Demanda por investimento da micro e pequena empresa atinge 40,6 pontos em abril, mostra indicador do SPC Brasil e CNDL

Aos poucos, a melhora gradual do cenário macroeconômico começa a se refletir no dia a dia dos empresários de menor porte. Dados apurados pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) mostram que o Indicador de Demanda por Investimento da Micro e Pequena Empresa avançou 10,8 pontos em um ano, ao passar de 29,8 pontos em abril do ano passado para 40,6 em abril de 2018. A escala do índice varia de zero a 100, sendo que quanto maior o número, mais propenso está o empresário a realizar investimentos em seus negócios.

Na avaliação dos especialistas do SPC Brasil, os dados da série histórica mostram que o humor do pequeno empresário tem mudado de patamar nos últimos meses, o que reforça a conjuntura de melhora gradual da economia. Entre meados de 2015 e final 2016, a média da propensão a investir estava em 25,8 pontos, passando para 29,7 pontos na média do ano passado. Nos quatro primeiros meses de 2018, a média é ainda superior e ficou em 41,0 pontos.

Em termos percentuais, cresceu de 25% para 34% o volume de micro e pequenos empresários que demonstram interesse em realizar algum tipo de investimento em seus negócios nos próximos seis meses. Os que não pretendem realizar melhorias na empresa somam 49% de entrevistados, principalmente porque não veem necessidade (37%) ou porque acreditam que o país ainda não se recuperou da crise (32%).

“A recessão pela qual o Brasil atravessou recentemente deixou os empresários cautelosos para investir. Com a lenta retomada econômica, a expectativa é de que a confiança seja restaurada, uma vez que com uma perspectiva melhor de vendas, o investimento torna-se ferramenta importante dentro das empresas”, analisa o presidente da CNDL, José Cesar da Costa.

68% dos que vão investir na empresa usam recurso próprio bolso; aumentar vendas é principal motivo

De acordo com o levantamento, considerando a parcela de empresários que pretendem investir nos próximos 90 dias, os investimentos prioritários serão compra de maquinários e equipamentos (29%), reforma da empresa (27%), ampliação do estoque (20%) e investimentos em divulgação da empresa, por meio de mídia e propaganda (13%). Na avaliação desses entrevistados, a principal finalidade dos investimentos é impulsionar vendas, opção citada por 55%. Há ainda 22% de micro e pequenos empresários que investem para atender ao crescimento da demanda observado nos últimos meses.

Para quem vai investir, o capital próprio aparece como o principal recurso. A maioria (68%) desses empresários usará o dinheiro do próprio bolso, seja na forma de aplicações ou investimentos (58%) ou a partir da venda de algum bem (10%). Há ainda 20% que mencionam o empréstimo em bancos e financeiras.

Demanda por Crédito da micro e pequena empresa avança oito pontos em um ano na escala do indicador, ainda assim intenção se mantém baixa

Outro indicador também mensurado pelo SPC Brasil e pela CNDL é o de Demanda por Crédito da Micro e Pequena Empresa. Nesse caso, o comportamento tem sido mais modesto. Em abril do ano passado, o índice se encontrava em 12,4 pontos e passou para 20,4 pontos em abril de 2018. Pela metodologia, quanto mais próximo de 100 pontos, maior o apetite para tomada de crédito nos próximos três meses e, quanto mais distante, menor o apetite.

De acordo com o levantamento, apesar da melhora do indicador, em termos percentuais, somente 11% dos micro e pequenos empresários manifestaram a intenção de buscar crédito no horizonte de três meses, o que representa um crescimento de cinco pontos percentuais frente abril do ano passado. Por outro lado, 76% dos empresários consultados não possuem interesse em contratar qualquer linha de financiamento para seus negócios.

Conseguir manter a empresa com recursos próprios é a principal razão apontada por aqueles que não pretendem buscar recursos de terceiros (53%). Além desses, 31% mencionam as altas taxas de juros e 20% dizem ainda estar inseguros com as condições econômicas do país. Há ainda 7% que contrataram crédito recentemente e, portanto, não veem necessidade de fazê-lo novamente agora. De modo geral, 29% dos micro e pequenos empresários consideram a contratação de crédito algo difícil, principalmente pelo excesso de burocracia e exigências que as instituições financeiras fazem (56%) ou por causa dos juros considerados elevados (47%). Os que consideram o processo fácil somam 30% da amostra e, citam, principalmente, o bom relacionamento com o banco (46%) como principal justificativa.

31% tomam crédito para formar capital de giro; 52% recorrem a microcrédito

O microcrédito ou empréstimo é a modalidade mais comum a ser contratada pelos entrevistados, com 52% de menções. Em segundo lugar aparecem os financiamentos (16%), seguidos do cartão de crédito empresarial (10%). Os descontos em duplicatas são opção de 6% dos micro e pequenos empresários que manifestaram a intenção de buscar crédito. A formação de capital de giro é a principal finalidade desse dos recursos emprestados, citado por 31% dos entrevistados, enquanto 24% têm a intenção de pagar dívidas e 21% comprarão equipamentos ou maquinários.

“O crédito é o motor da economia porque possibilita investimentos, proporciona desenvolvimento para as empresas e impacta toda uma cadeia de negócios. Não são apenas as grandes companhias que devem usar o crédito para crescerem, mas as pequenas também. Os empresários de menor porte precisam profissionalizar a gestão de seus negócios e para isso, existem linhas de financiamentos específicas para o tamanho ou segmento dessas empresas, porém a maioria ainda tem pouco conhecimento sobre as modalidades mais adequadas a seu negócio”, explica a economista-chefe do SPC Brasil, Marcela Kawauti.

Metodologia

Os Indicadores de Demanda por Crédito e de Propensão para investimentos do Micro e Pequeno Empresário calculados pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) levam em consideração 800 empreendimentos com até 49 funcionários, nas 27 unidades da federação, incluindo capitais e interior. As micro e pequenas empresas representam 39% e 35% do universo de empresas brasileiras nos segmentos de comércio e serviços, respectivamente. Baixe a íntegra do indicador e a metodologia em https://www.spcbrasil.org.br/imprensa/indices-economicos

Carta aberta ao governador Paulo Câmara

Os governos estaduais não podem ficar alheios à crise de desabastecimento enfrentada pelo País neste momento. Principalmente porque são responsáveis por quase um terço do preço dos combustíveis na bomba, uma vez que o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) responde por 29% de cada litro que o consumidor coloca no tanque.

Mais perverso ainda é o fato de o imposto estadual ser cobrado a partir de uma média do preço praticado no varejo, que já traz embutido os custos de tributos cobrados pela União, como Cide, PIS e Cofins. Ou seja, os governos estaduais cobram, inclusive, imposto sobre o imposto cobrado pela União.

Aqui em Pernambuco, a alíquota do ICMS passou de 27% para 29% no fim de 2015, com apoio da Assembleia Legislativa, como parte de um pacote anticrise para ajudar o Estado a atravessar o cenário econômico adverso. No entanto, como diz o próprio Governo do Estado em sua propagando oficial, “Pernambuco atravessou a crise de pé”, o que discordo. Tendo o Estado superado a crise, como diz o Governo, nada mais justo, portanto, que se devolva ao povo pernambucano a alíquota extra cobrada para enfrentar a crise. Sugiro até um avanço maior, que se reduza ainda mais o peso do tributo estadual com o deslocamento de sua base de cálculo do preço na bomba para o preço na refinaria ou na distribuidora, deduzindo assim os encargos federais.

O Governo do Estado pode fazer ainda mais, governador, como por exemplo, incentivar o consumo de Etanol por meio de uma política tributária específica para o setor sucroalcooleiro. O incentivo fiscal ao segmento, como fazem alguns estados produtores, além de fortalecer uma atividadr importante para a economia pernambucana, contribuiria como elemento regulador do mercado de combustíveis, uma vez que ao tornar o Etanol mais competitivo se daria outra opção aos consumidores, ajudando a combater os preços abusivos.

Por fim governador, o povo pernambucano lhe faz um apelo, pense menos como arrecadador de impostos e mais como chefe do Poder Executivo, a quem cabe as decisões em relação às políticas públicas e as iniciativas que tragam bem estar à população. Pernambuco precisa de um líder que enfrente os desafios. Como líder da Oposição, me coloco à disposição do governador Paulo Câmara para ajudar no que for preciso.

Silvio Costa Filho
Deputado Estadual e Líder da Oposição na Assembleia Legislativa de PE

Caminhoneiros criticam sindicatos e dizem que continuarão parados

Caminhoneiros autônomos parados nas rodovias brasileiras disseram, após a divulgação do acordo do governo e oito entidades da categoria, que não acabarão com a greve. “Os supostos sindicatos que estão negociando não representam os caminhoneiros que estão na rua”, disse o motorista Aguinaldo José de Oliveira, 40, que trabalha com transportes há 22 anos e para quem o movimento não tem um líder.

“São uns aproveitadores que não falaram com a gente antes da greve e chegaram agora, quando já estava tudo parado”, afirma o caminhoneiro que está parado na av. Anhaguera, Campinas. “Estou em mais de 30 grupos de WhatsApp e em nenhum aceitaram esse acordo.”

Segundo ele, os caminhoneiros pretendem manter a paralisação porque o acordo não atinge as suas principais reivindicações. “São 14 itens que a gente nem conhece. O principal é a redução do diesel, mas não essa esmola temporária de 15 centavos.”

Outro caminhoneiro de 48 anos, parado em Campina Grande, na Paraíba e que preferiu não se identificar, concordou que o acordo não representa os trabalhadores autônomos. “Nenhum caminhoneiro vai aceitar esse acordo. O Brasil vende diesel para a Bolívia a R$ 1,80 e a gasolina a R$ 2,50. Por que não pode vender aqui também?”, questionou.

E reclamou de outros pontos que não apareceram no acordo. “Por que só caminhoneiros têm que usar tacógrafo e fazer exames toxicológicos?”. Para ele, ou todos os motoristas deveriam ser obrigados a cumprir tais exigências ou que nenhum fosse.

“Pagamos R$ 400 para um exame toxicológico, IPVA, diesel caro e ainda temos que pagar pedágio”, disse. “Não está faltando nem comida, nem bebida para gente, vamos continuar nas estradas”, afirmou o caminhoneiro.

Custo do diesel
Os caminhoneiros mantêm os bloqueios em rodovias federais pelo país nesta sexta-feira (25) mesmo após acordo com o governo federal. O motivo do protesto é o custo do diesel. O petróleo subiu de preço e a Petrobras repassa as flutuações nas cotações internacionais às refinarias. Na última quarta-feira (23), Pedro Parente, presidente da Petrobras, disse que reduziria o preço do diesel em 10% por 15 dias.

Em encontro com o governo nesta quinta (24), os caminhoneiros se dividiram sobre a continuidade da paralisação e a Abcam abandonou o local. Foi fechado um acordo que deve custar R$ 5 bilhões aos cofres públicos e envolve oito entidades. A falta de combustíveis gerou filas em postos de gasolina em todo o país. Também sem abastecimento, frotas de ônibus foram reduzidas e, em São Paulo, a Polícia Militar anunciou que irá diminuir o número de viaturas nas ruas.

Aeroportos também correm risco de desabastecimento. A Latam flexibilizou suas regras e não está cobrando remarcação de voos, e a Gol pede que os passageiros confiram as situação dos aeroportos antes de sair de casa.

As bombas secas nos postos e a paralisação nas rodovias também afetaram diretamente os estoques de suprimentos hospitalares. Em Santos, a vacinação contra Influenza A foi suspensa. No sul do país, cinco hospitais cancelaram cirurgias e nove correm risco de desabastecimento.

Demanda por investimento da micro e pequena empresa atinge 40,6 pontos em abril

Aos poucos, a melhora gradual do cenário macroeconômico começa a se refletir no dia a dia dos empresários de menor porte. Dados apurados pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) mostram que o Indicador de Demanda por Investimento da Micro e Pequena Empresa avançou 10,8 pontos em um ano, ao passar de 29,8 pontos em abril do ano passado para 40,6 em abril de 2018. A escala do índice varia de zero a 100, sendo que quanto maior o número, mais propenso está o empresário a realizar investimentos em seus negócios.

Na avaliação dos especialistas do SPC Brasil, os dados da série histórica mostram que o humor do pequeno empresário tem mudado de patamar nos últimos meses, o que reforça a conjuntura de melhora gradual da economia. Entre meados de 2015 e final 2016, a média da propensão a investir estava em 25,8 pontos, passando para 29,7 pontos na média do ano passado. Nos quatro primeiros meses de 2018, a média é ainda superior e ficou em 41,0 pontos.

Em termos percentuais, cresceu de 25% para 34% o volume de micro e pequenos empresários que demonstram interesse em realizar algum tipo de investimento em seus negócios nos próximos seis meses. Os que não pretendem realizar melhorias na empresa somam 49% de entrevistados, principalmente porque não veem necessidade (37%) ou porque acreditam que o país ainda não se recuperou da crise (32%).

“A recessão pela qual o Brasil atravessou recentemente deixou os empresários cautelosos para investir. Com a lenta retomada econômica, a expectativa é de que a confiança seja restaurada, uma vez que com uma perspectiva melhor de vendas, o investimento torna-se ferramenta importante dentro das empresas”, analisa o presidente da CNDL, José Cesar da Costa.

Isaías Régis aponta situação difícil dos municípios e lamenta ausência do Governo de Pernambuco

Em entrevista ao radialista Alberes Xaviar, para o programa Cidade em Foco da Rede Agreste de Rádio, o prefeito de Garanhuns, Isaías Régis (PTB), que participa da XXI Marcha dos Prefeitos em Brasília, falou sobre as dificuldades enfrentadas pelos municípios e ainda bateu pesado na Frente Popular de Pernambuco.

O prefeito destacou as dificuldades financeiras enfrentadas pelos municípios e não se mostrou otimista quanto ao futuro. “Nós sempre participamos aqui da Marcha dos Prefeitos, mas é a desilusão e ilusão de estar aqui mais uma vez em Brasília recebendo as notícias que não são boas para os municípios (…). Os municípios brasileiros estão quebrados e nós sentimos muita falta da presença do governo central e do governo estadual, que tem falhado muito conosco também”, afirmou.

Ao falar sobre sua forma de atuação no comando da prefeitura de Garanhuns o prefeito destacou, “Eu administro a cidade como administro uma empresa, a prefeitura de Garanhuns tem que dar lucro (…). É evidente que nós estamos fazendo muita coisa em Garanhuns, investindo muitos recursos, mas se nós tivéssemos o aparato ainda maior do Governo Federal e do Governo Estadual nós poderíamos transformar nossa cidade em uma cidade referência do agreste e de Pernambuco”.

Armando Monteiro – Na oportunidade, Isaías destacou sua relação estreita com o senador e pré-candidato a governo estadual Armando Monteiro (PTB). “Armando é uma pessoa que tem hoje mérito nacional em termos de político honesto e de qualidade e muitas vezes a população quer mais um ator e eu prefiro ter um administrador. Armando será o grande administrador de Pernambuco, se Deus quiser”, vibrou.

Vai mudar – Régis falou sobre o momento difícil para a classe política, mas se mostrou otimista com a mudança do quadro, sobretudo em Pernambuco, diante das eleições que se aproximam. “O povo não quer saber de político, essa é a realidade. Na época da campanha, nós vamos tentar fazer com que o povo mude o pensamento (…). Acredito que isso vai mudar, e nós vamos para as ruas, e acho que Armando vai ter o apoio de muita gente que não estava com ele na última eleição e Paulo Câmara com a rejeição assustadora”, alegou.

Rifada – Para o prefeito, a pré-candidata Marília Arraes (PT) não conseguirá consolidar sua candidatura ao Governo do Estado devido a aproximação do PT com o PSB em Pernambuco, “Acho que já rifaram Marília Arraes. Ela seria uma candidata que poderia tornar mais fácil a eleição contra Paulo Câmara, mas mesmo assim, ela já foi rifada porque o PT vai para o PSB, porque Humberto Costa quer que o PT vá”.

Nenhuma moral – Quando confrontado com declarações do deputado federal Danilo Cabral (PSB) de que o palanque da oposição em Pernambuco seria o palanque do presidente Michel Temer (MDB), o prefeito rebateu pesado e afirmou que o parlamentar não tem moral para falar do palanque oposicionista. “Danilo não tem nenhuma moral de falar do palanque de ninguém, porque o partido dele está enterrado em todas as operações da polícia federal. Então ele não tem o que falar”, disse.

Se ligue – O programa “Cidade em Foco” vai ao ar de segunda a sexta-feira: 11:00 hs, na Rede Agreste de Rádios, composta pelas Emissoras: Rádio Filadélfia FM (104,9), Farol FM (90,5), Rádio Vale do Capibaribe AM (1.370), Rádio Cambucá FM (104.9) e pela Internet: www.filadelfiafm.net

Fotógrafa lança livro sobre a cultura indígena das loiceiras de Tacaratu

Nascida na cidade de Tacaratu, berço dos índios Pankararu, no Sertão de Pernambuco, a fotógrafa Ana Araujo construiu uma carreira de projeção nacional trabalhando com fotojornalismo em grandes veículos brasileiros, mas nunca cortou a relação umbilical com sua terra natal. Nos últimos 30 anos, a grande inspiração da fotógrafa continuou sendo o Sertão e o povo de Tacaratu, expressão de sua própria identidade cultural. Na tarde deste sábado, 26 de maio, Ana Araujo lança, no Recife, no Centro Cultural Cais do Sertão, As Loiceiras de Tacaratu – A Arte Milenar das Mulheres do Meu Sertão, fotolivro em que retrata, com a sensibilidade de quem também é parte da história, o trabalho importante e árduo das cada vez mais raras loiceiras sertanejas. O evento de lançamento do livro começa a partir das 14h30 e vai até às 17h.

Além de documentar um ofício com risco de extinção como o das fazedoras de loiças, ou louças (peças de barro como panelas, potes, tachos e cuscuzeiras), Ana Araujo revela o valor cultural da cerâmica utilitária de tradição indígena Pankararu, enquanto patrimônio histórico imaterial dos primeiros habitantes do Sertão pernambucano. Essa sua obra com recorte de gênero apresenta imagens de mulheres que por toda uma vida conseguiram criar seus filhos transformando barro em utensílios domésticos, perpetuando o saber ancestral que aprenderam com suas mães e avós, e continuam ensinando suas filhas e netas.

“Com o avanço de materiais feitos em plástico e alumínio, as loiças artesanais estão quase que desaparecendo. Hoje, apenas cerca de 12 loiceiras, em todo o município, mantêm o ofício e ainda assim só produzem por encomenda”, ressalta Ana. “Mas graças à força e à resistência da cultura indígena, as loiças continuam presentes nas festas e rituais Pankararu. As loiceiras da aldeia Brejo dos Padres, Vilma Julião e Maria de Dion, que fotografei nos dois últimos anos desta pesquisa visual, fazem questão de manter viva essa tradição milenar, utilizando a mesma técnica manual e pintando suas peças com elementos da natureza como o giz branco da Serra do Sorongo e com o toá, ou tauá, uma pedra de um intenso e bonito vermelho terra, composta por óxido de ferro”, conta.

De acordo com Ana Araujo, o objetivo da publicação que teve o incentivo do Funcultura (Secretaria Estadual de Cultura/Governo do Estado de Pernambuco), é servir de conteúdo atualizado para pesquisas de professores e alunos que queiram conhecer mais sobre o tema. Um dos campos é da Fotografia por mostrar uma linha do tempo das imagens registradas, durante a transição dos séculos 20 e 21, que representa um marco histórico, quando houve a revolução tecnológica do sistema analógico para o digital. Outra contribuição é também na área da Antropologia Visual, por sua abordagem etnográfica com populações tradicionais.

Dos 1 mil exemplares desta primeira tiragem, mais da metade foi destinada a doações para escolas e universidades públicas, bibliotecas, entidades e pontos de cultura, principalmente do Sertão de Pernambuco. O restante será vendido com 20% do valor destinado às loiceiras retratadas no livro e que continuam em atividade em Tacaratu. “Desejo que esse meu primeiro fotolivro também possa ajudá-las nessa grande luta pela sobrevivência, divulgando sua arte e na articulação de apoios por meio de um projeto de economia criativa que pretendo realizar através da Prosa – Projetos para o Semiárido, associação de mulheres que idealizei e ajudei a fundar há 13 anos em Tacaratu”, diz Ana.

Também jornalista, Ana Araujo fez a coordenação editorial do livro e escreveu sobre a experiência conterrânea com as loiceiras e o testemunho imagético da importância do ofício tanto para a cultura Pankararu quanto para o patrimônio imaterial dos povos que habitam o Semiárido brasileiro.

As Loiceiras de Tacaratu é bilíngue (português e inglês), tem 112 páginas em papel couchê, capa dura e 67 fotografias coloridas e em preto e branco, e foi impresso na Editora e Gráfica Facform, na cidade do Recife. O texto e a edição de fotos, é da jornalista e crítica de Fotografia Simonetta Persichetti e a pesquisa histórica assinada por Bartira Ferraz Barbosa, docente da UFPE – Universidade Federal de Pernambuco. O design e a produção gráfica do livro é de Isabela Faria e o projeto contou com a produção executiva de Bianca Pimentel. A edição bilíngue (português/inglês) tem tradução de Sarah Bailey e a revisão de textos de Tatiana Portela. O tratamento das imagens foi feito por Robson Lemos.

Caruaru Shopping promove mais uma feira de adoção de animais

O Caruaru Shopping realizará, no próximo domingo (27), mais uma edição do projeto “Adote um Amigo”. O evento acontece no 3º piso do edifício garagem, das 11h às 17h, e é uma grande oportunidade para você dar um lar para um bichinho.Para que o processo de adoção seja firmado, é necessário que o interessado apresente um documento com foto e comprovante de residência. Ao fim, um cadastro será feito e o pet poderá ser levado para casa. “Lembrando que todos os animais já estão vacinados”, afirmou Walace Carvalho, gerente de Marketing do centro de compras e convivência.

O Caruaru Shopping fica localizado na Avenida Adjar da Silva Casé, 800, no Bairro Indianópolis.

Serviço
Projeto “Adote um Amigo”
Quando: Domingo, 27 de maio
Onde: Caruaru Shopping, 3º piso do edifício garagem
Hora: Das 11h às 17h

Ladrões explodem agência do Banco do Brasil de Brejo da Madre de Deus

Diario de Pernambuco

Ladrões explodiram na madrugada desta sexta-feira a agência do Banco do Brasil na cidade de Brejo da Madre de Deus, no Agreste do estado. Dois homens teriam sido vistos dentro da agência, enquanto outros ficaram do lado de fora num veículo um veículo S10. Os criminosos teriam disparado vários tiros, durante o assalto, deixando moradores bastante assustados. A situação durou cerca de meia hora.

Não se sabe ainda se os assaltantes conseguiram levar o dinheiro que estava no cofre e caixas eletrônicos da instituição bancária. Os assaltantes teriam fugido em direção a rodovia PE-145, pela cidade de Jataúba. Policiais militares estão em diligência na região e na divisa com a Paraíba, tentando prender os suspeitos.

População sofre para conseguir um ônibus nesta sexta-feira

Diario de Pernambuco

População do Grande Recife amanhece com muita dificuldade para pegar coletivo e ir para o trabalho nesta sexta-feira (25), quinto dia da paralisação dos caminhoneiros em todo o país. Desde a quinta-feira, o Consórcio Grande Recife de Transportes autorizou as empresas a reduzir a frota em 50% na hora de pico, das 5h às 8h. Usuários do sistema reclamam da dificuldade para embarcar nas estações e terminais integrados.

No Terminal Pelópedas Silveira, em Paulista, a situação é mais grave. Mais de 150 pessoas lotam a estação e se espremem tentando subir nos ônibus que param para embarque. No Terminal Integrado de Joana Bezerra, na Ilha do Leite, a situação é a mesma: há ônibus circulando, mas as pessoas se queixam que não conseguem entrar pois os veículos estão lotados. Na estação Recife, Centro da cidade, e no terminal de Cajueiro Seco, em Jaboatão dos Guararapes, que fazem conexão com o metrô, o movimento de pessoas também era intenso e os ônibus estavam lotados.

Protestos ainda acontecem em 17 rodovias de Pernambuco

Diario de Pernambuco

Apesar do acordo entre governo federal e caminhoneiros, anunciado na noite da quinta-feira (24), o protesto nas rodovias continua em Pernambuco. A Polícia Rodoviária Federal (PRF) divulgou às 7h15, há pelo menos pontos 17 pontos de protesto em Pernambuco na manhã desta sexta. Em Jaboatão dos Guararapes, Região Metropolitana do Recife, na BR-101, no quilômetro 83, caminhões continuam parado às margens da pista. Há também, motoristas com caminhões estacionados no quilômetro 44, em Igarassu.

Os pontos nos quais há manifestação dos caminhoneiros, segundo a PRF, são BR 316, km 80, Ouricuri; BR 316, km 143, Parnamirim; BR 423, km 97, Garanhuns; BR 101, km 83, Jaboatão dos Guararapes; BR 316, km 303, Floresta; BR 232, km 130, Caruaru; BR 408, km 83, Paudalho; BR 232, km 177, Belo Jardim; BR 232, km 207, Pesqueira; BR 428, km 38, Cabrobó; BR 424, km 69, Caetés; BR 104, km 74, Caruaru; BR 423, km 146, Iati; BR 407, km 80, Petrolina; BR 316, km 58, Trindade; BR 316, km 25, em Araripina e BR 101, km 44, Igarassu.