Justiça autoriza deputado presidiário a trabalhar durante o recesso na Câmara

Do Congresso em Foco

Quase um mês após autorizar o deputado presidiário a trabalhar durante o dia e voltar para o presídio da Papuda à noite, a Justiça autorizou o deputado Celso Jacob (PMDB-RJ) a exercer o mandato na Câmara durante o recesso parlamentar de meio de ano (17 a 31 de julho). Enquanto todos os deputados estão bem longe da Câmara, aproveitando o recesso, o parlamentar estará frequentando solitariamente as dependências do Congresso. Exatamente durante o recesso, Jacob não poderia deixar a Papuda por não haver expediente na Casa.

No entanto, suas saídas do presídio durante o dia foram possíveis graças ao PMDB, legenda da qual faz parte, que indicou Jacob para fazer parte da Comissão Representativa do Congresso durante o recesso. O grupo, que contém 17 deputados, está de plantão para resolver questões urgentes que possam surgir no Parlamento nesse período, embora o normal é que os membros do colegiado se ausentem de Brasília durante o recesso. O juiz responsável autorizou o benefício ao peemedebista e, nesta sexta-feira (21), ele já poderá frequentar a Câmara entre 9 e 19 horas.

Jacob deveria cumprir pena de 7 anos e dois meses preso. No entanto, a Justiça autorizou que o deputado cumpra pena e ao mesmo tempo mantenha atividade parlamentar, uma concessão judicial a determinados casos. O deputado foi preso no dia 6 de junho por falsificação de documento público quando ainda era prefeito de Três Rios, município do interior do Rio de Janeiro, e está cumprindo pena no presídio da Papuda, em Brasília.

No final de junho, o juiz Valter Bueno Araújo, da Vara e Execuções Penais de Brasília, concedeu o direito ao deputado presidiário de trabalhar durante o dia aprovando leis, emendas constitucionais e medidas provisórias, por exemplo, e retornar ao cárcere à noite. No caso do deputado, quando o trabalho se estender pela noite, o juiz entende que ele pode comunicar à direção da Papuda que chegará mais tarde em razão de votações que adentraram a noite.

Evento marca retorno do ANS Tour Nordestino de Surf Profissional ao Estado

Deivison Santos Sub 18 PE Foto Fred Fernandes 2016

Neste fim de semana (22 e 23), o Rota do Mar Surf and Music chega ao fim da sua temporada 2017, e marca a volta da Praia de Maracaípe, em Ipojuca, ao circuito da Associação Nordestina de Surf (ANS), o ANS Tour Nordestino de Surf Profissional, com disputas nas categorias Profissional, Open, Júnior e Mirim. O evento vale 1000 pontos para o Circuito Nordestino, e é ainda a abertura do estadual e da quarta etapa do Abrasp Tour 2017, em cujo ranking vale 750 pontos. Os atletas da categoria profissional disputam uma premiação de R$ 10 mil. Os vencedores dos demais grupos receberão prancha, bloco, kits Rota do Mar e troféus.

Estão na disputa pelo título da etapa ANS Tour do Rota do Mar Surf and Music nomes de destaque da nova geração de surfistas pernambucanos, como o vencedor da recente etapa do CBSurf Tour em Maracaípe Deivison Santos, o atual campeão Sub 20 Abrasp e Open CBSurf Thiago Silva e o bicampeão Sub 16 do CBSurf Tour Cauã Nunes. Os pernambucanos Thiago e Cauã já aparecem ranqueados no ANS Tour 2017, cuja abertura foi dominada por atletas cearenses, com vitória de Arthur Silva e segundo lugar do veterano Dunga Neto, ambos profundos conhecedores da onda da praia do Futuro, onde a prova foi realizada.

“Em Maracaípe, com o evento assinado pela Rota do Mar, uma das marcas que mais investiu em competições de surf na região nestes quatro anos, e respaldado pelo sucesso de seus dois primeiros fins de semana, finalizaremos com chave de ouro o mês em que a capital do surf nacional está sendo Maracaípe” afirma Geraldo Cavalcanti, da Associação Nordestina de Surf. Ele ressalta a importância dos demais parceiros para o sucesso do evento, que incrementa o surf e a renda de Ipojuca, a cidade anfitriã.

O evento, patrocinado pela Rota do Mar, é uma realização d a Federação Pernambucana e da Associação Nordestina de Surf com apoio da Prefeitura de Ipojuca, Pranchas Real Magia, Blocos Teccel, Pousada Parador 081, Chalés de Maracaípe, Pousada dos Coqueiros, Instituto Darwin, Bar do Marcão, Restaurante da Mônica e Restaurante do João. Em 2015, a Rota do Mar fez um tour de eventos profissionais por três estados nordestinos (Ceará, Pernambuco e Rio Grande do Norte) e distribuiu R$ 30 mil em prêmios, com a maior fatia ficando para Elivelton Santos, da Paraíba, que venceu as etapas de abertura e encerramento e ficou em terceiro na etapa dois em Ipojuca, quando então Ivan Silva foi vice, e Bernardo “Pig” Miranda, o campeão da etapa.

As inscrições para o Nordestino Profissional do Rota do Mar Surf and Music custam R$ 180 e devem ser realizadas diretamente na praia, com Geraldo Cavalcanti (Associação Nordestina de Surf). Contatos para reserva podem ser feitos através dos telefones (81) 8271-5331 e (81) 98319-2025. Mais informações com Pedro Falcão (Associação Brasileira de Surf Profissional), através do número (21) 99140-9715.

Contas externas têm o melhor primeiro semestre em dez anos

Beneficiadas pelo saldo da balança comercial, as contas externas do país registraram o melhor resultado no primeiro semestre em dez anos. Segundo dados divulgados ontem (21), em Brasília, pelo Banco Central (BC), o indicador acusou superávit de US$ 715 milhões de janeiro a junho, contra déficit de US$ 8,487 bilhões no mesmo período do ano passado.

Apenas em junho, as contas externas tiveram superávit de US$ 1,33 bilhão, o melhor resultado para o mês desde 2004. O saldo representa melhora em relação a junho do ano passado, quando o indicador tinha anotado déficit de US$ 2,489 bilhões.

Também chamadas de transações correntes, as contas externas medem a soma da balança comercial (diferença entre exportações e importações de bens físicos) e da conta de serviços (diferença entre exportações e importações de serviços). O indicador também é composto pela conta de renda (que mede a diferença entre ingressos e saídas de pagamentos de lucros, juros e dividendos do país) e pelas transferências unilaterais (como doações de emigrantes e de organizações internacionais para o Brasil).

Vulnerabilidade

As contas externas medem a vulnerabilidade da economia a choques internacionais. Quanto melhor o resultado, menor a dependência para se financiar por meio do mercado financeiro, que apresenta alta volatilidade e pode sair do país a qualquer momento, ou por meio do investimento estrangeiro direto, de empresas estrangeiras que abrem unidades no país, mas podem sair dependendo do ambiente de negócios.

Segundo o Banco Central, as contas externas têm sido ajudadas pela balança comercial, que totalizou US$ 34,9 bilhões no primeiro semestre, beneficiada pela melhoria nos preços das commodities (bens primários com cotação internacional) e por safras recordes que garantiram aumento na quantidade exportada.

Apesar do superávit no primeiro semestre, o BC projeta que as transações correntes encerrarão o ano com déficit de US$ 24 bilhões, equivalentes a 1,2% do Produto Interno Bruto (PIB, soma das riquezas produzidas no país). A estimativa é inferior ao déficit de 1,31% do PIB nas contas externas registrado em 2016.

Investimentos diretos

Os investimentos estrangeiros diretos continuam a crescer neste ano. No primeiro semestre, as empresas estrangeiras aplicaram US$ 36,3 bilhões no Brasil, contra US$ 33,8 bilhões dos seis primeiros meses do ano passado. A conta inclui não apenas os investimentos em participação no capital (abertura ou compra de negócios que geram empregos), mas os empréstimos entre as matrizes no exterior e as filiais brasileiras.

Apenas em junho, os investimentos diretos no país somaram US$ 3,99 bilhões, contra US$ 3,92 bilhões no mesmo mês do ano passado. Mesmo com o crescimento no primeiro semestre, o Banco Central projeta que as empresas estrangeiras investirão US$ 75 bilhões no Brasil, contra US$ 78,2 bilhões de 2016.

Gastos de brasileiros com viagens ao exterior crescem 34,8% no primeiro semestre

A queda do dólar fez os gastos de brasileiros com viagens internacionais voltarem a subir em 2017, depois de terem caído no ano passado. Segundo números divulgados ontem (21) pelo Banco Central (BC), as despesas de turistas brasileiros no exterior encerraram o primeiro semestre em US$ 8,805 bilhões, alta de 34,8% em relação aos seis primeiros meses do ano passado (US$ 6,532 bilhões).

Apenas em junho, mês em que se inicia o verão no Hemisfério Norte, os brasileiros gastaram US$ 1,51 bilhão no exterior. O valor é 10,1% maior que o gasto de US$ 1,372 bilhão registrado em junho de 2016.

A retomada dos gastos com viagens internacionais ocorre depois de uma queda de 16,5% no ano passado. Em 2016, as despesas de turistas brasileiros em outros países tinha totalizado US$ 14,497 bilhões, no menor valor desde 2009.

Os gastos de turistas brasileiros no exterior e de turistas estrangeiros no Brasil entram na conta de serviços, que também mede ingressos e saídas do país com serviços de transportes, aluguéis, seguros, telecomunicações e propriedade intelectual. A conta de serviços é um dos itens que compõem as contas externas ou transações correntes, que fecharam o primeiro semestre com superávit de US$ 715 milhões, o melhor resultado para o período em 10 anos, beneficiada pelo superávit recorde de US$ 34,9 bilhões na balança comercial.

Comércio ainda descumpre lei que obriga ter código do consumidor visível

Letycia Bond – Repórter da Agência Brasil

A Lei 12.291, que obriga os comerciantes de todo o país e prestadores de serviços deixarem à vista dos clientes uma cópia do Código de Defesa do Consumidor (CDC) completou sete anos na quinta-feira (20), mas a sua eficácia ainda é questionada, principalmente pelos consumidores. Eles alegam que nem todos os estabelecimentos cumprem o que determina a lei.

A servidora pública Margarete Lisboa teve o nome colocado no cadastro de inadimplente de uma loja por ter esquecido de pagar uma prestação. E mesmo com a dívida quitada, continuou com o nome no cadastro, o que a impede de fazer novas compras, levando-a recorrer, pela primeira vez, ao Procon do Distrito Federal (DF).

Margarete disse que no estabelecimento onde esteve diversas vezes para tentar regularizar seu cadastro não havia exemplar do código. “Não, não havia nenhum código. Eu estou indo ao Procon também pelo fato de a gerente não ter resolvido nada”, disse.

Segundo Margarete, além de o setor financeiro tardar a corrigir o erro no sistema, a empresa erra, também, ao não ter um CDC à disposição do cliente e nem de seus próprios atendentes. “Ela [a atendente] tentou me ajudar, o tempo todo, e não conseguiu. É uma falta de atenção, de respeito ao consumidor”, reclamou.

Para o analista de direito e legislação do Procon-DF André Borini, o conteúdo do CDC é de fácil compreensão. “A gente brinca que ele não traz tanto ‘juridiquês’. A linguagem é objetiva”.

Borini ressalta a importância do código. “Ele veio complementar algumas lacunas que existiam no direito civil e que surgiram em relação de consumo, que é um campo bem específico. A lei [nº 12.291] traz a possibilidade de acesso à informação para o consumidor, para que ele conheça os direitos básicos que tem, que estão no artigo 6º do código, e para a sociedade ter noção daquilo que ela pode e não pode fazer, até onde vai a obrigação e começa o direito. É tanto sobre os direitos e deveres do fornecedor quanto os do consumidor”, disse.

Publicado em 1990, o CDC sofreu algumas alterações. Atualizações, como a exigência de indicação clara dos tributos que incidem sobre os produtos e serviços adquiridos, foram feitas, nesse tempo. A multa imposta aos estabelecimentos que não disponibilizam a cópia do código é de R$ 1.064,10.

Rede

O Sistema Nacional de Informações de Defesa do Consumidor revela que 452 Procons estão distribuídos pelo Brasil. Em alguns estados, como Amapá, há apenas uma unidade.

A principal atribuição do Procon é punir as empresas que violam a lei. Nessa tarefa, confluem as delegacias e as promotorias de Justiça de Defesa do Consumidor.

Todos os endereços e telefones de contato dos postos do Procon podem ser consultados no Portal do Consumidor, do governo federal.

Frutas e hortaliças ficaram mais baratas no mercado atacadista em junho

Os preços das principais hortaliças e frutas comercializadas nas centrais de abastecimento (Ceasas) do país caíram em junho, quando comparados com o mês de maio. No geral, apenas alface e mamão ficaram mais caros. É o que revela o 7° Boletim Prohort de Comercialização de Hortigranjeiros nas Ceasas, divulgado esta semana pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).

A boa oferta de banana prata, maçã fuji e laranja influenciou o recuo nos preços dessas frutas. No caso da laranja, além da boa produção da safra 2017/18, que entrou no mercado em meados do primeiro semestre e regularizou o abastecimento do produto, houve demanda um pouco mais baixa no varejo.Também ficaram mais baratos morango (29%), maracujá (21%), caju e tangerina (12%), conforme cotação da Ceagesp.

Já a melancia teve a oferta reduzida nos entrepostos atacadistas devido à tradicional queda de consumo no inverno, aliada ao intervalo das safras dos estados de Rio Grande do Sul, Bahia,São Paulo e Tocantins – sendo o país abastecido pela produção de Goiás. O cenário provocou aumento de preço de até 33,58% (na Grande São Paulo).

A quantidade ofertada de mamão também foi mais restrita, resultando em alta praticamente em todo o país. As cotações mais elevadas proporcionaram alívio aos produtores, minimizando um pouco as perdas registradas nos meses anteriores.

Hortaliças – Com exceção da alface, que subiu de preço na maioria das Ceasas devido às condições climáticas, as demais hortaliças ficaram mais baratas em junho. A batata registrou queda em todas as Ceasas por conta da entrada da safra de inverno. A cebola também teve maior oferta em boa parte dos mercados analisados, resultando em preços mais baixos – apenas as centrais do Nordeste registraram alta. Outras hortaliças que também tiveram queda nos preços, conforme média apurada na Ceagesp, foram: mandioca (15%), couve-flor (14%), repolho (13%) e alho (11%).

O levantamento é feito mensalmente pela Conab, por meio do Programa Brasileiro de Modernização do Mercado Hortigranjeiro (Prohort), com base em informações enviadas pelos principais mercados atacadistas do país. Em junho, a análise considerou entrepostos localizados nos estados de SP, MG, RJ, ES, PR, GO, DF, PE e CE.

Inscrições para atividade do Fórum de Participação Social se encerram no próximo dia 1º

As inscrições para a atividade no Fórum de Participação Social (FPS), do Conselho Nacional de Imigração (CNIg), terminam na próxima terça (1º). O evento vai debater a regulamentação da nova lei de migração e a posição do Brasil nas negociações do Pacto Global para Migrações promovido pela Organização das Nações Unidas (ONU).

Para participar da atividade, que ocorrerá em 4 de agosto, na sede da Fundacentro, em São Paulo, basta preencher o formulário disponível aqui. Podem se inscrever migrantes, representantes de entidades, cidadãos e cidadãs interessados nas políticas relativas às migrações internacionais no âmbito das atribuições do CNIg. O evento é gratuito e limitado a 100 pessoas.

O coordenador-geral substituto de imigração, Luiz Alberto Matos dos Santos, salienta a importância da participação da sociedade civil no debate. “A sociedade teve uma forte atuação durante o trâmite do projeto de lei e fez um trabalho intenso de acompanhamento até sua sanção. Em um momento como este, de discussão da regulamentação, a contribuição daqueles que ajudaram a criar a lei faz todo o sentido”. A atividade atende a uma demanda de representantes da sociedade civil que solicitaram maior participação nesse processo.

A programação começará às 8h e prevê uma mesa de abertura na qual será apresentada a metodologia do evento. Os participantes serão divididos em grupos de trabalho – serão quatro no total, com mediação e sistematização. Ao fim, haverá uma plenária com apresentação de propostas, que serão encaminhadas ao Grupo de Trabalho instituído pelo Ministério do Trabalho, no último dia 5 de junho, para discutir o projeto da nova lei de migração no Brasil.

Como a escolha dos benefícios influencia na produtividade dos colaboradores?

Funcionário feliz é sinônimo de funcionário produtivo. Empresas que apostam na utilização de benefícios como diferencial para a retenção de seus os colaboradores e a contratação de novos conseguem criar um ambiente melhor e com mais resultados. Estima-se que 95 mil empresas oferecem benefícios aos seus colaboradores. No Brasil a média de valor da carga mensal para alimentação é de RS$176,85 e para refeição a média diária é de R$22,90.

Para o Gerente de Produto Benefício da ValeCard, empresa de meios de pagamento e gerenciamento de frota, Diego Battistella, existem formas para identificar os benefícios mais desejados pelos colaboradores. O especialista destaca 5 motivos que comprovam que os benefícios fazem realmente a diferença dentro de uma empresa. Confira:

1. Aumento da renda real e menor peso no orçamento familiar

Quando o colaborador sente a diferença no seu bolso, ele passa a valorizar ainda mais seu trabalho. Quem não quer ter um vale-alimentação para gastar no supermercado e fazer as compras do mês e ainda economizar uma boa grana?

2. Evita perdas no processo produtivo

Funcionário focado e comprometido sempre vai dar mais resultado. Ele sempre estará engajado. Desta forma, ele evitará desperdícios de tempo e encontrará formas de otimizar seu trabalho, o que pode gerar mais economia para ele e para a empresa. Pesquisas já apontaram que 81% dos colaboradores concordam que identificaram melhoras em seus índices de perdas no processo produtivo.

3. Atrai novos e bons funcionários e diminui a rotatividade

Quem não quer trabalhar em uma empresa com muitos benefícios? Empresas já entenderam que isso pode se tornar um verdadeiro imã para a atração de talentos e serve como diferencial caso o profissional receba propostas de mais de uma companhia. Além disso, benefícios ajudam a reter colaboradores, diminuindo a rotatividade e os custos com novos processos seletivos.

4. Engajamento é a chave para o sucesso de uma organização

Funcionário feliz é funcionário engajado com a causa da companhia. Estudo produzido pela Aon, empresa líder mundial em consultoria de benefícios, mostra que 70% dos líderes entendem que o engajamento dos colaboradores é essencial para o sucesso da organização.

5. Faça uma pesquisa entre os colaboradores

A pesquisa entre os funcionários sempre é muito bem-vinda, pois consegue avaliar o nível de satisfação com o serviço prestado pela fornecedora e até mesmo identificar se o benefício está adequado as necessidades. De nada adianta ofertar benefícios compatíveis com o perfil dos colaboradores.

Sobre a Vale Card

A ValeCard é uma 100% nacional e está entre as maiores empresas de meios de pagamento eletrônicos do Brasil, a ValeCard oferece soluções completas e integradas para Gestão de Frotas, Benefícios e Financeira. Desde 1995 no mercado e atuando em todo o território nacional, a empresa está entre as três maiores empresas de gerenciamento de frotas do país e entre as 100 empresas mais inovadoras no uso de TI. Com mais de 3 milhões de cartões emitidos pelo Brasil, a ValeCard conta com mais de 115 mil estabelecimentos credenciados. Para atender a demanda, possui 5 regionais e 12 filiais e mais de 1 mil funcionários entre diretos e indiretos.

Penitenciária Juiz Plácido de Souza: um ano depois da tragédia, a reconstrução

Hoje, ainda existem marcas, principalmente nos familiares das vítimas, mas o foco é fazer um futuro diferente para todos, em especial para os detentos

Wagner Gil

Exatos um ano após de penar bastante com a sua maior rebelião, que ocorreu justamente no dia 23 de julho de 2016, a Penitenciária Juiz Plácido de Souza, em Caruaru, ainda tem marcas da tragédia. Dos três pavilhões que foram totalmente destruídos, dois já foram reconstruídos e outro deve ter as obras iniciadas nos próximos dias. Mais que prejuízo material, as perdas humanas foram ainda maior: seis assassinatos, sendo que quatro vítimas tiveram suas cabeças decepadas. Hoje, ainda existem marcas, principalmente nos familiares das vítimas, mas o foco é fazer um futuro diferente para todos, especialmente para os reeducandos.

A atual diretoria priorizou o diálogo e a ocupação dos detentos com trabalho, educação e qualificação profissional, além de mudanças significativas na estrutura da penitenciária. Hoje, o local possui uma média de 1.240 detentos, quando teria condições de abrigar cerca de 500. Agora, todo pavilhão tem sua área de sol e isso evita que rivais se encontrem ou possam causar algum tipo de tumulto ou violência, como na última rebelião. Outro ponto importante foi à construção de camas verticais triplas, o que eliminou madeiras.

Fatores como atendimento psicossocial com o diálogo e respeito para com quem está ali pagando sua pena também tem feito a diferença. O medo e a incerteza acabaram sendo trocados pela esperança. “Estou cumprindo uma pena aqui por homicídio. Já faz quase dez anos que estou aqui e prestes a ir para o regime semi-aberto. Meu sonho é montar um restaurante”, sonha H.R.S. Ele poderia cumprir pena no regime semi-aberto de Canhotinho, mas preferiu permanecer na PJPS. “Daqui, sairei para realizar o sonho do meu trabalho, o do meu restaurante”, acrescentou.

Outro detalhe interessante é que na unidade prisional, todos, sem exceção, querem tirar exemplo de tudo que ocorreu de ruim, para construir um futuro promissor. “Aqui todos são tratados com dignidade. Isso ajudou bastante na reconstrução do espaço”, disse o agente penitenciário e atual vereador Sérgio Paulo Siqueira. “Aqui o foco é projetar um futuro diferente com muito trabalho e oportunidade para quem errou e quer se reintegrar à sociedade”, destacou o diretor da unidade, Paulo Paes.

O primeiro motim computado na história da unidade prisional ficou caracterizado, entre outros motivos, pela superlotação e rivalidade entre os presos. De acordo com informações repassadas na época, dos seis mortos, cinco tinham acusações de estupro contra eles. “Geralmente em motins, quem tem acusação desse tipo de crime acaba sendo vítima. Mas vale lembrar que muitos detentos foram internados em estado grave tanto em Caruaru como em hospitais da capital pernambucana”, acrescentou Paulo Paes.
EXEMPLO

Em alguns locais da penitenciária, atualmente existem serviços de muita qualidade e excelência. Um deles é a cozinha e o outro o setor de padaria. Diariamente, são produzidas cerca de oito mil refeições de alto padrão de qualidade e higiene. Cada preso tem direito a três refeições (café, almoço e janta), que são produzidos pelos próprios presos, mas com a supervisão de nutricionistas.

Nossa reportagem acompanhou a produção do almoço desta semana. “Aqui utilizamos carne de primeira e fazemos uma refeição balanceada. Arroz, feijão, macarrão, galinha, verdura, ovos, tudo de bom”, disse um dos cozinheiros. “O detalhe também é que temos a orientação dos nutricionistas, o que acaba nos qualificando. Eu também penso em abrir um restaurante quando sair”, disse J.L.S. Na padaria são cerca de oito homens trabalhando produzindo pão de alta qualidade.

Na PJPS, toda a reconstrução foi realizada e continua sendo feita pelos detentos. Diariamente, caminhões materiais de construção chegam à unidade. “As reformas melhoraram e humanizaram um pouco mais o ambiente. Isso também ajuda a nos deixar mais tranqüilos. Além disso, tem muita gente trabalhando por aqui”, disse o reeducando G. H. D, que está prestes a deixar a unidade após cinco anos.

Atualmente, pelo menos 500 presos estão fazendo algum tipo de atividade, dentre eles, o voluntário. “Nós temos avançado bastante nesse sentido”, disse o diretor da unidade. “Estamos concluindo também a volta da fábrica de vassouras com materiais descartáveis e também detergentes”, finalizou Paulo.

 

Exclusivo: Raquel Lyra fala dos 180 dias de Governo

“Podemos mudar à Política pelas cidades. Eu estou fazendo a minha parte”, afirma Raquel Lyra

Wagner Gil

O Blog do Wagner Gil repercute uma entrevista especial que foi feita com a prefeita Raquel Lyra (PSDB). Ela fez um balanço dos seus seis primeiros meses à frente do Poder Executivo. A tucana reconheceu algumas dificuldades que vêm travando a máquina administrativa, falou dos avanços da gestão e ainda ressaltou a sua preocupação com alguns temas especiais como a Saúde, a Educação e a Infraestrutura de Caruaru, que teve mais de duas mil ruas afetadas com as chuvas, que vêm caindo desde maio. A estimativa de gastos passa dos R$ 2,4 milhões.

Raquel também não fugiu de pontos polêmicos como a Operação Lava Jato, a sua relação com o governador Paulo Câmara e com a Câmara de Vereadores de Caruaru. Ex-delegada da Polícia Federal e procuradora do Estado licenciada, ela defendeu a Força-Tarefa da Operação Lava Jato dizendo que acredita nas instituições, embora entenda que algumas mudanças devem ser feitas claramente no Código Penal Brasileiro para definir questões polêmicas.

Wagner Gil– A senhora chegou a 180 dias de governo, num momento em que o país está passando por uma profunda crise ética, moral, política e econômica. O que comemorar neste momento?

Raquel Lyra — Temos colocado a nossa força de trabalho para estarmos juntos das pessoas de Caruaru. Ao longo deste período, colocamos em prática o programa Cidade Limpa, abrimos mais de 2,5 mil vagas nas escolas bem como fizemos uma Semana Santa muito interessante com o Festival de Gastronomia e oferecimento de muitas atrações musicais na cidade. Depois, veio o São João democrático e participativo. Contamos neste ano com edital para contratar e uma forte participação de artistas locais numa festa descentralizada. Fizemos o evento em vários polos com atrações e shows perto das casas das pessoas, em várias comunidades e na zona rural. Estamos trabalhando para garantir mais saúde de qualidade e a inauguração da AME, na Vila Kennedy, é um exemplo disso. Não teve inauguração formal por causa da morte de José Aílton, nosso companheiro, mas as pessoas já estão sendo muito bem atendidas. A avaliação é muito boa, pois a equipe está empenhada. Tem muita coisa ainda para ser feita, mas temos certeza que estamos no caminho certo.

WG- Quais são os principais desafios da sua gestão?

RL- Temos desafios como toda cidade grande. Estamos atacando cirurgicamente alguns pontos. Na saúde, nossa meta é reduzir as filas de espera e já conseguimos avançar em algumas questões como nas realizações de ultrassonografias e exames. Na educação, temos o desafio de capacitar professores, recuperar dezenas de escolas que foram atingidas pelas chuvas. Na próxima segunda-feira, o ministro da Educação Mendonça Filho, estará em Caruaru anunciando recursos para essas recuperações. Temos ainda que garantir uma melhor infraestrutura para os nossos professores. Garantir nossa segurança, não é um papel de um só. Criamos o programa “Juntos pela Segurança” e avançamos na criação de conselhos comunitários de segurança no Bairro Santa Rosa e em Serrote dos Bois, na zona rural. Fizemos um grande esforço depois das enxurradas para devolver a normalidade à vida das pessoas. Foram mais de 300 ruas afetadas. Estamos avançando com um calendário de recuperação. O maior desafio é chegar até a vida das pessoas organizando orçamento e a própria Prefeitura. Ruas que constavam como calçadas e não eram, nós detectamos todas. Fomos a campo e temos esse diagnóstico que será informatizado para solucionar esses problemas.

WG – Então, a senhora acredita que o melhor caminho para tudo isso aí é a educação?

RL- Sim. Logo após o anúncio do ministro Mendonça Filho das verbas para recuperar a educação, iremos lançar o programa “Juntos pela Educação”. Nosso foco é que a criança saia do ensino fundamental sabendo ler, escrever e em condições de enfrentar uma faculdade ou o exigente mercado de trabalho. Hoje, infelizmente, não temos isso. Pelo contrário, um índice preocupante. No terceiro ano do Ensino Fundamental, temos alunos analfabetos. Vamos superar todas essas deficiências que foram diagnosticadas.

WG – Durante a campanha para a Prefeitura, a senhora fez uma promessa de enxugar a máquina e fazer concursos. O vereador Alberes Lopes (PRP), líder da Oposição, disse na tribuna da Câmara, que a folha de pagamento encontra-se maior em pelo menos 1,5%. Como a senhora explica isso?

RL- Assim que iniciamos o nosso governo, reduzimos a quantidade de cargos comissionados e o número de secretarias em cinco. A única criada foi a de Ordem Pública. Criamos uma escala de salário, melhoramos os salários comissionados para trazer profissionais competentes e que atendam as demandas que a cidade precisa. Fizemos isso em vários setores como os da Educação, da Infraestrutura e da Controladoria. Como você tem uma máquina pública e não tem profissionais de qualidade? Tivemos aumento, mas uma atualização.

WG – Em relação aos concursos, quando a Prefeitura anunciará a entrada de efetivos?

RL – Estamos no limite da Lei de Responsabilidade Fiscal. Temos dificuldade de fazer concurso público. Vamos fazer pontualmente algumas ações em relação à seleção simplificada e concursos. Mas este ano, de maneira muito limitada. Faremos esforço na redução de gastos para incorporar novos profissionais. Este ano será muito pontual.

WG- O que a PMC tem feito para gerar mais emprego e renda para a Capital do Agreste?

RL- Criamos a Secretaria de Desenvolvimento Econômico e de Economia Criativa justamente para explorar todo o nosso potencial. Estamos buscando ampliar as oportunidades de emprego a partir do fortalecimento do Polo de Confecções e do Polo Tecnológico. Estamos organizando o Distrito Industrial bem como incentivando conexões com o Armazém da Criatividade. Teremos em breve por aqui, a chegada de uma empresa baiana que irá gerar 200 empregos. Também estamos nos mobilizando para trazer o Aeroporto Oscar Laranjeiras de volta às atividades comerciais, já no segundo semestre deste ano. Isso mesmo. Queremos dar apoio ao Polo Logístico, com o emprego do aeroporto para voos comerciais. Estamos investindo também para potencializar ainda mais o nosso turismo.

WG – Como a senhora avalia a situação do governo Temer, que está mergulhado em denúncias de delações do Grupo JBS? Como sobrinha do ex-ministro Fernando Lyra, que tinha voz em momentos difíceis do país, a senhora acredita que essas denúncias são perseguição política ou que as instituições envolvidas, como a PF, o MPF e a Procuradoria Geral da República, estão corretas?

RL- Uma pessoa como Fernando Lyra faz muito falta, principalmente pelo o que estamos vivenciando em todos os aspectos que envolvem o cenário nacional. Temos que ter clareza que podemos transformar a política através das cidades. É isso que estou fazendo no meu município. Um diálogo diferente de participação política com os vereadores e a população. Trazendo a população para discutir tudo. Acredito nas instituições, ou seja, na Polícia Federal, no Ministério Público e na Procuradoria. É muito fácil para quem não tem responsabilidade com as pessoas. Meu foco é o que precisa ser feito em nosso município. As instituições precisam ser fortalecidas e respeitadas.

WG – Como a senhora avalia a condenação de Lula (PT)?

RL- Lamentável! Infelizmente, lamento. Com ele, irá embora sonhos e muitas expectativas. Esse momento todo que está acontecendo é uma nova página na política do nosso país.

WG – Como se encontra a relação da senhora com o governador? Ele não veio no São João e desde antes da eleição, quando o partido dele, o PSB, foi retirado de forma brusca de sua direção, houve um esfriamento na relação.

RL- Estou cumprindo tudo que é institucional. O Estado é responsável pela segurança e o município tem dado apoio, feito ações para ajudar. Quanto a decisão dele de vir ou não para o São João, aí é com ele.

WG – Como anda a sua relação com a Câmara de Vereadores?

RL- Olha, tudo que temos enviado à Câmara tem sido aprovado por ampla maioria ou unanimidade. Se existem críticas pontuais, iremos analisar e procurar resolver. Agora, quando alguém faz uma crítica à gestão ou a um assessor direto está me criticando também.