Aulas de natação ajudam a prevenir acidentes aquáticos

O calorão já tomou conta da região Agreste e, nesta época, as pessoas buscam se refrescar nas praias pernambucanas em piscinas e açudes. O problema é quando esse momento que deveria ser de lazer se transforma em uma tragédia. De acordo com o levantamento do Ministério da Saúde, atualmente no Brasil, todos os dias, 17 pessoas têm morrido afogadas. Dessas, três são crianças. O país contabilizou, no ano passado, 913 óbitos por afogamento de crianças e adolescentes com até 14 anos. Essa é a maior causa de morte acidental na faixa de 1 a 4 anos, sendo a piscina o local onde a maioria dos incidentes mais vêm ocorrendo.

Novembro é o mês nacional de prevenção aquática. Nesta época, é importante ficar atento à ocorrência dos acidentes aquáticos. Muitos pais enxergam nas aulas de natação uma oportunidade de garantir mais autonomia e segurança para as crianças. Para aumentar a segurança e evitar acidentes, muitos pais optam por colocar os seus filhos na natação desde cedo.

O profissional de Educação Física, Marcos Farias, explica que, além de todos os benefícios para a saúde, a prática é importante para a defesa. “Piscina e praia são acessíveis e atraentes para as crianças. O fato de saber nadar não significa que ela está livre de se afogar, mas acaba dando um pouco de tranquilidade, porque ela sabe que domina as técnicas de natação”, disse.

Capital do Agreste se despede de Miranda

Pedro Augusto

Com a colaboração especial de Fernandino Neto

Um bom repórter que se preze tem como missão diária noticiar seguindo fielmente as verdades dos fatos, mesmo que para isso, ele tenha de colocar na ponta da caneta o lamento e a tristeza sentida. Esta semana, o jornalista que assina a esta matéria, teve de cumprir a árdua tarefa de oficializar, através das páginas do VANGUARDA, a morte de umas das suas principais referências na profissão e na vida devido à forma simples e alegre da qual ele fazia questão de levá-la. Aos 95 anos, morreu em decorrência de um infarto no miocárdio, na manhã da última quinta-feira (15), no Recife, Antonio Miranda, ou simplesmente “Miranda”.

De acordo com informações repassadas por familiares, o ex-jornalista do VANGUARDA e do Diario de Pernambuco estava prestes a fazer um passeio, quando teria passado mal. “Ele morava com a minha irmã em Caruaru e tinha se dirigido até o Recife para passar o fim de semana conosco. Estávamos já prontos para irmos até Enseada dos Golfinhos, no litoral, quando ele não se sentiu bem. No caminho para o hospital, acabou falecendo. Sua morte pegou todos nós de surpresa, haja vista que papai era uma pessoa ainda bastante ativa e lúcida”, disse uma das filhas de Miranda, Rosa Cavalcante.

O corpo de Antonio Miranda chegou à Capital do Agreste no final da tarde da quinta. Familiares, amigos, colegas de profissão e admiradores de seu trabalho fizeram questão de prestar as últimas homenagens ao jornalista. O ex-governador João Lyra Neto foi uma entre as centenas de pessoas que estiveram presentes no velório do Dom Bosco. “Antonio Miranda faz parte da história do jornalismo de Caruaru, não só pela sua experiência, mas acima de tudo, pela sua responsabilidade profissional. Trabalhou por décadas no VANGUARDA, sendo bastante respeitado em todos os segmentos devido ao seu compromisso com a verdade. Ele deixou a sua marca na história da crônica local!”.

A prefeita Raquel Lyra também lamentou bastante a morte do jornalista. “Foi com enorme pesar que recebi a notícia do falecimento do jornalista caruaruense Antonio Miranda. Ex-colaborador do jornal Vanguarda de Caruaru, Diario de Pernambuco, entre outros veículos de comunicação, seu Miranda nos enriqueceu com suas crônicas e poesias, além dos bastidores políticos e das ações dos movimentos sociais, econômicos e religiosos. A imprensa pernambucana perdeu um grande personagem, que ficará para sua história. Que Deus conforte seus familiares e amigos!”.

O ex-prefeito José Queiroz utilizou as redes sociais para externar a sua tristeza pela morte de Miranda. “O jornalista Antonio Miranda era gente! Figura humana excepcional. Foi meu secretário de Comunicação na minha primeira gestão, com muita sensibilidade e eficiência. Quem diria que meio século depois, a sobrinha de Miranda, a competente Carol Miranda, viria a ser também, a minha secretária de Comunicação… Minha homenagem ao estimado auxiliar que partiu para o outro lado da vida!”.

Além de políticos, historiadores como Walmiré Dimeron se despediram de Miranda com belas palavras. “Antonio Miranda foi e continuará sendo uma referência do jornalismo do interior pernambucano. Contribuiu significativamente com a imprensa local e como correspondente do Diário de Pernambuco divulgou Caruaru de forma exemplar ressaltando sempre as nossas potencialidades, nossos artistas, a gente simples da sua terra. Foi quase biógrafo do Mestre Vitalino, a quem acompanhou em viagens pelo Brasil. Fez da notícia a crônica, enriquecendo-a, com maestria ímpar. Que Caruaru lhe seja eternamente grata!”.

Casado com Francisca, desde 7 de dezembro de 1950, Antonio Miranda tinha ficado viúvo há poucos meses e era pai de três filhos: Antonio, Sueli e Rosa. Esposa de um dos sobrinhos de Miranda, Moema Duarte relembrou o jeito peculiar do jornalista. “Ele tinha uma alegria imensa de viver, levava a vida leve tanto é que era um brincalhão nato! Era um grande exemplo para toda a família como cidadão e profissional. Com o seu caderninho no bolso e a sua caneta pendurada na camisa, ele registrou um bom intervalo da história de Caruaru, sempre de uma forma autêntica e diferenciada”.

O corpo do jornalista foi sepultado na manhã da sexta-feira (16), no Cemitério Dom Bosco, no Bairro Maurício de Nassau.

Carreira

Eminente cronista, sua trajetória no universo da notícia começou quase por acaso. Quando criança, Miranda trabalhava com o pai, Miguel Miranda Cavalcante, num armazém na Rua dos Sapateiros. A mãe, Alexandrina Vasconcelos Cavalcante, o garoto nem chegou a conhecer direito. “Quando ela morreu, eu tinha um ano. Não me lembro da fisionomia dela”, explicou em reportagem publicada pelo VANGUARDA, em fevereiro de 2012. Os jornais e revistas que o pai comprava, aos domingos, eram ‘devorados’ por Miranda e inspiraram seu lado escritor. Fez curso de guarda livros, na antiga Academia de Comércio, graduou-se pela Faculdade de Direito de Caruaru e, em 1963, participou de Curso Intensivo de Jornalismo, a profissão que abraçou por toda vida e através da qual conquistou sua aposentadoria.

Antonio Miranda Cavalcante nasceu no dia 1º de abril de 1923. Caruaruense da Rua Preta, na adolescência chegou a acreditar que era poeta. Escreveu uma poesia e queria publicar no VANGUARDA. Com medo de não ser atendido pelo jornalista José Carlos Florêncio, fundador e então diretor do semanário, Miranda decidiu jogar o seu trabalho por debaixo da porta e correu para não ser visto. A espera quase o desanimou. Até então, nada havia sido publicado. Em seguida, veio a surpresa. Algumas semanas depois, o seu texto estampava a página literária do jornal.

Escrevendo poesias e crônicas para os jornais da época, a exemplo do católico A Defesa, Miranda viu as portas da imprensa se abrirem. Embora gostasse do estilo literário, sua preferência sempre foi pela literatura de não-ficção. Em parceria com Azael Leitão, Nelson Barbalho, Luiz Torres e outros “amantes das letras”, criou o Jornal do Agreste, considerado por ele como sendo o mais ‘peitudo’ que já existiu em Caruaru. O jornal acabou fechando devido à escassez de recursos.

Quando passou a colaborar com o VANGUARDA, sua coluna recebeu o nome de Domingo. Muitos anos depois, o espaço de comentários acabou recebendo o seu próprio nome. Por mais de seis décadas, a Coluna do Miranda foi uma das mais tradicionais do jornal e da imprensa pernambucana. Revivendo histórias de um passado distante para muitos ou nem tanto para outros, Antonio Miranda acabou se tornando um dos principais expoentes do jornalismo pernambucano, sendo uma das principais referências do meio até hoje.
Em decorrência de uma isquemia cerebral, Antonio Miranda foi obrigado a dar um ponto final a sua coluna no VANGUARDA, em fevereiro de 2012, aos 88 anos.

Correspondente

Foi o jornalista Luiz Torres, correspondente do Jornal do Commercio, em Caruaru, quem indicou Antonio Miranda para assumir a mesma função no Diario de Pernambuco. A parceria durou cerca de 15 anos e Miranda guardou em seu arquivo pessoal as principais matérias que escreveu para a imprensa pernambucana.

Em seus escritos, Miranda também noticiava os bastidores políticos e as ações dos movimentos sociais, econômicos e religiosos. O “faro” jornalístico não lhe decepcionava. Miranda sempre estava antenado e atento a tudo que pudesse preencher as linhas de uma boa matéria. Tanto que descobriu que uma vaca subiu no telhado de uma fábrica de camas e, lá de cima, dançou xaxado. A matéria foi reproduzida em jornais de todo o país e também fora dele. O fato rendeu comentários feitos pela BBC de Londres, e pela Voz da América, nos Estados Unidos.

Antonio Miranda também foi responsável por outras descobertas, como o defunto que pulou o muro de um cemitério na zona rural de Caruaru; o forrozeiro que dançou com dez damas, durante 96 horas ininterruptas, num “pinga-pus” do Salgado e tantas outras que eram saboreadas pelos seus leitores. Na época em que era correspondente do Diario de Pernambuco, o seu “rival” na busca pela notícia era o jornalista Souza Pepeu, do JC. Os dois “brigavam” por informações e Miranda recorda um ‘furo’ dado no colega.

Adeus, seu Miranda! O calendário ainda marca novembro, mas em qualquer época, ele sempre se despedia com o seu famoso bordão: “Feliz Natal!”.

ARTIGO — Quais foram os ganhos?

Maurício Assuero

Há um ano entrava em vigência a reforma trabalhista e precisamos desse tempo para verificar que ela não trouxe a contribuição devida para melhorar o nível de desemprego no Brasil. Por mais que tente se esconder, a reforma foi um colírio para empresas, mas cisco para os empregados. O não impacto no desemprego se deve um conceito natural da Economia: racionalidade dos agentes.

Ao flexibilizar algumas regras, a reforma reduziu os gastos das empresas com indenizações, como horas extras, mas os empresários não aparentam disposição para reverter isso em benefício para o trabalhador. Nesse período, observa-se que as ações trabalhistas caíram mais de 50%, portanto, se constata que as empresas ganharam, de fato, com a reforma. As receitas dos sindicatos caíram 86%, aproximadamente. Agora, a relação é direta entre empregado e empregador.

No meio desse debate vem a intenção do novo governo em acabar com o Ministério de Trabalho. Imediatamente, as redes sociais foram inundadas de críticas. Bom, ao que hoje se sabe, este ministério serviu de palco para falcatruas de todos os tamanhos. Teve a indicação sendo suspensa por decisão do STF e o ministério ficou sem comando por mais de um mês. Ninguém notou, ninguém sentiu. Só houve críticas da parte da, então, indicada ao cargo. Desde 2013, a taxa de desemprego vem crescendo e nenhuma política foi implantada para reverter o quadro. A única coisa que o ministério fez foi negociar, de forma ilegal, autorizações para novos sindicatos.

Mais do que ter um ministério do trabalho, o Brasil precisa de mecanismos para criar vagas para sua população. A redução do tamanho do estado é fundamental para economizar, cortar cargos políticos, indicações medíocres. Quem não lembra da nomeação, pelo ministério do trabalho, de um jovem de 19 anos para administrar contratos da ordem de R$ 487 milhões? Qual o critério de sua indicação? Ser filho de um amigo do deputado federal que loteava os cargos no ministério. Então, qual a falta que isso vai fazer? Nenhuma. Faço aqui um paralelo: na Copa do Mundo de 1982, o técnico Telê Santana, cortou Renato Gaúcho do elenco dizendo que o time não precisa de ponteiro (Renato era ponta direita), mas sim de jogar pelas pontas. O Brasil não precisa de ministério do trabalho. Precisa gerar trabalho.

O foco primordial do novo governo deve ser a economia, mas para ajustar a economia precisa das reformas: previdência, tributária e administrativa. Depois do ajuste na economia, o resto tenderá ao equilíbrio.

Pedro Moura relembra sucesso da medida em 2017

Aplicada pela primeira vez em 2017, sendo aprovada por todos os órgãos que atuam na operacionalidade do empreendimento como a Polícia Militar, a Destra e a Polícia Rodoviária Federal, a medida de jornada dupla da Feira da Sulanca espera mais uma vez atingir os objetivos traçados, conforme destacou o presidente da Associação dos Sulanqueiros de Caruaru, Pedro Moura. Vale ressaltar que a entidade esteve novamente envolvida no processo de negociação dos horários.

“Com os funcionamentos aos domingos e nas segundas, a feira acabou recebendo um público recorde no último bimestre de 2017, o que possibilitou aumento nas vendas em relação aos mesmos períodos dos anos anteriores. Foi realmente um sucesso, então, não poderíamos passar em branco em 2018. Até o próximo dia 30 de dezembro, a Sulanca estará operando em dois dias da semana, possibilitando que nossos feirantes faturem mais e que nossos clientes comprem com maior tranquilidade”, destacou Moura.

De acordo com a estimativa da Associação dos Sulanqueiros de Caruaru, durante este mês que antecede dezembro – período mais propenso para as vendas -, entre 45 a 50 mil compradores estarão circulando pelos setores do Parque, no intuito de garantir mercadorias para consumir e revender. Este montante, segundo ainda a associação, deve injetar, por feira, entre R$ 45 a 50 milhões na economia da cidade. “Já em dezembro, a expectativa é de que esses números redobrem, tanto no tocante ao quantitativo de clientes circulantes, quanto às somas em dinheiro contabilizadas”, acrescentou Pedro Moura.

“Hoje mesmo (segunda-feira 12), o número de compradores presentes encontra-se bastante alto. Praticamente todos os feirantes sondados por nossa entidade demonstraram satisfação pelas vendas registradas, o que nos deixou bastante otimistas quanto ao desempenho da Sulanca neste fim de ano”, finalizou Moura.

Expediente duplo na Sulanca iniciará neste fim de semana

Pedro Augusto

No intuito de impulsionar ainda mais a lucratividade, o que é sempre bem-vindo em tempos de crise, a Prefeitura, em conjunto com a Associação dos Sulanqueiros de Caruaru, decidiu novamente adotar o funcionamento da Feira da Sulanca, no Parque 18 de Maio, no Centro, no período de dois dias durante as vendas de fim de ano. De acordo com o calendário divulgado à imprensa pela PMC, deste dia 18 até o próximo dia 30, a Sulanca estará operando com expedientes consecutivos, ou seja, aos domingos e segundas-feiras. As comercializações estão previstas para iniciar às 4h em todos os setores da feira, com o reforço também das atividades das lojas que fazem parte do complexo de empreendimentos do Parque.

Na última Sulanca antes da mudança interina de expediente, que foi realizada na segunda (12), VANGUARDA esteve conversando com alguns feirantes dos setores do antigo terreno da Fundac e da Brasilit, afim de que eles pudessem opinar sobre o novo sistema de horário de operação da feira. Em sua maioria, eles se mostraram a favor da execução do expediente duplo.

Para o sulanqueiro Lenildo Alves, que atua com o seu banco instalado no antigo terreno da Fundac, a mudança empregada pelos órgãos que garante a funcionalidade da Sulanca propiciará lucratividades à altura de uma época de fim de ano. “Não só os clientes que circulam pelos mais variados setores, mas todos os feirantes que trabalham no Parque 18 de Maio sabem muito bem que as feiras de Toritama e de Santa Cruz do Capibaribe já estão abrindo aos domingos. Desta forma, se não houvesse essa mudança de horário também por aqui, com certeza as vendas iriam diminuir em grande número na Sulanca, haja vista que contaríamos apenas com um dia para negociar. Todo mundo sabe que as mercadorias da nossa feira são melhores em relação às dos municípios vizinhos, então, a expectativa é de comercializamos redobrado nestas próximas semanas, quando ficaremos cada vez mais próximos das festas de Natal e do Réveillon”, opinou Lenildo.

No setor do antigo terreno da Fundac, a reportagem VANGUARDA ainda conversou com o sulanqueiro Heleno Severino. Especializado na comercialização de artigos em jeans, ele também está enxergando com bons “olhos” o funcionamento da Sulanca em expediente duplo. “No último fim de ano, quando houve a mesma abertura em dois dias, de início, alguns feirantes chegaram a criticar dizendo que nas segundas só estavam assimilando prejuízos, porém não tardaram a mudar de opinião, quando perceberam que as vendas destes dias específicos estavam funcionando como complemento das de domingos, ou seja, não estava havendo prejuízo, mas, sim, acréscimo nas vendas. É o que também aguardo para este fim ano. Em vez de queda, espero é aumento nas comercializações em comparação com 2017”, analisou Heleno.

Em tempos ainda de desempenhos irregulares em termos de vendas, decorridos da crise financeira que se arrasta no país há mais de três anos, ter a possibilidade de comercializar por dias seguidos na Feira da Sulanca está animando a sulanqueira Tarsila de Almeida. Com o seu banco no setor da Brasilit, ela espera ter motivos para comemorar a chegada das festas de Natal e de Fim de Ano. “Até lá, serão realizadas diversas feiras e espero aproveitar ao máximo esta demanda extra que deve ser percebida no fim de ano para entrar 2019 com o pé direito. Este ano foi bastante difícil para nós que comercializamos no Parque e qualquer medida a mais que possa propiciar uma lucratividade maior é sempre muito bem-vinda! Acertaram mais uma vez os órgãos que determinaram essa jornada dupla.”

Assim como Tarsila, Paulo da Silva negocia produtos no setor da Brasilit. Perguntado sobre o aumento do expediente, ao contrário dos demais feirantes entrevistados, ele não se mostrou tão confiante. “Em minha opinião seria melhor se a Sulanca abrisse nas segundas e terças-feiras durante este período de festas, até porque não concorreria tanto com as vendas de Santa Cruz e de Toritama. Mas, fazer o quê? É esperar que essa medida dê resultado a nós feirantes, haja vista que todos estão precisando. Tivemos um 2018 de muitos altos e baixos em termos de lucratividade e a torcida é de terminarmos, ao menos o ano, da melhor forma possível!”

Central anuncia mais três reforços

Pedro Augusto

A diretoria do Central segue anunciando reforços para a temporada 2019. Nos últimos dias, mais três nomes foram confirmados como novos atletas da Patativa. Foram eles: o zagueiro Xandão, o meia Paulinho Mossoró e o atacante Genesis Hulk. No total, a equipe caruaruense já contratou nove jogadores para o ano de seu centenário. Além dos mais recentes anunciados, já acertaram as suas vindas para o Luiz Lacerda o goleiro Tom Santos, os zagueiros Bruno Oliveira e Diego Bispo; os volantes Edson Magal, o meia George, além do atacante Anderson Lessa.

Candidato a ser um dos “xerifes” da zaga centralina, atualmente, Xandão está com 29 anos acumulando passagens por times de São Paulo como o Juventus, a Ferroviária e o São Bento. Seu último clube foi o Itumbiara de Goiás. “Esta será a primeira vez que irei atuar no futebol pernambucano e encontro-me bastante otimista quanto à participação do Central nas três competições em que ele irá disputar. Espero, juntamente com a diretoria, o elenco e a torcida, fazer bonito nesta temporada que promete ser histórica para Patativa”, disse Xandão.

O mais conhecido da torcida centralina dos últimos três reforços anunciados, Paulinho Mossoró, atualmente está com 31 anos com passagens pelo Salgueiro, Serra Talhada, Confiança, América-RN, dentre outros clubes. “Graças a Deus houve o acerto e estou muito feliz em poder vestir a camisa do Central. Conheço a grandeza deste clube, já joguei contra e sei muito bem a força da sua torcida, então, é se esforçar ao máximo para fazer uma boa temporada no próximo ano. A Patativa merece conquistar um título e partiremos em busca disso”, comentou Mossoró.

Natural de Goiânia (GO), Genesis Hulk, de 27 anos, já passou por várias equipes do futebol brasileiro, como o Grêmio Anápolis, o Boa Esporte, o Altos, o Moto Clube e o Passo Fundo. O novo atacante alvinegro espera ter uma boa passagem pelo time caruaruense. “Soube que o Central completará 100 anos em 2019 e fiquei satisfeito em ter sido contratado para uma temporada tão importante conforme é a de 2019. As metas são conquistar o Estadual e conseguir o acesso para Série D. Vou me empenhar bastante para fazer o meu nome neste clube”, destacou Hulk.

Confira o atual elenco do Central:
Goleiros: Tom Santos e Elias
Zagueiros: Bruno Oliveira e Diego Bispo
Volantes: Edson Magal, Eduardo Erê, Fernando Pires e Weslley Oliveira
Meias: Idevam, Júnior Palmares e George
Atacantes: Anderson Lessa, Aílton e Ikson

Caravana oferta oficinas e palestras no Case Caruaru

O Centro de Atendimento Socioeducativo (Case) Caruaru está recebendo, desde o início desta semana, a Caravana Juventude em Movimento. O primeiro dia da jornada incluiu quatro oficinas profissionalizantes simultâneas, nas quais foram inseridos 42 socioeducandos. Um ciclo de palestras sobre pré-qualificação para o mercado de trabalho também esteve entre as atividades ofertadas por meio de uma parceria entre a Fundação de Atendimento Socioeducativo (Funase) e o Centro de Integração Empresa Escola (Ciee). A caravana deve contar com mais dois dias de ações em período integral, previstos para 20 e 27 de novembro, e faz parte do esforço da Funase em incrementar as atividades de qualificação profissional, cultura e lazer no Case Caruaru.

Uma das oficinas já iniciadas, a de Produção de Vídeo, aborda noções de enquadramento, foco, iluminação e edição. As atividades começaram com a exibição do filme “Coach Carter: Treino para a Vida”, no qual o ator Samuel L. Jackson interpreta um técnico de basquete que, propondo novas regras e condutas, busca ensinar garotos do time da escola a afastar-se da criminalidade e da prisão. Além da reflexão proporcionada pelo filme, os adolescentes do Case Caruaru poderão, ao longo da oficina, pôr em prática as técnicas que aprenderem. As aulas estão sendo ministradas pelo coordenador do Eixo Profissionalização, Esporte, Cultura e Lazer da Funase, Normando Albuquerque, e pelo instrutor Rafael Souto Maior. Há dez socioeducandos inseridos. A carga horária é de 20 horas/aula.

Ainda estão sendo ministradas oficinas de Eletrônica Básica (14 alunos e carga horária de 15 horas/aula), Introdução ao Reparo de Computadores (sete alunos e carga horária de 14 horas/aula) e Introdução à Informática Básica (oito alunos e carga horária de 18 horas/aula). Já o ciclo de palestras tem como temas “Marketing Pessoal”, “Entrevista: Como Encará-la” e “Currículo sem Segredo”. “Temos cinco atividades acontecendo simultaneamente na unidade. Estamos desenvolvendo essa ação com o objetivo de ver a receptividade dos cursos. Já levamos esta mesma caravana para Timbaúba, Garanhuns e Jaboatão e já fizemos uma pequena atividade em Caruaru no mês passado”, explicou o coordenador do Eixo Profissionalização da Funase, Normando Albuquerque.

Além de promover a Caravana Juventude em Movimento, a Funase já está realizando articulações interinstitucionais com o objetivo de oferecer mais atividades nas áreas de qualificação profissional e lazer dentro do Case Caruaru. Estão nos planos para a unidade a promoção de uma oficina de hip hop e um torneio ciclístico.

“Funase é uma panela de pressão prestes a explodir!”, denuncia agente

Armas, drogas e aparelhos celulares estariam sendo utilizados pelos internos

Pedro Augusto

Em espaços de tempo cada vez menores, a Funase de Caruaru tem se tornado notícia em todo o Estado devido aos constantes casos de violência envolvendo internos. Na semana passada, por exemplo, um novo tumulto – o quinto somente neste ano – foi computado, reforçando ainda mais a situação difícil em que se encontra a unidade. Se da área externa, já dá para os caruaruenses imaginarem a dura realidade, imagine do lado de dentro do complexo com os problemas se avolumando e ainda muito longe de serem solucionados… Como o acesso é negado à população, até por questão de segurança, ficou para um agente da própria unidade relatar como vem operando hoje a Funase local.

Com a condição de não ter o seu nome revelado por receio de supostas represálias, ele descreveu algumas das supostas irregularidades que vêm ocorrendo, já não é de hoje, no espaço. “Já faz tempo que o sistema socioeducativo de Pernambuco está em colapso, inclusive, em Caruaru, onde a Funase tem sido comandada não pela diretoria, mas, sim, pelos próprios internos. Uma das principais falhas percebidas por aqui e que tem propiciado o aumento da violência tem correspondido à ausência, quase que por completa, de revistas nos pavilhões. Isso mesmo! Os socioeducandos têm aproveitado essa falha para praticar o maior número de infrações possíveis, como uso de drogas, uso de aparelhos celulares e utilização de armas, principalmente brancas”, denunciou o agente.

De acordo ainda com ele, por conta justamente dessa ausência, quase que total, de revistas, dezenas de internos da unidade estariam aproveitando a situação para ter visitas íntimas. “Isso é proibido numa unidade socioeducativa, mas, conforme fotos publicadas nas redes sociais, eles não só têm praticado sexo, inclusive com meninas menores de idade e com a vista grossa da diretoria, como também têm portado armas como facões e facas peixeiras, têm recebido a visita de recém-nascidos e de demais familiares, tudo com as celas devidamente abertas, o que também é proibido. Nós como agentes não podemos fazer nada quanto a essas irregularidades porque tememos pelas nossas vidas!”, acrescentou o denunciante.

Ele ainda fez duras críticas em relação à suposta falta de apoio por parte da diretoria. “Não estamos tendo nenhum apoio para conter essa situação. O Governo do Estado nada faz para evitar, a diretoria e a equipe técnica nada põem em prática para intervir esses absurdos e o número de conflitos só vem aumentando, conforme a população tem percebido. Contamos hoje com uma Corregedoria que não escuta os agentes e que tem punido os mesmos, caso tentam expor toda a verdade. A Funase de Caruaru é uma panela de pressão prestes a explodir a qualquer momento!”, criticou o agente.

O denunciante também chamou a atenção para o suposto pequeno efetivo de agentes empregado durante os plantões. “A redução de agentes nos plantões é enorme! A unidade deveria contar com, no mínimo, 25 agentes a cada plantão, mas vem utilizando apenas 12, inclusive, mulheres. Sem falar que já não é de hoje que vejo agentes exercendo outras funções que não são de sua competência, como auxiliar de dentista, auxiliar de almoxarifado e auxiliar de equipe técnica. Em paralelo, nós agentes, temos sofrido constantemente assédios morais por parte da Corregedoria, que não escuta a categoria, não investiga os casos denunciados e ainda tem exonerado àqueles que estão denunciando. Um verdadeiro absurdo, o que temos passado na Funase de Caruaru!”, relatou.

De acordo ainda com ele, os agentes vêm sofrendo constantes ameaças de morte. “Temos sido ameaçados, tanto dentro como fora da unidade. Já sofremos ataques com pedras e várias outras tentativas de agressão! O pior que a diretoria, a equipe técnica e o governo ficam sabendo e nada têm feito para solucionar esses problemas. Para se ter ideia do absurdo que se encontra atualmente a unidade local, neste mês a diretoria fez um acordo com os socioeducandos liberando o uso de cigarro e ventilador, o que sempre foi proibido! Ainda em relação às visitas íntimas, durante elas, nenhum funcionário pode ficar nos pavilhões porque, do contrário, ele passa a ser alvo dos mesmos! Todos os responsáveis vêm jogando a sujeira por baixo do tapete e a tendência é que muito mais conflitos sejam registrados”, finalizou o agente.

Resposta

Por meio de nota, a direção da Funase de Caruaru justificou que “essas denúncias encaminhadas à reportagem são improcedentes ou se referem a fatos que não acontecem mais. O comando da unidade está nas mãos de quem deve estar – a equipe de coordenadores, responsável pela orientação sobre as rotinas pedagógica, administrativa e operacional da casa. Também é inverídico que o local não passa por revistas.

Recentemente, houve uma varredura com apoio do Batalhão Integrado Especializado (Biesp) da Polícia Militar no intuito de apreender ilícitos. Essas operações são sistemáticas e periódicas. A Funase destaca ainda que não são reais informações que indiquem a presença de menores nas visitas íntimas”.

“A denúncia também carece de fundamentação no que se refere aos funcionários. A legislação federal prevê a proporção de um agente para quatro socioeducandos. A unidade dispõe de 105 agentes, número, portanto, suficiente para atender os 122 adolescentes e jovens que estão no local. Também são improcedentes indicativos sobre desvios de função, bem como denúncias sobre uma suposta inoperância da Corregedoria da Funase, que, ao contrário do que foi dito, tem desempenhado um papel fundamental na apuração de irregularidades. Por fim, a Funase reforça que a denúncia sobre postagens feitas por socioeducandos nas redes sociais refere-se a um fato antigo, divulgado pela imprensa em junho deste ano, e que não ocorre mais na unidade”, finalizou o texto.

Prefeitura realiza o 1º Camp Internacional de Flag Football

Alunos, entre 12 e 14 anos da rede pública e privada de Caruaru, vivenciaram uma experiência única de intercâmbio esportivo, no último final de semana, com a realização do 1º Camp Internacional de Flag Football. O evento, promovido pela ONG americana Life League, aconteceu no Ginásio Municipal Poliesportivo Prof. Erlandsen Rodrigues da Silva, no município, e contou com o apoio da Prefeitura de Caruaru, através da Gerência de Esportes e Lazer da Secretaria de Desenvolvimento Social e Direitos Humanos (SDSDH).

A modalidade esportiva, que é uma variação do futebol americano – conhecido nos Estados Unidos apenas como “football” – foi novidade para boa parte dos alunos que entrou nas disputas. Por esse motivo, o evento foi dividido em dois momentos: o teórico, com a demonstração do esporte e os ensinamentos didáticos pela equipe da ONG, na parte da manhã, e as disputas práticas, que aconteceram no período da tarde. Todos os alunos receberam uniforme oficial para disputarem as medalhas de primeiro, segundo e terceiro lugares.

O Brasil foi o primeiro país a receber a ação internacional da Life League, sendo Caruaru, em Pernambuco, a primeira cidade brasileira a sediar o projeto. O contato da League foi através do americano Brandon Brown, fundador da ONG 4way Mentoring, amigo de Jeffrey Tarver, CEO da Life League USA, que esteve no município a convite do time de futebol americano “Caruaru Wolves” e falou para Jeffrey do trabalho desenvolvido pelo time da cidade.

O CEO da Life League USA, o americano Jeffrey Tarver, falou do objetivo do intercâmbio esportivo que pretende levar o flag football para outras nações. “O nosso maior objetivo é expandir o projeto para todos os países, menos Antártida, além de levar a mentalidade de crescimento para as crianças e a interculturalidade entre os povos. Queremos ensinar as lições que serão boas para a vida de todas as crianças, independente de nacionalidade e de suas escolhas”, destacou Jeffrey.

“Eu já treino numa escolinha de futebol de flag, mas essa experiência para quem está chegando agora é muito boa para que outros estudantes também possam ter a noção do esporte. Aconselho todo mundo a praticar, pois, além do conhecimento de uma nova modalidade, a prática esportiva, de modo geral, é boa para a saúde do atleta”, avaliou o estudante do Colégio Interativo, Marcelo Augusto Feijó, de 12 anos.