Agenda Internacional da Indústria apresenta 98 ações para ampliar inserção do Brasil no comércio exterior

Negociação de acordos, facilitação e desburocratização do comércio exterior, defesa comercial e apoio às empresas no processo de internacionalização serão os principais focos de atuação internacional da indústria neste ano. Detalhadas em 98 ações prioritárias, medidas compõem a Agenda Internacional da Indústria 2018, lançada na terça-feira (27), pela Confederação Nacional da Indústria (CNI).

A agenda é dividida em dois eixos: influência sobre política comercial e serviços de apoio à internacionalização, cada uma com nove temas. A seleção de prioridades é resultado de ampla consulta a federações, associações, sindicatos patronais, além de empresas de todos os portes. Os resultados da pesquisa Desafios à Competitividade das Exportações Brasileiras, de 2016, também orientaram a escolha de ações prioritárias.

“Uma maior e melhor integração à economia mundial é parte essencial da estratégia para que o Brasil se torne um país mais produtivo, competitivo e desenvolvido. Assim, mesmo em um ano eleitoral, como 2018, não pode servir de justificativa para se deixar de avançar no aperfeiçoamento da política comercial brasileira”, afirma o diretor de Desenvolvimento Industrial da CNI, Carlos Abijaodi.

A CNI defende avanços em cada um dos eixos prioritários. Em política comercial, a Confederação destaca a importância de concluir o acordo de livre comércio do Mercosul com a União Europeia e ampliar o acordo entre o Brasil e o México. Ao mesmo tempo, com a costura de novas parcerias comerciais, o Brasil precisa fortalecer seu sistema de defesa comercial, como meio de combater práticas desleais.

Além disso, para a indústria é preciso implementar medidas de facilitação e desburocratização, como o Portal Único de Comércio Exterior, e aperfeiçoar outros, a exemplo do programa brasileiro de Operador Econômico Autorizado (OEA). O atraso e a burocracia alfandegários tem um custo equivalente a um imposto de 15% na exportação e 14% na importação brasileira.

APOIO À INTERNACIONALIZAÇÃO – O eixo de serviços de apoio à internacionalização é igualmente relevante, uma vez que a amplicação e qualificação da inserção do Brasil no comércio global requer preparação por parte das empresas nacionais. Entre as recomendações da Agenda Internacional da Indústria, está a consolidação de serviços que apoiem as empresas em seus planos de internacionalização. Um dos exemplos é o Rota Global, programa da CNI financiados com recursos da iniciativa europeia AL-Invest, que está capacitando 450 empresas não exportadores para buscarem oportunidades fora do país.

Outra prioridade é aprimorar a utilização do carnê de admissão temporária – o ATA Carnet. O documento simplifica e desburocratiza o processo de exportação ou importação temporária de bens e permite que produtos circulem por 77 países sem a incidência de impostos de importação. Apesar disso é pouco utilizado pelas empresas e enfrenta desafios operacionais nas aduanas.

CESAR abre inscrições para o Programa Summer Job

O CESAR, centro de inovação sediado em Recife, tem processo seletivo aberto até o dia 31 de março para nova turma do Programa Summer Job. As aulas terão início em 2 de julho e término em 10 de agosto e ocorrerão tanto na sede do CESAR em Recife, como nas regionais em Sorocaba (SP), Curitiba (PR) e Manaus (AM).

Os objetivos do curso são oferecer para as empresas maduras um ambiente de experimentação rápida, e para os alunos uma oportunidade de resolver problemas reais através do processo de inovação do CESAR. A interação intensiva entre alunos e empresas resulta em um efeito colateral importante: a identificação de talentos pelas empresas patrocinadoras. O Programa é voltado para estudantes de qualquer curso, embora cerca de 50% das vagas sejam destinadas aos alunos de Ciência da Computação, Engenharia, Administração, Economia, Design e afins.

Um dos requisitos para a participação no Programa é que o aluno esteja cursando a partir do 4° período e tenha inglês fluente, já que todas as aulas serão ministradas nesse idioma. Nesta edição, o CESAR criará um grupo misto com estudantes estrangeiros e brasileiros, o que favorecerá o compartilhamento de conhecimento e de experiências. O Programa oferece aos alunos uma ajuda de custo no valor de R$ 2 mil, além de passagem para aqueles que optarem por unidades do CESAR diferentes do seu estado de residência.

“O Summer Job é ideal para os estudantes que buscam aprimoramento pessoal e vivência do mercado de trabalho e têm espírito empreendedor. Durante todo o Programa, os participantes serão envolvidos na resolução de um desafio da empresa patrocinadora”. juntamente com uma equipe técnica altamente qualificada”, explicou Eduardo Peixoto, Executivo Chefe de Negócios do CESAR. “Um dos grandes diferenciais é que temos no Programa empresas patrocinadoras que trarão diversos desafios nos quais os estudantes deverão trabalhar, bem como direcionamentos reais de mercado”, reforçou Peixoto.

O executivo também destacou que as vantagens do Programa vão além da capacitação dos estudantes. “As empresas patrocinadoras do Summer Job também se beneficiam, já que os protótipos gerados durante as atividades poderão ser implementados e virarem produtos inovadores”, explicou.

Desde 2012, o CESAR vem realizando edições do Summer Job. Algumas das empresas patrocinadoras das últimas edições foram Fedex Express, Grupo Boticário, Gerdau, Unilever, Globo, Grupo Cornélio Brennand, FCA – Fiat Chrysler Automobiles, entre outras. O Programa já contou com a participação de alunos do ITA, UFPE, Insper (SP), USP (SP), PUC-Rio (RJ), UEA (AM), UFJF (MG), UPE, Universidade Católica de Pernambuco e UFPB, entre outras.

Para inscrição e mais informações, acesse: http://summerjob.cesar.org.br

Inteligência artificial na educação: como reduzir a evasão usando análise preditiva

*Por Marcelo Cosentino

A evasão no ensino superior e as altas taxas de desistência estão entre as maiores preocupações do setor educacional. Esses índices chegam a superar o número de conclusão e de formados e contribuem, diretamente, para a diminuição da lucratividade dos negócios. Logo, se uma instituição consegue formar apenas a metade de alunos inscritos no início de um curso, a conta não fecha e os impactos negativos repercutem a médio e longo prazo.

Entender os motivos dessa evasão é um grande desafio, pois demanda uma análise detalhada em relação aos mais diversos fatores que levam os estudantes a não concluírem o curso, inclusive questões econômicas e sociais, uma vez que o país passa por um momento instável. Diante deste cenário, é fundamental que as instituições de ensino estejam dispostas a romper barreiras e a repensar a sua gestão, com base na adoção de tecnologias, para inaugurar uma nova fase na sua organização.

É preciso considerar novos métodos para compreender as razões pelas quais os alunos cancelam ou abandonam as suas matrículas, trocam de instituição de ensino, de curso ou, até mesmo, tornam-se detratores da marca. E aqui, o uso da Inteligência Artificial (IA) pode ser a saída para minimizar esses problemas.

Aliar a capacidade do motor cognitivo da IA a processos internos estruturados viabiliza o estudo da causa raiz, ajudando na identificação dos fatores que levam o aluno à desistência. É essa análise preditiva que determina a probabilidade de evasão do curso, a partir de um histórico de informações que consideram, inclusive, uma série de fatores sociais. Além disso, a tecnologia é capaz de cruzar os dados individuais de cada perfil, como desempenho acadêmico, tipo de atendimento na secretaria ou pagamentos em atraso e, com isso, gerar importantes parâmetros sobre o seu comportamento.

A partir daí, a Inteligência Artificial estabelece um comparativo, por meio de cálculos estatísticos, entre as informações de cada aluno que está ativo e daqueles que abandonaram ou mudaram o curso. Essa análise permite detectar quais estudantes estão mais propensos a abandonar a sua inscrição e, tendo em mãos os principais indicadores desses motivos, a instituição de ensino tem a possibilidade de criar estratégias para evitar a evasão.

Com isso, entra em cena o lado humano do processo de retenção. Também é possível potencializar este próximo passo por meio de uma consultoria especializada, que pode trazer novas ideias e maior eficiência na execução dos planos de ação junto aos estudantes.

E se isso soa como futuro, ou algo que está longe de ser colocado em prática, podemos citar o exemplo de uma renomeada universidade brasileira que já testou a Inteligência Artificial e obteve resultados reveladores. Os algoritmos de Machine Learning mostraram que um recorte de estudantes que apresentava dificuldade financeira, não reconhecia neste o principal motivo para uma possível evasão, o que foi confirmado em um contato posterior da própria instituição com este grupo. Diante disso, a faculdade pode se preparar para oferecer opções atrativas de permanência a essas pessoas e para outras que possam surgir com o mesmo perfil, se antecipando ao problema.

Ou seja, o diferencial aqui foi a combinação de tecnologia de ponta com processos e pessoas capacitadas para aproveitar todos os benefícios gerados, tanto para a instituição – que ganha mais rentabilidade – quanto para o país – que garante um futuro melhor, com mais educação e qualificação da sua população.

*Marcelo Cosentino é vice-presidente dos segmentos de Professional Services da TOTVS

CNI divulga na segunda-feira, 2 de abril, às 14h30, os Indicadores Industriais de fevereiro

A Confederação Nacional da Indústria (CNI) divulgará na segunda-feira, 2 de abril, às 14h30, os Indicadores Industriais de fevereiro. A pesquisa será publicada no Portal da Indústria e encaminhada por e-mail aos jornalistas cadastrados.

Os Indicadores Industriais mostram a evolução mensal do faturamento, das horas trabalhadas na produção, do emprego, da massa real de salários, do rendimento médio dos trabalhadores e do nível de utilização da capacidade instalada na indústria. Os dados mensais abrangem 21 setores da indústria de transformação.

Amigos de Temer são presos pela PF: José Yunes e ex-coronel João Baptista

A Polícia Federal (PF) prendeu, na manhã desta quinta-feira (29), pelo menos dois amigos bem próximos do presidente Michel Temer (MDB): o empresário José Yunes, que foi seu assessor, e o ex-coronel da Polícia Militar João Baptista Lima Filho. As prisões foram autorizadas pelo ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF). Também foram presos o dono da empresa Rodrimar, Celso Antonio Greco, e o ex-ministro da Agricultura Wagner Rossi, citado na delação da JBS.

Rossi foi diretor-presidente da Companhia Docas do Estado de São Paulo, estatal administradora do porto de Santos, entre 1999 e 2000. Batizada de “Operação Skala”, as diligências estão sendo cumpridas em São Paulo e no Rio de Janeiro. Em nota, a defesa de Wagner Rossi diz que ele se aposentou há sete anos e, desde então, “nunca mais atuou profissionalmente na vida pública ou privada”. Além disso, alega que ele nunca foi chamado para prestar esclarecimentos no inquérito dos Portos

As prisões foram autorizadas no âmbito do inquérito de Portos, que tramita no STF. Barroso é o relator do inquérito que investiga a suspeita de favorecimento da empresa Rodrimar S/A por meio da edição do chamado Decreto dos Portos (Decreto 9.048/2017). O decreto foi assinado pelo presidente Michel Temer, um dos alvos do inquérito. As informações foram adiantadas pelo Blog da Andréia Sadi, no site G1.

Ainda não se sabe se os presos na operação serão levados para Brasília. Ao site G1, o advogado afirmou que a prisão de Yunes é temporária, de cinco dias, e classificou a decisão como “inaceitável”, por se tratar de um advogado com mais de 50 anos.

“É inaceitável a prisão de um advogado com mais de 50 anos de advocacia, que sempre que intimado ou mesmo espontaneamente compareceu a todos os atos para colaborar. Essa prisão ilegal é uma violência contra José Yunes e contra a cidadania”, diz texto da defesa de Yunes.

No início do mês, no mesmo inquérito, Barroso havia determinado a quebra dos sigilos bancário e fiscal do presidente Michel Temer, de Yunes e de Rocha Loures (MDB), também ex-assessor de Temer. Também foram afetados pela medida o coronel João Baptista Lima Filho, amigo de Temer, e Antônio Celso Grecco e Ricardo Mesquita, diretor do grupo Rodrimar.

José Yunes pediu demissão do cargo de assessor especial do governo Temer em dezembro de 2016, após ser citado por delator da Odebrecht. Cláudio Melo Filho, ex-diretor de relações institucionais da empreiteira, afirmou que parte da propina de R$ 10 milhões pedida por Temer foi repassada a Yunes e a Eliseu Padilha. O amigo de Temer teria recebido R$ 4 milhões em espécie no seu escritório.

Ao pedir demissão, Yunes escreveu uma carta entregando o cargo a Temer. “Nos últimos dias, Senhor Presidente, vi meu nome jogado no lamaçal de uma abjeta delação, feita por uma pessoa que não conheço, com quem nunca travei o mínimo relacionamento e cuja existência passei a tomar conhecimento, nos meios de comunicação, baseada em fantasiosa alegação, pela qual teria eu recebido parcela de recursos financeiros em espécie de uma doação destinada ao PMDB. Repilo com a força de minha indignação essa ignominiosa versão”, escreveu o advogado na ocasião.

Fim de semana de diversão no Caruaru Shopping

O Coelhinho da Páscoa também estará presente no centro de compras e convivência levando alegria para a meninada

O fim de semana vai ser de muita diversão no Caruaru Shopping, que terá uma programação especial voltada para o período da Semana Santa. Da sexta-feira (30) ao domingo (1º), a partir do meio-dia, haverá apresentações musicais na Praça de Alimentação. O espaço oferece uma gastronomia bastante variada, agradando a todos os paladares.

O Coelhinho da Páscoa também estará presente no centro de compras e convivência levando alegria para a meninada. Ele estará no sábado e no domingo, na casinha na entrada principal do Shopping, a partir do meio-dia. Haverá ainda pintura no rosto, a partir das 13h.

“O público também pode se divertir em várias atrações oferecidas pelo Caruaru Shopping, a exemplo do cinema, boliche, feira livre cultural, parques infantis, piscina de bolinhas, entre outros. Sem falar nas mais de 200 operações com produtos e serviços que atendem a todas as necessidades. Tudo com segurança, conforto e comodidade”, afirmou o gerente de Marketing, Walace Carvalho.

Difusora + traz o maestro Mozart Vieira neste fim de semana

Difusora +_Divulgação

Depois de Azulão e Azulinho e o cantor Benil se apresentarem no projeto Difusora +, o Shopping Difusora traz mais uma atração de renome para se apresentar no mall. Desta vez quem vem para engrandecer ainda mais o projeto é o maestro Mozart Vieira. A apresentação, que terá muitas surpresas, será realizada no próximo sábado (31), a partir das 14h, no primeiro piso do mall, na área de eventos.

O maestro Mozart Vieira ficou conhecido depois de ter sua vida contada no filme “Orquestra dos Meninos”. Ele é regente titular do Coral e Banda dos Meninos de São Caetano, da Orquestra de Pífanos de Caruaru e da Marching Band Ulisses Lima do IFPE. A apresentação do maestro Mozart Vieira será aberta ao público e contará com a participação de alguns outros músicos.

Além das apresentações no palco, o público também conta com a Feirinha Cultural. A atração está localizada no mesmo espaço das apresentações do projeto Difusora +, no primeiro piso, próximo à entrada principal. Por lá, o público encontra uma pequena amostra do artesanato que ajudou a difundir o nome de Caruaru pelo mundo. São artigos em barro, palha, algodão, louça e muito mais!

O Difusora + é um projeto que nasceu com o intuito de trazer apresentações culturais no âmbito musical, teatral e dança. “Ao longo de dois fins de semana, já deu para ver que o projeto foi mais que aprovado pelo público. Isso acaba dando respaldo para seguir em frente com o tanto de novidades que ainda traremos”, ressalta o gerente de Marketing do Shopping Difusora, Welter Duarte.

Varejo nacional terá melhor Páscoa

O varejo terá a melhor Páscoa dos últimos cinco anos, com uma movimentação de R$ 2,2 bilhões, a geração de 10,6 mil empregos temporários e um aumento de 3,5% no volume de vendas. A expectativa é da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), que divulgou, nos últimos dias, as estimativas em relação à Semana Santa deste ano, comparativamente à do ano passado, já descontada a inflação do período.

Confirmada a projeção, esse seria o melhor desempenho das vendas reais do varejo nesta data comemorativa desde os 4,8% de crescimento verificado em 2013. Na mesma data no ano passado, o varejo registrou o primeiro aumento no volume de vendas, ao crescer 1,1% em relação a 2016, após acumular perda de 5,2% em 2015 e também em 2016.

Segundo os dados divulgados pela CNC, a melhor Páscoa para o setor ocorreu em 2010, quando as vendas cresceram 9,5% em relação a 2009, ano em que a economia cresceu 7,5% e o volume total de vendas do varejo avançou 10,9%.

Startup cresce mais de 800% entregando de tudo: do teste de gravidez ao sushi

startub

Comida, livros, temperos, remédios, roupas, perfumes, ração para cachorro, chuveiro, chuteira e bebidas. Esses são só alguns itens que você pode comprar via James Delivery, startup curitibana que surgiu com o objetivo de unir pessoas que têm pouco tempo para comprar as coisas que precisa com outras pessoas que querem ganhar dinheiro comprando e entregando estes bens em minutos. E a ideia não poderia ter nascido em um lugar mais propício: Vale do Silício.

Em uma noite normal nos Estados Unidos, os então estudantes curitibanos Juliano Hauer, Lucas Ceschin, Eduardo Petrelli e Ivo Roveda, que cursavam Finanças e Administração na UC Berkeley Extension, na Califórnia, perceberam que tinham esquecido de comprar sal e pimenta do reino para finalizar o jantar. Como não existia nada para facilitar a missão, tiveram que pedir um táxi para ir ao supermercado mais próximo. “Naquele momento caiu a ficha e pensamos como seria legal ter alguém para comprar aqueles itens e entregar onde nós estivéssemos. Daí a ideia foi amadurecendo. E se eu pudesse pedir delivery de qualquer lugar? E se o delivery não fosse só do restaurante, da pizzaria, do supermercado, mas fosse meu?”, comenta Lucas Cechin.

Pronto, surgia nos Estados Unidos o projeto da primeira startup brasileira focada em entregas especiais. Funcionando no Brasil desde maio de 2016, com início das operações na cidade de Curitiba. Via aplicativo, disponível nas plataformas Android e iOS, os usuários podem comprar tudo o que quiserem, de qualquer empreendimento comercial da cidade. Basta escolher o local, o produto e pedir. Após o pedido finalizado, um entregador (James) vai até a loja, realiza a compra e entrega onde o usuário solicitar.

“Já entregamos tudo o que você pode imaginar, de itens clássicos aos excêntricos: pizza, sanduíches, vinhos, churrasqueira portátil, a terceira temporada de GOT em DVD, Viagra, teste de gravidez, livros e flores são só alguns exemplos. Uma vez, no Natal, entregamos um uniforme completo de time de futebol para uma criança”, conta Eduardo Petrelli. Para rentabilizar o negócio, o James Delivery cobra 10% acima do valor do produto nas compras realizadas. Já os entregadores recebem pela distância percorrida. Para viabilizar toda estrutura, a entrega mínima custa R$ 6,99. Além disso, a empresa acaba de lançar o delivery a R$1,99, categoria onde restaurantes selecionados oferecem o valor da entrega reduzido.

Outro grande diferencial do James Delivery fica por conta das entregas ecologicamente responsáveis. 70% da frota da startup, que conta com 650 entregadores na capital paranaense, é formada por bicicletas. Esses diferenciais têm atraído centenas de jovens que sonham em entrar para a equipe do aplicativo, que conta até com lista de espera. A maior parte dos entrevistados são universitários que fazem entregas como forma de incrementar a renda mensal. “Para a seleção é feito um estudo e são solicitados alguns documentos. Os entregadores também são avaliados em todas as entregas pelos próprios clientes. Isso faz com que tenhamos um serviço muito seguro e de excelência em todas as etapas do processo”, detalha Ivo Roveda.

Expansão

Com um crescimento de 816% em 2017 e consolidado no mercado curitibano, o James Delivery iniciou o seu processo de expansão. Ainda no ano passado, abriu o aplicativo para testes em regiões das cidades de Balneário Camboriú (SC) e São Paulo (SP). Agora, em 2018, pretende fortalecer sua atuação nacional focando em outras grandes cidades.

“Queremos que o Brasil entenda a nossa proposta de valor. Somos um delivery com características bem especiais. Compramos qualquer coisa, de qualquer lugar e entregamos em minutos. Os brasileiros estão acostumados com o tradicional delivery de restaurantes em que o motoboy sempre faz a entrega da mesma coisa. O James consegue entregar qualquer produto que possamos comprar na cidade e entregar de bike, carro ou moto. São tantas possibilidades que o público demora para acreditar que com um único aplicativo é possível fazer tudo isso. Ou seja, depois de muitos estudos de mercado, estamos preparados para espalhar pelo Brasil esse serviço pioneiro e repleto de vantagens”, comenta Juliano Hauer.

Comando de voz

Para não parar no tempo e sempre oferecer as melhores soluções para seus usuários e, principalmente, difundir a acessibilidade, o James Delivery acaba de lançar o “James Voice”, que permite a realização de qualquer pedido via comando de voz. “Somos a primeira empresa do mundo a oferecer delivery por comando de voz, facilitando a vida de pessoas muito atarefadas, que tenham urgência em receber o produto, e principalmente pessoas com dificuldades motoras e visuais”, detalha Lucas.

A startup partiu do princípio de que a forma mais natural das pessoas se comunicarem é pela voz. Foram meses de estudos para implantar o conceito com excelência dentro do aplicativo. “Para tornar o projeto realidade, nosso time desenvolveu tecnologias de ponta, usando muito suor e inteligência artificial, tornando o ato de fazer um pedido tão simples quanto falar no telefone com um amigo. Se antes você gastava alguns minutos, agora é possível fazê-lo em poucos segundos”, completa Lucas.

Para conhecer um pouco mais sobre a startup, acesse o site www.jamesdelivery.com.br.

Inteligência artificial na educação: como reduzir a evasão usando análise preditiva

*Por Marcelo Cosentino

A evasão no ensino superior e as altas taxas de desistência estão entre as maiores preocupações do setor educacional. Esses índices chegam a superar o número de conclusão e de formados e contribuem, diretamente, para a diminuição da lucratividade dos negócios. Logo, se uma instituição consegue formar apenas a metade de alunos inscritos no início de um curso, a conta não fecha e os impactos negativos repercutem a médio e longo prazo.

Entender os motivos dessa evasão é um grande desafio, pois demanda uma análise detalhada em relação aos mais diversos fatores que levam os estudantes a não concluírem o curso, inclusive questões econômicas e sociais, uma vez que o país passa por um momento instável. Diante deste cenário, é fundamental que as instituições de ensino estejam dispostas a romper barreiras e a repensar a sua gestão, com base na adoção de tecnologias, para inaugurar uma nova fase na sua organização.

É preciso considerar novos métodos para compreender as razões pelas quais os alunos cancelam ou abandonam as suas matrículas, trocam de instituição de ensino, de curso ou, até mesmo, tornam-se detratores da marca. E aqui, o uso da Inteligência Artificial (IA) pode ser a saída para minimizar esses problemas.

Aliar a capacidade do motor cognitivo da IA a processos internos estruturados viabiliza o estudo da causa raiz, ajudando na identificação dos fatores que levam o aluno à desistência. É essa análise preditiva que determina a probabilidade de evasão do curso, a partir de um histórico de informações que consideram, inclusive, uma série de fatores sociais. Além disso, a tecnologia é capaz de cruzar os dados individuais de cada perfil, como desempenho acadêmico, tipo de atendimento na secretaria ou pagamentos em atraso e, com isso, gerar importantes parâmetros sobre o seu comportamento.

A partir daí, a Inteligência Artificial estabelece um comparativo, por meio de cálculos estatísticos, entre as informações de cada aluno que está ativo e daqueles que abandonaram ou mudaram o curso. Essa análise permite detectar quais estudantes estão mais propensos a abandonar a sua inscrição e, tendo em mãos os principais indicadores desses motivos, a instituição de ensino tem a possibilidade de criar estratégias para evitar a evasão.

Com isso, entra em cena o lado humano do processo de retenção. Também é possível potencializar este próximo passo por meio de uma consultoria especializada, que pode trazer novas ideias e maior eficiência na execução dos planos de ação junto aos estudantes.

E se isso soa como futuro, ou algo que está longe de ser colocado em prática, podemos citar o exemplo de uma renomeada universidade brasileira que já testou a Inteligência Artificial e obteve resultados reveladores. Os algoritmos de Machine Learning mostraram que um recorte de estudantes que apresentava dificuldade financeira, não reconhecia neste o principal motivo para uma possível evasão, o que foi confirmado em um contato posterior da própria instituição com este grupo. Diante disso, a faculdade pode se preparar para oferecer opções atrativas de permanência a essas pessoas e para outras que possam surgir com o mesmo perfil, se antecipando ao problema.

Ou seja, o diferencial aqui foi a combinação de tecnologia de ponta com processos e pessoas capacitadas para aproveitar todos os benefícios gerados, tanto para a instituição – que ganha mais rentabilidade – quanto para o país – que garante um futuro melhor, com mais educação e qualificação da sua população.

*Marcelo Cosentino é vice-presidente dos segmentos de Professional Services da TOTVS