Prefeitura de Belo Jardim solicita mapeamento do trânsito ao Detran

A Prefeitura de Belo Jardim, por meio da Autarquia Municipal de Segurança, Trânsito e Transportes (AMSTT), solicitou, ao Departamento Estadual de Trânsito (Detran-PE), o mapeamento do trânsito da cidade. O mapeamento irá melhorar as sinalizações horizontais e verticais, além de organizar o tráfego de veículos.

O presidente da autarquia, Valdemir de Brito, foi recebido, nesta segunda-feira (18), pelo diretor-presidente do Detran, Charles Andrews Souza Ribeiro. “Estamos buscando a forma correta de melhorar o trânsito. Pedimos que o Detran envie um engenheiro de tráfego para analisar as mudanças que precisam ser realizadas. Com o mapeamento em mãos, teremos condições de organizar o trânsito e melhorar a vida das pessoas”, explica o presidente.

PM faz operação na Rocinha depois de confrontos

Da Folhape

Equipes da Polícia Militar (PM) fazem nesta segunda-feira (18) uma operação na comunidade da Rocinha, na zona sul do Rio de Janeiro, para prender suspeitos de envolvimento nos tiroteios do último domingo (17) na favela. Grupos rivais se envolveram nesse domingo em um confronto armado pelo controle dos pontos de venda da comunidade.

Nos confrontos, pelo menos uma pessoa morreu e três ficaram feridas com disparos de arma de fogo. Na ação de hoje, um homem foi ferido, segundo a PM, em confronto com agentes. Ele foi encaminhado para o Hospital Miguel Couto sob custódia.

A operação desta segunda-feira começou às 4h30 com a ocupação da comunidade por homens do Comando de Operações Especiais da PM. Policiais da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) da Rocinha e do batalhão local (23º BPM) fazem o cerco à comunidade.

Depois que os policiais tiverem consolidado a ocupação, agentes da Polícia Civil entrarão na comunidade para cumprir mandados de prisão.

Guerra entre poderes e destino da Lava Jato encabeçam os desafios de Raquel Dodge na PGR

Do Congresso em Foco

Primeira mulher a comandar a Procuradoria Geral da República, a goiana Raquel Dodge, de 57 anos, assume o posto nesta segunda-feira (18), no momento em que o Ministério Público Federal demonstra poder inédito e enfrenta o maior confronto de sua história com os poderes Executivo, Judiciário e Legislativo. Para vencer essas batalhas, Raquel terá de unificar a PGR, mergulhada em grave crise e divisão internas, e renovar a instituição sem desconstruir o mais visível legado de seu antecessor, Rodrigo Janot: os desdobramentos da Operação Lava Jato contra autoridades com foro privilegiado, como o presidente Michel Temer e a cúpula do Congresso Nacional.

A nova procuradora-geral, que planeja a substituição de grande parte da equipe de Janot na Lava Jato, assume a responsabilidade de dar novos contornos à maior operação de combate à corrupção da história do país, sem ceder a pressões de políticos e outras figuras poderosas investigadas.

Caberá a Raquel, nomeada por Temer após ter sido a segunda colocada em uma lista tríplice da Associação Nacional dos Procuradores da República (ANPR), ditar o ritmo de inquéritos e ações penais envolvendo, além do presidente, deputados, senadores, governadores, ministros do Tribunal de Contas da União (TCU) e de cortes superiores, entre outras autoridades.

Embora não tenha sido a autora da segunda denúncia contra Temer – agora por organização criminosa e obstrução da Justiça –, Raquel será a responsável por conduzir um eventual processo contra o presidente da República. Para isso, será necessário que dois terços dos deputados autorizem o Supremo a analisar a acusação que recai sobre o peemedebista. Nesse caso, caberá aos ministros determinar a abertura da ação penal ou não.

Passará pelo crivo dela a continuidade das investigações contra políticos como os senadores Aécio Neves (PSDB-MG), Eunício Oliveira (PMDB-CE), Renan Calheiros (PMDB-AL) e Romero Jucá (PMDB-RR), o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e os ministros Eliseu Padilha e Moreira Franco. Como procuradora-geral, Raquel terá de encaminhar ou não as apurações contra os mais de 220 parlamentares federais que respondem atualmente a inquéritos e ações penais no Supremo. E definir quem mais deve ingressar nessa relação.

Também passará às mãos da nova procuradora-geral o futuro das delações premiadas firmadas na Lava Jato. Inclusive revisões das firmadas por Janot, seu adversário interno na PGR. O ex-procurador apoiou a candidatura de Nicolao Dino, o mais votado na lista da ANPR, que foi preterido por Temer exatamente por suas ligações estreitas com Janot.

Raquel Dodge terá a missão inglória de tentar pacificar a Procuradoria Geral da República, cujas divisões internas ficaram ainda mais expostas com sua condução ao cargo. A expectativa, entre seus colegas, é de que a nova procuradora seja, em relação a Janot, mais criteriosa na obtenção de provas da Lava Jato e na definição dos acordos de delação premiada.

Em abril deste ano, já no calor da disputa interna, Raquel defendeu restrição no trânsito de procuradores no Ministério Público Federal para impedir que procuradores de quaisquer áreas fossem deslocados a qualquer tempo para outras coordenadorias ou equipes exclusivas, como a própria força-tarefa da Lava Jato. Segundo ela, isso compromete a atuação das procuradorias nos estados. A proposta de alteração foi criticada pelo grupo de Janot, que disse que a fixação de limite comprometeria a principal operação conduzida pelo órgão.

Aprovada em julho pelo Plenário do Senado, por 74 votos a 1, Raquel chega ao ápice da carreira após 30 anos dedicados ao Ministério Público Federal. Nesse período, destacou-se em casos de repercussão nacional. Foi ela, por exemplo, que pediu ao então procurador-geral da República, Roberto Gurgel, que solicitasse à Justiça a prisão do então governador José Roberto Arruda (ex-DEM-DF), acusado de tentar obstruir as investigações da Operação Caixa de Pandora.

Também participou da equipe que denunciou o ex-coronel da PM e ex-deputado Hildebrando Pascoal, acusado de liderar um grupo de extermínio no Acre na década de 1990. Hildebrando ficou conhecido como o “deputado da motosserra” devido à crueldade das práticas criminosas atribuídas ao grupo de extermínio liderado por ele. Raquel tem forte atuação na área de direitos humanos. No MPF, coordenou grupos sobre trabalho escravo, saúde, educação, discriminação racial, sistema prisional e questões indígenas. Formada pela Universidade de Brasília, tem mestrado na Universidade de Harvard.

“País passa por momento de depuração”, diz Raquel Dodge

Do Congresso em Foco

“Agradeço que tenham vindo à casa do Ministério Público brasileiro, que está a serviço da nação, para testemunhar esta posse. Dirijo-me ao povo brasileiro, de quem emana todo o poder, e a todos os presentes, para dizer que estou ciente da enorme tarefa que está diante de nós e da legítima expectativa de que seja cumprida com equilíbrio, firmeza e coragem, com fundamento na constituição e nas leis.

Recebo com humildade o precioso legado de serviço à pátria, forjado pelos procuradores-gerais da republica que me antecederam, certa de que o Ministério Público deve promover justiça, defender a democracia, zelar pelo bem comum e pelo meio ambiente, assegurar voz a quem não a tem e garantir que ninguém esteja acima da lei e ninguém esteja abaixo da lei. Cumprimento o procurador-geral Rodrigo Janot por seu serviço à nação. Quarenta e um brasileiros assumiram este cargo. Alguns em ambiente de paz e muitos sob intensa tempestade. A nenhum faltou certeza de que o Brasil seguirá em frente porque o povo mantém a esperança em um País melhor, interessa-se pelo destino da nação, acompanha investigações e julgamentos, não tolera a corrupção e não só espera, mas também cobra resultados. Os brasileiros aprenderam o caminho que conduz ao Ministério Público.

Há trinta anos, quando tomei posse, poucos sabiam o que faz o procurador da república e, no entanto, nosso protomártir, o procurador Pedro Jorge de Mello e Silva, já havia sido assassinado por investigar um grande escândalo de corrupção. Para honrar sua memória e dar efetividade ao nosso trabalho, reivindicamos as garantias que o constituinte nos deu em 1988. No entanto, foi por causa da desigualdade persistente, da ausência de liberdades e do sofrimento cotidiano das pessoas, que reivindicamos também outras atribuições constitucionais, como a defesa da democracia, da sociedade e do meio ambiente e de zelar pelo respeito dos poderes públicos aos direitos assegurados na constituição.

Estas novas atribuições constitucionais somaram-se ao papel clássico do Ministério Público, que é o de processar criminosos. É preciso desempenhar bem todas estas funções, porque todas ainda são realmente necessárias. Para muitos brasileiros a situação continua difícil, pois estão expostos à violência e à insegurança pública, recebem serviços públicos precários, pagam impostos elevados, encontram obstáculos no acesso à justiça, sofrem os efeitos da corrupção, têm dificuldade de se auto-organizar, mas ainda almejam um futuro de prosperidade e paz social.

O Ministério Público instituído pela constituição de 1988 tem, portanto, a obrigação de exercer, com igual ênfase, a função criminal e a de defesa de direitos humanos. Deve priorizar a atuação de seus membros na medida adequada a resolver problemas graves, que inibem o bom desenvolvimento humano, como as elevadas taxas de homicídio; a violência urbana e rural, as falhas na qualidade da escola — e sabemos que a educação de qualidade emancipa a pessoa e rompe o círculo da pobreza –, e a ausência de serviços básicos de saúde onde são necessários. Os desafios são muitos.

Não é possível dizer que será fácil, mas confirmo que os problemas serão encarados com seriedade, com fundamento na constituição e nas leis, porque cada membro do Ministério Público brasileiro está pronto e motivado, como sempre esteve, para exercer todas as suas atribuições constitucionais. Estarei com eles e ao lado deles. Não nos têm faltado os meios orçamentários, nem os instrumentos jurídicos necessários para fazer cumprir a constituição.

Estou certa de que o Ministério Público continuará a receber do poder executivo e do congresso nacional o apoio indispensável ao aprimoramento das leis e das instituições republicanas e para o exercício de nossas atribuições. O Supremo Tribunal Federal tem distinguido o Ministério Público com sua atuação fundamentada, respeitosa e republicana, em tudo condizente com a harmonia que interessa aos cidadãos, ao entregar de modo célere a prestação jurisdicional que lhe é reclamada como guardião da constituição.

Em todos os lugares do Brasil e em temas muito diferentes, há muito trabalho para o Ministério Público. A Constituição nos incumbiu de zelar pela higidez do sistema eleitoral, de coibir a violência doméstica, os crimes no trânsito que ceifam tantas vidas, os homicídios e os crimes de corrupção. No Ministério Público, temos o dever de cobrar dos que gerenciam o gasto público que o façam de modo honesto, eficiente e probo, ao ponto de restabelecer a confiança das pessoas nas instituições de governança.

O papa Francisco nos ensina que “a corrupção não é um ato, mas uma condição, um estado pessoal e social, no qual a pessoa se habitua a viver. O corrupto está tão fechado e satisfeito em alimentar a sua autossuficiência que não se deixa questionar por nada nem por ninguém. Construiu uma autoestima que se baseia em atitudes fraudulentas: passa a vida buscando os atalhos do oportunismo, ao preço de sua própria dignidade e da dignidade dos outros… A corrupção faz perder o pudor que protege a verdade, a bondade e a beleza.“ (em o nome de deus é misericórdia, ed. Planeta, 2016, p. 120) zelar pelo bem comum é uma tarefa grandiosa para o Ministério Público, que é coadjuvada pelo papel que cada cidadão pode fazer por si mesmo e pela integridade do País. É uma tarefa necessária, que exige de nós coragem.

O País passa por um momento de depuração. Os órgãos do sistema de administração de justiça têm no respeito e harmonia entre as instituições a pedra angular que equilibra a relação necessária para se fazer justiça em cada caso concreto. Temos de cuidar da dignidade da pessoa humana. A Constituição não a estabelece apenas como ideal, mas exige concretude em relação a cada indivíduo, pautada pela observância da lei e dos direitos individuais.

O Ministério Público, como fiscal da Constituição e das leis, deve zelar pela dignidade de cada pessoa, pois a dignidade humana é essencial para assegurar um futuro de paz no País e entre as nações. O Ministério Público é guardião do legado civilizatório contido na Constituição. Princípios e normas que asseguram a liberdade do indivíduo também expandem a condição humana para a vida pacífica em sociedade, sustentam nosso estilo de vida, preservam nossas tradições e nossos costumes e constituem o devido processo legal.

Fomos moldados por diversas línguas e culturas e convivemos bem com as diferenças. Esta herança multirracial caracteriza o Brasil e revela nossa humanidade. O Ministério Público zela pelo respeito a estas características, pelos direitos de índios e minorias, pela liberdade de religião e de credo. A cada dois anos, na data da posse, nos reunimos nesta casa e reafirmamos nossa esperança de dias melhores para o Brasil e o nosso compromisso, como membros do Ministério Público, de agirmos com unidade de propósito para fazer a nossa parte, que consiste em cumprir o nosso dever constitucional. É a esperança que renovo agora, como procuradora geral da república e presidente do conselho nacional do Ministério Público, e para cujo alcance sei que conto com a firmeza de cada procurador da república e de cada promotor de justiça do País, em seus mais diferentes ofícios.

Sob a Constituição de 1988, a nação brasileira tem escolhido construir sua história valorizando a liberdade de expressão e de reunião, apreciando a democracia, repudiando a corrupção e pedindo o reconhecimento de seus direitos. O Ministério Público, como defensor constitucional do interesse público, posta-se ao lado dos cidadãos para cumprir o que lhe incumbe claramente a Constituição de modo a assegurar que todos são iguais e todos são livres, que o devido processo legal é um direito e que a harmonia entre os poderes é um requisito para a estabilidade da nação.

No ofício que ora assumo, o trabalho será cotidiano e extenuante, precisaremos da ajuda de todos os membros e servidores do Ministério Público, pois a grandeza desta nação tem sido construída de modo árduo, e aprendemos que o caminho que leva à liberdade e à integridade tem obstáculos que só podem ser superados com resiliência e coragem. Há novos desafios jurídicos pela frente.

Os valores que defenderemos e que definirão nossas ações estão na Constituição: muito trabalho, honestidade, respeito à lei e às instituições, observância do devido processo legal e responsabilidade. São os atributos da cidadania. Neste início de mandato, peço a proteção de deus para que nos momentos em que eu for colocada à prova, não hesite em proteger as liberdades, em cumprir o meu dever com responsabilidade, em fazer aplicar a Constituição e as leis, para entregar adiante com segurança o legado que recebo agora, e que eu então possa dizer, parafraseando a grande poetisa cora coralina, de meu amado estado de Goiás, que contribuí para que haja “mais esperança nos nossos passos do que tristeza em nossos ombros.”

Ao dar posse a Dodge, Temer destaca a importância da harmonia entre os Poderes

Após dar posse, hoje (18), à procuradora-geral da República, Raquel Dodge, o presidente Michel Temer reafirmou que o desrespeito às leis e à Constituição configuram abuso de autoridade. Temer ainda destacou a importância da harmonia entre os poderes e disse que, embora apenas três poderes estejam nominados na Constituição, não há dúvidas de que o Ministério Público tem, igualmente, todas as características de um poder de Estado.

“Foi um prazer extraordinário que a ouvi dizer, em outras palavras, que a autoridade suprema não está nas autoridades constituídas, mas está na lei, ou seja, toda vez que há ultrapasse dos limites da Constituição, ou dos limites da lei, verifica-se o abuso de autoridade”, disse Temer comentando o discurso da procuradora-geral, que destacou a importância e autoridade da Constituição de 1988.

Temer também falou sobre a importância da harmonia entre os poderes, ao comentar o discurso da procuradora recém-empossada. “Não é sem razão que a ouvi dizer, solenemente, da necessidade da harmonia entre os poderes e nesse capítulo entra o Ministério Público”. E completou: “as características do Ministério Público são as mesmas dos demais poderes de Estado”.

Aos presentes, Raquel Dodge disse que “os órgãos do sistema de administração de Justiça têm no respeito e harmonia entre as instituições a pedra angular que equilibra a relação necessária para se fazer justiça em cada caso concreto”.

O presidente elogiou o histórico profissional de Raquel Dodge e destacou que ela é a primeira mulher a assumir o cargo de chefia do Ministério Público.

Durante o discurso, Temer valorizou também o trabalho da instituição e dos que ocuparam o cargo ao longo da história do Ministério Público. “São muitos os atributos que enaltecem a Procuradoria-Geral da República na medida que vossa excelência, ao lado de todos os seus anteriores, fizeram pelo Ministério Público e pelo Brasil”, disse.

Temer encerrou o discurso agradecendo a delicadeza de Raquel Dodge de antecipar o horário da cerimônia de posse para que ele pudesse estar presente. O presidente viaja hoje para os Estados Unidos.

Membro do Ministério Público Federal desde 1987, Raquel Dodge é primeira mulher a exercer o cargo de procuradora-geral da República. Para vice-procurador-geral da República, ela escolheu o subprocurador-geral da República Luciano Maris Maia. Dodge assumiu no lugar de Rodrigo Janot, que apresentou este ano duas denúncias ao Supremo Tribunal Federal contra o presidente Michel Temer, além de outras 64.

Ministros destacam perfil discreto e rigoroso da nova procuradora-geral

Pedro Peduzzi e Yara Aquino – Repórteres da Agência Brasil

O perfil discreto e rigoroso de Raquel Dodge, primeira mulher a comandar a Procuradoria-Geral da República, foi elogiado hoje (18) por autoridades que participaram da cerimônia de posse no cargo que será ocupado por ela nos próximos dois anos. O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Luís Roberto Barroso elogiou o fato de Dodge ter ressaltado, em seu discurso, o combate à corrupção como uma das prioridades de sua gestão à frente da Procuradoria-Geral da República (PGR).

“O Brasil tem muitas prioridades. O combate à corrupção é uma delas porque a integridade é pressuposto para que se possa fazer tudo de forma mais correta e eficiente”, disse Barroso, após participar da cerimônia de posse da nova procuradora-geral.

Segundo Barroso, Dodge manterá a tradição de independência, característica das últimas gestões do Ministério Público. “Tenho esperança e convicção de que ela vai seguir a tradição de independência, seriedade, integridade, busca do interesse público, de defesa dos direitos fundamentais, que têm caracterizado a PGR já há muitas gestões. Acredito que Raquel Dodge continuará essa boa tradição”, disse Barroso.

Também presente na cerimônia, o ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ) Luis Felipe Salomão destacou a boa impressão deixada por Raquel durante suas participações no STJ. “Eu a conheço há muito tempo. Sua atuação no STJ é exemplar. É corajosa, cuidadosa e reservada. Tenho certeza de que vai desempenhar em elevadíssimo nível essa responsabilidade agora entregue a ela. O MP está em muito boas mãos”, disse.

Salomão minimizou a ausência do ex-procurador-geral da República Rodrigo Janot na cerimônia. “O MP é uma sequência, uma corrida de bastão. Um termina e passa para outro. Esse momento é um ciclo, uma renovação. E essa renovação é sempre boa porque abre novos horizontes. Janot cumpriu com sua tarefa e agora novos desafios se aproximam. Essa cerimônia de renovação é importante porque também se renovam os ânimos e as esperanças”.

Procurador Geral da República da gestão anterior a Janot, Roberto Gurgel disse que Raquel Dodge é uma pessoa “firme e extremamente rigorosa” na sua atuação como procuradora. “Tenho certeza que quem espera, nesse aspecto, alguma modificação, isso não acontecerá”, disse.

“Raquel continuará atuando firmemente contra a corrupção de modo geral e, também, naquela áreas que apontou em seu discurso, como direitos humanos. Repito: quem imagina que vai ter algum tipo de dificuldade [com ela] está redondamente enganado.”, acrescentou Gurgel.

Perguntado sobre as especulações de que Raquel Dodge faria grandes mudanças na equipe de procuradores que atua na Lava Jato, Gurgel disse saber da existência de “um grupo de transição para assegurar que as informações sejam repassadas da forma mais adequada possível”. “Ao que estou informado, uma parte do grupo vai permanecer com o mesmo trabalho”, afirmou.

Sobre a expectativa com relação à atuação de Raquel Dodge diante da Lava Jato e das denúncias que têm sido feitas pela PGR, o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, disse esperar “serenidade” da nova procuradora-geral da República. “Ela vai atuar dentro da serenidade e rigor com que ela sempre se pautou. E isto é uma conquista da brasilidade, da institucionalidade do país e temos certeza que ela conduzirá isso com mão firme, com rigor e a serenidade que sempre teve”, disse Meirelles.

União Europeia registra inflação anual de 1,7% no mês de agosto

Marieta Cazarré – Correspondente da Agência Brasil

De acordo com dados divulgados hoje (18) pelo Escritório de Estatística da União Europeia (Eurostat), a inflação anual da União Europeia (UE) foi 1,7%, registrada em agosto de 2017, acima dos 0,3% registrados no mesmo mês do ano passado.

Os países da União Europeia são Bélgica, Bulgária, República Checa, Dinamarca, Alemanha, Estônia, Irlanda, Grécia, Espanha, França, Croácia, Itália, Chipre, Letônia, Lituânia, Luxemburgo, Hungria, Malta, Holanda, Áustria, Polônia, Portugal, Romênia, Eslovênia, Eslováquia, Finlândia, Suécia e Reino Unido.

A inflação anual na zona do euro, que é o grupo de 19 países que têm como moeda oficial o euro, ficou em 1,5% em agosto deste ano. A taxa também é muito superior à registrada no mesmo mês do ano passado, quando foi observada uma inflação anual de 0,2%.

A zona do euro é constituída pelos seguintes países: Bélgica, Alemanha, Estônia, Irlanda, Grécia, Espanha, França, Itália, Chipre, Letônia, Lituânia, Luxemburgo, Malta, Holanda, Áustria, Portugal, Eslovênia, Eslováquia e Finlândia.

No mês passado, as taxas anuais mais baixas foram registradas na Islândia (-2,6%), Irlanda (0,4%), Chipre e Suíça (0,5%), Grécia e Romênia (0,6%). As maiores taxas ocorreram na Lituânia (4,6%), na Estônia (4,2%) e Letônia (3,2%).

Se comparada com julho de 2017, a inflação anual aumentou em 20 Estados-Membros, se manteve estável em cinco e caiu em apenas três (Islândia, Noruega e Suíça).

O Reino Unido, por exemplo, que vive a sua transição no processo de saída da União Europeia, teve uma inflação anual registrada em 2,9% em agosto deste ano, face a 0,6% no mesmo mês do ano passado.

Em Portugal, a tendência também registrou subida. Em agosto deste ano estava em 1,3%, enquanto apresentava 0,8% no mesmo mês do ano passado. A Alemanha, por exemplo, registrava 0,3% ano passado e passou para 1,8% este ano.

Os maiores impactos para a inflação anual da zona do euro foram provenientes de combustíveis para transporte (+0,16% pontos percentuais), serviços de alojamento (+0.10) e transporte aéreo (+0.06), enquanto telecomunicações (-0.12), legumes (-0,05) e proteção social (-0,04) tiveram impactos negativos.

De acordo com o Eurostat, a taxa anual de inflação mede a variação dos índices harmonizados de preços ao consumidor (Harmonised Indices of Consumer Prices – HICP, em inglês) entre um mês e o mesmo mês do ano anterior.

Dados do PIB mostram fim da recessão, diz pesquisador da FGV

Vitor Abdala – Repórter da Agência Brasil

O crescimento de 0,6% do Produto Interno Bruto (PIB) no trimestre encerrado em julho deste ano, na comparação com o trimestre encerrado em abril, e outros dados calculados pelo Monitor do PIB, da Fundação Getulio Vargas (FGV), mostram que a recessão econômica do país chegou ao fim. A avaliação é do coordenador do estudo, Claudio Considera.

Segundo os dados da pesquisa, divulgada hoje (18), a alta do PIB chegou a 1,1% na comparação com julho de 2016.

“O Monitor do PIB mostra mais um mês na direção positiva. Eu destaco os desempenhos da agropecuária, da extrativa mineral e da própria indústria da transformação, que teve o primeiro resultado positivo desde março de 2014”, disse Considera.

Por outro lado, no entanto, há resultados negativos, como a queda de 4,5% na formação bruta de capital fixo, isto é, os investimentos, na comparação do trimestre encerrado em julho deste ano com o mesmo período do ano passado. A queda foi puxada principalmente pelo desempenho negativo da construção (-9,7%).

“Pelo lado da demanda, as famílias estão ainda endividadas, receosas de perder o emprego, para pegar um empréstimo [para compra de imóveis] e os estados e municípios, os contratantes das grandes obras, estão quebrados. Então, a construção ficará negativa por muito tempo”, afirma Considera.

Alepe debate situação dos bancos públicos

A Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe) debate, nesta segunda-feira (18), no auditório Sérgio Guerra, a situação dos bancos públicos do País. A audiência pública foi proposta pela deputada estadual Teresa Leitão (PT) e acontece no âmbito da Comissão de Administração Pública. A deputada deve assinar requerimento para a criação da Frente Parlamentar em Defesa dos Bancos Públicos em Pernambuco.

A reunião tem a intenção de ressaltar a importância das instituições financeiras estatais, como o Banco do Brasil, a Caixa Econômica, o Banco do Nordeste, e deve contar com a presença de representantes do Sindicato dos Bancários de Pernambuco, da Confederação Nacional dos Bancários e outras entidades da sociedade civil.

Polícia divulga retratos falados de suspeitos de atirar em jornalista

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Do G1 Caruaru

A Polícia Civil de Pernambuco divulgou na manhã desta segunda-feira (18) os retratos falados de dois suspeitos de atirar no jornalista Alexandre Farias. O fato aconteceu no último sábado (16) em Caruaru, no Agreste, e após troca de tiros da Polícia com os bandidos, o jornalista foi atingido por uma bala perdida na cabeça e segue internado em coma induzido no Hospital da Unimed.

De acordo com o chefe da Polícia Civil em Pernambuco, Joselito Amaral, cinco pessoas participaram da ação, sendo que dois foram reconhecidos por testemunhas.

“As investigações avançaram e hoje estamos apresentando dois retratos falados dos assaltantes que participaram da ação. Os crimes são tentativa de homicídio, no caso do jornalista Alexandre Farias. Eles tentaram atirar nos policiais a atingiram o jornalista. Os demais crimes são por roubo qualificado e lesão corporal grave. Testemunhas estão nos ajudando e ajudaram a fazer os retratos falados”, disse.

Ainda de acordo com o chefe da Polícia Civil, os números 994887099 e 994887527 serão usados para ajudar a polícia com informações via WhatsAPP. O delegado informou ainda que os dois suspeitos têm entre 18 e 35 anos e estavam encapuzados no momento da ação e ambos têm estatura mediana e mais três envolvidos, que não foram identificados, estão envolvidos no crime.

“A gente sabe que foi um caso lamentável. O governo não aceita os números que aí estão e a cidade de Caruaru é uma das que mais recebeu investimentos. No último trimestre tivemos a menor taxa de homicídios no estado de Pernambuco. Se compararmos aos três meses anteriores, a redução mostra a realidade de um plano de ação do governo para conter a violência”, disse.

O chefe da Polícia Civil disse ainda que começa hoje em Caruaru mais uma etapa da Operação Força no Foco. “Temos as Polícias Miitar e Civil, Bombeiros, Detran, todos juntos para garantir com a Força Foco melhorar a segurança aqui na cidade. Vamos hoje para mais uma etapa, mas não por causa desse fato. O dia de hoje já estava programado no cronograma de planejamento da SDS”, disse.