STF decide se Justiça Eleitoral pode julgar crimes da Lava Jato

O Supremo Tribunal Federal (STF) começa a julgar às 14h desta quarta-feira (12) a competência da Justiça Eleitoral para conduzir inquéritos de investigados na Operação Lava Jato. Na sessão, a Corte vai definir se a competência para julgar crimes comuns conexos a crimes eleitorais é da Justiça Eleitoral ou Federal.

De acordo com procuradores da força-tarefa do Ministério Púbico Federal (MPF), o julgamento poderá ter efeito nas investigações e nos processos que estão em andamento no âmbito da operação em São Paulo, no Rio de Janeiro e no Paraná. A punição prevista para crimes eleitorais é mais branda em relação aos crimes comuns.

De acordo com a força-tarefa da Lava Jato, um eventual resultado negativo para o MPF poderá “acabar com as investigações”. Segundo o procurador Deltan Dallagnol, o julgamento afetará o futuro dos processos da operação.

No entanto, ministros do STF consideram que os argumentos dos procuradores são extremados. Para o ministro Marco Aurélio, a decisão não terá grande impacto na investigação. “Não esvazia em nada a Lava Jato, é argumento extremado, que não cabe.”

O plenário da Corte vai se manifestar sobre a questão diante do impasse que o assunto tem provocado nas duas turmas do tribunal.

Dilema
No início das investigações da Lava Jato, na primeira instância da Justiça no Paraná, a maioria dos investigados foi processada pelos crimes de corrupção e lavagem de dinheiro, ao ser acusada de receber recursos em forma de propina e usar o dinheiro para custear suas campanhas políticas, sem declarar os valores à Justiça Eleitoral.

Na medida em que os recursos dos acusados foram chegando ao STF, a Segunda Turma da Corte passou a ter o entendimento de que, em alguns casos, as acusações deveriam ser remetidas à Justiça Eleitoral, porque as imputações de corrupção e lavagem de dinheiro devem ser tratadas como crime de caixa 2, cuja competência é daquela Justiça especializada.

Com base no entendimento, investigações contra o senador José Serra (PSDB-SP) e outros políticos já foram remetidas para a primeira instância da Justiça Eleitoral. O colegiado é composto pelos ministros Gilmar Mendes, Ricardo Lewandowski, Celso de Mello, Cármen Lúcia e Edson Fachin.

Na Primeira Turma, o entendimento de alguns ministros é de que as acusações devem ser julgadas pela Justiça Federal, cujas sentenças por crimes comuns resultam em penas mais altas. A turma é formada pelos ministros Luís Roberto Barroso, Luiz Fux, Rosa Weber, Marco Aurélio e Alexandre de Moraes.

A questão será decidida com base no inquérito que investiga o ex-prefeito do Rio de Janeiro Eduardo Paes e o deputado federal Pedro Paulo Carvalho Teixeira (DEM-RJ) pelo suposto recebimento de R$ 18 milhões da empreiteira Odebrecht para as campanhas eleitorais.

Segundo as investigações, Paes teria recebido R$ 15 milhões em doações ilegais no pleito de 2012. Em 2010, Pedro Paulo teria recebido R$ 3 milhões para campanha e mais R$ 300 mil na campanha à reeleição, em 2014.

Os ministros vão julgar um recurso protocolado pela defesa dos acusados contra decisão individual do ministro Marco Aurélio, que enviou as investigações para a Justiça do Rio. Os advogados sustentam que o caso deve permanecer na Corte, mesmo após a decisão que limitou o foro privilegiado para as infrações penais que ocorreram em razão da função e cometidas durante o mandato.

Previdência: Bolsonaro defende negociações diferentes das do passado

O presidente Jair Bolsonaro disse hoje (12) esperar que os parlamentares não façam alterações profundas na proposta de reforma da Previdência enviada pelo governo ao Congresso Nacional no mês passado.

“Se não fizermos uma reforma da Previdência mais próxima dessa que enviamos, o Brasil pode correr um sério risco no tocante a sua economia”, disse o presidente, participar de eventos com o presidente do Paraguai, Mario Abdo Benítez, no Palácio do Planalto.

Bolsonaro voltou a dizer que não haverá nomeações para cargos de confiança ou liberação de emendas parlamentares em troca de votos pela reforma previdenciária. “Nós vamos liberar as emendas impositivas, porque não temos que fugir delas. As negociações no nível que existia no passado não existirão no meu governo”, afirmou.

Em evento no Itamaraty, o presidente disse acreditar em uma tramitação mais rápida do que a que ocorreu no ano passado, quando o então presidente Michel Temer apresentou uma proposta para reformar a Previdência. “É difícil, mas acredito que vai ser possível aprovar. Acredito que, desta vez, [o tema] vai ter a agilidade que merece.”

O texto está na Câmara dos Deputados e depende da formação das comissões para tramitar. Sugestões de alterações no texto foram feitas por líderes de partidos em uma reunião com o presidente, na semana passada.

Paulo Câmara reforça geração de emprego durante inauguração de fábrica em Suape

O governador Paulo Câmara marcou presença, nesta terça-feira (12.03), na inauguração de mais um empreendimento no Polo de Alimentos do Complexo Industrial e Portuário de Suape, no Cabo de Santo Agostinho, litoral sul do Estado. A instalação da nova planta da Camil Alimentos, que inclui um centro de distribuição, representou um investimento de R$ 22 milhões. A fábrica produzirá arroz, feijão e açúcar e vai gerar 170 novas vagas de empregos diretos e indiretos.

O governador disse enxergar no novo empreendimento uma reafirmação do potencial logístico e econômico do Estado. “Apesar da crise que o Brasil viveu nos últimos anos, há investidores, que confiaram em Pernambuco e no Nordeste. Isso é, aqui, um grande ponto de distribuição para toda a Região e, ao mesmo tempo, um grande ponto de qualificação e de recrutamento de mão de obra para os futuros investimentos nessa área de alimentos”, observou.

Segundo Paulo Câmara, o Governo de Pernambuco seguirá realizando essas parcerias, com potencial de geração de emprego e renda. “Vamos continuar investindo na atração de indústrias com os benefícios que possam fazer a diferença na hora de escolher Pernambuco. Mas vamos, acima de tudo, continuar investindo naquilo que é tão importante, a mão de obra, o capital humano”, ressaltou.

O secretário de Desenvolvimento Econômico, Bruno Schwambach, parabenizou o Governo do Estado pela novidade. “O governador Paulo Câmara seguiu na atração de investimentos, na geração de emprego e renda, no Pacto pelo Emprego. E isso é o que estamos fazendo aqui hoje. Estão vindo vários projetos, vários investimentos, e Pernambuco está preparado para viver um novo momento”, afirmou. Além de Schwambach, também participou da inauguração o secretário de Micro e Pequena Empresa, Trabalho e Qualificação, Alberes Lopes.

A fábrica da Camil contou com concessões de incentivos fiscais do Programa de Estímulo à Indústria do Estado de Pernambuco (Proind), ação ressaltada pelo diretor presidente do Complexo de Suape, Leonardo Cerquinho. “Esse incentivo concede 75% de isenção, 75% de crédito presumido em cima do saldo devedor de ICMS”, explicou. O Proind é uma reedição do Prodepe, e foi instituído em 2017 para garantir incentivos fiscais especificamente às indústrias. “O empreendimento reforça a vocação do estado de Pernambuco para atender a região Nordeste na parte de distribuição, e reforça a vocação do porto de Suape como ramo de distribuição logística da região Nordeste”, acrescentou Cerquinho.

Com 6,5 mil m² de área construída e capacidade produtiva de 10 mil toneladas por mês, a nova unidade da Camil prioriza o uso de tecnologia de ponta e leva em consideração a localização estratégica para o escoamento da produção. “Essa fábrica é chave para o Estado. Nós estamos aqui em Pernambuco desde 2001, e após 17 anos estamos dando mais esse passo. Estamos mais do que dobrando a capacidade da planta que tínhamos antes no Estado. Isso mostra o potencial de Pernambuco e o apetite que a companhia tem de crescer nessa Região. Os produtos, quando vêm do sul ou importados da Argentina ou do Uruguai, chegam aqui em Suape. A proximidade da planta ajuda muito nesse processo da logística, e daqui saem para os destinos. Então é, de fato, estratégica a localização aqui no Porto”, reforçou o CEO da Camil, Luciano Quartiero.

LIDERANÇA – A Camil Alimentos é, hoje, líder em beneficiamento e comercialização de arroz no Brasil, Chile, Uruguai e Peru, e exporta para mais de 50 países. Atualmente, a empresa detém marcas de ponta no mercado em suas categorias: União (açúcar), Camil (arroz) e Coqueiro (sardinha).

MEC publica portaria que regula emissão de diploma digital

O Ministério da Educação publicou nesta terça-feira, 12, a Portaria nº 554, que regulamenta o registro e a emissão de diploma digital pelas instituições de ensino superior que compõem o Sistema Federal de Ensino. Esta é a segunda portaria que trata sobre o diploma digital e visa proporcionar às mais de 2,4 mil instituições o passo a passo para implementar o novo formato.

Serão 24 meses contados a partir da publicação da portaria para que as instituições se adequem às especificidades técnicas para emissão e registro dos diplomas de graduação no meio digital. O objetivo é possibilitar o melhor aproveitamento de recursos disponíveis, sem transferir a burocracia hoje existente para o ambiente virtual, preservando as mesmas condições e garantias dos diplomas físicos.

A diferença do novo modelo para o que está em vigência é que o diploma digital tem toda a sua origem, emissão, registro e armazenamento em ambiente digital. A validade do documento é garantida por assinatura com certificação digital e carimbo de tempo na Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira (ICP-Brasil), conforme os parâmetros do Padrão Brasileiro de Assinaturas Digitais.

“O diploma digital é uma inovação tecnológica do MEC para o meio acadêmico”, explica o secretário de Educação Superior do MEC, Mauro Luiz Rabelo. “A aplicação de medidas tecnológicas no rito de emissão e registro de diploma visa contribuir com ações eficientes e eficazes que possibilitem maximizar a utilização dos recursos, atribuindo maior agilidade e transparência ao processo.”

Para os estudantes, as mudanças significam agilidade. “Os trâmites hoje adotados geram lentidão na emissão de documentos escolares, que pode causar transtornos para os usuários que precisam, em caráter de urgência, comprovar a conclusão do curso realizado”, observa o secretário. Ele acredita que o diploma digital terá impacto não apenas na vida do estudante, mas também para a sociedade em geral, “que anseia por confiabilidade, autenticidade, rastreabilidade e agilidade no compartilhamento desses documentos”.

Regras – Segundo o secretário, a normatização do diploma digital não pretende confrontar ou revogar a legislação que hoje dita a emissão e registro de diploma e todas as suas nuances, mas sim, regular o ato de emitir e registrar documento em formato nato-digital dentro do sistema educacional. Por isso, as regras permanecem as mesmas previstas na legislação federal vigente que regula a emissão e registro de diplomas já existentes.

As especificações das operações tecnológicas previstas na nova portaria têm o intuito de oferecer um delineamento legal para a atuação da instituição no ambiente virtual, proporcionando as mesmas condições e garantias que existem para emissão e registro do diploma por meio físico.

Padrão – O padrão a ser adotado pelo diploma digital é o Extensible Markup Language (XML). Esta é uma linguagem de codificação utilizada para guardar informações de forma estruturada, legível para pessoas e sistemas, oferecendo um meio eficiente de transmissão de dados pela rede mundial de computadores.

A utilização do XML no diploma digital deve se valer da assinatura eletrônica avançada no padrão XadES (XML Advanced Electronic Signature), de acordo com o Padrão Brasileiro de Assinatura Digital (PBAD).

Segurança – A utilização da assinatura com certificação digital e carimbo do tempo ICP-Brasil, nos termos do Padrão Brasileiro de Assinaturas Digitais, garante a presunção de integridade, autenticidade e validade dos documentos eletrônicos e das aplicações de suporte e habilitações que utilizem certificados digitais, além da realização de transações eletrônicas seguras.

Os documentos assinados digitalmente com certificado digital ICP-Brasil têm a mesma validade que os documentos assinados em papel. A assinatura digital é um mecanismo eletrônico que faz uso de criptografia – mais precisamente, de chaves criptográficas que permitem identificar o autor do documento. O uso de certificado digital ICP-Brasil funciona como uma identidade virtual que permite a identificação segura e inequívoca do autor de uma mensagem ou transação feita em meios eletrônicos.

O diploma digital também terá uma estrutura a ser seguida. Para garantir a integridade das informações prestadas e a correta formação dos arquivos XML, as informações deverão seguir a estrutura do XML Schema Definition (XSD).

O XSD é um arquivo codificado em linguagem baseada em padrão XML, que contém a definição da estrutura de um documento XML, com definições de tipo, tamanho, ocorrência e regras de preenchimento dos elementos que compõem o documento XML.

Tribunal de Justiça vai ao Metrô contra à violência doméstica

A partir das 9h desta quarta-feira (13/3), equipes da Coordenadoria Estadual da Mulher em Situação de Violência Doméstica e Familiar do Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE), do Ministério Público de Pernambuco (MPPE), do Instituto Maria da Penha (IMP) e da Secretaria da Mulher do Recife estarão na Estação Central de Metrô do Recife com serviço de orientação à população sobre o enfrentamento à violência contra a mulher. No local, com apoio da Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU) e do Metrorec, também haverá panfletagem com distribuição de material de apoio, contendo telefones e endereços de locais para ajuda a mulheres vítimas de violência. Nas estações de metrô, estarão disponíveis cartazes da campanha “Silêncio não protege” com telefones, endereços e horário de funcionamento das dez Varas de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher (VVDFMs), além do reforço na divulgação do Disque 180.

Durante o mês de março, mas especialmente até esta sexta (15/3), as equipes do TJPE e da rede de proteção à mulher, estão engajadas na realização da 13ª Semana da Justiça pela Paz em Casa. O evento busca priorizar o atendimento de demandas e a agilização processual de casos relacionados à violência contra a mulher. As VVDFMs do Estado promovem eventos voltados à prevenção e ao combate da violência doméstica. Entre as ações promovidas, estão atividades de cunho pedagógico para debater a Lei Maria da Penha, realização de rodas de diálogos sobre a violência contra a mulher e promoção de seminários sobre o atendimento das mulheres vítimas de violência doméstica no Judiciário e no Sistema Único de Saúde (SUS).

Acordo bilionário da Lava Jato é inadmissível e tem de ser anulado, diz Humberto

Um dos autores da ação ingressada no Tribunal de Contas da União (TCU) que pede a anulação do acordo bilionário celebrado pelos procuradores da Lava Jato com a Petrobras, o líder do PT no Senado, Humberto Costa (PE), avalia que os recursos recuperados devem ser geridos pela União e não pelos integrantes do Ministério Público Federal (MPF).

De acordo com o senador, a medida proposta pelos responsáveis pela operação é inconstitucional. Os integrantes do MPF firmaram, em janeiro deste ano, acordo com a estatal, que resultou no depósito de R$ 2,5 bilhões em juízo. Após a celebração do acordo, a Força Tarefa da Lava Jato anunciou a criação de uma fundação de direito privado para fazer a gestão dos recursos.

Porém, nessa terça-feira (12), depois de críticas de diversos setores, a procuradora-geral da República, Raquel Dodge, pediu ao Supremo Tribunal Federal que anule o acordo. Mas, aparentemente, os signatários do acordo não querem abrir mão do dinheiro, que seria usado para promover “cursos e campanhas em defesa da ética e da moralidade” e no “combate à corrupção”.

Para Humberto, os membros do MPF não submeteram o acordo ao TCU e tampouco à Comissão de Valores Mobiliário (CVM) e usurpam funções tanto do Poder Executivo (eximindo de tributação qualquer valor, além burlar qualquer responsabilidade em razão da competência da autoridade central para celebração de acordos internacionais) quanto do poder Judiciário, ao homologar acordo sem ter competência para tal.

“Além disso, atropelaram o Legislativo, ao deliberar, para além do que prevê a lei, acerca da destinação dos valores em questão. Não é possível pegar dinheiro público para instituir uma fundação, não se sabe dirigida por quem, nem para qual finalidade, nem, inclusive, se tem uma conotação de tentar promover pessoas a futuros projetos eleitorais”, disparou.

O parlamentar questionou, ainda, os colegas no plenário do Senado sobre o que acham desse tipo de utilização do recurso público feito a partir de um acordo questionável na Justiça e, ao mesmo tempo, desrespeitando duas decisões anteriores do Supremo Tribunal Federal.

Ele explicou que a Corte já determinou que recursos de ressarcimento ou de compensação por crimes não podem ser apropriados privadamente por ninguém, como é o caso. “Os recursos não devem ser administrados por determinados segmentos que não sejam o próprio orçamento público do nosso país”, comentou.

Os R$ 2,5 bilhões do fundo correspondem a 80% das penalidades definidas no acordo celebrado pela Petrobras com autoridades dos Estados Unidos, divulgado em setembro de 2018. A pedido do MPF do Paraná, a juíza federal Gabriela Hardt homologou o acordo, que previa que metade da cifra fosse destinada a um fundo patrimonial (endowment), cuja gestão será feita por uma fundação independente, ainda em fase de criação.

Projeto Viva Vitaino é debatido na Câmara

Evento Viva Vitalino homenageia não somente o Mestre do barro de fama e reconhecimento internacional, mas também celebra os nomes de tantas personalidades que moldaram e moldam a cultura caruaruense. E já está em sua sexta edição, prevista para acontecer no final de julho, dia 28. Contudo, a falta de incentivo do Poder Público e a inexistência de recurso financeiro ameaçam a realização do mesmo.

“É muito difícil fazer cultura, é muito difícil se fazer arte”, desabafa idealizador e coordenador do Projeto, Antônio Prego, em seu discurso na tribuna da Casa Jornalista José Carlos Florêncio, durante a tarde desta quinta (12). Ele conta ainda que o projeto começou a ser estruturado há 40 anos, inspirado na premiada peça de Vital Santos: O Alto das Sete Luas de Barro, que retrata a história e legado de Vitalino.

Prego agradece o apoio dos parlamentares, que por iniciativa de seu presidente – o vereador Lula Tôrres, concederam o primeiro expediente da 10ª sessão ordinária do ano para que articuladores e incentivadores da cultura no Estado de Pernambuco demonstrassem e debatessem a importância do projeto.

“A sociedade só será transformada quando mergulharmos na nossa cultura e no nosso passado (…) A finalidade dessa discussão é demonstrar o dom que a arte possui de sensibilizar os corações. Temos uma grande dívida histórica com o Alto do Moura e Mestre Vitalino por tudo que representam e fizeram pela nossa cultura. Fortalecer o Viva Vitalino é fortalecer a cultura pernambucana”, afirma o presidente da Câmara.

Durante a exposição, um documentário contendo depoimentos emocionados da comunidade contemplou a grandeza da representatividade do Viva Vitalino para o Alto do Moura, símbolo do artesanato pernambucano, identidade deste município.

A Conselheira cultural do município, Valeria Saboia, inicia sua participação destacando que não existe arte grande ou pequena, tudo é cultura e é preciso reformular nossos conceitos e que não se concebe orçamento só para grandes eventos. “Alto do Moura é o berço é a terra santa que vem dando sustentabilidade a essa cidade e sua economia”. Ela ainda chama a atenção para o engajamento que é questão de educação, não apenas de responsabilidade do Poder Público, mas de toda a sociedade “ É um trabalho de conscientização até junto aos nossos empresários, que preferem levar seus filhos para shopping a participar de uma oficina de argila, onde está ali a própria mão divina. Então é um trabalho de base, de educação doméstica”, enfatiza.

Também participaram da reunião Rubens Júnior, secretário de governo do município e presidente da Fundação de Cultura e Turismo de Caruaru, que no momento garantiu apoio da prefeitura para o Viva Caruaru; Carmem Valeria Saboia, titular do Fórum Setorial de Agentes Culturais, artesão e Produtores Culturais do Conselho Municipal de Política Cultural de Caruaru e Breno Nascimento, assessor de artesanato da secretaria de Cultura de Caruaru.

Os vereadores Edijailson da Caruforró, Daniel Finizola e Fagner Fernandes fizeram o uso da palavra para reforçar a necessidade de se incentivar e produzir eventos como o Viva Caruaru que expressam em sua essência o orgulho do ser caruaruense, de pertencer a terra da cultura.