, com muita luta, de companheiros que tombaram e hoje não temos mais esses direitos garantidos. Importante irmos às ruas para não permitirmos que isso continue”, disse a servidora pública estadual, Ângela Soares.

Após os discursos, a maioria com críticas às reformas, o artistas se apresentaram para cerca de 150 pessoas, segundo a Polícia Militar.

Brasília

Na capital federal, o ato foi marcado por discursos com críticas às reformas foi convocado pela Central Única dos Trabalhadores (CUT). Segundo a central sindical, as reformas prejudicam os trabalhadores. Foram realizadas atividades culturais e de recreação para as crianças.

Goleiro Bruno cumprirá restante da pena na cidade mineira de Varginha

Agência Brasil

A defesa do goleiro Bruno Fernandes obteve decisão favorável do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG), e o atleta poderá cumprir o restante da pena pelo assassinato de Eliza Samúdio em Varginha (MG), onde ele declarou ter residência fixa. Seu retorno à prisão foi determinado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) no dia 25 de abril. Ele ficou em liberdade por dois meses, após habeas corpus concedido pelo ministro do STF Marco Aurélio.

Bruno se apresentou à Polícia Civil em Varginha na última quinta-feira (27) e foi encaminhado para a penitenciária do município. No dia seguinte, conforme decisão da Secretaria de Administração Prisional de Minas Gerais, ele foi transferido para a Penitenciária de Três Corações (MG), onde lhe foi reservada uma cela individual. Com a decisão do TJMG, porém, ele retornou a Varginha.

O juiz Wagner de Oliveira Cavalieri, da Vara de Execuções Criminais da comarca de Contagem, considerou haver requisitos necessários para o pedido, entre eles, a demonstração de boa-fé de Bruno ao se apresentar espontaneamente à Polícia Civil após a decisão do STF. O magistrado também registrou em sua sentença que o goleiro não tem classificação de alta periculosidade e que seus antecedentes afastam qualquer presunção de descumprimento da pena. A decisão é da última sexta-feira (28).

Em 2013, Bruno foi condenado a 22 anos e três meses pelos crimes de homicídio triplamente qualificado, sequestro e ocultação de cadáver. Ele é apontado como autor do assassinato de Eliza Samudio, com quem teve um relacionamento e um filho. Ela desapareceu em 2010, aos 25 anos, e foi considerada morta pela Justiça. Na época, o goleiro jogava no Flamengo.

Liminar

Em fevereiro deste ano, o ministro do STF Marco Aurélio concedeu uma liminar determinando sua soltura para que pudesse recorrer em liberdade. O ministro destacou que ele já somava seis anos e sete meses de prisão sem que tivesse sido condenado em segunda instância.

Marco Aurélio se baseou em decisão do Supremo tomada no ano passado, segundo a qual a pena deve começar a ser cumprida após sentença de segunda instância, o que não era o caso de Bruno. Ele vinha sendo mantido preso preventivamente. De acordo com o Código do Processo Penal, a prisão preventiva deve atender aos princípios da proporcionalidade e necessidade, não tendo prazo de duração máxima.

Porém, ao derrubar a liminar, a Primeira Turma do STF considerou que a soltura de Bruno vai contra a decisão soberana do júri popular, que negou ao goleiro o direito de recorrer de sua condenação em liberdade. Esse foi o entendimento do ministro relator Alexandre de Moraes, que foi acompanhado pelos votos de Rosa Weber e Luiz Fux.

A Corte considerou ainda que a demora no julgamento pela segunda instância se dá pelas peculiaridades do caso, não podendo ser atribuída à inércia dos órgãos de Justiça. O caráter hediondo dos crimes também justificaria a manutenção da prisão. O advogado Lúcio Adolfo, responsável pela defesa de Bruno, não atendeu às tentativas de contato da Agência Brasil para comentar a decisão.

Nos dois meses em que esteve em liberdade, Bruno voltou a atuar no futebol profissional. Aos 32 anos, ele fechou acordo com a equipe mineira Boa Esporte, sediada em Varginha. Ele entrou em campo em cinco partidas na segunda divisão do Campeonato Mineiro. O contrato do goleiro com a equipe mineira previa a rescisão automática caso ele voltasse à prisão e ficasse incapacitado de atuar.

Ato do 1° de maio é continuidade da greve geral, diz CUT

Centrais sindicais promoveram ato político hoje (1°) em celebração ao Dia do Trabalho, na Avenida Paulista, e destacaram que o evento serviu para reafirmar as críticas às reformas trabalhista e da Previdência, que motivaram a greve geral realizada na última sexta-feira (28). “Ficou claro que o Brasil é contra as reformas [trabalhista e da Previdência] propostas pelo [Michel] Temer. Por isso a greve geral foi um sucesso”, avaliou Vagner Freitas, presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT).

Após o ato, os participantes saíram em caminhada em direção à Praça da República, onde ocorrem apresentações culturais.

No dia 4, as centrais farão reunião para decidir agenda de mobilização. Entre as propostas em estudo, está uma marcha à Brasília ou a organização de mais uma greve geral. Freitas informou ainda que as entidades irão se reunir nesta terça-feira (2) com o presidente do Senado Federal, Eunício Oliveira (PMDB-CE), para discutir a reforma trabalhista, que tramita na Casa. “A população começa a responder ao chamado das centrais sindicais no sentido de levantar a bandeira em defesa dos direitos sociais e trabalhistas”, avaliou Adilson Araújo, presidente da Central dos Trabalhadores do Brasil (CTB).

O secretário-geral da Intersindical, Edson Carneiro Índio, questiona o apoio da população ao governo de Michel Temer “para impor uma reforma que altera completamente a vida da maioria da população e a gente aceite isso”, disse em referência à pesquisa sobre a popularidade divulgada no dia 26 de abril.

A auxiliar administrativo Francisca Pereira, 50 anos, participou da greve geral na última sexta-feira (28) e ato do 1º de Maio. “Eu trabalho com educação, então tava bem mobilizado. Nós entendemos que o momento é crítico e não podíamos nos calar”, disse. Ela decidiu participar do ato de hoje em continuidade à mobilização contra as reformas. “Nós, trabalhadores, sempre contribuímos para o país e agora não podemos pagar essa conta. A gente quer se aposentar”.

O prensista Paulo Ricardo, 29 anos, não participou da greve, mas compareceu ao ato de hoje. “Temos que vir para a rua e lutar mesmo. Se ficarmos parados, só em casa, é que não muda nada mesmo”, afirmou, ao posicionar-se contra o tempo de contribuição para conseguir o benefício integral da aposentadoria. Na proposta original, o prazo é de 49 anos. Na proposta do relator da reforma da Previdência na Câmara, Artur Maia (PPS-BA), o prazo foi reduzido para 40 anos.

Procurada pela Agência Brasil, a assessoria de imprensa do Palácio do Planalto não se manifestou sobre as críticas. Em mensagem pelo Dia do Trabalho, divulgada por meio das redes sociais, o presidente Michel Temer disse nesta segunda-feira que a reforma das leis trabalhistas que tramita no Congresso Nacional faz do 1º de Maio deste ano um “momento histórico”. Temer afirmou que a “modernização das leis trabalhistas” criará emprego para os jovens e concederá direitos a trabalhadores que antes não tinham, como os temporários.

Trabalhadores dos Correios avaliam nesta terça nova proposta da empresa

A direção dos Correios e os trabalhadores se reuniram hoje (1º) para tentar chegar a um consenso para finalizar a paralisação dos empregados, iniciada na quarta-feira (26). A proposta de acordo apresentada pelos Correios será avaliada em assembleias amanhã (2), quando os trabalhadores definirão se encerram ou não a greve.

A empresa apresentou uma proposta que prevê a revogação, por 90 dias, da medida que suspendeu as férias dos empregados. Com isso, os trabalhadores que irão gozar as férias em maio, junho e julho terão o pagamento dos valores até o teto de R$ 3,5 mil por empregado. O restante será parcelado em cinco vezes.

Os Correios haviam suspendido as férias dos empregados a partir deste mês, alegando não ter recursos para o pagamento dos benefícios.

Outro ponto em negociação é o percentual pago pela empresa no plano de saúde dos empregados. Os Correios afirmam que os sindicatos poderão apresentar uma proposta e, caso haja acordo, o pedido de mediação junto ao Tribunal Superior do Trabalho (STS) sobre a questão será retirado.

O secretário-geral da Federação Nacional dos Trabalhadores em Empresas de Correios e Telégrafos e Similares (Fentect), José Rivaldo da Silva, que participou da reunião com a direção dos Correios, não considerou as propostas satisfatórias.

“Vamos encaminhar para as assembleias, mas não achamos a proposta boa não.” Segundo ele, a intenção dos empregados era acabar com o bloqueio das férias e retirar a negociação sobre o plano de saúde do TST, de modo que a questão fosse debatida diretamente entre os trabalhadores e a empresa.

A empresa também se dispôs a suspender a implantação de novas medidas operacionais, como a distribuição alternada e a entrega matutina , que serão negociadas em uma comissão.

Com relação aos dias parados, a empresa informou que irá realizar o desconto referente à última sexta-feira (28). Os demais dois dias serão compensados pelos trabalhadores.

Bloco de carnaval Volta, Belchior homenageia artista cearense em BH

Leo Rodrigues – Correspondente da Agência Brasil

 

 

Cerca de mil pessoas com bigodes postiços ou verdadeiros homenagearam Belchior em Belo Horizonte
 

O bloco de carnaval Volta, Belchior mobilizou na tarde de hoje (1º), em Belo Horizonte uma legião de fãs para homenagear o músico cearense. Cerca de mil pessoas, muitas dela portando bigodes verdadeiros e postiços, se reuniram no mercado distrital do bairro Cruzeiro para cantar sucessos como Apenas um rapaz latino-americano,Velha roupa colorida e Como nossos pais.

O evento, com entrada gratuita, foi o segundo organizado pelo bloco desde a morte de Belchior. O músico morreu na madrugada de ontem (30), aos 70 anos, e já à noite os fãs em Belo Horizonte lotaram o espaço Santa Praça, no bairro Santa Tereza.

“Logo que tomamos conhecimento da morte, começamos a nos mobilizar para realizar as homenagens. Nos dois eventos, contamos com cerca de mil pessoas. São os mais fanáticos pelo músico. Foi a forma que encontramos para nos despedirmos e lembrarmos de suas canções nesse momento triste”, disse o jornalista Kerison Lopes, um dos idealizadores do bloco.

Volta, Belchior se apresentou pela primeira vez no carnaval da capital mineira deste ano. O desfile mobilizou cerca de 20 mil foliões, conforme os organizadores. Kerison informou que todos os eventos que o bloco realiza ficam cheios. “Depois que reunimos uma turma de amigos e organizamos o Volta, Belchior, descobrimos uma legião de fãs do músico que sempre nos acompanha”.

O jornalista destacou o legado de coerência deixado por Belchior. “Inclusive o sumiço dele foi um rompimento com a sociedade. Ele nunca se dobrou à indústria cultural e às gravadoras. Era um contestador. E pode ser considerado o filósofo da música brasileira. Cada verso que ele escreveu tem um significado e uma força poética única.”

Responsabilidade

Os organizadores acreditam que o bloco existirá por muitos anos e assumirá agora a grande responsabilidade de levar as músicas de Belchior para futuras gerações que não terão a oportunidade de conhecê-lo. A bateria, apelidada de Alucinação, está aberta a novos adeptos. Os interessados em participar do carnaval de 2018 deverão participar dos ensaios e oficinas que começam em junho.

“Algumas pessoas até sugeriram mudar o nome para Voa, Belchior ou Viva Belchior, mas acredito que não vamos mudar. Já consolidou o nome. E é apenas uma retórica. Na verdade, nunca defendemos a volta dele, por entender que ele tinha o direito de desaparecer. O importante é divulgar a obra e reverenciar seu legado. Acredito que o bloco tende a crescer. A gente já observa que, com a morte dele, aumentou muito a busca por suas músicas e sua obra”, concluiu Kerison.

Líder do governo diz que greve geral não atrapalha reformas no Congresso

Após se reunir hoje (1º) à noite com o presidente Michel Temer e ministros para discutir o clima da base aliada com as reformas no Congresso, o líder do governo na Câmara, Aguinaldo Ribeiro (PP-PB), afirmou que a greve geral de sexta-feira (28) não deve atrapalhar as próximas votações.

Segundo ele, os participantes do encontro desta segunda-feira, no Palácio da Alvorada, fizeram uma avaliação “positiva” da aprovação dos textos da reforma trabalhista, ocorrida na semana passada na Câmara, e traçaram a programação dos próximos passos.

A expectativa do deputado é que uma “ampla maioria” aprove a reforma da Previdência na comissão especial que debate o tema. Ele disse ainda que o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, esclareceu aos líderes da base na Câmara e no Senado a importância da votação das reformas para a “consolidação do ajuste” que vem sendo promovido pelo governo, e para trazer mais “credibilidade” ao país.

Aguinaldo Ribeiro concordou com a avaliação do Planalto sobre o impacto das mobilizações ocorridas há três dias contra as reformas.

“O governo já havia feito uma avaliação. Acho que houve muito mais um piquete em relação à mobilidade urbana do que propriamente adesão à greve. Adesão de greve é quando as pessoas deixam de trabalhar de forma espontânea para fazer uma manifestação espontânea em defesa ou em protesto de alguma coisa”.

Para o líder, o que houve foram piquetes das vias estratégicas tentando impedir que as pessoas fossem ao trabalho”, afirmou, complementando que os atos não devem ter grandes impactos nas votações.