Brasil é uma baleia ferida que não consegue se mover, diz Guedes

O ministro da Economia, Paulo Guedes, fala na Comissão de Finanças e Tributação da Câmara dos Deputados, sobre os impactos econômicos e financeiros da Nova Previdência.

Com crescimento de apenas 0,6% ao ano nos últimos oito anos, o Brasil é uma baleia que recebeu vários golpes e não consegue mais se mover, disse há pouco o ministro da Economia, Paulo Guedes, em audiência na Comissão de Finanças e Tributação (CFT) da Câmara dos Deputados. Guedes foi convocado para responder a perguntas sobre o que fazer com os recursos da economia da reforma da Previdência.

Para o ministro, a reforma da Previdência é a primeira etapa para resolver o desequilíbrio fiscal e “consertar” a economia. Ele ressaltou que a aprovação das reformas equivaleria a retirar os arpões da baleia e que essa agenda é suprapartidária. “O Brasil é uma baleia ferida arpoada várias vezes, que foi sangrando e parou de se mover. Precisamos retirar os arpões, consertar o que está equivocado. Não tem direita, nem esquerda. Precisamos consertar economia brasileira”, declarou o ministro.

Guedes explicou que a reforma da Previdência tem três dimensões. A primeira consiste em resolver o desequilíbrio fiscal do país por meio da economia de R$ 1,2 trilhão em 10 anos e retomar o crescimento. A segunda é a retomada dos investimentos privados, inclusive em áreas sociais como saúde, educação e saneamento, e a terceira, a remoção das desigualdades, por meio da retirada de privilégios, e a libertação das gerações futuras por meio do regime de capitalização (em que cada trabalhador terá uma poupança individual).

Agenda positiva
O ministro ressaltou que, depois da reforma da Previdência, o governo pretende seguir simultaneamente com a reforma tributária na Câmara dos Deputados, aproveitando uma proposta que tramita na Casa, e com a reforma do pacto federativo, cuja tramitação se iniciaria no Senado. Guedes, no entanto, disse que a estratégia ainda precisa ser definida pelo governo. “Quem dará o tempo é a política. É como eu vislumbro. Quem decide são os políticos.”

De acordo com o ministro, o governo decidiu dar prioridade à reforma da Previdência para corrigir desequilíbrios da economia, antes de entrar no que chamou de “agenda positiva”. Guedes destacou que a proposta de reforma tributária vislumbra a criação de um imposto sobre valor agregado (IVA) federal que incidiria, com adesão facultativa dos estados e dos municípios, e a revisão de isenções, desonerações para determinados setores da economia e deduções no Imposto de Renda para famílias mais ricas.

Sobre o pacto federativo, Guedes repetiu que o governo pretende reduzir a fatia da União nas receitas de tributos, aumentando a repartição com os estados e os municípios. Ele disse que pretende repartir o dinheiro do fundo social do pré-sal, que deve render de US$ 800 bilhões a US$ 1 trilhão (R$ 3,2 trilhões a R$ 4 trilhões) nos próximos 20 a 30 anos, e ser distribuído entre estados e municípios (i0%) e governo federal (30%).

Estímulos
O ministro explicou que o governo pretende fazer ações de estímulo de curto prazo, como o Plano de Equilíbrio Fiscal (PEF) para os estados, enviado hoje (4) ao Congresso Nacional, e saques dos programas de Integração Social (PIS) e de Formação do Patrimônio do Serviço Público (Pasep). Ele, no entanto, disse que esses estímulos terão efeito curto, caso o Congresso não aprove a reforma da Previdência.

“Enquanto não aprovamos reforma fiscal potente como essa de R$ 1 trilhão da Previdência, até pequenos estímulos fiscais são perversos. Não podemos fazer esses movimentos sem os fundamentos [da economia] corrigidos”, declarou. Ele disse que o PEF não fará distinção entre governadores da situação e da oposição. “O governador que quiser pode passar no [secretário do Tesouro Nacional] Mansueto [Almeida] porque dinheiro está lá.”

Agência Brasil

Pernambuco ganhará duas novas unidades de conservação

24/04/2018.Credito: Peu Ricardo/DP – Dia – Local – Pauta: Exposicao da Caatinga no Jardim Botanico do Recife.

Duas novas Unidades de Conservação serão criadas em Pernambuco. As Serras Caatingueiras (entre os municípios de Salgueiro e Cabrobó), e do Giz (na divisa de Afogados da Ingazeira e Carnaíba) serão oficializadas nesta terça-feira (4). Com essas duas novas unidades, o estado terá a conservação de mais de 22 mil hectares do bioma Caatinga.

A oficialização das áreas será feita durante evento, na tarde desta terça-feira, no Parque Estadual de Dois Irmãos, na Zona Norte do Recife. O encontro também incluirá a entrega do prédio sede da Unidade Gestora do Parque Estadual de Dois Irmãos e a definição de zonas para ligar os remanescentes de mata dentro da APA Aldeia-Beberibe.

Apesar das acusações, CBF diz ter ‘total confiança’ em Neymar

O presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), Rogério Caboclo, garantiu nesta terça-feira que a entidade tem ‘total confiança’ em Neymar, apesar das acusações de estupro que pesam contra o atacante.

Antes de participar do congresso extraordinário da Conmebol, em Paris, Caboclo foi questionado se a CBF apoia o jogador: ‘Temos total confiança em Neymar. Sabemos a pessoa que é, o homem que é, o atleta que é e temos total confiança de que tudo vai ser esclarecido”, insistiu.

Ainda segundo Caboclo, eles tentaram levar o caso com naturalidade para ‘não afetar os jogadores que estão resguardados na Granja Comary’ e ressaltou que todos estão focados na Copa América. O dirigente também garantiu a participação do atleta na estreia do Brasil contra a Bolívia.

O caso

A imprensa revelou há dois dias que uma mulher, que Neymar conheceu pelas redes sociais, denunciou o atacante do PSG por estupro à Polícia de São Paulo.

Neymar se defendeu do que chamou de ‘armadilha’ e ‘tentativa de extorsão’ publicando vídeos e mensagens privadas que havia trocado com a mulher, expondo fotos e vídeos íntimos. Além do estupro, a polícia de São Paulo vai investigá-lo por crimes virtuais.

Diario de Pernambuco

Governo quer Minha Casa Minha Vida só para famílias que ganham até R$ 6.986

Rio de Janeiro – A presidenta Dilma Rouseff inaugura mil imóveis do programa Minha Casa Minha Vida nos condomínios Mikonos e Santorini, em Santa Cruz (Fernando Frazão/Agência Brasil)

O Ministério do Desenvolvimento Regional quer limitar o acesso ao Minha Casa, Minha Vida a famílias que tenham renda até sete salários mínimos (R$ 6.986 atualmente, sem considerar o fator localização) e propõe reformulações que incluem capacitação profissional dos atendidos e redução dos subsídios do governo federal no programa.

Hoje, as quatro faixas do programa atendem famílias que ganham até R$ 9.000. As mudanças foram anunciadas nesta terça-feira (4) pelo ministro Gustavo Canuto (Desenvolvimento Regional), que participa de audiência pública na Comissão de Desenvolvimento Urbano da Câmara dos Deputados.

Se a mudança entrar em vigor, na prática as famílias que ganham mais de sete salários mínimos (R$ 6.986) e menos que R$ 9.000 deixam de ter acesso a taxas de juros menores que as praticadas em financiamentos com recursos da poupança, o chamado SBPE, e pelo mercado imobiliário.

O governo propôs dividir o programa em duas linhas principais: alienação do imóvel e utilização do imóvel. Haverá ainda uma iniciativa voltada a melhorias nas habitações, com participação privada ou do próprio beneficiário.

A ideia é resolver algumas falhas identificadas no programa, afirma Canuto, como a comercialização irregular do imóvel. Ele citou como exemplo beneficiários que, por algum motivo, vendem imóvel do programa por valor muito inferior.

A maior alteração proposta é na faixa dedicada à população mais carente. Hoje, famílias que ganham até R$ 1.800 se enquadram na faixa 1 do programa, em que o governo subsidia 90% e as famílias, 10%. Se pagarem as prestações até o final, ficam com o imóvel. Nessa faixa, diz Canuto, o ministério identificou 30% de comercialização irregular de moradias.

O ministro propôs restringir o limite para a primeira faixa do programa a famílias que ganhem até um salário mínimo, com um fator de localização pelo qual o valor seria multiplicado -regiões com custo de vida mais elevado poderiam enquadrar beneficiários que recebam mais que esse valor.

“Entendemos que ao definir salários mínimos como limite para acessar o programa, isso nem sempre é justo, porque o Brasil é muito amplo e as regiões são muito diferentes. O poder de compra de um salário mínimo na região metropolitana de São Paulo não é o mesmo poder de compra no interior do agreste pernambucano”, afirmou o ministro. “O programa deve atender as pessoas que estão na mesma situação de vulnerabilidade.”

%u200BCanuto defendeu ainda que o valor do imóvel seja atrativo economicamente para todas as regiões do país. O limite do imóvel -sugerido como R$ 100 mil– pode ser maior em locais menos atrativos, “para que construtor que queira arriscar construir na Floresta Amazônica seja remunerado de acordo e que a população seja, de fato, atendida”, afirmou o ministro.

Na faixa 1, poderiam participar, por exemplo, pessoas em áreas atingidas por alguma calamidade, que perderam a casa por alguma situação de emergência ou precisaram ser desalojadas. O governo construiria e entregaria o imóvel às famílias, que não teriam a posse, e não precisariam pagar aluguel.

Além disso, teriam que passar por capacitação profissional para que, no futuro, obtivessem recursos para comprar a casa própria. Outra sugestão é, em caso de desalojamento, entregar à família uma carta de crédito no valor do imóvel, para que as famílias possam escolher qual imóvel querem comprar.

As famílias serão selecionadas em parceria com o Ministério da Cidadania. Os municípios ficarão responsáveis por contratar empresas para administrar o condomínio. “Sem administração, em pouco tempo, os conjuntos se transformam em favelas, cortiços e assentamentos precários”, afirma.

A nova faixa 1, afirma Canuto, é para “pessoas que não têm condições de arcar com custo de condomínio, não têm condições de pagar uma parcela mínima, como era o faixa 1, de fazer um financiamento”, disse. “Para essas pessoas, o governo construirá o conjunto, o município administrará esse conjunto, o ministério da Cidadania nos auxiliará com programas sociais para capacitar esses moradores, para que possam mudar sua realidade social.”

Outras três faixas serão destinadas às famílias com renda de dois a sete salários, consideradas de baixa e média renda. Para o primeiro nível, a proposta é que as famílias paguem 50% do imóvel, enquanto recursos do FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço) arcariam com 25% e o OGU (Orçamento Geral da União) subsidiaria os demais 25%.

“Vamos poder usar menos recursos do OGU, vamos poder financiar mais e a construção dispara”, diz. Os percentuais foram sugeridos pelo ministério da Economia, mas podem ser alterados, segundo Canuto. No nível 2 (de 2 a 4 salários mínimos), haverá desconto do FGTS, sem participação do OGU. No terceiro (de 4 a 7), a facilidade seria a taxa de juros reduzida.

Em outra frente, o projeto apresentado quer que empresas privadas construam imóveis que, ao longo dos anos, serão recomprados pelo governo. Em contrapartida, as construtoras pedem um pacote de incentivos tributários, que está sendo avaliado.

Nesse caso, a seleção das famílias ficaria a cargo do setor privado e do município, enquanto a gestão estaria sob responsabilidade da construtora, como um incentivo para quem mantenham os imóveis bem cuidados. Se o beneficiário não estiver morando na unidade, a construtora fica sem receber o dinheiro do governo. “Não estamos pensando em boa vontade, mas pensado num modelo que tenha um interesse recíproco. Do morador, que permaneça, e da empresa, que receberá os aportes mensais.”

As famílias farão uma espécie de poupança imobiliária -pagarão um valor mensal que, ao final, pode ser utilizado para comprar aquele imóvel ou outro que queiram. “Nem R$ 1 vai ser para remunerar o privado. O público, tanto federal quanto local, fazem o aporte.”

Canuto deu o exemplo de um imóvel de R$ 100 mil. O governo financia com a construtora e paga esse valor ao longo dos anos. No final, haverá um residual, um saldo devedor. Aí entra a poupança imobiliária feita pelo beneficiário, que poderá ser usada para quitar o imóvel. “Caso ele não queira, ele pode sair antes e todo dinheiro que ele aportou é dele.”

Por fim, haverá ajuda para que famílias façam reformas no imóvel.

Folhapress

Escola Sesi Belo Jardim conta com aula de robótica

Os estudantes da Escola Sesi Belo Jardim têm um aprendizado diversificado e acesso a projetos educacionais exclusivos do Sesi. Além das disciplinas regulares, o diferencial é que os alunos dos primeiros e segundos anos do Ensino Fundamental contam com aulas de robótica (livro gratuito, oferecido pelo DN do Sesi), xadrez e empreendedorismo. Além de aulas de inglês e educação física, ministradas por profissionais licenciados na área. É a primeira escola do Sesi no país 100% voltada ao dependente da indústria.

A Escola Sesi Belo Jardim já promoveu e participou de projetos educativos em parceria com as Secretarias Municipais de Educação e Meio Ambiente, em seu primeiro ano de atuação. A instituição visa integrar o conhecimento da sala de aula e ações para incentivar a prática dos alunos.

A Unidade foi destaque no Concurso Cultural e Digital “Maio Amarelo Kids”, promovido pela ZOOM education for life através da parceria com a empresa paulista Agnus Educação Tecnológica, no ano passado. O projeto também recebeu o apoio e o credenciamento da coordenadoria de educação do Detran-PE. “A chegada do Sesi à nossa cidade foi uma grande conquista e o nível de satisfação dos pais chega a 70%, classificando os nossos serviços como excelentes”, afirmou o gerente da Escola Sesi Belo Jardim, Ed-Eky Pires Dantas.

Hospital Mestre Vitalino abre processo seletivo para Cadastro de Reserva

O Hospital Mestre Vitalino (HMV) abriu processo seletivo para cadastro de reserva nas funções de auxiliar de farmácia, auxiliar de cozinha, copeiro (a), cozinheiro (a), porteiro, maqueiro e camareiro (a). Os interessados em participar da seleção devem encaminhar currículo para o email: rh.hmv@hospitalmestrevitalino.com.br até 06/06/2019, às 12h. No assunto do e-mail devem constar o nome completo do candidato e a função pleiteada. Esta etapa aferirá a experiência profissional de cada candidato após a sua respectiva formação e titulação correlata à função.

Após avaliação curricular, os candidatos aprovados passarão pelas etapas da prova escrita (de 10 a 12 de junho), entrevista e aplicação de testes psicológicos (de 14 a 17 de junho), todas as partes do processo são de natureza classificatória e eliminatória. O resultado final será divulgado pelo site institucional no dia 18 de junho www.hospitalmestrevitalino.com.br/index.php/editais.

A convocação dos candidatos para contratação (sob o regime da CLT) será realizada de acordo com a necessidade do serviço, observando-se a ordem de classificação. Por se tratar de cadastro de reserva, não há obrigatoriedade de contratação dos profissionais aprovados.

Lembrando que antes de se inscrever, os profissionais devem fazer a leitura completa do edital para verificar se atendem aos requisitos solicitados. O HMV fica localizado na avenida Amazonas 175, bairro Universitário, BR 104 – sentido Toritama.

SES abre inscrições para 120 vagas em curso de especialização

A Secretaria Estadual de Saúde (SES-PE), por meio da Escola de Governo em Saúde Pública de Pernambuco (ESPPE), está com inscrições abertas para o curso de especialização Lato Sensu em Saúde Pública, promovido em parceria com a Rede Brasileira de Escolas de Saúde Pública (RedEscola). Ao todo, estão sendo ofertadas 120 vagas para profissionais com curso superior em qualquer formação e que estejam trabalhando em áreas técnicas ou setores no âmbito da gestão estadual ou municipal do Sistema Único de Saúde (SUS) de Pernambuco. Os candidatos têm até o dia 16.06 para se inscrever no certame, exclusivamente pelo site http://ead.saude.pe.gov.br.

O processo seletivo será realizado em etapa única, com avaliação curricular dos candidatos. As vagas estão distribuídas entre o Recife, Garanhuns e Salgueiro, de acordo com as Gerências Regionais de Saúde (Geres) de atuação do candidato, onde as atividades presenciais ocorrerão. A formação, com três turmas, terá duração de 13 meses (304 horas de aula presencial e 76 horas de atividades de dispersão), com início previsto para o mês de agosto de 2019. As aulas, divididas em 12 módulos, além da defesa dos trabalhos de conclusão de curso (TCC), serão ministradas nos dias de quarta, quinta e sexta-feira, das 8h às 18h, uma vez por mês, nas respectivas sedes.

O aluno não poderá cursar a especialização em local diferente da sua turma de referência. Para a Região Metropolitana do Recife e Zona da Mata do Estado, com aulas no Recife, o discente deve atuar na I, II, III ou XII Geres. Para a formação com aulas no Agreste (em Garanhuns), a região de atuação do candidato deve ser IV, V ou VI Gerência. No Sertão, com aulas em Salgueiro, a área de atuação de trabalho do aluno deve ser na VII, VIII, IX, X ou XI Regional de Saúde.

O resultado preliminar do certame deve ser divulgado no dia 25.06. Os candidatos terão de 26.06 a 28.06 para interpor recursos ao resultado preliminar. O resultado definitivo será publicado no dia 03.07, com convocação para matrícula no mesmo dia. O edital está disponível no site da ESPPE (http://ead.saude.pe.gov.br/) ou no portal da SES-PE (http://portal.saude.pe.gov.br/).

A ESPECIALIZAÇÃO – O curso de especialização Lato Sensu em Saúde Público busca formar sanitaristas de acordo com as diretrizes norteadoras do SUS, comprometidos com a transformação das condições de saúde a partir da formação em serviço na rede pública de saúde, de forma regionalizada e interdisciplinar. A formação faz parte do projeto Nova Formação em Saúde Pública na Rede Brasileira de Escolas de Saúde Pública: uma Abordagem Interprofissional, que busca expandir a oferta dos cursos lato sensu da área da saúde pública no Brasil, contribuindo para que a qualificação das práticas profissionais e de organização do trabalho nas instituições de saúde estejam alinhadas com os princípios e normas do SUS.

Retomada obra da Adutora do Agreste em os municípios do Agreste

A obra da Adutora do Agreste ganhou um novo ritmo no trecho às margens das PE 270 e 300, além da BR-423, entre os municípios de Pedra e Iati, ambos no Agreste. A meta agora é tocar o empreendimento com agilidade, uma vez que a obra foi paralisada, no final de 2017, em virtude do encerramento do contrato vigente e da necessidade de ser realizado novo processo licitatório, além da indisponibilidade financeira de recursos por parte do Ministério do Desenvolvimento Regional. As máquinas e o assentamento das tubulações estão a todo vapor, conforme orientação do governador Paulo Câmara, para que a água proveniente dos poços de Tupanatinga cheguem aos 215 mil moradores dos municípios de Venturosa, Pedra, Buíque, Tupanatinga, Itaíba, Águas Belas e Iati.

Esse ramal da Adutora do Agreste, iniciado em junho de 2013, recebe investimento de R$ 42 milhões, recursos previstos no convênio celebrado entre o Ministério de Desenvolvimento Regional, órgão do Governo Federal e do Governo do Estado. No projeto original, essas cidades seriam beneficiadas com as águas do Rio São Francisco a partir do Ramal do Agreste, obra do governo federal que ainda não tem prazo para conclusão. “Para antecipar o uso das tubulações da Adutora do Agreste, a Compesa, por sugestão do governador, encontrou uma solução técnica para levar água para aquelas populações. Enquanto a água do Velho Chico não chega pelo Ramal do Agreste, a Compesa vai perfurar mais 16 poços em Tupanatinga, que somados aos quatro já existentes, vão produzir 200 litros de água por segundo”, explica o diretor Técnico e de Engenharia da Compesa, Rômulo Aurélio Souza. A previsão para finalizar esse trecho da Adutora do Agreste é de 12 meses, e os poços de Tupanatinga até abril de 2020.

Nesse trecho da Adutora do Agreste, serão assentados 38,4 quilômetros de tubulações, com diâmetros que variam entre 200 e 700 milímetros. Será construída uma Estação Elevatória, três reservatórios e três torres piezométricas, que são dispositivos de controle operacional das adutoras. A obra da Adutora do Agreste é o maior projeto hídrico em execução no Brasil, que vai integrar 68 municípios pernambucanos com o Rio São Francisco, além de mais de 70 distritos e localidades da região, beneficiando mais de 2 milhões de pessoas. A parte que está sendo executada é a primeira etapa e vai contemplar 23 cidades. No total, serão assentados 772 quilômetros, dos quais 550 quilômetros já foram assentados, perfazendo 67% da obra concluída. O valor do investimento da primeira etapa é de R$ 1,39 bilhão.

Segundo o diretor Rômulo Aurélio Souza, a segunda etapa da Adutora do Agreste ainda não foi conveniada e prevê o atendimento de mais 45 cidades. Para esta etapa, estima-se um investimento de R$ 1,8 bilhão, quando serão construídos 724 quilômetros de adutoras. “Apesar dos projetos técnicos estarem prontos, ainda não conseguimos formalizar o convênio que viabilizará a obra que será a redenção do Agreste, onde há períodos de seca extrema”, comenta o diretor Técnico e de Engenharia da Compesa. Ele adianta que essa etapa é um compromisso pactuado, em 2005, com o Governo Federal para Pernambuco apoiar a Transposição do Rio São Francisco.

A três horas de fim do prazo de validade, Senado aprova MP do pente-fino do INSS

A pouco mais de três horas do fim do prazo de validade, o Senado aprovou nesta segunda-feira (3) o texto da medida provisória (MP) que cria um pente-fino nos benefícios do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social).

O texto alterado pela Câmara foi aprovado por 55 a 12.

Os destaques para alterar o texto que haviam sido apresentados foram retirados por seus autores.

A versão aprovada pelo Legislativo segue para sanção presidencial.

A medida provisória é um dos pilares da reforma da Previdência, cujo principal projeto é uma PEC (proposta de emenda à Constituição) que endurece as regras para aposentadorias e pensões de trabalhadores da iniciativa privada e do setor público.

Com a MP, a equipe econômica espera economizar R$ 9,8 bilhões neste ano ao estabelecer regras mais rígidas para ter direito ao auxílio-reclusão, benefício pago ao dependente de presidiário; com os programas de combate a fraudes na Previdência Social e demais medidas previstas no texto.

Para construir um acordo que abriu caminho para a votação da MP, o secretário especial de Previdência e Trabalho, Rogério Marinho, e seus assessores foram ao Senado.

Na versão aprovada na Câmara, o trabalhador rural poderá fazer uma autodeclaração de atividade no campo, cuja veracidade será comprovada por órgãos públicos. Isso valerá apenas até 2023.

Depois, a autodeclaração não será mais aceita e o trabalhador rural terá que se inscrever no Cadastro Nacional de Informações Sociais (CNIS) para comprovar o tempo de serviço no campo e ter acesso ao benefício.

Pelo acordo feito, o Senado aprovou o texto vindo da Câmara e o governo se comprometeu a, no texto da reforma da Previdência, adotar um gatilho para que, se em cinco anos, não forem atingidos 50% de cadastrados, o prazo será automaticamente prorrogado, ainda não se sabe por quanto tempo.

Assim, a sessão para apreciação da MP começou, às 18h40, com 65 dos 81 senadores. Na hora da votação, estavam presentes 68 dos 81 senadores, quorum incomum no Senado para uma segunda-feira.

Rogério Marinho, e o presidente do INSS, Renato Rodrigues Vieira, ficaram no plenário durante toda a sessão.

Para passar um pente-fino no INSS, a MP prevê um bônus para servidores do INSS que fazem perícia em benefícios.

Essa força-tarefa, contudo, ainda não foi iniciada, pois, antes de pagar os bônus, o governo precisa de autorização do Congresso para incluir essa despesa no Orçamento, informou o INSS.

Mas, segundo Marinho, desde que está em vigor, a MP conseguiu um aumento de 1.400% na identificação de irregularidades.

O governo quer pagar entre R$ 57 e R$ 62 para servidores por cada processo concluído acima da média de revisão de benefícios.

Apesar do aumento de despesas com o bônus, o ministro Paulo Guedes (Economia) espera que a identificação de fraudes compense os gastos e, assim, haja uma redução nos desembolsos da Previdência.Além da revisão dos benefícios, a MP torna as regras de acesso ao auxílio-reclusão mais rígidas.

A medida assinada pelo presidente Jair Bolsonaro cria a exigência de 24 contribuições ao INSS para que ter direito ao benefício. Antes da MP, não havia essa carência.

Na Câmara, o governo também teve que ceder em outro item da medida provisória.

A equipe econômica queria permitir que bens da família fossem penhorados em caso de recebimento de benefícios indevidos ou em valor acima do devido. Essa possibilidade foi derrubada no plenário da Câmara.

O QUE FOI PROPOSTO E FICOU NA MP

– Criação do programa especial de análise de benefício com indícios de irregularidades e programa de revisão de benefícios por incapacidade; Isso, no entanto, ainda não saiu do papel, pois o bônus ao auditores, até agora, não foi aprovado no Congresso

– Revogação da possibilidade de comprovação de atividade no campo por meio de declaração do sindicato dos trabalhadores rurais

– Carência de 24 meses de contribuição ao INSS para ter direito a auxílio-reclusão

– Auxílio-reclusão passa a ser pago apenas para dependentes de quem está no regime fechado, e não mais no semi-aberto

– Preso em regime fechado não pode receber auxílio-doença

O QUE GOVERNO INCLUIU DURANTE ANÁLISE DO CONGRESSO E FOI APROVADO

– Quem recebe auxílio-acidente será obrigado a continuar contribuindo ao INSS para ter direito a aposentadoria, benefícios e deixar pensão a dependentes

– Filhos não terão direito a pensão em caso de tentativa de homicídio dos pais. O mesmo vale para outros dependentes, como cônjuges

– Proíbe instituições financeiras com acordos com a Previdência Social de fazer marketing direto – ligações, campanha de SMS – a beneficiários do INSS para divulgar opções de crédito pessoal e cartão de crédito

– Agressor terá que ressarcir despesas da Previdência Social com vítimas de violência doméstica

– Empresa terá que ressarcir despesas da Previdência Social com trabalhador acidentado ou doente em caso de negligência às normas de segurança e de higiene

O QUE FOI DERRUBADO NO CONGRESSO

– Exigência de carência integral para quem, após um período de informalidade, voltar a contribuir ao INSS, o que dificultava o acesso a auxílio-doença, salário-maternidade e aposentadoria por invalidez; Volta a regra anterior: precisa cumprir metade da carência

– Prazo de 180 dias para pedir salário-maternidade após nascimento do filho ou adoção; Volta a regra anterior: sem prazo para o requerimento

– Prazo de dez dias para apresentar defesa em caso de indícios de irregularidade; Volta a regra anterior: prazo de 30 dias para trabalhador urbano, mas cria o prazo de 60 dias para trabalhador rural

– Idoso carente tinha que abrir mão do sigilo fiscal para pedir o BPC (benefício assistencial); Volta a regra anterior: sem acesso aos dados bancários

– Possibilidade de penhora de bens em caso de recebimento de benefícios indevidos; Volta a regra anterior: os bens são impenhoráveis

PREVISÃO DE ECONOMIA EM 2019

R$ 9,8 bilhões

Folhapress

TSE cancela 2,5 milhões de títulos de eleitor; saiba como regularizar a situação

Apenas 4,5% dos eleitores que não votaram nem justificaram a ausência por três turnos seguidos aproveitaram o prazo concedido pela Justiça Eleitoral para regularização, encerrado em 6 de maio.Isso levou ao cancelamento de quase 2,5 milhões de títulos de eleitor, segundo dados divulgados pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral).

No estado de São Paulo, maior colégio eleitoral do país, 675 mil tiveram o título cancelado -o que equivale a 94% das pessoas que não justificaram a ausência em três turnos consecutivos. Menores de 18 anos e maiores de 70 não foram afetados porque não têm obrigação de votar.

Para conferir a situação do seu título de eleitor, basta entrar no site do TSE e informar nome completo e data de nascimento. Quem teve o documento cancelado precisa comparecer ao cartório eleitoral mais próximo e preencher um Requerimento de Alistamento Eleitoral.

É necessário levar comprovante de residência com data de até três meses e documento de identificação com foto (que pode ser RG, carteira de trabalho ou carteira profissional emitida por órgão criado por lei federal).

O eleitor em situação irregular também precisa pagar uma multa de R$ 3,51 por turno. Eleições suplementares -necessárias quando ocorre a cassação de um governante, por exemplo- também são consideradas.

Eleitores do estado de São Paulo devem agendar a visita pelo site do TRE-SP. Para agilizar o atendimento, o eleitor pode emitir e pagar o boleto bancário correspondente ao valor da multa. O número do título segue o mesmo, mas a pessoa recebe um novo documento. Em alguns estados, os títulos já estão sendo impressos em papel comum (sulfite), o que deve ser a regra assim que acabarem os estoques de papel-moeda.

Quem não resolver as pendências fica impossibilitado de tirar passaporte, CPF ou carteira de identidade. O Código Eleitoral também prevê outras penalidades, como a proibição de participar de concursos públicos, impossibilidade receber empréstimos de instituições financeiras públicas ou renovar matrícula em estabelecimento de ensino público.

MEU TÍTULO ELEITORAL FOI CANCELADO: O QUE FAZER?
Como confirmar se meu título foi cancelado?
A situação do seu título de eleitor pode ser verificada nos sites do TSE ou dos TRE (Tribunais Regionais Eleitorais) de cada estado. Em São Paulo, o eleitor também pode entrar em contato com a Central de Atendimento ao Eleitor do TRE-SP, no telefone 148

Como regularizar minha situação?
É necessário comparecer ao cartório eleitoral mais próximo pagar uma multa de R$ 3,51 por turno. Em São Paulo, o eleitor deve agendar a visita pelo site do TRE-SP

O que preciso levar?
Um documento oficial de identificação com foto e comprovante de residência com data de até três meses. Para agilizar o atendimento, verifique a possibilidade de imprimir e pagar antecipadamente o boleto referente à multa

O que acontece com meu título antigo?
Você receberá um documento impresso novo, mas com o mesmo número do título cancelado. Em alguns estados, os novos títulos de eleitor estão sendo impressos em papel comum (sulfite) e com QR Code

O que acontece se eu não regularizar meu título?
Quem não resolver as pendências fica impossibilitado de tirar CPF, RG e passaporte. Também não pode assumir cargos públicos, renovar matrícula em instituição de ensino pública, conseguir empréstimos em bancos públicos, dentre outras consequências previstas no Código Eleitoral

Folhapress