OPINIÃO: O tempo é outro

Por FERNANDO COLLOR DE MELO*

No parlamentarismo basta um desgaste agudo para o governo cair. Se não cair, fortalece-se. E a vida segue. No presidencialismo, ficamos atados ao mandato inteiro. Mesmo com a pior das crises, mesmo com a maior impopularidade ou incompetência que atinja o governo, há de se esperar o fim do mandato do presidente da República.

Mas nem sempre foi assim.

Além da renúncia, o remédio constitucional no presidencialismo é o impeachment. Mas é preciso haver crime de responsabilidade comprovado, ambiente político disposto, população mobilizada e interpretações jurídicas confluentes a um único objetivo.

Ainda assim é preciso cumprir um demorado e complexo rito legislativo, com todas as fases, prazos, recursos, quóruns e instâncias para garantir lisura do processo e ampla defesa. Do contrário, deixa de ser instrumento da lei maior e passa a ser uma “quartelada parlamentar”.

Aliás, assim já foi.

A dificuldade do processo mostra-se no mais recente e contundente caso de pedido de impeachment contra a atual presidente. O primeiro e elementar ato –leitura do pedido e despacho do presidente da Câmara para instalar a comissão especial– sequer aconteceu. E lá se vai quase um mês.

Depois, virão prazos para oitivas, defesa, relatoria, votação. Aprovado, o relatório vai a plenário, com discursos, debates e votações. Autorizada a abertura, o presidente é afastado e o processo segue para o Senado.

Começa novo e longo processo, agora para julgar.

Há exceções, claro. Às vezes, entre o pedido de impeachment e o afastamento bastam 28 dias.

Imperativo ainda é que todo o processo seja respaldado por sólida e consagrada base constitucional, legal, regimental. A menos que a suma Justiça altere pela terceira vez seu entendimento.

Ademais, as instituições precisam atuar com imparcialidade. Entidades representativas da sociedade também, assim como a mídia. Os fundamentos da democracia não admitem rito sumário, não apreciam a seletividade, não aceitam tribunais de exceção ou de inquisição. Muito menos, coadunam-se com a execração pública.

Mas nem sempre foi assim.

Não se pode também transfigurar suposto crime comum em eventual crime de responsabilidade, mesmo por interpretações genéricas. Não se devem inverter funções das instâncias decisórias. Não se podem reverter atos da vida particular, de um único agente privado, em atos de ofício do presidente da República, ainda que cercado por dezenas de atores públicos e partidários já presos.

O conceito do domínio do fato é recente e a omissão é um não ato relativo. Diante de um Estado paquiderme, ninguém se sustenta a uma rigorosa apuração nesse sentido. Há quem admita omissão após duas décadas. Há quem diariamente subverta a razão a seu discurso canhestro.

Nunca antes o Brasil viveu tantas crises paralelas, porém entrelaçadas. Nunca antes o país ficou sem matriz econômica. Nunca antes admitiu-se previamente um rombo orçamentário. Nunca antes a política se viu estagnada à espera de uma única cabeça pendurada.

Nunca antes os que se apoderaram privadamente de uma empresa a cirandaram contra sua privatização. Se, como dizem, as instituições estão funcionando, como chegamos a esse ponto?

Desconheço detalhes do dito atentado às leis orçamentária e à Lei de Responsabilidade Fiscal e, consequentemente, à probidade administrativa. Mas não acho que a presidente da República deva sofrer impeachment.

No máximo, seu crime é culposo. Ela é vítima da miopia progressista e da astúcia de seu criador.

E convenhamos, o tempo é outro. A quadra OAB-ABI-UNE-CUT tornou-se avestruz, Lima Sobrinho se foi, Lavenère mudou.

FERNANDO COLLOR, 65, senador (PTB) por Alagoas, foi presidente da República (1990-1992). Texto publicado originalmente na Folha de S. Paulo

Opinião: Reduzir o impacto das dispensas coletivas contribui com a imagem das empresas

Por Fabiano Zavanella 

O fraco desempenho da economia, inclusive com contração do PIB em 1,9%, de abril a junho,  confirmada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), tem feito com que as dispensas coletivas pelas empresas se tornem cada vez mais frequentes.  Embora não haja na legislação qualquer impedimento para as dispensas coletivas as empresas devem  observar a melhor forma de conduzir a  redução de seus quadros de empregados, recomenda Fabiano Zavanella advogado especializado em Relações do Trabalho e sócio do Rocha, Calderon Advogados e Associados.

As dispensas coletivas, explica o especialista, precisam ser motivadas e ter uma causa objetiva, ou seja, é necessário que a causa seja pontual e motivada por razão econômica, financeira, tecnológica ou análoga.

“Ainda que não haja uma trava legal aparente que proíba expressamente as dispensas coletivas, a Constituição Federal tem uma série de outras disposições que precisam ser observadas como a dignidade da pessoa humana, o valor social do trabalho e a importância dos sindicatos na negociação coletiva que devem ser levados em conta em momentos como esse”, esclarece.

Fabiano Zavanella diz que, uma vez demonstrado os problemas que justifiquem a dispensa de trabalhadores e as tentativas de preservar os empregos não tenham produzido os resultados esperados, a empresa deve verificar opções com o objetivo de diminuir o impacto das dispensas.

“A empresa, para sobreviver e cumprir sua função social, às vezes, precisa demitir e esse processo deve ser organizado junto ao sindicato para reduzir o impacto negativo e humanizar a situação para os trabalhadores”, defende lembrando um legado deixado com a dispensa coletiva do caso da Embraer, um marco na época, em que a Justiça estabeleceu que toda dispensa coletiva tem de ser precedida de negociação coletiva.

Para o especialista, a conduta confere à empresa que a adota maior credibilidade, transparência e preocupação com os seus parceiros e colaboradores o que “irá dar mais tranquilidade aos empregados que não foram dispensados e ainda motivá-los a dar o seu melhor para a mudança de cenário”. “Sem contar a possibilidade da redução de demandas judiciais”, conclui.

* Fabiano Zavanella é Consultor Jurídico, Mestre em Direito pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP). Pós graduado em Processo do Trabalho e Direito do Trabalho pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP). MBA em Direito Empresarial com extensão para Docência ao Ensino Superior pela FGV/SP. Sócio do Escritório Rocha, Calderon e Advogados Associados, Autor dos Livros” Flexibilização do Direito do Trabalho Negociado e Legislado”, “Dos Créditos Trabalhistas na Nova Lei de Falências” e “Dos Direitos Fundamentais na Dispensa Coletiva”. Professor universitário.

Coluna de Quinta: A origem da cantoria do repente.

Por Hérlon Cavalcanti 

O nordeste é rico em tudo, sua cultura alimenta seu povo e sua história. A cantoria de repente ou cantoria de viola é uma das artes mais fascinantes da cultura Brasileira.  É tantas variações de construir os versos na construção das estrofes usando o puro improviso, algo assim divino. A cantoria de repente hoje acompanhada pela viola brejeira, ou viola caipira, viola de 10 cordas ou de 12 cordas forma um casamento perfeito entre o som e a poesia.

A origem da cantoria de repente, surgiu com os trovadores na Idade Média, os árabes beberam nessa fonte com os trovadores provençais, advindo do canto amebeu Grego, que já era cultuado na área rural há, pelo menos, trinta séculos de hoje. O canto alternado reaparece, nas batalhas dos Jonglers, trouveros, Troubadours, Minesingers, na França, Alemanha, Flandres, sob o nome de tenson ou de Jeux-partis, diálogos contraditórios, declamados com acompanhamento de laúde ou viola, a viola de arco, avó da rabeca sertaneja.

No nordeste a força da literatura oral, nas rodas de poesias surge no meado do século dezenove com a presença dos primeiro cantadores e repentistas na serra do Teixeira Paraíba. Agostinho Nunes da Costa(1797-1852) e seus filhos Antônio Ugolino Nunes da Costa, Ugolino do Sabugi(Teixeira – 1832-1895), primeiro grande cantador brasileiro, e Nicandro Nunes da Costa(Teixeira – 1829-1918), o poeta ferreiro.

Com esses poetas andarilhos do tempo, foram sendo semeadas novas sementes poéticas, germinado nas cidades nordestinas com os encontros de contadores de histórias, poetas de gabinete (cordelistas), contadores de causos e os repentistas. Dai em diante, foi sendo travados bons duelos de improviso, acompanhados por vários instrumentos musicais como pandeiro rabeca e depois a viola.

De lá pra cá surgiram grandes cantadores de viola, verdadeiros gênios do improviso tais como; Inácio da catingueira, Romano da me d’água, Silvino Pirauá Lima, Bernardo Nogueira, Germano Alves, Pinto do Monteiro, os irmãos Batistas do Pajeú, Rogaciano Leite, Cancao, Faustino Vilanova, José Alves Sobrinho, Diniz Vitorino, Arrudinha, Heleno Severino, João Paraibano e os lendários poetas Zé Vicente da Paraíba e Aristo José dos Santos, sendo os primeiros poetas cantadores de viola a gravar um vinil de cantoria de repente em 1955 (todos em memoria).

Hoje a cantoria de repente está mais organizada, com congressos e encontros de cantadores, pé de parede, espalhados em todo país. Grandes nomes dessa geração configuram entre os melhores; Ivanildo Vilanova, Moacir Laurentino, Sebastiao Dias, Geraldo Amâncio, Valdir Teles, Os Nonatos, Raimundo Caetano, Edmilson Ferreira, Sebastião da Silva, Mocinha de Passira. Antônio Lisboa, Oliveira de Panelas, Hipólito Moura, João Lourenço, Louro Branco, João Furiba, Lorinaldo Vitorino, Raulino Silva entre outros.

Mais para cantoria de repente sobreviver, existem algumas regras que precisam ser obedecidas, a métrica (quantidade de silabas poéticas existentes em cada verso) rima (semelhanças da determinação das palavras que pode ser classificada em rima sonante e rima consoante), e oração (mensagem de cada estrofe).

Temos também versos (cada linha do poema), estrofes (conjunto de versos) e os gêneros que são cantados pelos poetas como; As sextilhas, os motes em sete e dez silabas, o quadrão perguntado, o mourão voltado e malcriado, coqueiro da Bahia, Galope a beira mar entre tantos outros.

Mais o que faz a cantoria de repente ser tão atrativa e resistir durante esse tempo todo no cenário cultural? A força dessa arte está na sua simplicidade, nas memorias, nos costumes, nas tradições, nas histórias do seu povo e no conhecimento.

Parabéns a todos(as) cantadores de repente e que esses professores do tempo permaneçam firmes cantando e tocando viola na dança boa da vida

Hérlon Cavalcanti é poeta, escritor e jornalista.

Opinião: A crise econômica

Por  Tiê Felix

É evidente que chegou-se a um ponto chave da história do Brasil contemporâneo. Embora toda o crescimento econômico da era Lula e toda a ilusão de uma suposta distribuição de renda, vê-se hoje que os comandantes do país são realmente incapazes de gerar uma verdadeira mudança social no Brasil. Mesmo com mudanças significativas o Brasil teve de pagar volumes de dinheiro em função da manutenção de privilégios dos mais diversos.

A busca violenta por enriquecimento fácil fez com que mesmo com um certo nível de políticas públicas por trás dos panos atividades danosas estavam minando a economia e por consequência a política. Os dados afirmam que 3 bilhões foram assaltados aos cofres públicos e que 2,5 % do PIB perdeu-se em pagamentos escusos somente no Petrolão.Não se conta nesta subtração os subsídios que o governo fez – que é justo – de forma indiscriminada, o que parece evidenciar a tradicional falta de planejamento.

Quem mais sofre com a situação que ai está são os  que estão em situação de risco social – a maioria no Brasil. Mesmo o bolsa família hoje não é mais do que um paliativo frente aos preços dos produtos básicos, da energia e do custo de vida que só vem aumentando. Os mais pobres novamente serão esquecidos numa boa oportunidade que o país tem para resolver suas pendencias sociais históricas.

Incumbe agora àqueles que recebem seus parcos salários e vivem à mercê das variações do mercado conterem-se do consumismo. É difícil já que de longa data o Brasil acreditou-se rico e de um ano para o outro as mentiras de um governo corrupto fez com que a mesa virasse drasticamente. A ética do brasileiro deve se adequar às novas condições econômicas impostas.

Não é para se ter esperanças, já que a quem nos governa pouco interessa distribuição e desconcentração de riqueza.

Sobre o montante do petróleo vide aqui

http://folhapolitica.jusbrasil.com.br/noticias/139140725/desvios-do-petrolao-seriam-equivalentes-a-33-mensaloes

Tiê Felix é professor

OPINIÃO: Ser jovem é, cada dia mais, um ato revolucionário!

Por JOSÉ FRANCISCO RODRIGUES NETO*

A luta juvenil tem sido cada vez mais árdua nos últimos tempos. A tentativa de subtrair os avanços adquiridos tem se tornado algo cotidiano e, com isso, nós, jovens, devemos nos fortalecer como tais, de maneira ainda mais intensa.

Tentam, a todo custo, diminuir a identidade que tantos e tantas jovens conseguiram durante anos de lutas por causa de fundamentalismos individuais.

Primeiro, viramos apenas força de trabalho. Colocar o jovem e a jovem em um subemprego é uma maneira de contemplar as Políticas Públicas de Juventude, uma vez que todos e todas têm as mesmas chances e oportunidades, logo, todo mundo pode ser bem-sucedido na vida. Mas, todo/a jovem é igual? Um ser de fácil molde que é só dar uma receita que ele seguirá à risca e o sucesso é garantido? Meritocracia é ótima… para quem usufrui dela.

Depois, todos nós viramos insanos e insanas em querer mudar isso. Arrisco-me a dizer que porcentagens altas de jovens ouviram respostas negativas e tiveram sonhos cortados pela raiz quando disseram aos pais e mães que queriam ser artistas, cantores e cantoras, dançarinos e dançarinas, artesãos e artesãs e, como resposta, tiveram sonoros “Vai arrumar algo que preste pra fazer!” ou “Isso lá dá dinheiro!” emendados em “Por que tu não inventa de estudar medicina que nem o filho de fulano?”. E assim potenciais construtores e construtoras de cultura em nosso país se iam e o Brasil se empobrecia.

Mais recentemente, nos tornamos marginais. Na verdade, marginalizaram tantos e tantas que certos representantes querem colocar para debaixo do tapete por não fazerem parte de sua “crença”. Preferem investir em presídios a escolas. Preferem achar que muitos são potenciais bandidos do que acreditar em potenciais cidadãos e cidadãs com condições de contribuir com seu lugar. Preferem tratar a violência como causa, não como consequência. Apesar de eles e elas dizerem que todos e todas poderão ser punidos e punidas com isso, sabemos aonde essa política de repressão chegará: pobre e que mora em periferia e, em sua maioria, preto. Não falo em discurso comum, mas em fatos.

Diante disso, dessas tomadas à força das conquistas de acesso à cultura, ao trabalho digno, à participação cidadã e tantos outros direitos, digo que ser jovem e ir de encontro a todo esse discurso de desconstrução é, sim, um ato revolucionário!
Certa vez, ouvi de um senhor que não deveríamos repercutir essa imagem de que a juventude é “coitadinha” por exigir demais direitos e que o mundo se “virou” muito bem antes disso.

Acho que ele não entendeu que o mundo avançou e muda dia a dia. Os sujeitos que antes eram invisibilizados, agora estão colocando a cara pra luta.

Os negros, que só eram considerados favelados, agora retomam seu lugar que, historicamente, foi usurpado. Gays, lésbicas, transexuais e bissexuais, que eram motivo de chacotas, agora estão na luta para uma sociedade mais justa. Os jovens e as jovens que são egressos e egressas de medidas socioeducativas, e que são tratados como detentores de pena perpétua pelo que fizeram, agora mostram que são dignos de estar nessa construção social. Os jovens e as jovens de religião de matriz africana se sentem orgulhosos e orgulhosas de sua identidade.

Bem, se estar junto com os e as jovens que a elite tentou invisibilizar ao longo de centenas de anos é ser coitadinho, muito prazer, aqui está mais um!

Encerro com a frase do grande professor Boaventura de Sousa Santos: “Temos o direito de ser iguais quando a nossa diferença nos inferioriza; e temos o direito de ser diferentes quando a nossa igualdade nos descaracteriza”.

*José Francisco Rodrigues Neto é gerente de Juventude da Prefeitura de Caruaru

Coluna de quinta: Alguns conceitos sobre a cultura

Por Hérlon Cavalcanti

A ideia é trazer reflexões sobre o papel que a cultura exerce seus direitos adquiridos, deveres e trazer para os leitores que a cultura não pode ser vista como despesas pelo poder publico ou promoventes de eventos, a cultura tem que ser vista como investimento. A cultura tem que ser entendida como politicas de estado.

Falar sobre cultura é falar de sonhos, perspectivas, realizações, frustações, e esperanças que de fato algo mude e que os seus fazedores de cultura, agentes culturais e artistas, possam ser respeitados e vistos de forma decente. A cultura como elemento sustentável. A cultura é tão forte que dá nomes de canais de TV, emissoras de Rádios, Jornais, Blogs, sites, Cinemas, ruas, Avenidas, Teatros, praças e por ai vai…

Então vamos para os conceitos sobre a cultura:

Definição sobre cultura!

Cultura significa cultivar, e vem do latim colere. A cultura contempla várias linguagens, como também as crenças, as tradições, os costumes, a moral, o conhecimento e todas as formas de expressão artísticas adquiridas pelo homem na sociedade.  Cultura na língua latina, tinha o sentido de cultivar a produção agrícola entre os Romanos. Ou seja, cultivar e preparar algo. Já sua definição no campo das ciências sociais, cultura é um conjunto de coisas, ideias, comportamentos, símbolos e práticas sociais, aprendidos de geração em geração.

Cultura popular!

O termo “cultura popular” surgiu no século XIX para classificar como uma cultura das classes mais baixas, da pobreza e do descaso social. A falta de valorização dos seus mestres e agentes culturais tenta passar para o publico a desclassificação da cultura popular como subcultura, às vezes até confundido as pessoas como  cultura de massa.

Cultura de massa!

Têm varias definições. Sua força está atrelada a indústria das grandes manifestações populares tais como: Radio TV, Cinema que promovem “grandes produções” e escondem seus conteúdos. A cultura de massa também pode ser vista como cultura Pop.

Cultura erudita!

A cultura erudita é produzida através de estudos, teorias e pesquisas pela evolução “intelectual”. A cultura erudita tem uma ligação muito forte com o capital viabilizando a elite e com a burguesia passando uma imagem falsa de cultura mais “requentada”. Isso não faz da cultura de elite ser melhor que a outras formas de cultura de jeito nenhum.

 Patrimônio cultural!

É toda forma de preservar algo, seja palpável ou não. São as grandezas de puder testemunhar através da forma oral, da memoria e das histórias do seu povo, ou através dos seus bens culturais existentes, as ricas tradições, os valores éticos e culturais envolventes através dos estudos, são fundamentais para se chegar às pesquisas e a preservação.

 O que é folclore!

O termo folclore vem do Inglês, ( folk que é gente ou povo e lore que significa conhecimentos. Toda essa forma de ver a cultura através das suas lendas, costumes, tradições, artesanatos, danças, religiosidade, dialetos entre outras formas expressivas culturalmente falando, reflete no conceito de folclore.

Incentivos financeiros para a cultura!

No campo das politicas públicas nacionais, muito são os incentivos fiscais, editais, recursos, programas e projetos voltados para área da cultura em todas as suas linguagens artísticas. Mesmo com alguns incentivos, muitos projetos não são contemplados por falta de capacitação e aprovação dos editais.

Como a cultura é vista pelos nossos representantes!

Um detalhe é que quase todos os nossos governantes em todas as esferas publicas seja municipal, estadual ou federal, não dão os verdadeiros valores merecidos para a pasta da cultura. Basta lembrar que o problema já vem de cima pra baixo. O governo Federal em abril cortou 33% do orçamento do MINC. O orçamento previsto para este ano era de R$ 1,39 bilhão e agora é de R$ 927 milhões. O orçamento do MinC caiu R$ 466 milhões. E Já se comenta nos bastidores que com a reforma administrativa do governo federal, o Minc pode perder mais recursos e até mesmo se fundir com o ministério do turismo. Como observamos cultura nesse país não é prioridade.

Para encerrar esse assunto vou recordar da frase do Metres escritor e pesquisador da cultura popular nascido no Rio Grande do Norte, Luiz da Câmara Cascudo quando perguntaram a ele o que era cultura? E ele assim respondeu! “É um conjunto de coisas aprendidas, é a vida em movimento”.

Opinião: A crueza brasileira

Por Tiê Felix

Tempos cruéis são estes que vivemos. Nem sequer mais falamos de uma suposta pobreza, essa foi vencida pelas “políticas públicas”. Nem sequer mais percebemos o nível de pobreza que chegamos em nosso país, sobretudo pela falta de respeito a lá classe média que se espalha por todos os lados. Estamos conservadores em um tempo que necessita de brusquidão.

Os intelectuais supostamente de esquerda estão entrincheirados em seus pensamentos equivocados e apaixonados. Defendem o partido que salvou o Brasil e depois o lançou novamente na estaca zero. Tenho pena quando vejo tantos ótimos estudiosos, pessoas de reconhecida competência se trocando por valores pífios em nome do governo que está ai.São meros reprodutores de uma ladainha ideológica já por demais cansada de tanto ser repetida. Acho que tais professores, intelectuais e jornalistas deveria procurar somente se opor ao injusto. Somente a verdadeira oposição, que é àquilo que se manifesta de forma injusta, é justa. Mas não, se limitam a trocar recadinhos pela internet, discussões acaloradas sem nenhuma importância, somente para manifestar sua suposta autoridade.

Muitas pessoas hoje não admitem a opinião contraditória simplesmente porque numa pátria analfabeta desacreditam do raciocínio dos outros. É por isso que o analfabetismo permite o autoritarismo, já que ele permite que uns se sobreponham aos outros em termos de desprezo pelo que se pensa. A suposta esquerda de hoje dá graças a Deus pela existência de gente pobre, porque se tais pessoas não existissem jamais teriam no que debater.

A grande maioria dos nossos intelectuais de esquerda hoje estão ocupando espaços de importância em termos de status e contradizem com isso suas posições. Quantos professores univesitários, defensores ferrenhos do partidão não recebem seus 20 mil por mês?

A injustiça começa daí.

Tiê Felix é professor

OPINIÃO: ‘Sou inocente…’

Por MAURÍCIO ASSUERO*

O que mais se ouve nas entrevistas feitas dos envolvidos nos escândalos (escolha qualquer um) é a frase “sou inocente, não há provas contra mim”. Quem usa desse bordão esquece, deliberadamente, que o fato de não ter provas não significa, nem significará nunca, presunção de inocência. Não ter provas pode ser fruto de um trabalho bem feito. Ser inocente é não cometer qualquer crime, qualquer ação à margem da lei. A falta de provas pode, realmente, livrar um acusado da cadeia, basta ver no caso do mensalão onde alguns foram condenados por formação de quadrilha e, devido aos embargos infringentes, foram inocentados porque as provas eram insuficientes, mas isso não dá a nenhum deles o direito de proclamar inocência. Foi uma interpretação da corte sobre o que, de fato, seria uma quadrilha e, por conta dessa interpretação, alguns tiveram suas penas reduzidas.
O fato mais lamentoso desse imbróglio todo é que o Congresso, na sua maioria, esqueceu o povo e, no afã de tomar medidas que prejudicam o governo, acaba prejudicando o povo. É, no mínimo, incoerente líderes de partidos criticarem os desmandos da Petrobras, o governo do PT etc. e fazerem conchavos para manter o presidente da Câmara, deputado Eduardo Cunha, no exercício do seu poder. Sob esta ótica, se ele pode, Dilma também pode, porque roubalheira não é uma questão relativa, ou seja, é bobagem dizer que fulano é mais ladrão do que sicrano. Tanto faz roubar R$ 1 como R$ 1 milhão.

O fato é que ninguém demonstra mais preocupação em salvar empregos. O programa de manutenção do emprego, até o momento, não disse a que veio. Baixar taxa de juros dos bancos públicos (Caixa e Banco do Brasil) para empresas que se comprometam a não demitir é fumaça para os olhos da população. No caso do Banco do Brasil, a instituição possui ações no mercado financeiro e os acionistas querem lucros, que não virão com essa política medíocre. Os juros altos existem por conta da necessidade de combater a inflação. Então, resolvendo a inflação, fica mais simples trabalhar com taxas de juros que atendam a expectativa do mercado. Isso não vai funcionar por decreto ou pela vontade absoluta do governo.

O governo fez a sua opção por políticas sociais (eleitoreiras), ao invés de implantar políticas favoráveis ao crescimento econômico. Incentivando a economia, haveria recursos para apoiar o social, agora não tem como mexer no social sob pena de causar um estrago ainda maior. Por essa razão, fornecedores de produtos e serviços do governo estão sem dinheiro para arcar com suas obrigações. A maioria deles é, de fato, inocente.

*Maurício Assuero é economista e professor da UFPE.

Coluna de quinta: Papa Francisco- um revolucionário da fé.

Por Hérlon Cavalcanti

13 de março de 2013, o mundo todo parou para assistir a posse do chefe da igreja católica o primeiro Papa Latino nascido na Argentina d. Jorge Mario Bergoglio o Papa Francisco. Com uma coragem incrível, e uma simplicidade no olhar, o Papa Jesuíta começou seu papado imprimindo seu modelo de gestão que vem chamando atenção do mundo todo  como lema ”O amor gratuito de Deus por nós”.

Seu primeiro questionamento como chefe da igreja Católica foi não usufruir de bens materiais, nem do luxo que o cerca. Ele começou a visitar refugiados no Sul da Itália e foi visto por varias vezes circulando na área pobre da periferia de Roma, ou mesmo almoçando junto aos trabalhadores do luxuoso Vaticano.

Na linha por mudanças, o papa criou o grupo de oito cardeais escolhidos para representar as diferentes realidades eclesiais no mundo. O chamado “Conselho de Cardeais”, que começou a elaborar a Reforma da Igreja, ou a reforma da Cúria Romana. O Papa defende o caráter sinodal, a ideia do caminhar juntos. Seu jeito de querer de fato uma reforma profunda na igreja começou a gerar incômodos dentro da cúpula do Vaticano quando ele criou a Secretaria da Economia para vigiar o Banco do Vaticano sobre todas as atividades econômicas e administrativas da Santa Sé e do Estado da Cidade do Vaticano, para evitar a lavagem de dinheiro de alguns padres, bispos, monsenhor e cardeais.

O Papa mostra aos 78 anos, que pretende acabar com as indulgências, um movimento que gerou objeto de compra e de venda e geraram enormes lucros para os Papas, para os cardeais e para os cofres vaticanos, uma espécie de bônus que facilita o perdão dos pecados e a entrada do pecador no paraíso.  Essa prática gerou a ruptura do teólogo e frade agostiniano Martinho Lutero com o papa Leão X. Se o papa conseguir acabar com as indulgencias entrará para a história do Cristianismo, em favor da unidade das igrejas cristãs.

Outro fato marcante do seu papado é quando traz para si a responsabilidade de abrir o debate que os homossexuais podem comungar nas missas e explica sua atitude dizendo: a Igreja condena o pecado, mas ama o pecador. Em seu documento “Evangelii Gaudium”, o grande pecado denunciado pelo papa é explorar o pobre, colocar o lucro acima da pessoa!

Outra grande polemica é os escândalos de pedofilia e a condenação dos padres pedófilos A Igreja indica “tolerância zero” para os religiosos pedófilos ele considera que eles devem responder por seus crimes junto à Justiça de seus países, como qualquer cidadão.  E o que dizer do celibato dos padres e a ordenação das mulheres casadas? Pois bem são pontos que vão mexendo com a estrutura física e moral da igreja católica.  O celibato vem desde século XII como obrigação para todos os padres. A ordenação das mulheres, o Papa diz que: “É necessário se fazer uma reflexão sobre o papel da mulher na Igreja. Na prática, ao longo da história, muitas mulheres agiram com autoridade dentro da Igreja, influenciando papas e redefinindo os rumos da história”.

O papa Francisco quebra paradigmas e abre o debate dentro da igreja com a ordenação de homens casados como acontece nas Igrejas Católicas Orientais e indo mais além com a intenção permitindo que os Padres se casem, e os homens casados em segunda união possam comungar livremente. O papa manda um recado direto para essas pessoas: a Igreja também é para você, venha e ocupe seu lugar;

O Papa marca a história mundial com adesão das Igrejas Católica Romana, Luterana e Anglicana, permitindo um acordo para o reconhecimento mútuo dos sacramentos do Batismo, da Eucaristia e do Matrimônio. Isso vai permitir que servo católico que se batizar na sua Igreja e depois converter-se à Igreja Anglicana, não precisará mais batizar-se em sua nova confissão. Uma revolução da força de um homem na tentativa da unificação da igreja católica que vem ao longo do tempo em todo mundo perdendo milhares de fieis.

E no campo da politica o Papa Francisco mostra ao mundo sua força na condução de aproximar dois países que durante 50 anos romperam ligações diplomáticas Cuba e EUA. O Papa Francisco preocupado com essa situação conversou com Barack Obama e Raúl Castro para tentar acabar com esse embargo econômico, e o mundo recentemente assistiu a um encontro histórico entre os dois presidentes que vão aos poucos se alinhando politicamente.

Por esses tantos motivos, o chefe da Igreja católica o Papa Francisco, marca a história como um grande revolucionário da fé.

Coluna de quinta: Papa Francisco- um revolucionário da fé

Por Hérlon Cavalcanti

13 de março de 2013, o mundo todo parou para assistir a posse do chefe da igreja católica o primeiro Papa Latino nascido na Argentina d. Jorge Mario Bergoglio o Papa Francisco. Com uma coragem incrível, e uma simplicidade no olhar, o Papa Jesuíta começou seu papado imprimindo seu modelo de gestão que vem chamando atenção do mundo todo  como lema ”O amor gratuito de Deus por nós”.

Seu primeiro questionamento como chefe da igreja Católica foi não usufruir de bens materiais, nem do luxo que o cerca. Ele começou a visitar refugiados no Sul da Itália e foi visto por varias vezes circulando na área pobre da periferia de Roma, ou mesmo almoçando junto aos trabalhadores do luxuoso Vaticano.

Na linha por mudanças, o papa criou o grupo de oito cardeais escolhidos para representar as diferentes realidades eclesiais no mundo. O chamado “Conselho de Cardeais”, que começou a elaborar a Reforma da Igreja, ou a reforma da Cúria Romana. O Papa defende o caráter sinodal, a ideia do caminhar juntos. Seu jeito de querer de fato uma reforma profunda na igreja começou a gerar incômodos dentro da cúpula do Vaticano quando ele criou a Secretaria da Economia para vigiar o Banco do Vaticano sobre todas as atividades econômicas e administrativas da Santa Sé e do Estado da Cidade do Vaticano, para evitar a lavagem de dinheiro de alguns padres, bispos, monsenhor e cardeais.

O Papa mostra aos 78 anos, que pretende acabar com as indulgências, um movimento que gerou objeto de compra e de venda e geraram enormes lucros para os Papas, para os cardeais e para os cofres vaticanos, uma espécie de bônus que facilita o perdão dos pecados e a entrada do pecador no paraíso.  Essa prática gerou a ruptura do teólogo e frade agostiniano Martinho Lutero com o papa Leão X. Se o papa conseguir acabar com as indulgencias entrará para a história do Cristianismo, em favor da unidade das igrejas cristãs.

Outro fato marcante do seu papado é quando traz para si a responsabilidade de abrir o debate que os homossexuais podem comungar nas missas e explica sua atitude dizendo: a Igreja condena o pecado, mas ama o pecador. Em seu documento “Evangelii Gaudium”, o grande pecado denunciado pelo papa é explorar o pobre, colocar o lucro acima da pessoa!

Outra grande polemica é os escândalos de pedofilia e a condenação dos padres pedófilos A Igreja indica “tolerância zero” para os religiosos pedófilos ele considera que eles devem responder por seus crimes junto à Justiça de seus países, como qualquer cidadão.  E o que dizer do celibato dos padres e a ordenação das mulheres casadas? Pois bem são pontos que vão mexendo com a estrutura física e moral da igreja católica.  O celibato vem desde século XII como obrigação para todos os padres. A ordenação das mulheres, o Papa diz que: “É necessário se fazer uma reflexão sobre o papel da mulher na Igreja. Na prática, ao longo da história, muitas mulheres agiram com autoridade dentro da Igreja, influenciando papas e redefinindo os rumos da história”.

O papa Francisco quebra paradigmas e abre o debate dentro da igreja com a ordenação de homens casados como acontece nas Igrejas Católicas Orientais e indo mais além com a intenção permitindo que os Padres se casem, e os homens casados em segunda união possam comungar livremente. O papa manda um recado direto para essas pessoas: a Igreja também é para você, venha e ocupe seu lugar;

O Papa marca a história mundial com adesão das Igrejas Católica Romana, Luterana e Anglicana, permitindo um acordo para o reconhecimento mútuo dos sacramentos do Batismo, da Eucaristia e do Matrimônio. Isso vai permitir que servo católico que se batizar na sua Igreja e depois converter-se à Igreja Anglicana, não precisará mais batizar-se em sua nova confissão. Uma revolução da força de um homem na tentativa da unificação da igreja católica que vem ao longo do tempo em todo mundo perdendo milhares de fieis.

E no campo da politica o Papa Francisco mostra ao mundo sua força na condução de aproximar dois países que durante 50 anos romperam ligações diplomáticas Cuba e EUA. O Papa Francisco preocupado com essa situação conversou com Barack Obama e Raúl Castro para tentar acabar com esse embargo econômico, e o mundo recentemente assistiu a um encontro histórico entre os dois presidentes que vão aos poucos se alinhando politicamente.

Por esses tantos motivos, o chefe da Igreja católica o Papa Francisco, marca a história como um grande revolucionário da fé.