Ex-presidente do BB e da Petrobras, Bendine é denunciado na Lava Jato

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Folhapress

O ex-presidente da Petrobras e do Banco do Brasil Aldemir Bendine foi denunciado nesta terça (22) pela força-tarefa da Operação Lava Jato. Os detalhes da denúncia serão apresentados em breve em entrevista coletiva, pelo Ministério Público Federal. É o primeiro ex-presidente da Petrobras a ser denunciado na Lava Jato.

Bendine, que assumiu a estatal em meio à investigação, em fevereiro de 2015, é suspeito de solicitar R$ 3 milhões em propina para executivos da Odebrecht, a fim de proteger a empreiteira em contratos da Petrobras. O pedido de propina, que teria ocorrido pouco depois de sua posse, está na delação de executivos da Odebrecht, e foi relatado pelo ex-presidente da empreiteira Marcelo Odebrecht e pelo diretor da Odebrecht Ambiental, Fernando Reis.

O executivo está preso preventivamente desde o final de julho, na 42ª fase da Lava Jato. Ele, que tem cidadania italiana, tinha uma viagem marcada para Portugal, o que reforçou o pedido de prisão na época. Bendine nega as suspeitas e disse que nunca recebeu vantagens ilícitas.

Além de Bendine, também foram denunciados os irmãos André Gustavo Vieira da Silva e Antônio Carlos Vieira da Silva Jr., suspeitos de serem operadores do ex-presidente da Petrobras e que também estão presos em Curitiba.

Outro lado

A defesa ainda não havia comentado a denúncia do Ministério Público Federal nesta terça (22). O advogado Pierpaolo Bottini, que defende Aldemir Bendine, tem afirmado que o ex-diretor, desde o início das investigações, forneceu dados fiscais e bancários e “se colocou à disposição […], demonstrando a licitude de suas atividades”. Segundo o defensor, quando esteve à frente da Petrobras, o executivo “pautou-se pela rigidez” com as empresas investigadas na Lava Jato e “intensificou política de ampla e irrestrita colaboração e interação com as autoridades”.

Já o advogado Ademar Rigueira Neto, que defende os irmãos André Gustavo Vieira da Silva e Antônio Carlos Vieira da Silva Jr., afirmou que, desde que o nome dos clientes apareceu nas delações da Odebrecht e na investigação, ele apresentou documentos para comprovar que os dois realizaram serviços para a empreiteira.

Segundo ele, André Gustavo foi procurado pela Odebrecht para ajudar na liberação de um recurso junto ao Banco do Brasil e teve sucesso no trabalho, recebendo assim o montante de R$ 3 milhões. “O dinheiro foi pago em espécie e pelo setor de operações estruturadas a pedido da empresa”, disse Rigueira.

Empresários da indústria diminuem ritmo de demissões, segundo pesquisa da CNI

Da Agência Brasil

Os empresários do setor industrial ainda estão diminuindo as vagas de empregos, mas no menor ritmo em três anos. De acordo com a Sondagem Industrial divulgada hoje (22) pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), o índice de evolução do número de empregados alcançou o maior patamar desde março de 2014.

Os indicadores da pesquisa variam de zero a cem pontos. Quando ficam abaixo dos 50 pontos, mostram queda na produção e no emprego. O índice de evolução do número de empregados alcançou 48,2 pontos.

Quando consideradas apenas as indústrias de grande porte, o índice de evolução do número de empregados alcança 49,5 pontos, próximo da linha divisória. Segundo a CNI, o dado revela que essas empresas praticamente interromperam os cortes de pessoal em julho.

O estudo mostra ainda que após 27 meses, a indústria espera encerrar as demissões. O indicador de expectativa em relação ao número de empregados subiu para 49,4 pontos em agosto e ficou muito próximo da linha divisória dos 50 pontos, mostrando que as perspectivas em relação ao emprego melhoraram.

Produção e estoque

O índice de evolução da produção subiu para 50,5 pontos em julho e ficou acima da linha divisória dos 50 pontos. De acordo com o estudo, isso indica estabilidade na produção da indústria. Nas indústrias de grande porte, o indicador de evolução da produção subiu para 53,3 pontos.

O levantamento aponta, no entanto, que há excesso de estoques e a ociosidade continua elevada. O índice de evolução de estoques em relação ao planejado ficou em 51 pontos, o maior valor desde dezembro de 2015. Quando o indicador está acima dos 50 pontos mostra que os estoques estão acima do planejado pelas empresas. O indicador de utilização da capacidade instalada ficou em 65%, o mesmo percentual registrado em julho de 2016.

Mesmo assim, o estudo mostra que os empresários mantêm as perspectivas favoráveis para os próximos seis meses e esperam o aumento da demanda, da compra de matérias-primas e das exportações. O indicador de expectativas de demanda, por exemplo, aumentou para 56,4 pontos e atingiu o maior valor desde abril de 2014.

Com a melhora das expectativas, os empresários estão mais propensos a investir, de acordo com a CNI. O índice de intenção de investimento cresceu 1,3 ponto em agosto e alcançou 47,9 pontos, o maior valor desde março de 2015.

Esta edição da Sondagem Industrial foi feita de 1º a 10 de agosto com 2.930 empresas industriais de todo o país. Dessas, 994 são pequenas, 865 são médias e 531 são de grande porte.

Fachin vota a favor de denúncia da PGR contra Collor

Da Agência Brasil

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Edson Fachin votou há pouco pela aceitação da denúncia apresentada pela Procuradoria-Geral da República (PGR) contra o senador Fernando Collor (PTC-AL) pelos crimes de corrupção, lavagem de dinheiro e organização criminosa. Se o voto do ministro prevalecer na Segunda Turma, colegiado que está julgando a abertura do processo, Collor pode virar réu nas investigações da Operação Lava Jato.

Segundo o ministro, que é relator da denúncia, há indícios legais que autorizam a abertura de ação penal contra o senador. Em seguida devem votar os ministros Gilmar Mendes, Dias Toffoli, Ricardo Lewandowski e Celso de Mello.

A PGR acusa o parlamentar de receber R$ 29 milhões em propina pela suposta influência política na BR Distribuidora, empresa subsidiária da Petrobras. Segundo o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, além de Collor, estão envolvidos no suposto esquema a mulher do senador, Caroline Collor, e mais seis acusados que atuavam como “operadores particulares” e “testas de ferro” no recebimento dos valores.

Durante a primeira parte do julgamento, a defesa de Collor defendeu a rejeição da denúncia. O advogado de Collor sustentou durante o julgamento que não há prova de que o parlamentar teria recebido dinheiro desviado.

Grupo Moura abre seleção para pessoas com deficiência

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Da Folhape

O Grupo Moura abre seleção para Pessoas com Deficiência (PCD). O objetivo é identificar os talentos individuais de cada um e alocar os selecionados de acordo com suas competências. Ao todo, são 15 vagas em diversas áreas de atuação. Dessas, 7 são para o Recife e 8 para Belo Jardim.

Para participar é preciso ter ensino médio ou formação superior em qualquer área, além de dinamismo, foco em resultados, bom relacionamento interpessoal, trabalho em equipe e busca constante pela melhoria contínua. Os interessados devem cadastrar o currículo no site do Grupo Moura.

Sesc celebra o ritmo dos cocos com o projeto Sonora Brasil pelo interior

Coco de Zambe 3

As tradições culturais da pisada dos cocos é o tema do projeto nacional Sonora Brasil do Sesc que vem percorrendo as regiões Norte e Nordeste do país. O ritmo tão comum em muitas localidades, principalmente na zona rural, nas comunidades indígenas e quilombolas, está percorrendo o Estado. Nesta etapa do circuito, o Grupo Coco de Zambê, do Rio Grande do Norte, é a atração da iniciativa. Em Buíque, a apresentação acontece nesta terça-feira (29/08) no Sesc Ler, a partir das 20h. O acesso é gratuito ao público.

A música do Coco de Zambê se caracteriza por ser uma espécie de canto responsorial, ou seja, os versos são puxados pelo mestre e respondidos pelo coro de vozes. Dois tambores estão presentes na maioria dos grupos que praticam o Coco de Zambê: o próprio Zambê, também conhecido como pau furado ou oco de pau, que é maior e mais grave, e o Chama, ambos construídos artesanalmente com troncos de árvores nativas do Nordeste.

A dança se desenvolve numa roda que tem em seu centro os tocadores. Os brincantes se revezam com reverência ao tambor e realizam passos livres de grande energia que lembram movimentos da capoeira e do frevo. Curiosamente, uma das principais características do Coco de Zambê é o fato de ser praticado apenas por homens. O grupo potiguar é composto por Didi (Djalma Cosme da Silva), Uzinho (Severino de Barros), Tonho (Antonio Cosme de Barros), Mestre Mião (Damião Cosme de Barros), Zé Cosme (José Cosme Neto), Kéké (Clebesson da Silva), Pepé (Ederlan da Silva) e Beto (José Humberto Filho de Oliveira).

O Coco de Zambê é uma expressão cultural que, segundo pesquisadores, chegou aos engenhos de cana-de-açúcar e colônias pesqueiras do Nordeste pelos africanos escravizados. As primeiras apresentações do grupo datam do início do século XX.

Sonora Brasil– é um projeto temático que tem como objetivo levar ao público expressões musicais pouco difundidas que integram o amplo cenário da cultura musical brasileira.Busca despertar um olhar crítico sobre a produção e sobre os mecanismos de difusão da música no país, incentivando novas práticas e novos hábitos de apreciação musical, promovendo apresentações de caráter essencialmente acústico, que valorizam a autenticidade sonora das obras e de seus intérpretes.

Esta é a 20ª edição do projeto que apresenta os temas “Na pisada dos cocos” e “Bandas musicais”. O primeiro tema está circulando pelos estados das regiões Norte e Nordeste; o segundo segue pelos estados das regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste. No próximo ano, haverá uma inversão para que os grupos concluam o circuito nacional.

Por causa da sua missão de difundir o trabalho de artistas que se dedicam à construção de uma obra de fundamentação artística não comercial, o Sonora Brasil é considerado hoje o maior projeto de circulação musical do país. São realizados cerca de 450 concertos por ano, com apresentações em mais de 100 cidades, a maioria distante dos grandes centros urbanos. A ação possibilita às populações o contato com a qualidade e a diversidade da música brasileira e contribui para o conjunto de ações desenvolvidas pelo Sesc, visando a formação de plateia. Para os músicos, propicia uma experiência ímpar, colocando-os em condição privilegiada para a difusão de seus trabalhos e, consequentemente, estimulando suas carreiras.

Brasileiros formados no exterior disputam 1.410 vagas do Mais Médicos

Profissionais brasileiros formados no exterior terão nova chance de ingressar no Mais Médicos. As 1.410 vagas remanescentes do atual edital de reposição do Programa estão sendo disputadas por 1.985 médicos com diplomas obtidos fora do país que tiveram a inscrição validada. Os profissionais têm até esta terça-feira (22) para escolher, por meio do site do sistema do Programa, as localidades de preferência entre as vagas disponíveis em 829 municípios e 9 Distritos Sanitários Especiais Indígenas (DSEIs).

Confira a lista dos municípios com vagas de reposição

As oportunidades foram disponibilizadas pelo Ministério da Saúde após ofertar as vagas em três chamadas aos médicos brasileiros com registro no país, que têm prioridade em todos os editais. Ao todo, o edital lançado em abril deste ano trouxe 2.394 vagas. As localidades em aberto são oriundas de desistências e de encerramentos de atividades de profissionais.

Além disso, também está incluído nesse quantitativo o processo de substituição de médicos cubanos da cooperação com a Organização Pan-Americana da Saúde, que encerraram a participação no Programa. A expectativa é realizar quatro mil substituições de médicos cooperados por brasileiros em três anos.

“O Ministério da Saúde reafirma o compromisso pela manutenção do acesso da população aos médicos do Programa, principalmente nas periferias das regiões metropolitanas e interior do país. O objetivo da reposição é justamente garantir que não haja desassistência nos municípios, dando continuidade ao atendimento prestado aos mais de 63 milhões de brasileiros beneficiados com esta ação”, destaca o ministro da Saúde, Ricardo Barros.

O resultado com a alocação dos profissionais está previsto para esta sexta-feira (25/08). Após a seleção, os profissionais passarão por um módulo de acolhimento, que consiste em um período de três semanas de treinamento e avaliação. O objetivo é assegurar que os profissionais sejam qualificados para atuar no Programa Mais Médicos. O início das atividades desses profissionais está previsto para 9 de outubro.
O PROGRAMA – Criado em 2013, o Programa Mais Médicos ampliou à assistência na Atenção Básica fixando médicos nas regiões com carência de profissionais. O programa conta com 18.240 vagas em mais de 4 mil municípios e 34 Distritos Sanitários Especiais Indígenas (DSEI), levando assistência para cerca de 63 milhões de brasileiros.

Palestra gratuita sobre educação financeira será promovida em Caruaru

Em um período em que a crise financeira atrapalha o orçamento das famílias, é sempre importante saber como se organizar melhor para evitar prejuízos. Com o objetivo de oferecer esse tipo de instrução, o Programa de Tratamento de Consumidores Superendividados – ProEndividados, promoverá em Caruaru, no próximo dia 24, a palestra “Educação Financeira: Como ter equilíbrio nas finanças”, com o planejador financeiro do Tribunal de Justiça de Pernambuco – TJPE, Eduardo Armbrust. A palestra será realizada no auditório do Campus I do Centro Universitário Tabosa de Almeida (Asces-Unita), das 10h às 12h.

A iniciativa faz parte das comemorações de um ano do ProEndividados, que é fruto de um convênio entre o TJPE e a Asces-Unita, por meio do Escritório de Práticas Jurídicas. O projeto tem por finalidade executar e desenvolver ações que promovam o tratamento, o acompanhamento e a resolução amigável de conflitos envolvendo consumidores na situação de dívidas e de situação financeira dos consumidores superendividados. Oferece, ainda, assistência e o acompanhamento de equipe multidisciplinar dos consumidores compulsivos, renegociação das dívidas dos consumidores com todos os seus credores, proporcionando, também, um planejamento financeiro.

Neste primeiro ano de atividades, cerca de 400 consumidores já foram atendidos pelo projeto, entre orientações, encaminhamentos e sessões conciliatórias. Quanto aos acordos, aproximadamente 50% dos casos que foram encaminhados para as sessões tiveram resolução. De acordo com Alyne Rodrigues, profissional orientadora do projeto, além do serviço prestado, o ProEndividados tem contribuído com a celeridade dos processos. “Temos conseguido reduzir o número de processos que se avolumam no Judiciário, alcançando, portanto, as ações em trâmite nos foros e as ocorrências que possam vir a se transformar em futuras demandas judiciais, concebidas como um mecanismo acessível a todo cidadão”, explicou.

A palestra sobre educação financeira é gratuita e aberta ao público.

Venda da Eletrobras trará R$ 30 bi se novas regras passarem pelo Congresso

Da Folhapress

O Ministério de Minas e Energia enviará nesta terça-feira (23) a proposta de privatização da Eletrobras ao conselho do PPI (Programa de Parcerias de Investimentos). Se o governo decidir pela venda, o ministério e a equipe econômica definirão como ela será feita para que a União deixe o controle da estatal e receba cerca de R$ 27 bilhões para ajudar no cumprimento de deficit de R$ 159 bilhões do próximo ano.

Segundo o ministro Fernando Coelho Filho, a ideia é realizar duas operações simultâneas -a privatização da venda da Eletrobras e também um processo conhecido no setor elétrico como “descotização” de 14 usinas, transação que pode render R$ 27 bilhões à União caso sejam incluídos os 14 mil MW em contratos de até vinte anos.

Segundo o presidente da Eletrobras, Wilson Ferreira Jr, hoje essas hidrelétricas são obrigadas a vender a energia por R$ 35 o MWh, valor definido como cota. No entanto, no mercado, essa energia chega ao consumidor por cerca de R$ 150 o MWh. Essa diferença é paga pela Eletrobras, uma forma de subsídio para reduzir o preço da energia ao consumidor.

Esse modelo foi definido pela ex-presidente Dilma Rousseff, levou a Eletrobras a prejuízos bilionários por três anos consecutivos e a energia teve aumento de preços. Neste momento, o governo está modificando essas regras para corrigir as distorções.

De acordo com o secretário-executivo da Fazenda, Eduardo Guardia, a privatização da Eletrobras poderá ocorrer de duas formas. Uma delas é a venda das ações da União diretamente no mercado. Outra é por meio de um aporte de capital via emissão primária de ações sem que a União acompanhe. Só assim ela terá sua participação diluída. “Em nenhum dos casos, os recursos serão usados no cumprimento de meta fiscal”, disse Guardia. Ainda segundo ele, os recursos com a descotização das usinas ajudarão na redução do rombo orçamentário da União.

O ministro de Minas e Energia afirmou à reportagem que o modelo de venda deverá ser o de diluição da participação da União na Eletrobras, mas o governo permanecerá com uma ação especial (golden share) que dará a ele poder de veto em assuntos estratégicos.

A descotização das usinas terá de ser aprovada pelo Congresso assim que a medida provisória que reestrutura o setor elétrico for enviada pelo presidente Michel Temer. Também terá de passar pelo conselho de administração da Eletrobras.

Itaipu e Angra

As usinas da Eletronuclear e a hidrelétrica de Itaipu devem ficar fora da negociação por questões legais. Como a exploração de recursos nucleares é um monopólio estatal, as usinas de Angra, no Rio de Janeiro, continuarão com a União.

Já em Itaipu as discussões terão de ser feitas junto com o Paraguai, que detém metade da usina. Segundo o secretário de Energia do Ministério de Minas e Energia, Paulo Pedrosa, a obra foi feita sob um Tratado Internacional que sobrepõe à legislação de ambos os países. Para a privatização da parte brasileira, seria preciso refazer os termos desse acordo.

Gilmar Mendes e Maia articulam volta do financiamento eleitoral por empresas

Do Congresso em Foco

De carona na rejeição popular à criação de um fundo bilionário para bancar gastos de candidatos com as eleições, os presidentes do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Gilmar Mendes, e da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), articulam a volta do financiamento eleitoral por empresas, proibido em 2015, por 8 votos a 3, pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Para que a medida entre em vigor nas eleições de 2018, o Congresso Nacional precisaria promulgar uma emenda constitucional até 7 de outubro.

O assunto é objeto de uma proposta que aguarda votação na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado. Caso passe pela comissão e por duas votações no plenário sem modificações, o texto já poderá ser promulgado. Os deputados já aprovaram a PEC 113C/2015 há dois anos. O presidente da CCJ, Edison Lobão (PMDB-MA), anunciou que vai desengavetar a proposta nesta semana, designando um relator.

Resistência de Eunício

A manobra para aprovar a volta do financiamento empresarial enfrenta uma resistência de peso. Responsável por pautar as votações em plenário, o presidente do Senado, Eunício Oliveira (PMDB-CE), criticou duramente a eventual retomada do antigo modelo.

“Meia dúzia de pessoas passaram a defender essa história de financiamento privado. Se esse sistema, que era legitimado por lei, deu no que deu, nós agora dentro de um processo desses vamos criar novamente financiamento privado de empresas?”, questiona Eunício.

Os presidentes do Senado e da CCJ, bem como da Câmara, são alvos de investigação no Supremo. A suspeita é de que eles receberam doações eleitorais ilícitas de empreiteiras investigadas na Operação Lava Jato.

Custeio da democracia

Voto vencido no julgamento que declarou a inconstitucionalidade das doações empresariais, Gilmar defendeu ontem, durante um seminário promovido pelo jornal O Estado de S.Paulo, a decisão da corte, que, segundo ele, só tornou o processo eleitoral mais confuso.

“Quando se faz reforma no Legislativo, elas são mais completas. Quando fazemos as nossas, nós o fazemos de maneira pontual, como fizemos com a cláusula de barreira (rejeitada pelo Supremo) ou quando só tratamos do financiamento (proibição da doação empresarial), dissociado do modelo eleitoral”, declarou.

Para ele, diante da resistência à criação de um fundo eleitoral, em votação na Câmara, não resta outra saída para financiar as campanhas a não ser a volta das doações por empresas. “Temos que discutir o custeio da democracia. Se colocarmos num plebiscito, vamos ter a resposta de que não se quer fundo público nem corporativo. Então como fica?”, indagou.

Segundo Gilmar, irregularidades constatadas nas eleições de 2016, as primeiras com o novo modelo, mostram que o fim do financiamento empresarial não resultou em eleições mais limpas. De acordo com o ministro, 300 mil dos 700 mil doadores individuais nas disputas municipais do ano passado não tinham renda compatível para justificar as contribuições feitas às candidaturas.

Rejeição da equipe econômica

Também presente no seminário do Estadão, Rodrigo Maia disse que considera inviável a criação do fundo eleitoral. “Não consigo encontrar condições, pelas discussões que tive com a equipe econômica nas últimas semanas sobre a situação fiscal do Brasil, de organizar R$ 3 bilhões para financiar a campanha”, declarou.

Para ser aprovado na Câmara, o fundo precisa do apoio de pelo menos 308 deputados na votação marcada para esta terça-feira (22). O mesmo quórum terá de ser atingido na votação em segundo turno. Só então a proposta seguirá para o Senado, onde terá de superar a resistência de senadores e o calendário apertado para valer em outubro do ano que vem.

O relatório do deputado Vicente Cândido (PT-SP), recentemente aprovado em comissão especial, prevê a destinação de valor correspondente a 0,5% da Receita Corrente Líquida da União. Na prática, isso representa R$ 3,6 bilhões. O texto dele também muda a forma de eleição de deputados e vereadores, substituindo a eleição proporcional pelo modelo majoritário, o chamado distritão, pelo qual são eleitos apenas os mais votados.

Maia defendeu uma alternativa ao relatório de Vicente Cândido. Para ele, a Câmara poderia aprovar a criação do fundo sem vinculá-lo à receita corrente líquida e aguardar a decisão do Senado sobre a volta do financiamento empresarial.

Pela regra anterior, as empresas podiam doar até 2% do faturamento bruto obtido no ano anterior ao da eleição. No caso das pessoas físicas, a doação era limitada a 10% do rendimento bruto do ano anterior. Segundo a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), autora da ação que resultou na proibição do financiamento empresariais, cerca de 70% do dinheiro destinado às campanhas eleitorais em 2014 veio de empresas privadas. Para a OAB, as doações empresariais tornam as eleições menos democráticas e transparentes e ainda mais suscetíveis ao poder econômico. Além disso, observa a Ordem, atrela políticos aos interesses de seus financiadores empresariais.

Caixa destaca vantagens do penhor

O penhor de joias é uma opção de crédito disponível em qualquer época do ano. Com juros baixos e dinheiro rápido, a modalidade atrai cada vez mais adeptos.

Desde 2012, a procura pelo produto cresceu 42,79%. Os atrativos são o custo baixo, a liberação do dinheiro na hora e a segurança oferecida pela CAIXA na guarda de bens preciosos. “O penhor é um dos produtos mais simples, práticos e ágeis para obtenção de crédito”, explica Lessandro Werner Thomaz, superintendente nacional de Estratégia de Produtos Pessoa Física da CAIXA.

Para empenhar joias e objetos confeccionados em ouro, prata, platina, diamante e pérola ou relógios e canetas de alto valor, basta procurar uma das 460 agências da CAIXA que oferecem a linha de crédito. Distribuídas pelo país, cada uma delas possui pelo menos um avaliador capacitado. Não é necessário ser correntista ou poupador na CAIXA. O cliente só precisa ser maior de 18 anos e apresentar CPF regular, documento de identidade e comprovante de residência.

Flexibilidade e taxa de juros baixa

No ano passado, o Penhor da CAIXA chegou aos 633 mil clientes – 36 mil a mais do que em 2015. Um desses novos clientes foi o militar reformado Ricardo Emílio Esposito, de 76 anos. Correntista da CAIXA em Brasília desde que desembarcou na capital federal, em 1966, ele entrou por curiosidade no setor de penhor de uma agência da CAIXA e se informou sobre as condições do produto.

“Alguns meses atrás, eu me apertei e empenhei dois anéis. Foi muito rápido e seguro. Não demorei nem dois minutos para sair com R$ 1.000 emprestados”, conta. O militar aposentado reforça duas características decisivas do penhor: flexibilidade e taxa de juros baixa.

O vencimento do contrato pode chegar a 180 dias e ser renovado quantas vezes o cliente precisar. Decorrido o prazo, existem ainda três opções: quitar o empréstimo e resgatar a joia, renová-lo por até mais 180 dias ou abater uma parte do principal (amortizar) e renovar apenas a diferença, reduzindo custos.

As renovações podem ser realizadas no autoatendimento (caixas eletrônicos) ou nas agências da CAIXA. No penhor tradicional, que representa mais de 90% dos contratos, a quitação é feita de uma só vez, mas a CAIXA também oferece o penhor parcelado, no qual o pagamento é dividido em até 60 meses.

“Vale muito a pena”

Esposito, por exemplo, decidiu renovar o empréstimo. Para tanto, pagou o juro correspondente ao novo prazo escolhido e a tarifa de renovação, de valor fixo. “Paguei R$ 54 para renovar o empenho. É uma quantia até insignificante, vale muito a pena”, diz. Não há limite para o número de renovações do contrato, explica o superintendente Lessandro Werner Thomaz. “Pode acontecer que, diante de um imprevisto, o cliente queira mais prazo. Existem clientes que renovam os contratos seis, oito vezes.”

Além do prazo, cabe ao cliente decidir quanto crédito irá tomar. A CAIXA libera até 100% do valor da avaliação, limite concedido para clientes que possuem crédito de salário no banco. Os clientes que não possuem relacionamento com a CAIXA podem contratar até 85% do valor da avaliação do bem. Um cliente sem crédito de salário na CAIXA que empenha um anel avaliado em R$ 1.000, por exemplo, pode tomar até R$ 850 de empréstimo. Caso decida contratar R$ 500, ele poderá voltar a qualquer momento e solicitar até R$ 350 a mais de empréstimo, utilizando assim o limite restante.

Descontados os juros e as tarifas de avaliação e renovação, o cliente recebe o valor líquido do empréstimo na hora. Como se trata de uma concessão de crédito com garantia bastante sólida, o penhor dispensa análise cadastral e avalista, além de garantir uma taxa de juros bem abaixo das praticadas em outras modalidades de crédito. No penhor, a taxa vigente é de 2,1% ao mês, independentemente do prazo, menos da metade da taxa média de mercado para empréstimos pessoais – de 4,58%, segundo pesquisa realizada em dezembro pela Associação Nacional de Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade (Anefac).