ARTIGO —Para onde vamos?

Por Maurício Assuero

Estamos chegando ao final do terceiro trimestre do ano e a única coisa que nos alegra é a perspectiva de que o Brasil tenha um crescimento positivo que possa ser impulsionado pela entrada de recursos do 13º no final do ano. Pedir, nesse instante, uma taxa de crescimento maior é simplesmente exigir que um defunto ressuscite. Talvez em 2018, se as coisas continuarem dentro dessa infeliz incerteza, pode ser que cresçamos 1%. É pouco? Claro, mas o pior é continuar caindo.

Um dado importante que devemos destacar foi o resultado da Bolsa de Valores que bateu recorde esta semana. Muito mais do que confiança na economia, este movimento decorre da queda na taxa de juros. Bolsa de Valores e taxa de juros andam em sentidos contrários: quando um cai a outra sobe. Na Bolsa de Valores temos as operações de renda variável, por exemplo, que envolvem um nível de risco maior do que aplicações em títulos do governo. Então, com taxa de juros alta, o investidor aplica o capital em títulos do governo porque o retorno é mais seguro. Se a taxa de juros cai, os títulos do governo deixam interessantes e é hora de arriscar um pouco mais. Em contrapartida, o governo terá mais dificuldade em captar e com isso pagar suas contas.

Esse cenário é para demonstrar o quanto está difícil para o Brasil caminhar em qualquer direção que não seja para baixo. Temer visitou Noruega, Rússia, China, agora nos Estados Unidos abriu o discurso da ONU dizendo que o Brasil está no caminho do crescimento graças às reformas. Quais? A da previdência tem tudo para não sair este ano e se sair não será da forma concebida inicialmente. Entende-se que Temer buscar vender uma imagem que está muito distante da realidade. Cada um de nós esperava que tais visitas se convertessem em negócios. Ledo engano. As pessoas ouvem, mas não acreditam.

Nitidamente, a injeção dos recursos na economia com o FGTS das contas inativas, mesmo sendo usada para pagar dívidas, foi um momento importante que permitiu o consumo das famílias crescer. Agora com a proximidade do final do ano, as atenções se voltam para o 13º salário. Obviamente, que uma parcela representativa desse bônus vai para pagar dívidas, mas há sempre um apelo forte na questão das festas do final do ano e isso pode ser um fator decisivo para a economia. Chegaremos a 2018, um ano de eleição presidencial, e aí teremos uma grande incógnita. Uma coisa é certa: ao contrário de Lula que abriu as comportas para eleger Dilma, Temer não pode fazer isso. Seus 3,45% de aprovação e a rejeição de 80% a qualquer candidato apoiado por ele são um bom indicativo de que o governo não vai se endividar mais.

Confiança do consumidor cresce 1,4 ponto em setembro

O Índice de Confiança do Consumidor (ICC), da Fundação Getulio Vargas (FGV), subiu 1,4 ponto em setembro deste ano, depois de três quedas consecutivas provocadas pela crise política de maio. O indicador atingiu 82,3 pontos, o mesmo nível de junho, em uma escala de 0 a 200 pontos.

A alta foi provocada pela melhora da expectativa dos consumidores em relação ao futuro. O Índice de Expectativas avançou 2,2 pontos e chegou a 91,1 pontos, o mesmo patamar de abril. Já a satisfação dos consumidores com a situação atual ficou praticamente estável, ao variar apenas 0,2 ponto.

Segundo a coordenadora da pesquisa da FGV, Viviane Seda Bittencourt, o resultado parece estar relacionado a uma ligeira melhora na percepção sobre o mercado de trabalho e no gradual afastamento do risco de crise política. Apesar disso, o consumidor mantém perfil cauteloso.

Para 40% dos consumidores, vida financeira está ruim

Pelo segundo mês consecutivo, a confiança do consumidor voltou a crescer e atingiu 42,3 pontos em agosto, ante os 41,4 pontos em julho. Os dados do Indicador de Confiança do Consumidor (ICC) do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) mostram que o consumidor brasileiro segue cauteloso: 40% avaliam, no momento atual, sua vida financeira como ruim e apenas 12% como boa – já para a avaliação da economia, o percentual dos que acreditam estar ruim sobe para 79% e o de otimistas apenas 3%.

“Em geral, os consumidores tendem a ser mais otimistas ao tratar da própria vida financeira do que ao tratar da economia do país. Porém, nem sempre o otimismo possui justificativas sólidas”, afirma o presidente da CNDL, Honório Pinheiro. “A consolidação da melhora da percepção do momento atual e da confiança dependerá, essencialmente, da continuidade da retomada econômica no segundo semestre. Diversos indicadores econômicos já apontam alguma melhora, como é o caso da inflação, dos juros e mesmo da atividade econômica. Isso ainda não se reflete, todavia, no dia-a-dia do consumidor”, avalia.

Os dados do Subindicador de Condições Atuais, que registrou 30,1 pontos em agosto ante 30,2 pontos em julho, mostra que entre aqueles que avaliam o clima econômico como ruim, os principais sintomas são o desemprego elevado (49%), o aumento dos preços (25%) e as altas taxas de juros (8%).

Já quando se trata de responder sobre a própria vida financeira, o orçamento apertado e a dificuldade de pagar as contas são as principais razões para considerar a vida financeira ruim, apontadas por 36% desses consumidores. Os entrevistados mencionam também o desemprego (32%), a queda da renda familiar (17%), a perda de controle financeiro (5%) e imprevistos (4%).

Apenas 21% dos consumidores estão otimistas com o futuro da economia

A sondagem também procurou saber o que os brasileiros esperam do futuro da economia do Brasil e da sua própria vida financeira – o Subindicador de Expectativas, que registrou 54,5 pontos em agosto ante 52,7 pontos em julho. Acima dos 50 pontos, o resultado indica que a maior parte dos consumidores têm uma percepção positiva sobre o futuro de sua vida financeira e da economia.

Considerando as expectativas dos consumidores para a economia, apenas 21% disseram estar otimistas com os próximos seis meses, ao passo que 34% disseram estar pessimistas. De acordo com o indicador, 28% dos pessimistas com a economia não têm boas expectativas por acreditar que a corrupção atrapalha o desempenho do país. Outra razão citada é o alto nível de desemprego que ainda se nota (20%). Também se menciona a discordância com a atual política econômica (17%); o fato de as instituições e leis não favorecerem o desenvolvimento do país (13%) e a alta dos preços (10%).

No caso das expectativas para a vida financeira, 60% manifestaram boas expectativas para a vida financeira e 10% manifestam expectativas ruins ou muito ruins. Apesar disso, a maior parte dos consumidores otimistas não sabe ao certo justificar as razões do otimismo (37%). Há, no entanto, 27% que respaldam sua posição na perspectiva de conseguir um novo emprego ou promoção; 11% que acreditam que a economia irá melhorar, 8% que dizem estar investindo na profissão e 8% afirmam ter feito uma boa gestão das finanças.

75% notaram aumento na tarifa dos combustíveis entre julho e agosto

Para quase metade dos consumidores (52%), o que mais tem pesado na vida financeira familiar é o custo de vida. Também pesa sobre o orçamento das famílias o desemprego, citado por 17%, e o endividamento, mencionado por 13%. Além desses, 11% citam a queda dos rendimentos mensais e somente 4% dizem que nada está pesando sobre a vida financeira familiar.

Se o custo de vida incomoda, é nos supermercados que os consumidores mais percebem o aumento dos preços: 75% notaram que os preços aumentaram nesses locais em agosto, em comparação ao mês anterior. Para 75%, também aumentaram as tarifas de combustíveis (em julho o percentual era de 41%). Ainda houve a percepção de aumento dos preços de roupas e calçados (50%), bares e restaurantes (47%) e telefone fixo/celular (46%).

Metodologia

Foram entrevistados 801 consumidores, a respeito de quatro questões principais: 1) a avaliação dos consumidores sobre o momento atual da economia; 2) a avaliação sobre a própria vida financeira; 3) a percepção sobre o futuro da economia e 4) a percepção sobre o futuro da própria vida financeira. O Indicador e suas aberturas mostram que há confiança quando os pontos estiverem acima do nível neutro de 50 pontos. Quando o indicador vier abaixo de 50, indica falta de confiança.

ARTIGO — Ultimato para escolha entre trabalho e família e o assédio moral

Por Rachel Granero

Nos dias atuais, com a crise econômica mundial e o número elevado de desempregados, é mais comum do que se imagina a ocorrência do assédio moral dentro das empresas.

Trata-se de uma forma de agressão psicológica contra a dignidade humana e pode ocorrer tanto de forma direta como indireta, sendo que, para ser caracterizado o assédio moral, as ações devem ser prolongadas e repetitivas ao longo do tempo, levando a exposição do empregado. Assim, quando o empregado propõe na justiça ação de indenização por assédio moral, o juiz deverá analisar as provas dos fatos que ensejaram o pedido de indenização tanto à honra subjetiva, que é considerada a dignidade do ofendido perante si mesmo, quanto à honra objetiva, considerada a dignidade do ofendido perante terceiros, para estimar o valor da condenação.

Quando o trabalhador recebe um ultimato para optar entre o trabalho e a família configura o assédio moral?

Recentemente, tivemos um caso no estado do Tocantins em que um engenheiro, além de reclamar de perseguição constante e exigência de trabalho até altas horas da noite, também relatou em seu processo que o gerente chegou a fazer um ultimato para optar entre a família e o trabalho, devido a reclamações do engenheiro de sua jornada exaustiva, que não deixava tempo para estar com os familiares.

Nesse caso, a prova das condutas reiteradas e abusivas direcionadas ao empregado expondo-o a situações humilhantes e constrangedoras configuraram o assédio moral, seja pelas perseguições constantes, a sobrecarga de tarefas, as exigências incabíveis, a imposição de horários extenuantes, seja pelo dano psíquico emocional. Por fim, pelo ultimato para que o empregado optasse entre a família e o trabalho, o que restou na condenação da empresa ao pagamento de danos morais.

Portanto, com o objetivo de evitar possíveis condenações por dano moral, é importante que as empresas observem suas atitudes em relação aos seus empregados, posto que em todo local de trabalho há cobranças, críticas e avaliações dos trabalhadores, contudo, a forma e a continuidade da conduta que o empregador sinaliza ou adverte seu empregado é o que vai definir a configuração do assédio moral.

Fundos de Investimentos Imobiliários voltam a ficar atrativos em 2017

Com a perspectiva de continuidade de queda da Selic – atualmente em 8,25% e com projeção para fechar o ano em 7,5% – os títulos que pagam rendimentos atrelados à taxa devem permanecer atrativos. Entre os papéis que começam a se tornar mais interessantes para investidores que buscam um rendimento complementar estão os fundos de investimentos imobiliários.

Isso porque os fundos da categoria distribuem no mínimo 95% do resultado financeiro via rendimentos mensais e livre de imposto de renda para pessoas físicas. Em média, os FIIs têm distribuído 0,75% nos últimos meses, frente ao CDI líquido de 0,68% (considerando a alíquota de 15% do IR) e mais de 400 pontos comparados ao cupom da NTNB-26.

De acordo com o Boletim do Mercado Imobiliário divulgado pela B3 referente ao mês de julho de 2017, a maior fatia de investidores nos FIIs é de pessoa física, com 84,90%. O volume de estoque também acompanha o mesmo tipo de investidor, com 77,69%. “Os fundos imobiliários se destacam para este público por serem bastante acessíveis (negociado em bolsa) e apresentarem vantagens em relação ao aluguel de um imóvel, como a possibilidade de diversificação por tipo e região”, afirma o gerente de investimentos da Concórdia Corretora, Mauro Mattes.

O Índice de Fundos de Investimento Imobiliário – IFIX, indicador do desempenho médio das cotações de 74 fundos, aponta uma alta de 24,21% nos últimos 12 meses. De acordo com o relatório da B3, em 2013, quando a taxa de juros registrou o menor patamar da história – 7,25% –, a procura pelos FIIs aumentou consideravelmente. Mas em 2014, com o aumento da Selic, a demanda diminuiu (custo oportunidade renda fixa). Entretanto, desde o 2º semestre de 2016, com a queda da taxa, a procura vem aumentando novamente.

Segundo Mattes, este é um momento de oportunidade para os investidores “Com a tendência de mais queda de juros, os fundos imobiliários se tornam mais atraentes. Participamos de uma oferta pública de cotas da 5ª emissão de um fundo, o Fator Veritá Fundo de Investimento Imobiliário (VRTA11). Os investidores estão atentos a esta movimentação. Tanto é que a demanda superou a oferta. O volume da captação chegou a R$ 60 milhões, bem superior ao da 4ª emissão, de R$ 47 milhões” – completa.

IPTU verde deve virar realidade em Caruaru

camara (13)

Wagner Gil

Provocada pelo vereador Heleno Oscar (PEN), a Câmara de Vereadores realizou, na manhã da última quarta-feira (20), uma audiência pública para debater a criação do IPTU Verde, que consiste em oferecer descontos especiais para quem utilizar práticas sustentáveis (pessoa física ou jurídica). “É uma questão de bolso, pois vai oferecer desconto, mas o benefício vai mais além e chega na melhoria da qualidade de vida”, disse o edil. Alunos do Colégio Sagrado Coração, professores da Aces-Unita e de entidades não-governamentais também apresentaram propostas.

O encontro contou com a presença dos vereadores Marcelo Gomes (PSB), Fagner Fernandes (PTdoB), Bruno Lambreta (PDT), Alberes Lopes (PRP), Alisson da Farmácia (PPS), Leonardo Chaves (PDT), Zezé Parteira e o presidente Lula Torres (PDT). “Reunimos aqui muitos parlamentares e alguns deles não vieram porque foram numa missão sobre segurança, junto à prefeita Raquel Lyra, ao Palácio do Campo das Princesas”, disse Heleno.
O vereador destacou ainda a participação da professora universitária e engenheira ambiental, Mariana Cardoso. “Trouxemos aqui uma das maiores especialistas do Nordeste para tirar dúvidas e mostrar as vantagens que esse tipo de projeto pode trazer para Caruaru. Nós temos uma prefeita que apoia a ideia e acredito que vamos conseguir implementar esse imposto aqui.” O percentual do desconto e quais as práticas que devem ser utilizadas constam no pré-projeto que foi entregue ao Governo Municipal por Heleno Oscar.

Um dos assuntos comentados foi a perda de receita que a PMC poderia ter. A professora Mariana Cardoso contestou. “Se perde de um lado quando oferece um desconto, ganha-se de outro. Ela citou a redução dos custos com saúde, principalmente quando a qualidade do ar é boa. “Quando temos uma qualidade de vida e um ar melhor, a prefeitura vai gastar menos com problemas respiratório ou que são causados pela poluição. Na verdade, a criação do IPTU Verde numa cidade que se desenvolve tanto como Caruaru só traz ganhos para todos”, afirmou a professora.

O advogado Bruno Martins participou da concepção do pré-projeto. “Esse projeto foi bastante discutido e elaborado por várias cabeças que pensam e estudam sobre o tema. Cidades que já aplicam o IPTV Verde, como Curitiba e Salvador, foram analisados”, disse. “Saio daqui feliz pela boa participação que tivemos, principalmente de alunos e professores universitários”, explanou o ambientalista e professor Alexandre Henrique, que abriu o evento falando sobre o Rio Ipojuca.

68% dos micro e pequenos empresários não pretendem investir em seus negócios

Embora a taxa básica de juros da economia esteja em trajetória de queda, os empresários de menor porte ainda não se sentem estimulados o suficiente para retomar os investimentos na prática. O Indicador de Propensão a Investir da Micro e Pequena Empresa caiu levemente, passando de 27,7 pontos para 25,7 pontos na passagem de julho para agosto deste ano. Nos meses de agosto de anos anteriores, o índice também era maior: 28,1 pontos em agosto de 2016 e 29,6 em agosto de 2015. Os dados são apurados pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL). A escala do indicador varia de zero a 100, sendo que quanto mais próximo de 100, maior o número de empresários dispostos a investir; quanto mais distante de 100, menor essa propensão.

O resultado de agosto, ainda distante dos 100 pontos, revela que a maior parte dos empresários não está disposta a empregar recursos na melhoria ou expansão dos negócios nos próximos 90 dias. Em termos percentuais, 68% dos micro e pequenos empresários afirmaram que não pretende investir nesse período e 10% não sabem se o farão. As razões do pessimismo estão, em sua grande parte, relacionadas à crise pela qual o país ainda atravessa: 37% apontam o fato de não ver necessidade, 33% mencionam a não recuperação da economia e 14% a falta de recursos.
creinvestset1
Considerando a parcela minoritária dos 22% que manifestaram intenção de investir, 48% justificam essa decisão como uma tentativa de gerar aumento de vendas. Em seguida aparecem a adaptação da empresa a uma nova tecnologia (17%) e a necessidade de atender ao aumento da demanda (12%). O principal tipo de investimento é a ampliação do estoque (33%), seguida da compra de equipamentos (29%), reforma das instalações (25%), investimento em mídia e propaganda (22%) e ampliação do portfólio de produtos ou serviços oferecidos aos clientes (18%).

Para quem vai investir, o capital próprio aparece como o principal recurso. Seis em cada dez (65%) desses empresários usarão o dinheiro de poupança ou outras aplicações pessoais e 12% planejam vender algum bem para adquirir os recursos do investimento. Apenas 14% vão recorrer a empréstimo em bancos ou financeiras.

Para o presidente da CNDL Honório Pinheiro, o momento econômico faz com que os empresários se sintam receosos em comprometer recursos financeiros com dívidas. “Tendo em vista que a demanda por parte do consumidor ainda está fraca, são poucos os empresários que assumem o risco de um investimento que pode não se justificar. A queda da Selic é positiva, mas ainda demandará tempo para que os efeitos dessa medida sejam sentidos no dia a dia dos empresários e consumidores. Políticas que reduzam o custo do crédito e os entraves para sua contratação podem traduzir-se em oportunidade de expansão de muitos negócios”, garante Pinheiro.

Apenas 5% dos micro e pequenos empresários pretendem contratar crédito de terceiros; 22% criticam juros elevados

Reflexo da falta de apetite por investimentos, a demanda por tomada de crédito também se manteve baixa no último mês de agosto. Houve uma queda discreta de 11,3 pontos para 10,8 pontos na passagem de julho para agosto deste ano no Indicador que mensura a demanda por crédito, segundo dados apurados pelo SPC Brasil e pela CNDL. O índice também é inferior ao observado nos mesmos meses de anos anteriores: 13,9 pontos em agosto de 2015 e 15,5 pontos em agosto de 2016. Com o resultado, o número se distanciou ainda mais da marca de 100 pontos. Quanto mais próximo de 100, maior é a probabilidade de os empresários procurarem crédito e, quanto mais próximo de zero, menos propensos eles estão para tomar recursos emprestados para os seus negócios.

creinvest2

Em termos percentuais, 87% dos micro e pequenos empresários consultados não tem intenção de contratar crédito nos próximos três meses, contra 5% que pretendem fazê-lo e 6% de indecisos. A principal razão para não contratar crédito é o fato de muitos desses empresários conseguirem manter-se com recursos próprios, mencionado por 39% deles. Outro entrave na avaliação dos entrevistados são as altas taxas de juros, alvo de críticas de 22% da amostra. Outros 18% mencionam a insegurança com as condições econômicas, que acabam desencorajando os empresários a assumirem compromissos de longo prazo.

Questionados sobre o grau de dificuldades que encontram para conseguir empréstimos e financiamentos para a sua empresa, a maior parte dos entrevistados diz considerar difícil (38%), principalmente por conta do excesso de burocracia (48%) e dos altos juros (33%). Para 19%, porém, a tomada de crédito é tida como fácil.

Metodologia

Os Indicadores de Demanda por Crédito e de Propensão para investimentos do Micro e Pequeno Empresário (IDCI-MPE) calculados pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) levam em consideração 800 empreendimentos com até 49 funcionários, nas 27 unidades da federação, incluindo capitais e interior. As micro e pequenas empresas representam 39% e 35% do universo de empresas brasileiras nos segmentos de comércio e serviços, respectivamente.

Caruaru é finalista no Prêmio Desafio do Município Inovador em Educação

Caruaru está entre os finalistas do “Prêmio Desafio do Município Inovador em Educação”, que é promovido pela Escola de Inovação e Políticas Públicas (EIPPE), da Fundação Joaquim Nabuco (Fundaj) e tem como objetivo buscar, identificar e catalisar novidades em políticas públicas nos municípios de Pernambuco.

Para o secretário de Educação, Rubenildo Moura, o prêmio é um estímulo aos professores e gestores das escolas municipais a desenvolverem ideias que ajudem a melhorar a qualidade do ensino. “O desafio é a prova de que as pequenas ações e atitudes podem virar grandes conceitos em favor do desempenho de políticas públicas de educação. Ser finalista, é uma grande satisfação para nós que temos buscado, diuturnamente, avanços para qualidade educacional do nosso município”, garantiu.

O resultado final será divulgado no dia 15 de outubro, deste ano, e o vencedor receberá capacitações, cursos e consultorias, equivalentes a R$ 100 mil, voltados para suporte técnico a quem implementar o projeto.

22 países entendem que a imigração está crescendo sem trazer impactos positivos

O brasileiro, assim como o resto do mundo, avalia que o número de imigrantes está crescendo nos últimos anos sem apresentar benefícios para a população local. Uma pesquisa Global da Ipsos realizada em 25 países, com cerca de 18 mil pessoas, identificou que 42% dos entrevistados disseram que o impacto da imigração em seu país foi negativo, enquanto 21% apontaram aspectos positivos.

A pesquisa revela ainda que 48% dos entrevistados apontaram que existem muitos imigrantes em seus países – no Brasil o indicador fica abaixo da média mundial, 35%. E que nos últimos cinco anos, para 75% das pessoas ouvidas a quantidade de imigrantes no seu país aumentou – entre brasileiros o dado é de 86%.

A preocupação dos brasileiros com o impacto da imigração nos serviços públicos é uma das mais baixas do mundo. Um terço demonstrou desconforto. Já a média mundial é de 49%, mas em países como Turquia e Itália o percentual supera 60%.

A pesquisa ouviu 17.903 adultos entre 24 de junho e 8 de julho nos seguintes países: Argentina, Austrália, Bélgica, Brasil, Canadá, França, Alemanha, Grã-Bretanha, Hungria, Índia, Itália, Japão, México, Nova Zelândia, Peru, Polônia, Rússia, Arábia Saudita, Sérvia, África do Sul, Coréia do Sul, Espanha, Suécia, Turquia e Estados Unidos.

Sobre a Ipsos
A Ipsos é uma empresa independente global na área de pesquisa de mercado presente em 88 países. A companhia tem mais de 5 mil clientes e ocupa a terceira posição na indústria de pesquisa. Maior empresa de pesquisa eleitoral do mundo, a Ipsos atua ainda nas áreas de publicidade, fidelização de clientes, marketing, mídia, opinião pública e coleta de dados. Os pesquisadores da Ipsos avaliam o potencial do mercado e interpretam as tendências. Desenvolvem e constroem marcas, ajudam os clientes a construírem relacionamento de longo prazo com seus parceiros, testam publicidade e analisam audiência, medem a opinião pública ao redor do mundo. Para mais informações, acesse: https://www.ipsos.com/pt-br , www.ipsos.com, https://youtu.be/QpajPPwN4oE, https://youtu.be/EWda5jAElZ0 e https://youtu.be/2KgINZxhTAU.

ARTIGO — Organizar as finanças pode evitar as brigas dos casais

Por Dora Ramos

É muito comum ouvirmos de especialistas e até mesmo dos próprios casais que o dinheiro – ou a falta dele – sempre foi um dos principais motivadores de divórcios e separações. Eu, sinceramente, não tenho como afirmar isso, mas defendo que a saúde financeira sempre está diretamente ligada a uma vida feliz, independentemente do estado civil em que a pessoa se encontra.

Na verdade, não existe uma forma pronta, que possa se encaixar em qualquer relacionamento, porém um fator é essencial: falar sobre dinheiro. Esse é um tabu presente em muitos casamentos de décadas, e precisa ser derrubado. O casal precisa se sentar para conversar e definir como gerir as contas. É preciso colocar na ponta do lápis ou em uma planilha as despesas comuns, como gastos certos de todo mês, prestações do cartão de crédito, financiamento de bens maiores (geladeira, televisão, carro, casa etc.), possibilidades de poupança e preços de coisas menos essenciais, como viagens e presentes em épocas de festas.

Depois de relacionar todas as despesas, o casal deve pôr na ponta do lápis os salários, a fim de determinar qual a contribuição de cada um para as contas, seja em valores brutos ou em percentual. No caso de profissionais liberais, isso pode variar de mês em mês, no entanto o planejamento conjunto e o diálogo também podem evitar surpresas desagradáveis e, consequentemente, brigas.

Outra discussão muito presente é a opção por uma conta e um cartão de crédito conjuntos. E a dica também é semelhante: é necessária muita conversa para definir se a melhor alternativa é uma conta para os dois, uma para cada ou contas individuais e outra para o casal. Não há uma regra, mas é necessário saber quão desconfortáveis os dois se sentem ao compartilhar as informações de seus gastos.

Contar com a ajuda e a confiança do parceiro, abrir mão de gastos desnecessários, dividir as despesas de forma justa e, acima de tudo, conversar são fatores que garantem um orçamento planejado. E, ao menos no ponto de vista financeiro, uma vida saudável ao casal.