Venda de veículos fecha 2017 com alta de 9,23%

Agência Brasil

As vendas de veículos novos subiram 9,23% no país em 2017, com a comercialização de 2.239.403 automóveis, comerciais leves (como picapes e furgões), caminhões e ônibus, acima do total de 2.050.240 unidades vendidas em 2016. Os números são do balanço divulgado ontem (4) pela Federação Nacional da Distribuição dos Veículos Automotores (Fenabrave). Em 2016, a entidade registrou queda de 20,47% nas vendas de veículos.

O mês de dezembro também representou alta, de 4,13% com a marca de 212.629 unidades emplacadas. Em novembro, foram vendidos 204.196 veículos.

“A soma dos fatores positivos e a entrada dos recursos do décimo terceiro no orçamento das famílias fortaleceram o sentimento de confiança e a expectativa dos consumidores, que foram às concessionárias comprar seu automóvel 0 km”, disse o presidente da Fenabrave, Alarico Assumpção Júnior.

Expectativa

A expectativa da federação é de manutenção do clima favorável às vendas, registrando novo ciclo de crescimento, podendo alcançar 10,3% em relação ao ano passado, somados todos os segmentos.

Para os segmentos de automóveis e comerciais leves, a expectativa é de alta de 11,9% sobre os resultados de 2017. Já para caminhões e ônibus, a Fenabrave projeta crescimento de 8,6%, sendo 9,5% para caminhões, 5,4% para ônibus e 7,8% para implementos rodoviários.

O segmento de motocicletas, que vem sofrendo sucessivas quedas desde a crise de 2008, poderá apresentar alta estimada em 6,5%. Para tratores, a previsão é de alta de 5,1% e para colheitadeiras, de 5,4%.

Contratações de novos projetos pelo BNDES crescem 26% em 2017

Alana Gandra – Repórter da Agência Brasil

0s novos projetos contratados pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para financiamento na área de infraestrutura cresceram 26% em 2017, em relação ao ano anterior, alcançando R$ 19,45 bilhões, enquanto os desembolsos para o setor evoluíram 13% na mesma comparação, com total de R$ 19,83 bilhões.

Os números foram divulgados ontem (4), no Rio de Janeiro, pela diretora da área de Infraestrutura da instituição, Marilene Ramos. “É um crescimento significativo. Mesmo em um cenário de crise econômica, conseguimos aprovar novos projetos, o que vai dar uma perspectiva de manter os desembolsos elevados nos próximos anos e, também, este ano, já alcançar um crescimento dos desembolsos dessa ordem”, disse a diretora.

A expectativa para 2018 é que os desembolsos sejam ainda maiores, devido ao grande número de projetos que já estão no banco, contando também com aqueles resultantes dos recentes leilões na área de energia e de transportes, rodovias, renovação das concessões ferroviárias, entre outros segmentos. “Tudo isso alimenta os novos projetos na área de infraestrutura e possibilita ao banco colocar mais recursos na economia”, destacou Marilene. As liberações para a área de infraestrutura correspondem, historicamente, entre 30% e 40% do total dos desembolsos do BNDES.

Na área de energia, que é grande demandante de financiamento no banco, a diretora destacou que todos os segmentos (geração, transmissão, produção) estão no foco do BNDES, embora as energias renováveis e projetos de eficiência energética sejam prioridade para apoio. Nos setores de logística, saneamento, mobilidade e transportes, Marilene afirmou que a expectativa também é de aumento em 2018.

A diretora lembrou que muitos projetos que tiveram os desembolsos interrompidos por conta de problemas, como os decorrentes da Operação Lava Jato, além de dificuldades de investidores, estão passando por uma troca de controle. Segundo ela, à medida que os problemas forem sendo resolvidos, as liberações poderão ser retomadas e, inclusive, ter perspectiva de novos financiamentos.

Biênio

A carteira de projetos já enquadrados e em análise pelo banco soma R$ 35,9 bilhões em financiamentos no biênio 2018/2019, dos quais R$ 14,5 bilhões na área de energia, R$ 13,9 bilhões em logística, R$ 6 bilhões em mobilidade urbana e R$ 1,53 bilhão em saneamento.

Marilene Ramos informou que, incluindo o potencial de projetos que os novos leilões de energia trouxeram, a carteira de financiamento do BNDES em infraestrutura até 2019 se eleva para R$ 54 bilhões, o que representa investimentos no país de R$ 80 bilhões. A meta é aprovar pelo menos 50% dos projetos em até 180 dias. Segundo a diretora, trata-se de “uma meta ousada”, “principalmente quando se fala de project finance [mecanismo de captação de recursos para o financiamento de empreendimentos de infraestrutura, cujos contratos são baseados na análise e quantificação dos riscos envolvidos]”.

Com essa carteira, ela acredita que não será difícil chegar este ano a uma contratação acima de R$ 30 bilhões, dentro do potencial vislumbrado de R$ 54 bilhões, considerando todos os setores da área de infraestrutura. Será dada máxima prioridade aos projetos de impacto social e ambiental. Os desembolsos devem subir de R$ 19,83 bilhões, registrados no ano passado, para R$ 23 bilhões em 2018.

Saneamento

Marilene informou que atualmente os sete estados (Acre, Alagoas, Amapá, Ceará, Pará, Pernambuco e Sergipe) estão com estudos e modelagens em andamento, coordenados pelo banco. Os mais adiantados são Amapá, Acre e Pará. Segundo a diretora, o BNDES já tem condições de apresentar aos estados os possíveis modelos de privatização dos serviços de saneamento, “para que eles decidam como caminhar”. As unidades da Federação mais adiantadas têm chance de realizar leilões no primeiro semestre deste ano.

De acordo com a diretora, o processo eleitoral poderá adiar um pouco a realização dos pregões. Para Marilene, contudo, não há sinalização da parte desses sete estados de paralisar o processo de privatização dos serviços, em função da eleição. Esses leilões poderão alimentar a carteira de novos projetos do banco nessa área. “Nós sabemos que até que haja o leilão e que o parceiro privado tenha o seu plano de investimento aprovado, isso só vai resultar em novos financiamentos a partir de 2019”.

Tesouro

Marilene Ramos está confiante que haverá recursos para atender toda a demanda, mesmo que o banco tenha que devolver parte significativa de dinheiro este ano ao Tesouro Nacional. “Por enquanto, isso não representa uma efetiva ameaça”. A diretora esclareceu que, além de ter fontes tradicionais de recursos, o BNDES tem capacidade de buscar outras fontes para continuar financiando o desenvolvimento do país e, principalmente, o setor de infraestrutura, “onde o Brasil é tão deficiente”. Ela afirmou que a devolução de R$ 130 bilhões ao Tesouro não está definida. O assunto é tratado pela presidência do banco.

Marilene Ramos afirmou que a entrada em vigor este mês da Taxa de Longo Prazo (TLP), que substituiu a antiga Taxa de Juros de Longo Prazo (TJLP), usada pelo banco em suas operações, não foi sentida pela instituição com uma fuga dos requisitantes de financiamento. “Eles continuam nos procurando, trazendo projetos, mesmo em um cenário de financiamento em TLP, uma taxa mais próxima de mercado”.

Famílias com renda até 2,5 salários mínimos tiveram inflação de 2,07% em 2017

Vitor Abdala – Repórter da Agência Brasil

O Índice de Preços ao Consumidor – Classe 1 (IPC-C1), que mede a variação de preços da cesta de compras para famílias com renda até 2,5 salários mínimos, fechou 2017 com uma taxa de 2,07%. Segundo a Fundação Getulio Vargas (FGV), o índice ficou abaixo dos 6,22% acumulados em 2016.

O IPC-C1 também ficou abaixo do Índice de Preços ao Consumidor – Brasil, que mede a inflação para todas as faixas de renda e que fechou o ano de 2017 em 3,23%.

O recuo da taxa do IPC-C1 entre 2016 e 2017 foi provocado principalmente pela deflação (queda de preços) de 2,06% dos alimentos no ano passado. Em 2016, o grupo de despesas alimentação havia registrado inflação de 7,10%.

Os produtos e serviços de comunicação também passaram de uma inflação em 2016 (3,10%) para uma deflação em 2017 (-0,31%).

As outras seis classes de despesas do IPC-C1 tiveram inflação, mas cinco delas tiveram uma alta de preços mais moderada em 2017 do que em 2016: vestuário (passou de uma inflação de 3,59% para uma taxa de 1,48%), saúde e cuidados pessoais (de 9,73% para 4,49%), educação, leitura e recreação (de 8,88% para 5,14%), transportes (de 7,80% para 4,72%) e despesas diversas (de 11,21% para 3,87%).

A única classe de despesas que teve aumento da taxa foi a habitação, cuja inflação passou de 2,90% em 2016 para 4,49%.

Em dezembro, o IPC-C1 teve uma deflação de 0,03%, abaixo da inflação de 0,21% registrada no mês anterior.

Temer sanciona lei que permite uso de até R$ 15 bilhões do FGTS pela Caixa

Agência Brasil

O presidente Michel Temer sancionou ontem (4), sem vetos, a lei que permite a capitalização da Caixa Econômica Federal em até R$ 15 bilhões com recursos do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS).

O projeto, agora convertido em lei, foi aprovado no Congresso Nacional em dezembro e autoriza o Conselho Curador do FGTS a realizar contratos com a Caixa na forma de instrumentos híbridos de capital e dívida. Os contratos serão feitos por meio de resolução do conselho.

Sem o recurso, o banco poderia ter que reduzir a concessão de crédito. O objetivo é atender às normas do Conselho Monetário Nacional (CMN) para que a Caixa continue liberando crédito para operações imobiliárias ao público de baixa renda, sobretudo para o Programa Minha Casa, Minha Vida.

De acordo com o projeto aprovado no Congresso, a aplicação de recursos do FGTS fica autorizada até o dia 31 de dezembro de 2018.

A sanção ocorreu no gabinete do presidente Temer com a presença do presidente da Caixa, Gilberto Occhi, e dos ministros da Casa Civil, Eliseu Padilha, e da Secretaria-Geral da Presidência da República, Moreira Franco.

Raquel Lyra visita obras de requalificação do terreno da FUNDAC

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Na manhã da quinta (4), a prefeita Raquel Lyra visitou, junto com o vice-prefeito Rodrigo Pinheiro e uma comissão formada por secretários e pessoas envolvidas com o processo de requalificação da Feira da Sulanca, as obras que tiveram início no famoso “Terreno da FUNDAC”, local de grande movimentação nos dias de feira.

As execuções serão feitas através de uma parceria entre o município e o proprietário do terreno. O local é composto por quase 5 mil bancos, nos quais são comercializados diversos tipos de mercadoria. Os serviços, que já tiveram início desde o fim de dezembro, contemplarão toda a estrutura física do local, com drenagem, colocação de piso intertravado, bancos padronizados, praça de alimentação, baterias de banheiros, central de monitoramento, com mais de 40 câmeras de segurança, bem como outros benefícios que serão oferecidos tanto para os comerciantes da área como para os clientes e turistas.

“Nosso objetivo maior é trazer conforto e um melhor local de trabalho para todos que fazem nossa Feira da Sulanca. Esta área é bastante movimentada e sabemos das necessidades que todos que comercializam aqui estavam precisando. Aos poucos, chegaremos em todos os pontos. Tenho certeza de que esta obra será de grande importância para nossa cidade e, principalmente, para nossos feirantes”, frisou Raquel.

De acordo com o proprietário do terreno, as obras seguem em ritmo acelerado com cronograma diário de obras. “Estamos avançando a cada dia para que tudo fique como planejamos no projeto. Os serviços foram pensados para os feirantes em geral, tanto os comerciantes do local como também os compradores. Nosso espaço será totalmente padronizado e servirá de modelo para as demais obras da Feira”, afirmou o empresário Lenilson Torres.

A ação de requalificação da área da FUNDAC tem a participação não só da Secretaria Extraordinária da Feira, mas sim de uma série de secretarias, que juntas farão parte do planejamento de ações para a localidade, como Secretaria de Serviços Públicos, Destra, Ordem Pública, entre outras. “Após diversas reuniões e acordos firmados, chegamos a um ponto em comum sobre as melhorias para este local, um processo que compreende desde a mudança do piso até a padronização de todos os bancos. Tenho certeza de que essas mudanças farão parte do conjunto de grandes obras que a cidade irá receber, com infraestrutura e condições de trabalho adequadas”, pontuou o secretário de Serviços Públicos, Humberto Correia.

Segundo o secretário extraordinário da Feira, José Pereira, ainda este mês, muitas ações terão início em benefício dos feirantes, a exemplo do calendário anual de feiras, que será definido por completo nas próximas semanas, junto com associações e membros que compõem a feira. O objetivo é planejar cada feira do ano, deixando todos os comerciantes, clientes e turistas a par de todas as datas.

“Vamos organizar ainda mais nossa Feira, a divulgação do calendário anual será apenas mais um avanço. Quero registrar, acima de tudo, minha felicidade em ver nascerem as obras aqui no terreno da FUNDAC. Será mais um avanço de nossa gestão, transformando um local que antes era visto como um dos grandes problemas da feira, e agora será modelo para as demais obras”, disse Pereira.

As obras seguem sendo realizadas por partes, com o intuito de não prejudicar o funcionamento normal. A cada área finalizada, os feirantes serão relocados para os espaços já prontos e, assim, a obra seguirá o cronograma de execuções. “Estamos vendo um sonho sendo realizado. Eu, enquanto defensor da feira e dos feirantes, vejo que tudo está sendo bem planejado e executado, nada sairá do ritmo habitual. Estamos bastante felizes”, ressaltou o presidente da Associação dos Sulanqueiros, Pedro Moura.