Ex-governador e quatro ex-secretários do Amazonas voltam à prisão

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Congresso em Foco

O ex-governador do Amazonas José Melo e quatro ex-secretários de governo estão presos na Superintendência da Polícia Federal do Amazonas, em Manaus. Eles foram detidos novamente no final da tarde de domingo (31). A Justiça Federal determinou as prisões após acatar pedido do Ministério Público para reverter decisão do juiz de plantão Ricardo Salles, que no dia 26 de dezembro libertou o ex-governador e os ex-secretários.

Mello e seus ex-secretários estavam detidos desde 21 de dezembro, acusados de desvio de R$ 50 milhões da saúde pública do Amazonas.

A juíza federal Ana Paula Serizawa considerou que não existem documentos ou fatos novos a serem considerados e que não cabe a juiz plantonista revisar decisão anterior. Com base nesses argumentos, a magistrada anulou a prisão domiciliar concedida aos acusados e determinou a expedição imediata dos novos mandados de prisão.

De acordo com a Polícia Federal, ainda não há previsão de transferência dos presos do prédio da superintendência para presídio federal. O ex-governador do Amazonas foi cassado em maio do ano passado por compra de votos na eleição de 2014. Na época, ele afirmou que considerava a decisão injusta e negou a prática de qualquer ato reprovável.

País não vai tremer se Lula for preso, diz FHC

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Congresso em Foco

Para o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB), o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, tem de provar que é capaz de aglutinar o centro do espectro político e de “transmitir uma mensagem” aos brasileiros para se viabilizar como candidato à Presidência. Em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo, FHC também minimizou os reflexos na sociedade de uma eventual prisão do ex-presidente Lula.

Segundo o tucano, o país não “tremerá” caso a Justiça determine o início do cumprimento da pena a nove anos de prisão imposta em primeira instância pelo juiz Sérgio Moro ao petista no caso do triplex do Guarujá (SP).

“Do ponto de vista do país, é sempre ruim. É ruim para o país e para a memória, mas não acredito que a população vai tremer nas suas bases por causa disso. Não acho que o país vai tremer em função disso. É claro que existe também uma estratégia política do PT: a perseguição. Se o julgamento terminar em condenação, tem que aceitar”, afirma.

FHC atribuiu ao populismo e ao nível educacional “relativamente pouco desenvolvido” a liderança de Lula nas pesquisas eleitorais mesmo com as denúncias da Lava Jato. “Aqueles que dão às pessoas a sensação de que atenderam às suas carências ganham uma certa permissão para se desviar da ética. É pavoroso, mas é assim. É populismo. É a cultura que prevalece nesses países. A nossa está em fase de mudança. Aqui a sociedade já tem mais informação. Nos regimes parlamentaristas têm menos chance de que isso aconteça. Tem mais filtros. A emoção global não leva de roldão. Pode alguém irromper, mas difícil é governar depois.”

Na entrevista, o ex-presidente diz que o PSDB faz, à sua maneira, uma autocrítica com a mudança no comando do partido, marcada pela saída de Aécio Neves da presidência meses após ser bombardeado com acusações da Lava Jato. “Mudou a direção e, ao mudar, escolheu pessoas com responsabilidade. Não que os outros não tivessem. Aécio não é um irresponsável. Fez coisas positivas para o PSDB. Mas o partido tem que dizer que, se houve erro de algum peessedebista, problema dele. O partido não tem que se solidarizar com o erro de seus filiados.”

Segundo o ex-presidente, a Lava Jato demonstrou ao país a existência de um sistema de poder político baseado na propina, mas também comete excessos. “A Lava Jato foi um marco importante na vida brasileira, o que não quer dizer que não tenha excessos aqui e ali. Acho um pouco exagerada essa vontade de vingança que existe hoje”, avalia.

Fernando Henrique minimizou as denúncias de corrupção envolvendo o PSDB, sobretudo o paulista. “As instituições ficaram comprometidas. O PSDB não participou desse sistema nem em São Paulo. No caso de São Paulo, se houve algum malfeito no Rodoanel (uma das obras em investigação – teria havido cartel para linhas de metrô também), não foi o PSDB que fez ou o governador que organizou. Aqui não se organizou esquema. Não tem um tesoureiro do PSDB que pegou dinheiro. Houve um cartel, mas contra o governo”, defendeu.

Na avaliação do tucano, os tucanos podem até apoiar outro nome caso Alckmin não demonstre capacidade de unir o centro. Para ganhar a eleição, considera, é preciso reunir esse espectro político em torno de bandeiras de governo. “Se houver alguém com mais capacidade de juntar, que prove essa capacidade e que tenha princípios próximos aos nossos, temos que apoiar essa pessoa.”

O ex-presidente também comentou sobre o perfil de Lula e Bolsonaro, candidatos que polarizam as pesquisas eleitorais. Disse desconhecer o que pensa o deputado fluminense sobre qualquer tema e reconheceu a capacidade de articulação política e comunicação de seu sucessor no Palácio do Planalto.

“O Lula mesmo se declarou uma metamorfose ambulante. Ele é extremamente sensível aos estímulos do momento. Sabe se posicionar definindo o inimigo. Esse inimigo varia, de acordo com o momento. O que ele tem não é demagogia no sentido banal, mas a capacidade de explicar. É muito importante em uma sociedade de massa que o líder fale. A sociedade nem sempre quer ouvir, mas agora está aberta porque está perplexa. É preciso que alguém toque nas cordas sensíveis à população. O Lula toca de ouvido”, entende.

“O candidato sem capacidade de expressão tem dificuldade de se firmar, ainda que esteja certo. Eu não conheço o Bolsonaro. Ele era deputado no meu tempo e não tinha uma expressão maior. Queria me fuzilar, mas nunca dei atenção. Não sei o que ele pensa sobre qualquer tema. Não sei se ele é capaz de expressar o que pensa sobre qualquer tema. Às vezes a pessoa, mesmo sem ter a capacidade de expressar, simboliza”, acrescenta.

Morre o ex-ministro e ex-deputado Armando Monteiro Filho

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Morreu na manhã desta terça-feira (2), em Recife, o ex-deputado e ex-ministro Armando Monteiro Filho. Pai do senador Armando Monteiro Neto (PTB-PE), ele tinha 92 anos e faleceu em decorrência de complicações no sistema respiratório. O corpo do político, empresário e engenheiro será velado no Cemitério Morada da Paz, na capital pernambucana.

Genro do ex-governador Agamenon Magalhães, Armando Monteiro Filho foi ministro da Agricultura no governo João Goulart, entre 1961 e 1962. Também foi deputado estadual e federal. Em 1962 ficou na terceira colocação na disputa ao governo estadual, vencida por Miguel Arraes. Durante a ditadura, fez oposição ao regime militar. Foi filiado ao MDB e ao PDT. Em 1994 participou de sua última eleição, mas não conseguiu se eleger senador.

Apesar de governadores presos, RJ teve os parlamentares mais bem avaliados em 2017

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Sérgio Cabral, Anthony Garotinho e Rosinha Garotinho. Durante algumas semanas o Rio de Janeiro chegou a ter, simultaneamente, três ex-governadores na cadeia em 2017. Cabral é o único que começa 2018 atrás das grades, condenado a penas que somam mais de 80 anos de prisão. Mesmo assim, um grupo de políticos fluminenses teve motivo de sobra para comemorar. Entre eles, os antagônicos deputados Eduardo Bolsonaro (PSC) e Jean Wyllys (Psol).

Com oito representantes, o estado foi o que reuniu mais parlamentares entre os 48 deputados e senadores apontados entre os melhores na histórica décima edição do Prêmio Congresso em Foco. O número de premiados pelo Rio de Janeiro foi o mesmo registrado por São Paulo. A diferença é que os paulistas têm a maior bancada do Congresso (73 parlamentares nas duas Casas, ante os 49 dos fluminenses). Minas Gerais ficou na terceira colocação, com seis homenageados.

Ao todo, 16 estados e o Distrito Federal emplacaram deputados e senadores na lista dos melhores do ano (veja os números na imagem abaixo). Os premiados foram escolhidos por três públicos distintos: um júri formado por cinco representantes da sociedade civil; jornalistas que cobrem as atividades da Câmara e do Senado e a população por meio da votação na internet. Saíram do Rio de Janeiro os deputados mais votados nos três filtros (veja ao fim do texto a relação de todos os premiados).

Também o PT, que viveu seu inferno com a condenação do ex-presidente Lula em primeira instância, teve motivos para comemorar. Foi o partido que emplacou o maior número de parlamentares entre os premiados: nove ao todo. Mas o principal vencedor entre as legendas foi o Psol, cujos seis integrantes foram apontados pelos três públicos dentre os melhores de 2017. Seis também foi o número de peemedebistas destacados. O partido, porém, tem a maior bancada do Congresso.

Ao todo, 17 legendas tiveram ao menos um nome entre os premiados. Desde que o prêmio foi criado, em 2006, somente os deputados Chico Alencar (Psol-RJ) e Luiza Erundina (Psol-SP) foram premiados em todas as suas dez edições. Outros três ficaram de fora da disputa apenas uma vez: os senadores Cristovam Buarque (PDT-DF) e Paulo Paim (PT-RS) e o deputado Ivan Valente (Psol-SP).

Retrospectiva 2017: 85% dos brasileiros tiveram que fazer cortes no orçamento

Se 2018 começa com boas expectativas para a economia do Brasil e para a vida financeira pessoal, o ano que passou deixou más lembranças na vida dos consumidores: para 55% dos entrevistados pelo SPC Brasil a economia piorou em 2017 se comparada a 2016 e apenas 13% acham que ela melhorou.

Considerando as finanças pessoais, quatro em cada dez (41%) afirmam que também piorou na mesma base de comparação. Dentre os principais motivos, os mais citados são o aumento do valor de produtos e serviços sem o aumento paralelo dos rendimentos (55%), a diminuição da renda familiar (31%) e o endividamento (28%). Entre os 20% que acreditam que melhorou, os principais fatores são ter conseguido organizar o orçamento (36%), porque mais pessoas da casa estão trabalhando (20%) e porque seus negócios prosperaram (18%).

A pesquisa mostra que 85% tiveram que fazer cortes ou ajustes no orçamento em 2017, principalmente as refeições fora de casa (63%), a compra de itens e vestuário, calçados e acessórios (56%), e itens supérfluos de supermercado (49%).

Segundo a economista-chefe do SPC Brasil, Marcela Kawauti, o aumento dos níveis de consumo estará em grande parte associado à criação de postos de trabalho e à melhora da atividade econômica, como um todo. “O consumo está começando a reagir, mas a intensidade dessa reação dependerá da volta dos investimentos e das políticas de combate ao desemprego. Só assim a confiança do consumidor poderá ser reestabelecida”, avalia.

”Pernambuco perdeu um dos seus mais expressivos quadros na vida política e empresarial”, afirma Humberto Costa

“Pernambuco perdeu um dos seus mais expressivos quadros na vida política e empresarial. Tive a oportunidade de externar meu reconhecimento a esse grande homem público quando o indiquei para receber o Diploma José Ermírio de Moraes, no Senado Federal, em homenagem à sua brilhante, exitosa e honrada trajetória de vida. A morte de Armando Monteiro Filho nos deixa a tristeza da sua ausência. Mas fica impresso na memória do nosso Estado o exemplo da forma elevada como pautou sua atuação na vida pública.”

Humberto Costa – Senador da República

Laura Gomes, líder da bancada do PSB na Assembleia Estadual, lamenta a morte de Armando Monteiro Filho

É com pesar que recebi a notícia do falecimento de Armando Monteiro Filho. Eu e Jorge Gomes conhecemos o ex-ministro da Agricultura em 1982, e durante todo esse tempo, tivemos uma excelente convivência com ele e Maria do Carmo Monteiro, sua esposa. Aprendemos a admirá-lo pela simplicidade e humildade. Meus sentimentos para toda família e amigos deste pernambucano que tanto nos orgulhou e que teve uma trajetória honrada e valiosa para a história política e empresarial no nosso Estado.

Laura Gomes

Compesa trabalha nos reparos da Adutora de Jucazinho que estourou na manhã de hoje em Caruaru

A Compesa está realizando os reparos na tubulação da adutora de Jucazinho onde houve um estouramento na manhã desta terça-feira, 02/01, em Caruaru, durante os testes para o abastecimento das cidades de Riacho das Almas, Cumaru e Passira. O problema ocorreu próximo à Estação de Tratamento de Água do Salgado (ETA-Salgado). Assim que teve conhecimento do caso, a companhia iniciou os procedimentos para estancar o vazamento. A equipe de manobra desligou o sistema de imediato. Equipes de manutenção estão no local providenciando os reparos na rede. Outros dois vazamentos menores encontrados na rede adutora de Jucazinho no bairro São João da Escócia e próximo ao Cemitério Parque dos Arcos também estão sendo consertados. Os serviços devem ser concluídos em até 24 horas. A Compesa informa ainda que este caso não afeta o abastecimento de Caruaru. Sobre a invasão da água em casas na Rua Rodopiano Florêncio, no bairro do Salgado, a companhia enviou equipes ao local para dar suporte aos moradores atingidos e vai fazer um levantamento dos prejuízos causados para providenciar a indenização.

Principal meta dos brasileiros para 2018 é juntar dinheiro, mostra pesquisa do SPC Brasil e CNDL

Os brasileiros chegaram ao fim de 2017 com a sensação de que o auge da recessão mais grave enfrentada pelo país já ficou para trás. Porém, ainda é tempo de contabilizar perdas e mudanças na gestão do orçamento familiar impostas pela crise. Assim, 2018 traz otimismo, mas também cautela. O Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e a Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) pesquisaram quais são as expectativas e projetos dos brasileiros para 2018 e mostram que, mais da metade dos brasileiros (54%) estão mais otimistas com o cenário econômico de 2018 e 58% acreditam que a sua vida financeira também será melhor. A pesquisa mostra que as principais metas financeiras para este ano são juntar dinheiro (45%) e sair do vermelho (27%).

Porém, em uma nota que vai de 1 a 10, onde 1 é muito ruim e 10 é muito bom, a expectativa para a economia brasileira para 2018 é de 5,7 e a da vida financeira pessoal é de 6,7. Entre os que acham que a situação da economia vai piorar (13%), as principais consequências serão ter de evitar gastos com coisas desnecessárias para guardar dinheiro (54%), comprar menos (45%) e ficará mais difícil de economizar e fazer reserva financeira (41%). Já 19% acreditam que o cenário econômico em 2018 será igual a 2017.

Como medida para superar os problemas decorrentes da crise econômica em 2018, a maior parte dos entrevistados deve evitar o uso do cartão de crédito (26%), organizar as contas da casa (25%) e aumentar a renda fazendo trabalhos extras (22%).

De acordo com o presidente do SPC Brasil, Roque Pellizzaro, a insegurança de parte significativa dos brasileiros é resultado de uma combinação de fatores. “De um lado, o cenário de incerteza em relação a eleição presidencial que se aproxima, com alto grau de imprevisibilidade e que também afeta a percepção do mercado; do outro, a lentidão do país para superar os obstáculos que impedem a retomada da atividade econômica, situação agravada pelos níveis de desemprego ainda elevados”, afirma Pellizzaro. “Fica a impressão de que a qualquer momento é possível ter de enfrentar uma demissão, por exemplo. Isso só vai mudar a médio prazo, à medida que as pessoas forem sentindo a melhora dos indicadores econômicos no dia a dia”.

Em 2018, apesar dos problemas econômicos do país, 38% não gostariam de abrir mão de fazer uma reserva financeira, 29% não querem abrir mão dos planos de celular e internet e 23% do plano de saúde. Segundo os entrevistados, os principais fatores que podem influenciar o aumento do seu consumo no ano que se inicia são o preço dos produtos (47%), as promoções (40%) e a melhora na economia (32%).

O levantamento do SPC Brasil mostra ainda que em 2018, pensando na vida financeira, 44% pretendem fazer alguma reserva, 14% querem financiar uma casa própria e 12% pretendem financiar um automóvel.

Entre os principais temores para 2018 estão possíveis problemas de saúde (40%), ser vítima de violência ou assalto (32%) e não conseguir pagar as dívidas (31%). A corrupção foi lembrada, sendo para 86% dos brasileiros, o problema mais importante do País a ser resolvido em 2018, seguida pela crise econômica (61%), a violência (58%), saúde (47%), educação (41%), e o desemprego (37%).

Raquel Lyra lamenta a morte do ex-ministro da Agricultura, Armando Monteiro Filho

É com muito pesar que recebo a notícia do falecimento do ex-ministro da Agricultura, Armando Monteiro Filho. Homem que teve uma longa trajetória no empresariado e lutou firmemente pela democracia e pelos interesses de Pernambuco e do Brasil. Presto minha solidariedade aos seus familiares e amigos.

Raquel Lyra – Prefeita de Caruaru