TJPE funciona normalmente na segunda-feira (30/4)

Todas as unidades do Poder Judiciário Estadual funcionam normalmente na segunda-feira (30). Já na terça (1°), feriado pelo Dia do Trabalhador, o atendimento acontece em regime de plantão na Capital e nos 14 polos do Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE) distribuídos pelo Estado. Nesse dia, apenas as demandas urgentes de caráter cível e criminal – como habeas corpus, comunicação de flagrante, pedido de liberdade provisória, mandado de segurança e medidas cautelares – serão atendidas. Na quarta (2/5), o funcionamento volta ao normal.

Na Capital, o plantão de 1º Grau tem como sede o Fórum Desembargador Rodolfo Aureliano, na Ilha Joana Bezerra. No restante do Estado, os plantões de 1º Grau acontecem em unidades judiciárias da Região Metropolitana do Recife (RMR) e do Interior. O horário de atendimento ao público é das 13h às 17h.

As unidades da RMR e do Interior que atenderão os municípios circunvizinhos são: Jaboatão dos Guararapes, Cabo de Santo Agostinho, Olinda, Nazaré da Mata, Limoeiro, Vitória de Santo Antão, Palmares, Caruaru, Garanhuns, Arcoverde, Afogados da Ingazeira, Serra Talhada, Ouricuri e Petrolina.

Já o plantão de 2º Grau será realizado no Núcleo de Distribuição e Informação Processual, localizado no térreo do Palácio da Justiça, no bairro de Santo Antônio, no Recife. O horário de atendimento também é das 13h às 17h.

De olho na 1ª vitória, Central pega Sergipe

Vitão 1

Pedro Augusto

O Central iniciou a sua caminhada rumo à Série C 2019 com um empate. Longe de casa, a equipe caruaruense acabou ficando no 1 a 1 com o Jacuipense-BA, no domingo passado (15), no Estádio Valfredão. Na segunda rodada, a Patativa enfrenta o Sergipe, que na rodada de estreia não conseguiu superar o ASA, no último sábado (14), no Batistão. O alvirrubro sergipano empatou sem gols com o time potiguar. O duelo entre o atual vice-campeão pernambucano e o campeão 2018 de SE será neste domingo (29), a partir das 16h, no Luiz Lacerda. Na outra partida do grupo A7, o ASA mede forças com o Jacuipense, no mesmo dia e horário, no Municipal de Arapiraca.

Consciente do novo momento do Central, o zagueiro centralino Vitão quer a equipe caruaruense lutando pelas melhores posições na tabela. “O Campeonato Pernambucano já acabou, ou seja, não podemos ficar satisfeitos apenas com a excelente campanha que foi obtida nesta primeira competição. Se quisermos retornar para a 3ª Divisão, precisamos direcionar todas as nossas atenções para a Série D. O empate na estreia não foi considerado ruim, haja vista que o jogo foi fora de casa, porém se quisermos passar de fase, temos de vencer todas as partidas no Lacerdão. O Sergipe é um time forte, tanto é que foi campeão estadual, mas também sabemos das nossas forças e vamos tentar conseguir os três pontos”, disse.

Com quase todo o elenco à disposição – até o fechamento desta editoria apenas o recém-contratados Elias (goleiro), Iuri (meia-atacante) e Anderson Bartola (atacante) ainda não haviam sido regularizados -, o técnico Mauro Fernandes, caso repita a mesma escalação que entrou de frente no duelo contra o Jacuipense, deverá formar a Patativa com: França, Dudu Gago, Vitão, Danilo Quipapá e Charles Maceió; Douglas Carioca, Eduardo Erê, Fernando Pires e Júnior Lemos; Luizão e Leandro Costa.

Mais jogos

Também pela segunda rodada da Série D, o Belo Jardim encara o Imperatriz-MA, no domingo, a partir das 16h, no Sesc Mendonção, enquanto o Flamengo de Arcoverde visita o Fluminense de Feira, no mesmo dia e horário, no Estádio da Joia da Princesa. Na estreia do grupo A6, o Calango arrancou o empate diante do Guarani de Juazeiro por 3 a 3, no domingo passado, no Romeirão. Já a Fera Sertaneja, que está na chave A8, venceu o Murici por 2 a 1, na mesma data, no Estádio Áureo Bradley.

ARTIGO — Custos financeiros

Maurício Assuero

Há uma nítida contradição entre a prática do mercado e a política econômica do governo. Enquanto a taxa básica da economia é 6,5% ao ano, o custo financeiro para operações de empréstimo continua alto. Apesar das medidas adotadas pelo governo para reduzir, a taxa de juros do crédito rotativo (cartão de crédito e cheque especial) continua em patamares indesejados. O problema é que existe um risco associado com estas operações muito alto e, quanto mais alto o risco, maior retorno se pretende.

É exatamente a questão do risco que tem levado o mercado cambial reagir prontamente. O dólar, hoje, está na casa dos R$ 3,50, em valores nunca vistos nos últimos dois anos. Se olharmos a economia externa, a gente vai perceber que não há muita razão, apesar das loucuras de Trump, para que a gente se sinta ameaçado. A ameaça é interna. Ou seja, a situação política deste país tem levado a este comportamento de defesa. A cada vez que se fala numa possibilidade de libertação de Lula, o mercado se defende aumentando o custo financeiro. Com a taxa do dólar nesse nível, há vantagens no comércio externo, com impactos positivos na balança comercial, mas isso não tem servido de instrumento para impulsionar o mercado interno.

Note que tais variações na taxa de cambial não são frutos de uma política monetária adotada pelo governo, mas do receio da população em relação ao desfecho dessa situação caótica que vive o país. Elevação na demanda por dólar faz o preço aumentar, assim como ocorrer em quase todo produto. Até que ponto isso pode chegar? Não sabemos, mas podemos destacar que, além da questão de Lula, o mercado cobra andamento de reformas. Por exemplo, é do nosso conhecimento que o orçamento de 2019 será fechado com déficit da ordem de R$ 140 bilhões. É certo que o próximo presidente não será capaz de tirar a economia desse marasmo e tudo fica debitado nas contas das reformas.

O que mais causa estranheza é que a política do governo não muda e isso é sinal da fragilidade do presidente Temer. A equipe econômica é formada por pessoas com qualificação diferenciada, com um bom trânsito no mercado, mas são pessoas incapazes de influenciar politicamente os congressistas. Então, mesmo apontando de adoção de uma medida econômica, o Congresso não compartilha porque os nobres deputados não querem colocar em risco sua reeleição. Então, as ações do Congresso se destinam ao atendimento das ações que não tirem votos. Enquanto isso, a economia pode ir se arrastando, gerando desesperos e desempregos.

Compesa realiza novo concurso público

O edital para o novo concurso público da Companhia Pernambucana de Saneamento (Compesa) foi publicado na última terça-feira (24), no Diário Oficial do Estado, para ampliação e renovação do quadro profissional da empresa. Segundo o presidente da Compesa, Roberto Tavares, a companhia segue seu planejamento estratégico de expansão e melhoria da governança corporativa. “Temos realizado concursos a cada dois anos para fazer face ao grande volume de investimentos do programa do governador Paulo Câmara, oxigenando e ampliando o quadro de colaboradores”, ressaltou Tavares.

Foram disponibilizadas 63 vagas para os níveis médio, médio técnico e superior, com salários que variam de R$ 1.442,36 a R$ 6.743,28 – também está prevista a reserva de vagas para pessoas com deficiência. As inscrições iniciam na próxima segunda-feira (30) e podem ser feitas até o dia 4 de junho de 2018, no site da Fundação Getúlio Vargas (FGV), organizadora do certame. O edital também já está disponível no site da FGV http://fgvprojetos.fgv.br/concursos/compesa2018]

O prazo limite para pagamento do boleto referente à inscrição é o dia 6 de junho. O valor é de R$ 69,00 para nível médio e médio técnico, R$ 79,00 para Analista de Gestão e R$ 89,00 para Analista de Saneamento. Foram disponibilizadas 28 vagas para o cargo de Assistente de Saneamento e Gestão (nível médio), cuja especialidade é de Assistente de Gestão e Serviços Comerciais, e outras 11 vagas para Assistente de Saneamento e Gestão (nível médio técnico) distribuídas nas especialidades de Técnico em Contabilidade e Técnico Operacional com habilitação em Desenho Técnico, habilitação em Topografia, habilitação em Mecânica, e habilitação em Edificações.

Para os cargos de nível superior, foram disponibilizadas 24 vagas, sendo nove para Analisa de Gestão e 15 para Analista de Saneamento. Para concorrer a uma das vagas de Analista de Saneamento, os profissionais precisam ter formação nas engenharias Elétrica com habilitação em Eletrônica, Elétrica com habilitação em Eletrotécnica, Química, Civil e Cartográfica. Já para as vagas de Analista de Gestão, os candidatos precisam ter formação em Administração, Ciência da Computação ou Sistema da Informação e Enfermagem com espacialização em Enfermagem do Trabalho. O prazo de vigência do concurso será o período de um ano, sendo prorrogável por mais um ano e as primeiras contratações estão previstas para 2019.

Como a Compesa é uma sociedade de economia mista, os contratados serão submetidos ao regime jurídico estabelecido pela Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) e prevê o cumprimento da carga horária de 200 horas, por mês. Além da remuneração inicial, os empregados da companhia são contemplados com política que prevê progressões salariais por mérito e antiguidade, bem como participação nos resultados. Os funcionários recebem atualmente os benefícios de vale-alimentação ou refeição, auxílio-educação e plano de saúde, plano odontológico (empregado e dependentes) e previdência privada – sendo estes três últimos benefícios opcionais, mediante contribuição por parte do empregado. O salário e os benefícios têm como base de referência o mês de janeiro de 2018 e podem sofrer alterações de conteúdo ou de valores, inclusive por atualização do Acordo Coletivo de Trabalho.

As vagas oferecidas são para atuação em qualquer uma das unidades da Compesa em Pernambuco, e serão alocadas de acordo com a necessidade da companhia. A última vez que a Compesa realizou um concurso público foi no ano de 2016 – os anteriores foram nos anos de 2006, 2007, 2009, 2012 e 2014.

Feirantes também atentos à alta demanda da data

Dia das Mães (33)

Pedro Augusto

No Parque 18 de Maio, no centro de Caruaru, os feirantes que atuam nos setores da Feira da Sulanca também se encontram esperançosos quanto aos volumes de vendas que deverão ser contabilizados no Dia das Mães 2018. Embora, até agora, os faturamentos não se encontrem tão elevados, a procura pelos produtos voltados para a data ainda tendem a aumentar nestas duas próximas feiras.

Foi o que ressaltou o feirante Ozildo Orestes, que é especializado na comercialização de artigos de mesa e banho. “Não é de hoje que as vendas no atacado diminuíram bastante em todos os setores da Sulanca, mas comercializando de peça em peça até que dar para lucrar. O Dia das Mães é uma data muito importante para todos nós que trabalhamos aqui e esperamos comercializar ainda mais nestas duas próximas feiras.”

Assim como Ozildo, Gorete Barbosa possui banco no setor do antigo Terreno da Fundac e projeta superar o faturamento que foi obtido no Dia das Mães do ano passado. “Este ano, ‘Papai do Céu’ está enviando mais chuvas, desta forma um grande número de plantadores, que tinha deixado de consumir na Sulanca devido à seca castigante, tem voltado a comprar, o que propiciará boas vendas para quem comercializa principalmente artigos femininos. Como faço parte deste time, estimo superar, em pelo menos 10%, o volume de vendas que foi registrado em 2017”, disse.

Para a sulanqueira Rosângela Carvalho, que comercializa peças íntimas femininas no setor da Brasilit, a data comemorativa é a melhor do ano em termos de vendas, superando até mesmo o Natal. “Além da tradicional demanda voltada para revender (atacado), também vendemos bastante nesta época para aquelas compradoras que têm apenas o interesse de consumir (varejo). Desta forma, o lucro é garantido no Dia das Mães, até mais do que no período de Natal, pelo menos em relação ao meu banco”, avaliou.

População critica ineficiência dos Correios

Correios (21)

Pedro Augusto

Sempre no topo das reclamações computadas pelos órgãos de defesa do consumidor, de uns anos para cá a Celpe e a Compesa – responsáveis por fornecer, respectivamente, energia elétrica e água a toda população – vêm tendo de lidar com um concorrente à altura e duro de ser superado, quando o assunto se trata de ineficiência nas prestações de serviços. Não é de hoje que a Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT) vem provocando muita dor de cabeça aos caruaruenses que dependem do repasse de correspondências para efetuar os seus pagamentos dentro dos prazos determinados pelas instituições. Seja nas periferias ou nas áreas nobres da Capital do Agreste, os atrasos e a não entrega de cartas e encomendas têm sido constantes, conforme descreveram os depoimentos de populares colhidos pelo VANGUARDA.

O comerciante Cláudio Samuel, por exemplo, afirmou já ter perdido as contas de quantos prejuízos financeiros teve de assimilar devido ao atraso de faturas. “A verdade mesmo é que não podemos mais contar com os serviços dos Correios. Depois que fui obrigado a quitar vários boletos com juros por causa do atraso na entrega, deixei de confiar nessa empresa e, agora, estou recorrendo à internet. Isso mesmo. Para não ter de pagar por algo a mais que não consumi, estou emitindo as faturas através do serviço de 2ª via nos sites. Mas e quem não tem acesso à internet, como é que fica? Tenho certeza que muitos hoje se encontram nesta situação e tendo de lidar com prejuízos financeiros que não procuraram”, criticou.

Pelo menos para a consultora de empresas, Daniele Vieira, as constantes paralisações realizadas pelos servidores dos Correios não têm feito tanta diferença em relação àqueles períodos em que o expediente vem sendo cumprido à risca. “Seja em greve ou não, os carteiros não vêm entregando mesmo as correspondências nos prazos corretos, então, para que quebrar a cabeça? O jeito é tentar se virar emitindo as faturas nos sistemas disponíveis e não correr o risco de pagar juros. No Brasil, não é de hoje que muita coisa não vem funcionando direito, e os Correios só é mais um exemplo de como o país se encontra desorganizado. E o pior que quem sempre paga a conta final é a população”, questionou.
Se em áreas nobres de Caruaru, como os bairros Maurício de Nassau e Universitário, onde residem, respectivamente, Cláudio e Daniele, a ineficiência das operações dos Correios já ganhou corpo há muito tempo, imagine nas comunidades mais periféricas, onde, atualmente, essa empresa vem “disputando” com as demais para ver quem oferece o pior serviço….

Com a palavra, a dona de casa Salete da Silva, do Bairro Centenário. “Meu filho, aqui, praticamente não há os serviços dos Correios. E é porque a minha rua – Travessa Mato Grosso – possui CEP, agora, imagine aqueles moradores que nem CEP tem… Já passou aquele tempo em que as cartas e encomendas chegavam nos dia corretos sem causar preocupação a ninguém. Hoje, se encontra essa vergonha que todo mundo já está cansado de saber”, reclamou.

Críticas em relação à ECT são também o que não têm faltado por parte do jornalista Hélder Quaresma e da autônoma Cíntia Ferreira. “Para se ter ideia, há mais de 20 dias que venho aguardando a chegada do meu cartão do banco e até agora nada. O detalhe é que já ultrapassou e muito o prazo estipulado de entrega feito por essa instituição. Estou sendo prejudicado!”, criticou Hélder, que mora no Bairro do Salgado.
“Até as encomendas urgentes, que sempre temos de recorrer ao Sedex, vêm atrasando. Já tive de renegociar alguns débitos com empresas de fora, porque, simplesmente, as documentações não chegaram no tempo correto. Um verdadeiro absurdo o que os Correios têm feito com a população caruaruense. Ele tem de ser é privatizado!”, acrescentou Cíntia.

Sindicato

No intuito de entender um pouco mais em qual situação se encontra hoje os Correios, a reportagem VANGUARDA entrevistou esta semana o representante local do Sintect-PE (Sindicato dos Trabalhadores dos Correios de Pernambuco), Jim Kelly. Em suma, o sindicalista apontou o déficit no quantitativo de funcionários como a principal motivação para a ineficiência dos serviços da ECT.

“Para se ter ideia, embora Caruaru possua 340 mil habitantes, atualmente ela vem contando com a atuação de apenas 42 carteiros, quando seriam necessários pelo menos 70 somente para essa função. Ou seja, não é de hoje que os carteiros em operação vêm se desdobrando para dar conta das altas demandas de dois e até três bairros porque, simplesmente, não há volume suficiente de servidores, o que é bastante lamentável.”

De acordo ainda com Jim Kelly, há pelo menos sete anos que se faz necessária a contratação de novos funcionários para o sistema ECT. “Essas reclamações por parte da população caruaruense não são de hoje e em vez de tentar melhorar os serviços, os Correios só têm os piorado, causando mais descontentamentos. Na verdade, não só Caruaru, mas também todas as cidades do país, atualmente, vêm passando por vários problemas relacionados a essa empresa devido ao seu sucateamento. Desde 2011 que não é realizado um concurso para se contratar novos trabalhadores e a falta de investimentos tem sido refletida nos serviços prestados à população. Esta última necessita cobrar mais junto aos órgãos competentes para que se haja uma solução definitiva. Recomendamos aos lesados que se organizem em conjunto e procurem o MP para dar entrada numa ação judicial. É direito de todos receber as suas correspondências em dia!”, reforçou.

Resposta

Por meio de nota, os Correios se posicionaram em relação aos questionamentos feitos pelos caruaruenses e pelo Sintect. Na íntegra, o texto: “Os Correios foram os vencedores da categoria melhor empresa de Logística no E-commerce no Prêmio ABComm de Inovação Digital 2018, um dos mais importantes e aguardados eventos do e-commerce nacional. A empresa também figura em pesquisas de opinião sempre como uma das instituições mais confiáveis do país. Portanto, não se pode generalizar um recorte local. A informação sobre o efetivo não procede. O total de carteiros lotados na unidade de distribuição de Caruaru é de 67 empregados. Além disso, os Correios irão contratar mão de obra temporária para reforçar as entregas na cidade. Os clientes que precisarem entrar em contato com os Correios podem utilizar o telefone gratuito 0800-725-0100 ou acessar o site www.correios.com.br. Eles também podem ser atendidos na unidade de distribuição das 13h às 15h30”.

Um bom aliado para tentar combater o fantasma da crise

Dia das Mães (80)

Pedro Augusto

Pujante e reoxigenado sim, mas em certos momentos, preocupante e retraído. Apesar de toda a sua influência diante da economia da região, nem mesmo o comércio de Caruaru foi poupado pelos efeitos da crise financeira. Esta última, que para alguns especialistas da área vem se dissipando desde o segundo semestre do ano passado, pode até estar dando alguns sinais de enfraquecimento, porém continua se fazendo presente no principal segmento econômico da Capital do Agreste. Tanto é que até agora e já se passaram quatro meses de 2018, uma boa gama das lojas do varejo local ainda não tem conseguido nem sequer igualar com os faturamentos que costumavam ser registrados nos tempos de “vacas gordas”. Entretanto, ao menos neste presente momento, elas estão contando com um aliado importante no combate ao fantasma da crise: o Dia das Mães.

Considerado o segundo melhor período do ano em termos de vendas, sendo superado apenas pelo Natal, em 2018 o Dia das Mães será festejado no próximo dia 13. Tradicionalmente bastante visitadas neste intervalo específico, as lojas de vestuários, calçados e eletrodomésticos da Rua 15 de Novembro, no Centro, já vêm sentindo, através das caixas registradoras, o incremento nas vendas, proporcionado pela data comemorativa. Entretanto, a expectativa é de fluxo de compradores redobrado, a partir do próximo fim de semana, quando os salários do mês estarão nos bolsos e o dia dedicado às mamães estará batendo mais na porta do calendário 2018.

A loja Emanuelle, por exemplo, que é especializada na comercialização de vestuários femininos, está trabalhando com o crescimento nas vendas ante o mesmo período de 2017. Isso porque, de acordo com o gerente Juraci Ferreira, embora a “maré ainda não esteja para tanto peixe” no comércio de Caruaru, a empresa vem observando certa reação do setor desde o mês passado. “O fluxo de compradores tem aumentado, o que está possibilitando o acréscimo nas vendas, e a tendência é de comercializarmos neste Dia das Mães entre 5% a 10% a mais em comparação com o mesmo intervalo de 2017. Até porque roupas são sempre muito bem-vindas pelas mamães e costumam ter valores agregados bastante atrativos, permitindo aos consumidores a chamada ‘compra ideal’. Estamos otimistas quanto ao desempenho da empresa nesta época”, avaliou.

Outra loja que espera faturar alto neste Dia das Mães é a unidade da Laser Eletro, da Rua Vigário Freire, no Centro. De acordo com o gerente Niéliton Barbosa, mais uma vez os produtos da linha branca deverão estar entre os campeões de venda na data. “Geladeiras, fogões, tanquinhos, bebedouros… Estes deverão ser os produtos mais procurados no Dia das Mães 2018, o que não será nenhuma surpresa, haja vista tamanha tradição conforme exercem em termos de presente para a data. Até agora, as vendas direcionadas para o período estão sendo consideradas satisfatórias e deverão aumentar ainda mais a partir do próximo fim de semana. Os consumidores estão menos inadimplentes e a expectativa é de demandas maiores”, projetou.

Assim como os dois lojistas que foram entrevistados esta semana pela equipe de reportagem do VANGUARDA, o gerente da Sapataria Muniz, do Centro, Demilton Holanda, também enxerga na data comemorativa uma espécie de “pontapé inicial” para a alta temporada de vendas, que costuma ser proporcionada pela realização do Maior e Melhor São João do Mundo. Em 2018, não deverá ser diferente. Com os festejos juninos da Capital do Forró mais forte do que nunca, a estimativa é de movimento redobrado, já a partir do Dia das Mães. “Esta data é bastante aguardada pelo que já foi explicado e esperamos faturar cerca de 10% a mais em relação ao mesmo intervalo, haja vista que a crise se encontrava mais forte em 2017”, explicou.

Reeducandos são inseridos no mercado de trabalho

Trinta e um reeducandos em cumprimento de pena no regime aberto ou livramento condicional foram contratados para atuar entre as áreas de limpeza urbana, capinação e serviços gerais em Caruaru. A oportunidade foi possível através de um convênio de empregabilidade firmado entre a Secretaria de Justiça e Direitos Humanos (SJDH), por meio do Patronato Penitenciário, e a Prefeitura de Caruaru.

Nove dos reeducandos são acompanhados pelos técnicos da Estação do Governo Presente Caruaru, através de visitas domiciliares nos territórios, os quais detectam as vulnerabilidades a respeito da empregabilidade, documentação civil e inserção produtiva.

Para a reeducanda Keyssyany Pereira, moradora do Bairro Vassoural, essa oportunidade vem abrir novos horizontes. “Estou muito feliz com essa notícia, pois, sempre que vamos à procura de emprego, recebemos um ‘não’ quando descobrem que somos ex-presidiárias. Essa oportunidade veio em boa hora. Estou há um bom tempo desempregada”, comemorou.

Quem também está bastante satisfeito é Joelson Lourenço, reeducando e morador do Bairro Santa Rosa. “Esta é uma oportunidade maravilhosa. Já cansei de procurar emprego e me deparar com o preconceito. Errar é humano, agora queremos mudança e muitas vezes nos deparamos com portas fechadas. Hoje vivo de bicos. Vou abraçar esse trabalho e dar a volta por cima”, afirmou..

De acordo com Perpétua Dantas, secretaria municipal de Políticas para Mulheres, a iniciativa junto ao Patronato Penitenciário e o Governo Presente de interiorizar o trabalho de inclusão social dá oportunidades para os reeducandos voltarem ao mercado de trabalho. “Sabemos que o mercado é muito competitivo e cheio de barreiras, principalmente para os reeducandos. Sem contar que com essa inclusão, vamos diminuir a violência e trazer benefícios para a população, com uma cidade mais limpa e organizada”, frisou.

Cícera Vasconcelos, coordenadora da Estação do Governo Presente Caruaru, também elogiou a iniciativa. “A junção entre Estado e município é fundamental para o avanço da reinserção dos reeducandos na sociedade. As barreiras existem, mas, com todos unidos, as portas se abrem e conseguimos inserir esse público tão excluído da sociedade”, destacou.

Motorista que matou casal está foragido

A Justiça determinou esta semana a prisão preventiva do motorista José Aurélio Santos de Meira, de 36 anos. Ele teria praticado duplo assassinato ao atropelar e não prestar socorro ao casal Rogério José Santos da Silva, de 31 anos, e Adelma Alaíde da Silva, de 29 anos. O fato ocorreu no dia 19 de março deste ano, na alça que liga a Avenida Jaboatão com a BR-232, mais precisamente ao lado da UPA Estadual. Até o fechamento desta editoria, o acusado encontrava-se foragido e a polícia realizava diligências para prendê-lo.

De acordo com as investigações da Civil, na ocasião José Aurélio acabou atingindo em cheio com o seu Golf a Biz, que estava sendo conduzida por Rogério e tendo como garupa Adelma. O detalhe é que as vítimas estariam trafegando na moto no sentido correto da via, enquanto que o carro de Aurélio estava em plena contramão. Se não bastasse o forte impacto, José ainda teria arrastado com o seu veículo o corpo de Rogério por mais de 500 metros, tendo só parado já na Rua do Vassoural, no bairro de mesmo nome.

Polícia Civil desvenda feminicídio

assassino

A Polícia Civil de Pernambuco prendeu, na última quarta-feira (24), um homem acusado de matar a própria mulher em Jucati, no Agreste do Estado. Quase dois anos após o corpo de Tatiane Alexandre da Silva ter sido encontrado, a Delegacia de Jucati retomou as investigações e conseguiu comprovar a participação no crime de Gilson Rosado da Silva, 27 anos.

A vítima, na época com 20 anos, foi encontrada morta no dia 17 de agosto de 2016, na residência do casal, com uma corda enrolada no pescoço e amarrada no telhado. Antes da revisão do caso, Gilson vinha negando a autoria do homicídio e sugeriu que a esposa tinha cometido suicídio por enforcamento. Em função do avançado estado de decomposição do corpo de Tatiane, que foi encontrado três dias após o crime, o laudo e os exames realizados na época acabaram sendo inconclusivos.

Com auxílio de novas perícias realizadas este ano pelo Instituto de Criminalística (IC), o inquérito encontrou novos elementos que indicavam a participação de Gilson. “Também refizemos alguns depoimentos e descobrimos que houve uma briga do casal no dia do crime. Ele era muito ciumento. Depois que apontamos todas as inconsistências do primeiro interrogatório dele, ele acabou confessando”, afirmou o delegado de Jucati, Cláudio Neto, responsável pelo inquérito.

Ao confessar o crime, Gilson relatou aos policiais que, após uma discussão do casal, ele atingiu Tatiane com socos no rosto e ela acabou desmaiando. Em seguida, foi até o quintal da residência e pegou uma corda de nylon que estava no varal. Ao retornar, passou a corda por trás da cabeça da vítima e apertou até perceber que ela já estava sem vida. Por fim, amarrou a outra ponta da corda no teto e suspendeu o corpo da Tatiane com a intenção de simular o suicídio. O mandado de prisão de Gilson foi expedido pela Comarca de Jupi e ele está preso na Cadeia Pública de Lajedo, também na região.