Pedro Moura relembra sucesso da medida em 2017

Aplicada pela primeira vez em 2017, sendo aprovada por todos os órgãos que atuam na operacionalidade do empreendimento como a Polícia Militar, a Destra e a Polícia Rodoviária Federal, a medida de jornada dupla da Feira da Sulanca espera mais uma vez atingir os objetivos traçados, conforme destacou o presidente da Associação dos Sulanqueiros de Caruaru, Pedro Moura. Vale ressaltar que a entidade esteve novamente envolvida no processo de negociação dos horários.

“Com os funcionamentos aos domingos e nas segundas, a feira acabou recebendo um público recorde no último bimestre de 2017, o que possibilitou aumento nas vendas em relação aos mesmos períodos dos anos anteriores. Foi realmente um sucesso, então, não poderíamos passar em branco em 2018. Até o próximo dia 30 de dezembro, a Sulanca estará operando em dois dias da semana, possibilitando que nossos feirantes faturem mais e que nossos clientes comprem com maior tranquilidade”, destacou Moura.

De acordo com a estimativa da Associação dos Sulanqueiros de Caruaru, durante este mês que antecede dezembro – período mais propenso para as vendas -, entre 45 a 50 mil compradores estarão circulando pelos setores do Parque, no intuito de garantir mercadorias para consumir e revender. Este montante, segundo ainda a associação, deve injetar, por feira, entre R$ 45 a 50 milhões na economia da cidade. “Já em dezembro, a expectativa é de que esses números redobrem, tanto no tocante ao quantitativo de clientes circulantes, quanto às somas em dinheiro contabilizadas”, acrescentou Pedro Moura.

“Hoje mesmo (segunda-feira 12), o número de compradores presentes encontra-se bastante alto. Praticamente todos os feirantes sondados por nossa entidade demonstraram satisfação pelas vendas registradas, o que nos deixou bastante otimistas quanto ao desempenho da Sulanca neste fim de ano”, finalizou Moura.

Expediente duplo na Sulanca iniciará neste fim de semana

Pedro Augusto

No intuito de impulsionar ainda mais a lucratividade, o que é sempre bem-vindo em tempos de crise, a Prefeitura, em conjunto com a Associação dos Sulanqueiros de Caruaru, decidiu novamente adotar o funcionamento da Feira da Sulanca, no Parque 18 de Maio, no Centro, no período de dois dias durante as vendas de fim de ano. De acordo com o calendário divulgado à imprensa pela PMC, deste dia 18 até o próximo dia 30, a Sulanca estará operando com expedientes consecutivos, ou seja, aos domingos e segundas-feiras. As comercializações estão previstas para iniciar às 4h em todos os setores da feira, com o reforço também das atividades das lojas que fazem parte do complexo de empreendimentos do Parque.

Na última Sulanca antes da mudança interina de expediente, que foi realizada na segunda (12), VANGUARDA esteve conversando com alguns feirantes dos setores do antigo terreno da Fundac e da Brasilit, afim de que eles pudessem opinar sobre o novo sistema de horário de operação da feira. Em sua maioria, eles se mostraram a favor da execução do expediente duplo.

Para o sulanqueiro Lenildo Alves, que atua com o seu banco instalado no antigo terreno da Fundac, a mudança empregada pelos órgãos que garante a funcionalidade da Sulanca propiciará lucratividades à altura de uma época de fim de ano. “Não só os clientes que circulam pelos mais variados setores, mas todos os feirantes que trabalham no Parque 18 de Maio sabem muito bem que as feiras de Toritama e de Santa Cruz do Capibaribe já estão abrindo aos domingos. Desta forma, se não houvesse essa mudança de horário também por aqui, com certeza as vendas iriam diminuir em grande número na Sulanca, haja vista que contaríamos apenas com um dia para negociar. Todo mundo sabe que as mercadorias da nossa feira são melhores em relação às dos municípios vizinhos, então, a expectativa é de comercializamos redobrado nestas próximas semanas, quando ficaremos cada vez mais próximos das festas de Natal e do Réveillon”, opinou Lenildo.

No setor do antigo terreno da Fundac, a reportagem VANGUARDA ainda conversou com o sulanqueiro Heleno Severino. Especializado na comercialização de artigos em jeans, ele também está enxergando com bons “olhos” o funcionamento da Sulanca em expediente duplo. “No último fim de ano, quando houve a mesma abertura em dois dias, de início, alguns feirantes chegaram a criticar dizendo que nas segundas só estavam assimilando prejuízos, porém não tardaram a mudar de opinião, quando perceberam que as vendas destes dias específicos estavam funcionando como complemento das de domingos, ou seja, não estava havendo prejuízo, mas, sim, acréscimo nas vendas. É o que também aguardo para este fim ano. Em vez de queda, espero é aumento nas comercializações em comparação com 2017”, analisou Heleno.

Em tempos ainda de desempenhos irregulares em termos de vendas, decorridos da crise financeira que se arrasta no país há mais de três anos, ter a possibilidade de comercializar por dias seguidos na Feira da Sulanca está animando a sulanqueira Tarsila de Almeida. Com o seu banco no setor da Brasilit, ela espera ter motivos para comemorar a chegada das festas de Natal e de Fim de Ano. “Até lá, serão realizadas diversas feiras e espero aproveitar ao máximo esta demanda extra que deve ser percebida no fim de ano para entrar 2019 com o pé direito. Este ano foi bastante difícil para nós que comercializamos no Parque e qualquer medida a mais que possa propiciar uma lucratividade maior é sempre muito bem-vinda! Acertaram mais uma vez os órgãos que determinaram essa jornada dupla.”

Assim como Tarsila, Paulo da Silva negocia produtos no setor da Brasilit. Perguntado sobre o aumento do expediente, ao contrário dos demais feirantes entrevistados, ele não se mostrou tão confiante. “Em minha opinião seria melhor se a Sulanca abrisse nas segundas e terças-feiras durante este período de festas, até porque não concorreria tanto com as vendas de Santa Cruz e de Toritama. Mas, fazer o quê? É esperar que essa medida dê resultado a nós feirantes, haja vista que todos estão precisando. Tivemos um 2018 de muitos altos e baixos em termos de lucratividade e a torcida é de terminarmos, ao menos o ano, da melhor forma possível!”

Central anuncia mais três reforços

Pedro Augusto

A diretoria do Central segue anunciando reforços para a temporada 2019. Nos últimos dias, mais três nomes foram confirmados como novos atletas da Patativa. Foram eles: o zagueiro Xandão, o meia Paulinho Mossoró e o atacante Genesis Hulk. No total, a equipe caruaruense já contratou nove jogadores para o ano de seu centenário. Além dos mais recentes anunciados, já acertaram as suas vindas para o Luiz Lacerda o goleiro Tom Santos, os zagueiros Bruno Oliveira e Diego Bispo; os volantes Edson Magal, o meia George, além do atacante Anderson Lessa.

Candidato a ser um dos “xerifes” da zaga centralina, atualmente, Xandão está com 29 anos acumulando passagens por times de São Paulo como o Juventus, a Ferroviária e o São Bento. Seu último clube foi o Itumbiara de Goiás. “Esta será a primeira vez que irei atuar no futebol pernambucano e encontro-me bastante otimista quanto à participação do Central nas três competições em que ele irá disputar. Espero, juntamente com a diretoria, o elenco e a torcida, fazer bonito nesta temporada que promete ser histórica para Patativa”, disse Xandão.

O mais conhecido da torcida centralina dos últimos três reforços anunciados, Paulinho Mossoró, atualmente está com 31 anos com passagens pelo Salgueiro, Serra Talhada, Confiança, América-RN, dentre outros clubes. “Graças a Deus houve o acerto e estou muito feliz em poder vestir a camisa do Central. Conheço a grandeza deste clube, já joguei contra e sei muito bem a força da sua torcida, então, é se esforçar ao máximo para fazer uma boa temporada no próximo ano. A Patativa merece conquistar um título e partiremos em busca disso”, comentou Mossoró.

Natural de Goiânia (GO), Genesis Hulk, de 27 anos, já passou por várias equipes do futebol brasileiro, como o Grêmio Anápolis, o Boa Esporte, o Altos, o Moto Clube e o Passo Fundo. O novo atacante alvinegro espera ter uma boa passagem pelo time caruaruense. “Soube que o Central completará 100 anos em 2019 e fiquei satisfeito em ter sido contratado para uma temporada tão importante conforme é a de 2019. As metas são conquistar o Estadual e conseguir o acesso para Série D. Vou me empenhar bastante para fazer o meu nome neste clube”, destacou Hulk.

Confira o atual elenco do Central:
Goleiros: Tom Santos e Elias
Zagueiros: Bruno Oliveira e Diego Bispo
Volantes: Edson Magal, Eduardo Erê, Fernando Pires e Weslley Oliveira
Meias: Idevam, Júnior Palmares e George
Atacantes: Anderson Lessa, Aílton e Ikson

Caravana oferta oficinas e palestras no Case Caruaru

O Centro de Atendimento Socioeducativo (Case) Caruaru está recebendo, desde o início desta semana, a Caravana Juventude em Movimento. O primeiro dia da jornada incluiu quatro oficinas profissionalizantes simultâneas, nas quais foram inseridos 42 socioeducandos. Um ciclo de palestras sobre pré-qualificação para o mercado de trabalho também esteve entre as atividades ofertadas por meio de uma parceria entre a Fundação de Atendimento Socioeducativo (Funase) e o Centro de Integração Empresa Escola (Ciee). A caravana deve contar com mais dois dias de ações em período integral, previstos para 20 e 27 de novembro, e faz parte do esforço da Funase em incrementar as atividades de qualificação profissional, cultura e lazer no Case Caruaru.

Uma das oficinas já iniciadas, a de Produção de Vídeo, aborda noções de enquadramento, foco, iluminação e edição. As atividades começaram com a exibição do filme “Coach Carter: Treino para a Vida”, no qual o ator Samuel L. Jackson interpreta um técnico de basquete que, propondo novas regras e condutas, busca ensinar garotos do time da escola a afastar-se da criminalidade e da prisão. Além da reflexão proporcionada pelo filme, os adolescentes do Case Caruaru poderão, ao longo da oficina, pôr em prática as técnicas que aprenderem. As aulas estão sendo ministradas pelo coordenador do Eixo Profissionalização, Esporte, Cultura e Lazer da Funase, Normando Albuquerque, e pelo instrutor Rafael Souto Maior. Há dez socioeducandos inseridos. A carga horária é de 20 horas/aula.

Ainda estão sendo ministradas oficinas de Eletrônica Básica (14 alunos e carga horária de 15 horas/aula), Introdução ao Reparo de Computadores (sete alunos e carga horária de 14 horas/aula) e Introdução à Informática Básica (oito alunos e carga horária de 18 horas/aula). Já o ciclo de palestras tem como temas “Marketing Pessoal”, “Entrevista: Como Encará-la” e “Currículo sem Segredo”. “Temos cinco atividades acontecendo simultaneamente na unidade. Estamos desenvolvendo essa ação com o objetivo de ver a receptividade dos cursos. Já levamos esta mesma caravana para Timbaúba, Garanhuns e Jaboatão e já fizemos uma pequena atividade em Caruaru no mês passado”, explicou o coordenador do Eixo Profissionalização da Funase, Normando Albuquerque.

Além de promover a Caravana Juventude em Movimento, a Funase já está realizando articulações interinstitucionais com o objetivo de oferecer mais atividades nas áreas de qualificação profissional e lazer dentro do Case Caruaru. Estão nos planos para a unidade a promoção de uma oficina de hip hop e um torneio ciclístico.

“Funase é uma panela de pressão prestes a explodir!”, denuncia agente

Armas, drogas e aparelhos celulares estariam sendo utilizados pelos internos

Pedro Augusto

Em espaços de tempo cada vez menores, a Funase de Caruaru tem se tornado notícia em todo o Estado devido aos constantes casos de violência envolvendo internos. Na semana passada, por exemplo, um novo tumulto – o quinto somente neste ano – foi computado, reforçando ainda mais a situação difícil em que se encontra a unidade. Se da área externa, já dá para os caruaruenses imaginarem a dura realidade, imagine do lado de dentro do complexo com os problemas se avolumando e ainda muito longe de serem solucionados… Como o acesso é negado à população, até por questão de segurança, ficou para um agente da própria unidade relatar como vem operando hoje a Funase local.

Com a condição de não ter o seu nome revelado por receio de supostas represálias, ele descreveu algumas das supostas irregularidades que vêm ocorrendo, já não é de hoje, no espaço. “Já faz tempo que o sistema socioeducativo de Pernambuco está em colapso, inclusive, em Caruaru, onde a Funase tem sido comandada não pela diretoria, mas, sim, pelos próprios internos. Uma das principais falhas percebidas por aqui e que tem propiciado o aumento da violência tem correspondido à ausência, quase que por completa, de revistas nos pavilhões. Isso mesmo! Os socioeducandos têm aproveitado essa falha para praticar o maior número de infrações possíveis, como uso de drogas, uso de aparelhos celulares e utilização de armas, principalmente brancas”, denunciou o agente.

De acordo ainda com ele, por conta justamente dessa ausência, quase que total, de revistas, dezenas de internos da unidade estariam aproveitando a situação para ter visitas íntimas. “Isso é proibido numa unidade socioeducativa, mas, conforme fotos publicadas nas redes sociais, eles não só têm praticado sexo, inclusive com meninas menores de idade e com a vista grossa da diretoria, como também têm portado armas como facões e facas peixeiras, têm recebido a visita de recém-nascidos e de demais familiares, tudo com as celas devidamente abertas, o que também é proibido. Nós como agentes não podemos fazer nada quanto a essas irregularidades porque tememos pelas nossas vidas!”, acrescentou o denunciante.

Ele ainda fez duras críticas em relação à suposta falta de apoio por parte da diretoria. “Não estamos tendo nenhum apoio para conter essa situação. O Governo do Estado nada faz para evitar, a diretoria e a equipe técnica nada põem em prática para intervir esses absurdos e o número de conflitos só vem aumentando, conforme a população tem percebido. Contamos hoje com uma Corregedoria que não escuta os agentes e que tem punido os mesmos, caso tentam expor toda a verdade. A Funase de Caruaru é uma panela de pressão prestes a explodir a qualquer momento!”, criticou o agente.

O denunciante também chamou a atenção para o suposto pequeno efetivo de agentes empregado durante os plantões. “A redução de agentes nos plantões é enorme! A unidade deveria contar com, no mínimo, 25 agentes a cada plantão, mas vem utilizando apenas 12, inclusive, mulheres. Sem falar que já não é de hoje que vejo agentes exercendo outras funções que não são de sua competência, como auxiliar de dentista, auxiliar de almoxarifado e auxiliar de equipe técnica. Em paralelo, nós agentes, temos sofrido constantemente assédios morais por parte da Corregedoria, que não escuta a categoria, não investiga os casos denunciados e ainda tem exonerado àqueles que estão denunciando. Um verdadeiro absurdo, o que temos passado na Funase de Caruaru!”, relatou.

De acordo ainda com ele, os agentes vêm sofrendo constantes ameaças de morte. “Temos sido ameaçados, tanto dentro como fora da unidade. Já sofremos ataques com pedras e várias outras tentativas de agressão! O pior que a diretoria, a equipe técnica e o governo ficam sabendo e nada têm feito para solucionar esses problemas. Para se ter ideia do absurdo que se encontra atualmente a unidade local, neste mês a diretoria fez um acordo com os socioeducandos liberando o uso de cigarro e ventilador, o que sempre foi proibido! Ainda em relação às visitas íntimas, durante elas, nenhum funcionário pode ficar nos pavilhões porque, do contrário, ele passa a ser alvo dos mesmos! Todos os responsáveis vêm jogando a sujeira por baixo do tapete e a tendência é que muito mais conflitos sejam registrados”, finalizou o agente.

Resposta

Por meio de nota, a direção da Funase de Caruaru justificou que “essas denúncias encaminhadas à reportagem são improcedentes ou se referem a fatos que não acontecem mais. O comando da unidade está nas mãos de quem deve estar – a equipe de coordenadores, responsável pela orientação sobre as rotinas pedagógica, administrativa e operacional da casa. Também é inverídico que o local não passa por revistas.

Recentemente, houve uma varredura com apoio do Batalhão Integrado Especializado (Biesp) da Polícia Militar no intuito de apreender ilícitos. Essas operações são sistemáticas e periódicas. A Funase destaca ainda que não são reais informações que indiquem a presença de menores nas visitas íntimas”.

“A denúncia também carece de fundamentação no que se refere aos funcionários. A legislação federal prevê a proporção de um agente para quatro socioeducandos. A unidade dispõe de 105 agentes, número, portanto, suficiente para atender os 122 adolescentes e jovens que estão no local. Também são improcedentes indicativos sobre desvios de função, bem como denúncias sobre uma suposta inoperância da Corregedoria da Funase, que, ao contrário do que foi dito, tem desempenhado um papel fundamental na apuração de irregularidades. Por fim, a Funase reforça que a denúncia sobre postagens feitas por socioeducandos nas redes sociais refere-se a um fato antigo, divulgado pela imprensa em junho deste ano, e que não ocorre mais na unidade”, finalizou o texto.

Prefeitura realiza o 1º Camp Internacional de Flag Football

Alunos, entre 12 e 14 anos da rede pública e privada de Caruaru, vivenciaram uma experiência única de intercâmbio esportivo, no último final de semana, com a realização do 1º Camp Internacional de Flag Football. O evento, promovido pela ONG americana Life League, aconteceu no Ginásio Municipal Poliesportivo Prof. Erlandsen Rodrigues da Silva, no município, e contou com o apoio da Prefeitura de Caruaru, através da Gerência de Esportes e Lazer da Secretaria de Desenvolvimento Social e Direitos Humanos (SDSDH).

A modalidade esportiva, que é uma variação do futebol americano – conhecido nos Estados Unidos apenas como “football” – foi novidade para boa parte dos alunos que entrou nas disputas. Por esse motivo, o evento foi dividido em dois momentos: o teórico, com a demonstração do esporte e os ensinamentos didáticos pela equipe da ONG, na parte da manhã, e as disputas práticas, que aconteceram no período da tarde. Todos os alunos receberam uniforme oficial para disputarem as medalhas de primeiro, segundo e terceiro lugares.

O Brasil foi o primeiro país a receber a ação internacional da Life League, sendo Caruaru, em Pernambuco, a primeira cidade brasileira a sediar o projeto. O contato da League foi através do americano Brandon Brown, fundador da ONG 4way Mentoring, amigo de Jeffrey Tarver, CEO da Life League USA, que esteve no município a convite do time de futebol americano “Caruaru Wolves” e falou para Jeffrey do trabalho desenvolvido pelo time da cidade.

O CEO da Life League USA, o americano Jeffrey Tarver, falou do objetivo do intercâmbio esportivo que pretende levar o flag football para outras nações. “O nosso maior objetivo é expandir o projeto para todos os países, menos Antártida, além de levar a mentalidade de crescimento para as crianças e a interculturalidade entre os povos. Queremos ensinar as lições que serão boas para a vida de todas as crianças, independente de nacionalidade e de suas escolhas”, destacou Jeffrey.

“Eu já treino numa escolinha de futebol de flag, mas essa experiência para quem está chegando agora é muito boa para que outros estudantes também possam ter a noção do esporte. Aconselho todo mundo a praticar, pois, além do conhecimento de uma nova modalidade, a prática esportiva, de modo geral, é boa para a saúde do atleta”, avaliou o estudante do Colégio Interativo, Marcelo Augusto Feijó, de 12 anos.

Prefeitura de Caruaru segue com serviços de recapeamento

Dando continuidade aos serviços para recapeamento de ruas da cidade, a Prefeitura de Caruaru, através da Secretaria de Urbanismo e Obras (SEURB), inicia, nesta sexta-feira, 16, a partir das 19h, o recapeamento em diversas ruas do bairro Boa Vista I e II.

Para este serviço, serão contempladas as vias: São José do Egito, Sanharó, Paulista, Limoeiro, Belém de São Francisco, São Vicente Ferrer e Santa Maria da Boa Vista.

Para a realização do recapeamento, a via será interditada apenas no período noturno das obras, ou seja, sendo liberada logo no início da manhã seguinte, após o período de conclusão, não prejudicando o fluxo normal do trânsito.

A previsão é que até a próxima quarta-feira (21), todas as sete ruas estejam finalizadas.

Thompson Flores assina exoneração de Sergio Moro

O presidente do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4), desembargador Thompson Flores, assinou hoje (16) a exoneração do juiz federal Sérgio Moro, da 13ª Vara Federal de Curitiba, responsável pelos processos da Operação Lava Jato em 1º grau. O pedido foi encaminhado por Moro, convidado para assumir o Ministério da Justiça no governo do presidente eleito, Jair Bolsonaro.

Thompson Flores recebeu na manhã desta sexta-feira (16) o pedido de exoneração. O prazo de vigência da medida é a partir de segunda-feira (19).

Moro argumentou que pretende “organizar a transição e as futuras ações do Ministério da Justiça”. “Houve quem reclamasse que eu, mesmo em férias, afastado da jurisdição e sem assumir cargo executivo, não poderia sequer participar do planejamento de ações do futuro governo”, diz o juiz no pedido.

O futuro ministro da Justiça, juiz federal Sérgio Moro, durante coletiva de imprensa após reunião com o atual ministro da pasta, Torquato Jardim.

Juiz federal Sérgio Moro pediu exoneração do cargo nesta sexta-feira – Arquivo/Agência Brasil
O juiz federal citou seu orgulho por ter exercido a magistratura por mais de duas décadas. “Destaco meu orgulho pessoal de ter exercido durante 22 anos o cargo de juiz federal e de ter integrado os quadros da Justiça Federal brasileira, verdadeira instituição republicana.”

Sérgio Moro foi convidado pelo presidente eleito, Jair Bolsonaro, para assumir o Ministério da Justiça, cujo foco será concentrado em duas frentes: o combate à corrupção e ao crime organizado. A pasta deverá agregar o Ministério da Segurança Pública e parte do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf).

Substituição
Após a publicação do ato de exoneração do magistrado federal no Diário Oficial da União (DOU), o edital para concurso de remoção deve ser publicado. A remoção é um concurso interno entre magistrados da Justiça Federal da 4ª Região, para preenchimento de vagas.

Depois da publicação do edital, os juízes federais que desejarem concorrer à vaga de remoção têm o prazo de 10 dias para manifestação de interesse e três dias para desistência. Depois o processo é instruído e deve ter a duração de cerca de um mês.

O candidato deve ser escolhido de acordo com o critério da antiguidade. Primeiro leva-se em conta o tempo no cargo de juiz federal na 4ª Região. Depois, a antiguidade no exercício no cargo de juiz federal substituto na 4ª Região e, por fim, o critério de classificação no concurso público.

Até o preenchimento da vaga de juiz federal na vara em que houve pedido de exoneração do magistrado, a substituição até o exercício do novo juiz titular fica a cargo do juiz federal substituto da própria vara. Não há redistribuição de processos, eles continuam atribuídos ao Juízo Federal, ou seja, a 13ª Vara Federal de Curitiba.

Agência Brasil

Indicado para o Banco Central tem Paulo Guedes como mentor

Com sólida formação e experiência profissional no mercado financeiro, o próximo presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, tem carreira proeminente no setor, ainda que não notória. Por isso, houve surpresa entre economistas com a indicação dele para o cargo hoje ocupado por Ilan Goldfajn. Próximo ao superministro da Economia, Paulo Guedes, Campos Neto é tratado por alguns como “um ilustre desconhecido”. A escolha dele foi divulgada ontem pela equipe de transição de governo e, depois, confirmado pelo BC. Atualmente, ele é diretor de Tesouraria do Banco Santander. O próximo na lista de nomeações, segundo Paulo Guedes, será Mansueto Almeida, que continuará à frente da Secretaria do Tesouro Nacional, também sob o guarda-chuva do superministro da Economia.

Aos 49 anos, Roberto Campos Neto é visto por muitos analistas como “muito jovem” para assumir um cargo de tamanha responsabilidade. O ex-diretor do BC Carlos Eduardo de Freitas o considera um tanto quanto “sem bagagem”, ainda que tenha uma carreira de destaque no mercado financeiro. “Ele não é propriamente um acadêmico, nem economista de governo ou do BC. É um operador de tesouraria. Não é alguém com nome forte no mercado financeiro e, talvez, não fosse o esperado para o cargo. Ele é próximo ao Paulo Guedes, por isso a escolha. O Roberto Neto não tem a tradição de Ilan Goldfajn, mas espero que seja uma aposta acertada”, afirma. A bolsa brasileira estava fechada ontem por conta do feriado, mas em Nova York o nome foi bem recebido: o índice que reúne todos os papéis de empresas brasileiras subiu 2,33%.

Especialistas acreditam que, embora inusitadas, as indicações de Bolsonaro têm sido condizentes com o discurso da campanha. O cientista político Ivan Ervolino, criador da start-up de monitoramento legislativo SigaLei, explica que a equipe do presidente eleito é, majoritariamente, composta por pessoas novas e talentosas. O mais conhecido é o juiz Sérgio Moro, futuro ministro da Justiça. “Se pensar friamente, era um juiz de primeira instância”, diz.

Para Ervolino, o movimento mostra que Bolsonaro quer nomes que não estejam atrelados à velha política. “Ele quer fugir do óbvio. Por isso, trouxe figuras que não são tarimbadas, mas podem surpreender. Dá para avaliar de duas formas: ou Bolsonaro quer renovar o jogo, ou escolheu nomes menos proeminentes para que as instituições sucumbam ao controle do governo”, analisa.

Professor de Ciência Política da Universidade Estadual de Goiás (UEG), Guilherme Silva Prado lembra que nenhum dos escalados até agora pertencia ao “primeiro escalão”, exceto os vindos do Exército. Ainda assim, acredita que “refrigerar o ambiente poderá fazer com que as decisões do presidente eleito tenham mais impacto, principalmente quando divergirem da opinião do petit comité governamental”.

Dessa maneira, acredita, o mercado pode até responder negativamente às movimentações. “Mas ninguém se elege presidente da República sendo pouco estratégico. Ele (Jair Bolsonaro) é um estrategista. Só precisa lembrar que é interessante ter uma equipe de ponta, por exemplo, para facilitar as negociações com o Legislativo. Especialmente diante da aparente dificuldade que se aproxima.”

Linhagem
O próximo presidente do BC descende de uma linhagem de economistas. É neto do ex-ministro e ex-embaixador Roberto Campos, responsável pelo Planejamento no governo Castelo Branco e mais tarde senador. O avô do futuro presidente do BC é considerado um dos maiores influenciadores do pensamento liberal no país. Campos Neto será sabatinado pela Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado e, para ocupar o cargo, também precisará ser aprovado pelo plenário. Na Casa, Neto é visto como alguém com pouca intimidade com o serviço público, pois fez toda a carreira em instituições privadas. Com especialização em Finanças pela Universidade da Califórnia, em Los Angeles, ele está no Santander há 16 anos. Falta-lhe um doutorado em economia, normalmente ostentado por presidentes do BC. Em nota, o atual presidente do BC, Ilan Goldfajn, que chegou a ser convidado pelo novo governo para permanecer à frente da instituição, informou que deixará o cargo por motivo pessoais e teceu elogios ao substituto. “Profissional experiente e reconhecido, com ampla visão sobre o sistema financeiro e a economia nacional e internacional, Roberto Campos Neto conta com seu apoio e sua confiança no futuro trabalho à frente do BC”, informou a assessoria de Ilan.
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“O presidente Goldfajn adotará todas as providências para garantir a melhor transição no comando da autoridade monetária e, atendendo a pedido do novo governo, permanecerá no cargo até que o Senado aprecie o nome de Roberto Campos Neto, nos próximos meses”, completou o documento enviado à imprensa.

A desconfiança que alguns agentes possam ter do indicado ao comando da autoridade monetária deve ser suprimida logo no início da gestão, avalia o economista Aod Cunha, ex-diretor do JP Morgan e ex-secretário de Fazenda do Rio Grande do Sul. “Substituir o Ilan não seria uma missão fácil para ninguém”, ponderou.

Para ele, Campos Neto tem as qualificações para trabalhar por uma política que garanta maior concorrência no sistema financeiro, bem como para garantir o poder de compra da moeda. “Para isso, contudo, será necessária a aprovação da reforma da Previdência”, alertou.

O presidente do Santander Brasil, Sérgio Rial, elogiou o subordinado. “Roberto Campos Neto é um profissional com sólida formação e profundo conhecimento da área econômica. Desejamos a ele muito êxito no desempenho de sua nova função, tão importante para o desenvolvimento do país”, afirmou, em nota.

Carreira
Na última terça-feira, Roberto Campos Neto esteve no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB), em Brasília, onde está montado o gabinete de transição de governo, e conversou com Paulo Guedes. Na ocasião, foi elogiado por integrantes da equipe de Bolsonaro. Pelo menos cinco nomes estavam cotados para a Presidência do BC, entre eles o do atual diretor de Política Econômica da instituição, Carlos Viana Carvalho. No entanto, Guedes se alinhou mais com a visão de Neto, e deve apresentá-lo ao presidente eleito nos próximos dias. Campos Neto começou a carreira na década de 1990. Trabalhou no Banco Bozano Simonsen de 1996 a 1999, como operador de derivativos de juros e câmbio, operador de dívida externa, operador da área de Bolsa de Valores e, por fim, como executivo. No ano seguinte migrou para o Santander, ocupando o cargo de chefe da área de renda fixa internacional. Ficou na instituição de 2000 a 2003 e, em seguida, foi para a gestora Claritas como gerente de carteiras. Ao voltar ao banco espanhol, em 2005, atuou como operador e chefe do setor de trading. Chegou à diretoria em 2010.

Ao contrário de Campos Neto, Mansueto Almeida tem larga experiência no setor público. Mestre em Economia pela USP, ele ocupou cargos no Ipea e no Ministério da Fazenda. Ocupa o cargo de secretário do Tesouro Nacional desde abril deste ano, por indicação do ex-ministro da Fazenda Henrique Meirelles.

A escolha de Roberto Campos Neto como presidente do Banco Central (BC) significa que Paulo Guedes estará também no comando da Autoridade Monetária, além de assumir o futuro Ministério da Economia, megaestrutura a juntar tudo o que hoje está nas pastas da Fazenda, do Planejamento e da Indústria e Comércio.

Pode parecer natural. E já foi no passado, quando a Autoridade Monetária era subordinada à Fazenda. Desde o governo de Luiz Inácio Lula da Silva, porém, seu presidente tem status de ministro. Mais: há um projeto no Congresso, que o futuro governo diz apoiar, estabelecendo autonomia para os dirigintes do BC, com mandatos fixos e não coincidentes com o do presidente da República.

Se a autonomia vingar, Campos Neto seria o indicado para o cargo? Há dúvidas entre analistas. O currículo dele é excelente para um diretor do BC, mas incompleto para a posição máxima da instituição. Não basta — ou sequer é necessário — ser um bom operador de mercado. É preciso entender cada variável da macroeconomia, incluindo todas as suas complexidades, com ênfase para a política fiscal. Além, disso, deve-se usar a comunicação de modo preciso para coordenar as expectativas dos agentes econômicos. Certamente Campos Neto poderá mostrar plena capacidade para essas funções. Até lá, espera-se que prove.

Entre as certezas está a de que o todo poderoso Guedes vai imprimir sua marca no BC. Provavelmente buscará aumentar a competição entre bancos, talvez facilitando a entrada de novos competidores estrangeiros. Mas, de volta ao campo das dúvidas, ele terá de mostrar que a capacidade de atuar em tantas frentes está à altura de suas ambições.

Correio Braziliense