Conab tem novo presidente e diretoria executiva

A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) está sob nova gestão a partir desta sexta-feira (22). O diretor-presidente que tomou posse para o comando da estatal é Newton Araújo Silva Júnior, administrador de empresas com especialidade em análise de mercados. Newton é técnico da casa há 40 anos, tendo ocupado diversos cargos de gestão na Companhia, entre eles o de Superintendente de Abastecimento Social e o de gerente de Modernização do Mercado Hortigranjeiro. Esta última, inclusive, foi idealizada por ele, para acompanhamento de preços nas Ceasas.

Já quem assume a Diretoria de Política Agrícola e Informações (Dipai) é Guilherme Soria Bastos Filho. Com 26 anos de experiência no setor do agronegócio, o agrônomo é empresário e atuou na Fundação Getúlio Vargas (FGV), no Instituto Brasileiro de Economia (Ibre), no Banco Mundial e outras instituições.

A Diretoria de Operações e Abastecimento (Dirab) será ocupada pelo engenheiro civil Cláudio Rangel Pinheiro. Com 49 anos de experiência em logística de abastecimento, trabalhou nas principais usinas hidroelétricas do país, como a de São Simão, Água Vermelha, Itaipu e Tucuruí.

O administrador com especialidade em gestão de negócio e agrobusiness, José Ferreira da Costa Neto, foi nomeado para a Diretoria Administrativa, Financeira e de Fiscalização (Diafi). Costa Neto também ocupará interinamente a Diretoria de Gestão de Pessoas (Digep).

A resolução do Conselho de Administração da Companhia (Consad), com os nomes da nova diretoria executiva, deve ser publicada no Diário Oficial nesta segunda-feira (25). A cerimônia de posse será realizada na próxima semana.

ARTIGO — Caruaru está aprendendo a lição

Por Pedro Augusto, jornalista

Na Capital do Forró, por vários anos, a chama do Carnaval esteve apagada. Embora tradição não faltasse no tocante à quantidade de eventos promovidos no passado, sejam nos intervalos pré ou até mesmo nos pontos altos da folia, as gestões públicas anteriores preferiram se render à premissa de que grande parte dos caruaruenses não possuía mais interesse de brincar a Folia de Momo no seu próprio solo. Análise esta, no mínimo, equivocada e porque não, ultrapassada, haja vista que bastou a atual Prefeitura de Caruaru voltar também as suas atenções para a festa mais popular do planeta para que a alegria retornasse às ruas e avenidas da Princesa do Agreste, sob os passos e as canções de um dos nossos principais ritmos, o frevo.

Vale ressaltar que a cidade ainda não conseguiu retomar as atividades carnavalescas durante o período oficial do evento, entretanto, se continuar neste ritmo animado, conforme a população local tem observado ao longo dos últimos anos, não tardará para também contar com Carnaval na sua agenda turística. Para os pessimistas e os contra de plantão, fica a pergunta: E por que não?
Hoje, a Capital do Agreste dispõe de uma semana pré-carnavalesca fortalecida, com o apoio da PMC e sendo aplaudida por vários segmentos da nossa economia. Neste ano, por exemplo, realizou o seu Baile Municipal, sendo comandado por ninguém menos do que o Rei do Axé, Bell Marques, homenageando ainda figuras importantes do nosso frevo como o compositor Carlos Fernando.

Em paralelo, não poderia deixar de se ressaltar o crescimento no número de blocos e desfiles que estão sendo realizados desde a primeira quinzena deste mês nos bairros e casas de eventos locais. Sem falar no ponto alto da festa, que ocorrerá neste sábado (23), com as edições 2019 da Confraria da Sucata, do Rec Beat e de vários outros atrativos. Bom não, excelente para a cadeia cultural e financeira da cidade.

Do tocador de trompete ao proprietário de restaurante, todos, sem exceção, se encontram contagiados pelo espírito de Carnaval, reoxigenando, sob os acordes do Vassourinhas, as suas energias para encarar de “peitos abertos” as dificuldades que vêm pela frente, garantindo, de quebra, lucratividade gordas muito bem-vindas em tempos ainda de instabilidade econômica.

Pena que num passado não tão distante, a população local foi obrigada a se contentar, nesta época do ano, com o silêncio dos ritmos e a ausência de faturamentos ainda mais significativos, devido às visões retrógradas desses mesmos, que você, leitor, se encontra imaginando. Ufa, porque hoje, a cidade se encontra sendo comandada por pessoas que têm os olhares voltados para o futuro!
Assim como num desfile de bloco, o percurso de qualquer cidade tem de ser feito caminhando para frente. Caruaru está aprendendo a lição!

PE segue com amontoado de obras paralisadas

Pedro Augusto
Com Assessoria do TCE

Se tomado como parâmetro o último levantamento divulgado pelo Tribunal de Contas de Pernambuco, a situação atual do Estado ainda está muito longe de ser a ideal. Pelo contrário. Os governos nas suas esferas, tanto estadual como municipal, ainda necessitam dar conta de um amontoado de projetos inacabados. De acordo com o mais recente estudo do Núcleo de Engenharia do TCE, veiculado na semana passada, somente em 2018, 1.548 obras encontravam-se paralisadas nas regiões que compreendem PE. A soma citada envolve recursos na ordem dos R$ 7,25 bilhões, dos quais R$ 2,38 bilhões já foram pagos.

Ainda de acordo com o levantamento do TCE, o quantitativo de obras paralisadas no ano passado correspondeu praticamente ao mesmo de 2017, mas o valor dos contratos apresentou um acréscimo de pelo menos R$ 1 bilhão. No levantamento realizado em 2017, foram identificadas 1.547 obras estagnadas, com contratos que somavam R$ 6,26 bilhões, enquanto que em 2016, esse número chegou a R$ 5,3 bilhões.

Os contratos que envolvem os maiores valores são os que contemplam trabalhos nas áreas de saneamento, habitação, transporte e mobilidade. Das 21 obras em barragens previstas, apenas nove estão em andamento. Em relação às obras de habitação, 99% dos trabalhos estão paralisados, ou seja, 35 obras estagnadas de um total de 49 previstas. Dos 995 contratos relacionados à mobilidade e transporte, 405 estão paralisados.

Apesar de as obras paralisadas e inacabadas serem averiguadas de forma indistinta, há uma diferença entre os dois tipos. A obra paralisada possui um contrato vigente e pode ser retomada mais facilmente. Já a inacabada, não possui mais contratos ou recursos válidos e, para mudar o status, requer um processo mais complexo. Esse status, porém, é bastante dinâmico.

No intuito de impedir tamanho desperdício de dinheiro público, o Tribunal de Contas, além de divulgar a relação de obras paralisadas anualmente, também vem executando medidas preventivas e corretivas. “As ações preventivas correspondem às auditorias realizadas nas licitações. Em 2018, foram analisadas 92 licitações, por meio da formalização de cinco processos, que resultaram em uma economia de R$ 2,7 milhões aos cofres públicos”, afirmou Pedro Teixeira, do Núcleo de Engenharia, responsável pelo estudo.

Caruaru

Inserida neste contexto de empreendimentos não finalizados, na Capital do Agreste, pelo menos duas obras paralisadas vêm completando aniversário já há vários anos, sem beneficiar a população. A reportagem VANGUARDA está se referindo ao Hospital da Mulher e ao Complexo da Polícia Científica. Tendo como responsáveis o Governo do Estado, as intervenções das duas unidades não possuem, sequer, mais prazo para terem as obras retomadas.

Com a sua construção iniciada no dia 13 de maio de 2013, o Hospital da Mulher de Caruaru, na Avenida José Rodrigues de Jesus, no Bairro Indianópolis, estava previsto para ser inaugurado, de acordo com a estimativa do Governo do Estado, no dia 7 de julho de 2014. Se já estivesse funcionando, a unidade ofereceria os serviços de urgência e emergência 24h, em média e alta complexidade, nas especialidades de ginecologia e obstetrícia. Em paralelo, ainda disponibilizaria atendimentos ambulatoriais nas especialidades de ginecologia, mastologia, oncologia, obstetrícia, pediatria e neonatologia.

Quanto à construção do Complexo, que fica na Avenida Brasil, no Bairro Universitário, ele passou a ser erguido em outubro de 2011 e, de acordo com o cronograma do Governo do Estado, deveria ter sido entregue no prazo máximo de 300 dias. No espaço, deveriam estar sendo prestados, desde esta época, os serviços do Instituto de Criminalística, do Instituto Médico Legal e do Instituto Tavares Buril. De início, a construção do complexo iria custar R$ 4 milhões ao governo. Ele seria a solução para os problemas enfrentados pela Polícia Científica, já há décadas, no tocante a melhores condições de trabalho.
Em ambos os espaços inacabados, o mato, o lixo e a fedentina já são ‘inquilinos’ de longas datas.
Visita
O presidente do TCE, Marcos Loreto recebeu, na última segunda-feira (18), na sede do órgão, no Recife, a visita de uma comitiva formada por seis deputados que compõem a bancada da oposição da Assembleia Legislativa de Pernambuco, sendo eles, Antônio Coelho, Clarissa Tércio, João Paulo Costa, Marco Aurélio, Romero Sales Filho e William Brígido.

Os deputados provocaram o encontro para justamente tratar do estudo divulgado pelo TCE sobre as obras paralisadas e inacabadas no Estado, assunto, que segundo os legisladores, já está sendo acompanhado de perto pelo grupo de oposição ao governo Paulo Câmara.
“É de interesse da bancada acompanhar as ações desenvolvidas pela gestão pública estadual”, afirmou, na reunião, o deputado Marco Aurélio, líder da oposição na Alepe. “E entendemos que esse levantamento feito pelo TCE é de grande importância para o nosso trabalho, pois é um documento imparcial, muito bem elaborado pela excelente equipe técnica do Tribunal e que vai nos ajudar a cobrar do governo ações no sentido de destravar as obras paradas”, acrescentou.

Posicionamento

Por meio de nota, o Governo de Pernambuco informou que prestou esclarecimentos individuais ao TCE sobre cada uma das obras que constam no relatório, uma vez que elas possuem status diferenciados. “O governo ressalta ainda que trabalha para entregar todas as obras dentro dos prazos estabelecidos, e que também tem se empenhado em auxiliar as prefeituras a retomarem obras municipais por meio do novo calendário do Fundo Estadual de Apoio ao Desenvolvimento dos Municípios (FEM), já divulgado”, finalizou o texto.

Clínicas-Escola da Uninassau ofertam serviços gratuitos à população

As Clínicas-Escola da área de saúde da Faculdade Uninassau Caruaru estão ofertando, a partir deste mês, diversos serviços gratuitos à população da cidade e de municípios circunvizinhos. As clínicas foram inauguradas no primeiro semestre do ano passado, sendo utilizadas para aulas práticas dos estudantes dos cursos de Fisioterapia e Odontologia da faculdade.

Na área da Fisioterapia, são oferecidos serviços nas subáreas de: traumato-ortopedia, geriatria, reumatologia, dermatofuncional, urologia, ginecologia, obstetrícia, pediatria, neurologia, cardiorrespiratória, pneumologia, vascular e aquática. Os atendimentos são realizados de segunda a sexta-feira, das 8h ao meio-dia e das 14h às 18h.

Já na área de Odontologia são oferecidos à comunidade tratamentos de canal, tratamento de gengiva, restauração, próteses, aplicação de flúor, cirurgias bucais de pequeno porte, extração de dentes e remoção de dentes inclusos. O funcionamento é das 8h ao meio-dia e das 14h às 21h.

Em ambos os casos, para realizar as marcações, o paciente deverá comparecer à clínica (localizada no Bloco B da faculdade), munido de documento de identificação com foto e comprovante de residência para serem apresentados à recepção. Os pacientes passarão por uma triagem, antes da realização dos atendimentos.

De acordo com o coordenador das Clínicas, Ricardo Siqueira, “a clínica-escola de saúde tem como preceito a educação do aluno e a interdisciplinaridade entre o estudo feito em sala de aula e nos laboratórios da unidade com os atendimentos realizados pelos alunos à comunidade”.

“Os alunos da clínica estão sendo formados com total estrutura para serem mais do que profissionais habilitados, mas para serem profissionais de referência a serem seguidos no mercado de trabalho”, destacou o coordenador.

A diretora da Uninassau Caruaru, Aislane Belo, ressalta o papel social desses atendimentos e a importância para o aluno da instituição a prática do que é visto em sala de aula. “Ao ofertamos à população esses serviços gratuitos, em diversas áreas da saúde, prestamos uma importante colaboração à sociedade, diminuindo a espera por esses importantes serviços. Ao mesmo tempo, possibilitamos aos nossos alunos a vivência da prática supervisionada, preparando-os para um mercado de trabalho cada vez mais exigente”, finalizou..

Feirantes torcem por vendas ainda maiores

Pedro Augusto

Nem só de festa vive o Carnaval! A cada ano, um dos eventos mais populares do mundo vem se reoxigenando, proporcionando não só muita alegria para os foliões, mas também bastante faturamento para praticamente todo o setor financeiro nacional. Em Caruaru, onde a Feira da Sulanca configura como a principal força motriz da economia da região, a Folia de Momo também tem voz e vez, sejam através dos carrinhos de som circulantes, nos bancos dotados dos mais variados tipos de mercadoria ou até mesmo nas carroças adaptadas com produtos. Na penúltima Sulanca antes da maratona de festa ganhar corpo em todo o país, a reportagem VANGUARDA esteve circulando pelos setores do empreendimento, a fim de registrar as avaliações de vendas dos feirantes.

Se para a maioria dos entrevistados, o movimento poderia estar melhor, a torcida é de que a demanda por produtos relacionados ao evento aumente ainda mais nesta próxima semana, quando o início do Carnaval 2019 entrará em contagem regressiva.
Dentre os que preferiram não abrir espaço para o pessimismo, a reportagem conversou com Neílson Ângelo. Proprietário de um banco no setor da Brasilit, ele vem comercializando de forma satisfatória fantasias e roupas moda praia e espera faturar ainda mais nesta segunda-feira (25).

“Você sabe como é: brasileiro sempre deixa tudo para última hora! Sendo assim, esperamos vender ainda mais nesta próxima feira, quando os foliões finalizarão as suas preparações para a festa. Até agora, comercializamos muitas mercadorias no atacado e acredito que, nesta contagem regressiva, as vendas se concentrarão um pouco mais no varejo. Investimos bastante no oferecimento de fantasias, porque, tradicionalmente, este tipo de produto costuma ter muita saída a cada ano. Carnaval movimenta, sim, os setores da Feira da Sulanca e mais uma vez muita gente vai sair lucrando, inclusive, eu!”, analisou.

Embora não esteja tão otimista em relação ao seu concorrente Neílson, a também feirante da Brasilit, Mônica Silva, não deixou de destacar a importância da folia de Momo para a receita da Sulanca. “Se o movimento não se encontra como desejado, ao menos, temos vendido um pouco mais em relação às feiras de semanas normais. A expectativa é de que, nesta segunda, a procura seja maior no varejo. Além de fantasias, meu banco está oferecendo uma gama significativa de roupas voltadas para o verão, o que promete atrair muitos consumidores. Se não fosse a chegada do Carnaval, não haveria essa boa previsão”, pontuou.

No setor da Fundac, que passou recentemente por uma verdadeira transformação em termos de infraestrutura, o periódico conversou com a sulanqueira Margarete Feliciano. Ela classificou a demanda por mercadorias semelhante à percebida no mesmo período do ano passado. “Enquanto a economia do país não entrar realmente nos eixos, não vai dar para lucrar muito. Todo feirante sempre espera vender mais, é otimista por natureza, e o desejo é de movimento redobrado nesta próxima Sulanca. Mas caso isso não aconteça, ao menos, terei vendido o suficiente para pagar os débitos do mês. Esperamos que após a folia, não só a Feira da Sulanca, mas também os demais setores da nossa economia passe a faturar ainda mais”, disse.

Para o feirante Charles Diego, o resgate da semana pré-carnavalesca em Caruaru veio a calhar em meio ainda aos resquícios da crise financeira nacional. “Foi muito bom esse fortalecimento da festa por aqui, porque as pessoas ficam mais animadas e acabam comprando um pouco mais. De pouquinho e pouquinho, tenho vendido bem os meus produtos e espero zerar o estoque até o Sábado de Zé Pereira. Sim, porque, além da Sulanca, também os vendo nos eventos. Ano passado, por exemplo, sobrou mercadoria; em 2019, espero que não!”, comentou. Este ano, o período de Carnaval ocorrerá do dia 1º (sexta-feira) até o dia 5 de março (terça-feira).

“Desempenho da Sulanca foi semelhante”, destaca Moura

Em entrevista concedida durante a feira desta semana, o presidente da Associação dos Sulanqueiros, Pedro Moura, comentou sobre o momento atual da Sulanca, bem como ainda analisou o cenário para o restante do ano. Confira lendo os tópicos:

Pedro Augusto

Carnaval

Na verdade, aqueles sulanqueiros que comercializam produtos moda praia como biquínis, shorts e camisetas estão vendendo dentro do esperado. Já em relação àqueles que vendem, por exemplo, jeans ou itens de mesa e banho, realmente estão sentindo queda na demanda. Lógico que sempre esperamos mais, entretanto a expectativa é de desempenhos melhores até o fim do mês.

Semana Pré

Uma cidade que movimenta o seu Carnaval ou a semana pré do evento, geralmente costuma fortalecer bastante o comércio, porque vários setores acabam sendo impulsionados. Não tenho dúvidas de que com os eventos que irão ocorrer durante este fim de semana em Caruaru, muitas fantasias e demais vestuários já estão sendo vendidos, sem falar nos itens sazonais, que são muitos demandados neste período.

Comparativo

Como não observamos nada de relevante na economia do país, o desempenho da Sulanca neste primeiro bimestre de 2019 ficou semelhante em relação ao mesmo intervalo do ano passado. O Brasil está praticamente parado, o desemprego ainda é muito grande, bem como as despesas de início de ano também costumam ser bastante altas, então, tudo isso está sendo refletido nas vendas da nossa feira.

Projeção

Torcemos para que os investimentos ocorram por parte do Governo Federal no tocante ao Nordeste para que novos empregos sejam gerados e o dinheiro volte a circular com uma maior robustez na Feira da Sulanca. Em paralelo, a esperança é de que a estiagem dê lugar aos volumes de chuva, para que os empreendedores da nossa região volte a investir na confecção e comercialização dos nossos vestuários. O sulanqueiro é muito otimista e devemos seguir a sua projeção.

Balança comercial brasileira teve saldo positivo em janeiro

O primeiro mês do governo Bolsonaro fechou com um saldo positivo na balança comercial brasileira. De acordo com os recém divulgados pelo novo Ministério da Economia, a balança comercial apresentou um superávit de US$ 2,14 bilhões no mês de janeiro de 2019. O número é resultado de um total de US$ 16,27 bilhões referentes a exportações contra US$ 14,14 bilhões de importações durante o período.

“Os números positivos são um reflexo do aumento das exportações e importações durante o mês, com destaque para a venda de produtos semimanufaturados nas exportações e do aumento da compra de fertilizantes, combustível e equipamentos eletrônicos na importação”, explica Jefferson Marcondes Ferreira, membro do Comitê Macroeconômico do ISAE Escola de Negócios, composto por profissionais das áreas financeira e econômica e que tem como objetivo agregar valor à sociedade por meio de pesquisas, análises e interpretações de dados macroeconômicos.

Analisando os dados fornecidos pelo Ministério da Economia, é possível destacar o ótimo desempenho na exportação de produtos semimanufaturados (celulose, açúcar de cana bruto, ferro aço e alumínio) e manufaturados (plataforma de extração de petróleo, gasolina e suco de laranja), além de produtos básicos (Petróleo Bruto, Minérios de Ferro e seus concentrados e grãos com soja e milho).

Lei da Terceirização e Reforma Trabalhista incentiva empresas

Uma pesquisa realizada pela Federação das Indústrias de São Paulo (Fiesp), divulgada em 2015, mostrou que mais de 9 em cada 10 empresas (91%) industriais eram favoráveis à terceirização das atividades-fim. No entanto, 53% dessas companhias tinham deixado de utilizar tal modelo devido à insegurança jurídica e 38% em razão de possíveis ações trabalhistas. Com a Reforma Trabalhista e o aval do Supremo Tribunal Federal (STF) à Lei da Terceirização, a Primee, que há 6 anos atua na terceirização de serviços com sede em Curitiba e atendimento em todo o Brasil, está surfando nessa onda, faturando R$ 15 milhões em 2018, crescimento de 35% na comparação com o ano anterior.

Com um portfólio que atende pequenas, médias e grandes empresas tanto em áreas tradicionais da terceirização (limpeza, segurança e recepção) até projetos personalizados, que envolvem áreas produtivas, de logística e de engenharia, o resultado obtido pela Primee está em linha com outro estudo conduzido pelo Sebrae em 2017. Com base na pesquisa, 25% das empresas de médio e pequeno porte da construção civil tinham interesse em terceirizar: 23,2% na área de serviços; e 21,4% no comércio. Conforme o Empresômetro, os negócios relacionados à terceirização cresceram 13,5% em 2016 e 2017.

Promulgada em 2017, a Lei da Terceirização (13.429/2017), recebeu o aval do STF em agosto do ano passado, após ter 7 votos a favor e 4 contrários no plenário. Anteriormente, as companhias podiam terceirizar apenas as atividades-meio (setores não relacionados à atuação da companhia). Com esse novo contexto, o planejamento da Primee prevê crescimento de 40% em 2019. “Com a flexibilização da lei, estamos expandindo as operações dos nossos próprios clientes e também geograficamente no Brasil. Temos clientes que operavam apenas em Curitiba e agora estamos atuando em Porto Alegre, Florianópolis, Belém e São Luís”, explica Igor Marçal, um dos sócios da Primee.

De acordo com Marçal, com a regulamentação da lei, a Primee ganhou novos ramos de atuação, que incluem as atividades-fim das empresas, seja para pequenos negócios ou multinacionais. “Antes, nos limitávamos a trabalhar com limpeza e segurança patrimonial. Pelo nosso bom atendimento, abrimos oportunidades em outros setores com a mudança da lei. Dessa forma, operamos de forma personalizada, de acordo com a necessidade do cliente”, ressalta. Um dos novos segmentos que está sendo atacado é o de condomínios. “Eles têm grande arrecadação financeira, mas têm dificuldade para fazer a administração”, diz.

Fator humano

Os fatores que levam as companhias a terceirizar não são apenas a redução de custos, mas uma gestão mais eficaz. De acordo com Marçal, em vez de cobrar colaboradores pelos resultados, as companhias mantêm uma relação profissional com a empresa terceirizada, baseada em metas e em entrega de resultados. “Quando se ganha eficácia na gestão, há mais tempo para focar na estratégia do negócio. Pode não trazer necessariamente uma redução de custos, mas flexibilidade de tempo”, esclarece sobre o principal motivo para a contratação da Primee.

Além disso, o fator humano – ou seja, a habilidade em lidar com pessoas – é reduzido quando se contrata uma terceirizada. “Somos nós que respondemos pela contratação, apresentamos as metas e fazemos as cobranças. Sabe-se que lidar com mão de obra é uma das tarefas mais difíceis de um negócio”, diz.

Ações trabalhistas

Segundo o empresário, a Reforma Trabalhista – e a possibilidade de o trabalhador ser cobrado pelas custas em caso de derrota na justiça – fez com que houvesse uma redução nas ações. O primeiro balanço do Tribunal Superior do Trabalho (TST) mostrou queda de 36% no número de processos ajuizados de janeiro a setembro de 2018 frente ao mesmo período de 2017. Foram quase 1,28 milhão de reclamações contra 2,01 milhões. “Ao terceirizar, as empresas reduzem o risco de ações. Do nosso lado, somos uma empresa de mão de obra – é o nosso trabalhador dentro de um cliente que garante o crescimento empresarial. A partir disso, conseguimos capitalizar, crescer e, como consequência, contratar mais”, ensina.

O desafio, de acordo com ele, é fazer com que empresários e colaboradores atuem no mesmo sentido, sem barreira na relação de empregador e empregado. “Os empregadores não são exploradores, eles estão ao lado de seus empregados batalhando todos os dias para conseguir sobreviver como empresa no Brasil. Quando houver essa consciência, acredito que as ações vão cair ainda mais”, completa Marçal.

Tributários atuaram da apreensão de 2,7 toneladas de cocaína

Do dia 13 a 21 de fevereiro de 2019, Analistas-Tributários da Receita Federal do Brasil (RFB) atuaram em inúmeras ações de fiscalização e controle aduaneiro realizadas pelo Órgão, que resultou na apreensão de mais de duas toneladas de cocaína e ainda na retenção de quase 22 milhões de reais em eletrônicos, cigarros, joias e pedras preciosas, entre outros itens.

As apreensões de cocaína ocorreram nos dias 13 (no Porto de Natal/RN), 19 (no Porto de Santos) e 20 (no Aeroporto Internacional de Viracopos). Na primeira apreensão, de duas toneladas de cocaína, a droga estava escondida em cargas de melão que seriam transportadas para a Holanda. Esta foi a segunda maior apreensão de cocaína ocorrida neste mês, no mesmo Porto e ainda com o mesmo destino. Durante a segunda apreensão, de 684 quilos, cujo destino era o porto de Antuérpia, na Bélgica, os servidores encontraram a droga acondicionada em tabletes agrupados em bolsas escondidas em “big-bags” (grandes sacas para acondicionar granéis). A seleção da carga para conferência é resultado da análise de risco baseada em critérios específicos e por meio do escaneamento de contêineres. Já a terceira apreensão, de 63 quilos de cocaína, ocorreu durante a verificação de contêineres com carga para exportação. A droga foi encontrada no interior de bagagens que teriam como destino Lisboa, Portugal.

As retenções realizadas com a atuação dos Analistas-Tributários da Receita Federal do Brasil, que totalizaram quase 22 milhões de reais, ocorreram na Ponte Internacional da Amizade, no Aeroporto do Recife, em Manaus e também no Mato Grosso do Sul. No dia 13 de fevereiro, cerca de R$ 300 mil em mercadorias foram retidas por estes servidores que pertencem ao Grupo Regional de Vigilância e Repressão (GRVR) da 1ª Região Fiscal, durante operações na BR 463, entre os municípios de Dourados e Ponta Porã.

No dia 14 de fevereiro, os Analistas-Tributários retiveram aproximadamente 60 kg de joias e pedras preciosas e de mais de R$ 40 mil em espécie durante a operação de combate à comercialização ilegal de ouro, em Manaus. Estima-se que o valor total dos bens retidos ultrapasse R$ 16 milhões. A operação teve início com uma investigação da Equipe de Análise de Risco do Serviço de Vigilância e Repressão ao Contrabando e Descaminho da Alfândega do Porto de Manaus (SEREP), resultando na fiscalização de alguns estabelecimentos comerciais por parte da Receita Federal, da Secretaria de Fazenda do Amazonas (SEFAZ/AM) e também da Polícia Federal. Nesse mesmo dia os servidores da Receita Federal atuaram na retenção de um veículo carregado com grande quantidade de essências para narguilé na PR-486, em Foz do Iguaçu. A mercadoria foi carregada em Guaíra/PR e seria entregue em Maringá/PR. Estima-se que o valor da apreensão ultrapasse R$ 40 mil.

Já no dia 16 de fevereiro, os Analistas-Tributários da Receita Federal do Brasil retiveram mercadorias valoradas em R$ 43.248,77, que foram encontradas em um veículo com eletrônicos na Ponte Internacional da Amizade, em uma ação conjunta com policiais do BPFron e da Força Nacional. Os servidores também atuaram na retenção de aparelhos celulares de última geração avaliados em cerca de 34 mil reais, no terminal de desembarque internacional do aeroporto do Recife, onde o passageiro proveniente de Miami nos Estados Unidos tentava entrar no país com os smartphones ocultos dentro de aparelho de som; e, ainda, de caminhões com contrabando de cigarros do Paraguai, no valor aproximado de 5 milhões de reais.

Grupo de Idosos do Sesc Caruaru cai na folia

Neste fim de semana, Caruaru entra em clima de folia. Neste sábado (23/2), o Sesc participa da programação do “Carnaval Caruaru Cultural 2019”, promovido pela prefeitura da cidade. A Unidade estará representada pelo Bloco Lírico Saudade Brincante, formado pelos idosos do Grupo da Amizade, que se apresenta nos Polos Aldo Teixeira e da Inclusão.

A festa no Polo Aldo Teixeira, localizado na Rua dos Expedicionários, inicia às 13h, com a Orquestra do Batista, mas o Bloco Lírico Saudade Brincante só se apresenta às 15h. O grupo participará ainda do cortejo carnavalesco que terá concentração na Estação Ferroviária. Os idosos se unirão a blocos líricos, bumba-meu-boi, caboclinhos, maracatu, orquestra de pau e cordas, orquestra de frevo e passistas e seguirão pelo corredor da folia até o Polo da Inclusão, na Praça José Martins. O evento contará com cerca de 300 participantes.

Sesc – O Serviço Social do Comércio (Sesc) foi criado em 1946. Em Pernambuco, iniciou suas atividades em 1947. Oferece para os funcionários do comércio de bens, serviços e turismo, bem como para o público geral, a preços módicos ou gratuitamente, atividades nas áreas de educação, saúde, cultura, recreação, esporte, turismo e assistência social. Atualmente, existem 20 unidades do Sesc do Litoral ao Sertão do estado, incluindo dois hotéis, em Garanhuns e Triunfo. Essas unidades dispõem de escolas, equipamentos culturais (como teatros e galerias de arte), restaurantes, academias, quadras poliesportivas, campos de futebol, entre outros espaços e projetos. Para conhecer cada unidade, os projetos ou acessar a programação do mês do Sesc em Pernambuco, basta acessar www.sescpe.org.br.