Governo quer liberar até 40% do ensino médio a distância

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Congresso em Foco

O governo Michel Temer quer liberar até 40% da carga horária do ensino médio e até 100% da jornada da educação de jovens e adultos para ser realizada a distância. A mudança está prevista em resolução que atualiza as Diretrizes Curriculares Nacionais do Ensino Médio, à qual a Folha de S.Paulo teve acesso. O texto já teve uma primeira discussão no Conselho Nacional de Educação (CNE).

No caso do ensino médio, se as novas regras forem implementadas, os alunos poderão ter dois dias de aulas por semana fora da escola. A proposta causa polêmica. Para os defensores da medida, o ensino online permite a experimentação de novos recursos na educação. Já os críticos temem pela precarização do ensino nas redes públicas, que concentram 88% das matrículas da etapa.

Segundo a Folha, o Brasil tem 6,9 milhões de matrículas no ensino médio público. Em torno de 1,5 milhão dos jovens de 15 a 17 anos (14,6% do total) já abandonaram os estudos.

O aval para até 40% da carga a distância abriria margem também para atender situações de falta de professores, ressalta a reportagem. A minuta das novas diretrizes curriculares foi apresentada no CNE no dia 6 pelo presidente do conselho, Eduardo Deschamps, e pelo diretor do Senai, Rafael Lucchesi, relator da proposta.

“Na minha opinião, não estamos falando de ensino fundamental, mas do médio. Se não criarmos mecanismos, vamos continuar com problemas de atendimento e perder oportunidades de uso”, disse Deschamps à Folha.

Cesar Callegari, também do CNE, critica a adoção da medida e cobra uma discussão aprofundada sobre o assunto com docentes e estudantes. “Recursos a distância devem servir como complemento, jamais em substituição de professores e da escola como local de vivência presencial”.

Caixa vai reduzir juros de financiamento com recursos da poupança

Correio Braziliense

A Caixa Econômica Federal irá reduzir as taxas de juros de financiamento imobiliário com recursos da poupança. O presidente da instituição, Gilberto Occhi, afirmou, na segunda-feira (19/3), em um evento no Rio de Janeiro, que o conselho do banco está estudando a movimentação do mercado e deve alinhar suas taxas. O balanço sairá até semana que vem.

Segundo o presidente, foi observada uma atração na demanda do mercado, à medida em que os bancos privados anunciaram a redução em suas taxas. De acordo com a Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip), a Caixa perdeu liderança no financiamento imobiliário nas linhas de créditos com recursos da poupança e foi ultrapassada por concorrentes pelo terceiro mês seguido.

No entanto, Occhi revelou que o balanço da instituição será o melhor da história do banco e, pela primeira, vez será melhor do que o desempenho do Banco do Brasil. Segundo ele, os dados positivos foram resultados de ajustes, redução de custos e melhorias na eficiência do banco.

De acordo com o presidente da instituição, a Caixa tem um orçamento para 2018 de R$ 82,1 bilhões de investimentos habitacionais no país. Desse total, cerca de R$ 58,8 bilhões virão do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), R$ 12,7 bilhões do Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE) e, o restante, de outras fontes.

Ele afirmou que a meta da Caixa é financiar cerca de 650 mil novas unidades habitacionais nos próximos anos, especialmente do programa governamental Minha Casa Minha Vida. Occhi disse que avalia com o governo a criação de um complemento à caderneta de poupança no financiamento do crédito imobiliário, a Letra Imobiliária Garantida (LIG).

Marielle Ministério muda versão de Raul Jungmann sobre roubo de munição usada na execução de Marielle

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O Ministério Extraordinário da Segurança Pública divulgou nota, na segunda-feira (19), mudando a versão dada pelo ministro da Justiça, Raul Jungmann, sobre a munição de propriedade da Polícia Federal encontrada na cena dos assassinatos da vereadora Marielle Franco (Psol-RJ) e do motorista Anderson Gomes. Segundo Jungmann, as balas, que pertenciam à Polícia Federal e vieram de lote que foi usado em chacinas, foram furtadas em uma agência dos Correios no estado da Paraíba, em julho do ano passado.

No texto, a pasta diz que “o ministro não associou diretamente o episódio da Paraíba com as cápsulas encontradas no local do crime que vitimou a vereadora e seu motorista”, e afirma que Jungmann apenas “explicou que a presença dessas cápsulas da PF no local pode ter origem em munição extraviada ou desviada” (nota abaixo na íntegra). A munição utilizada na execução de Marielle e do motorista pertence a um lote comprado pela Polícia Federal de Brasília em 2006.

“Essa munição foi roubada na sede dos Correios, pela informação que eu tenho, anos atrás, na Paraíba. E a Polícia Federal já abriu mais de 50 inquéritos por conta dessa munição desviada. […] Eu acredito que essas cápsulas que foram encontradas na cena do crime, este bárbaro crime, foram efetivamente roubadas. E, também, têm a ver com a chacina de Osasco [município da região metropolitana de São Paulo]. A Polícia Federal está fazendo todo seu rastreamento, levantando todos os dados, e vai apresentar muito em breve as conclusões às quais chegou”, declarou o ministro na última sexta-feira (16).

No mesmo dia em que Jungmann deu a declaração, o comando nacional dos Correios também se manifestou por meio de nota para contrariar as declarações do ministro. Segundo a instituição, as agências dos Correios não despacham munição e materiais similares por meio dos métodos tradicionais de envio de correspondência e cargas, exceto por imposição de legislação específica.

“O ministro não associou diretamente o episódio da Paraíba com as cápsulas encontradas no local do crime que vitimou a vereadora e seu motorista. O ministro citou os episódios da Paraíba e da superintendência do Rio, esta em 2006, como exemplos de munição extraviada que acabam em mãos de criminosos”, afirma o texto do Ministério.

A nota divulgada nesta segunda-feira, por sua vez, informa que houve um arrombamento na agência dos Correios de Serra Branca, na Paraíba, em 24 de julho de 2017, e que ali foram encontradas cápsulas do mesmo lote.

Leia o texto na íntegra:

“Sobre a declaração do ministro Raul Jungmann a respeito de munição de propriedade da Polícia Federal encontrada na cena dos assassinatos da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes, o Ministério Extraordinário da Segurança Pública esclarece:

1. A Polícia Federal instaurou o inquérito policial 1909/2017 na delegacia de Campina Grande para apurar o arrombamento à Agência dos Correios de Serra Branca/PB ocorrido em 24/07/2017;

2. O arrombamento foi seguido de explosão do cofre de onde foram subtraídos objetos e valores. Na cena do crime a PF encontrou cápsulas de munições diversas, dentre elas do lote ora investigado;

3. O ministro não associou diretamente o episódio da Paraíba com as cápsulas encontradas no local do crime que vitimou a vereadora e seu motorista. Explicou que a presença dessas cápsulas da PF no local pode ter origem em munição extraviada ou desviada e informou que há outros registros de munição da Polícia Federal encontradas em outras cenas de crime sob investigação;

4. O ministro citou os episódios da Paraíba e da superintendência do Rio, esta em 2006, como exemplos de munição extraviada que acabam em mãos de criminosos;

5. A Polícia Federal prossegue no rastreamento de possíveis outros extravios“.

Psol vai denunciar Fraga por divulgar informações falsas sobre Marielle

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Correio Braziliense

O PSol prepara representação no Conselho de Ética da Câmara contra o deputado federal (DEM-DF) Alberto Fraga por ter divulgado informações falsas sobre a vereadora Marielle Franco, assassinada na última quarta-feira, no Rio de Janeiro. Na sexta-feira, em uma rede social, Fraga descreveu Marielle como o “novo mito da esquerda”. Em uma outra postagem, espalhava mentiras sobre gravidez, uso de drogas e aliança com o tráfico.

O PSol e parentes da vereadora morta iniciaram uma mobilização para coletar provas e denunciar pessoas que têm utilizado as redes sociais para difamação e compartilhamento de notícias falsas sobre Marielle. Até domingo, o grupo havia recebido mais de 11 mil denúncias. A assessoria de Fraga disse que ele caiu nas fake news, não checou a veracidade da informação, “reconheceu o erro”, retirou a postagem e vai continuar trabalhando em prol da sociedade. As contas em redes sociais do deputado foram retiradas temporariamente do ar, mas devem ser restabelecidas ainda nesta semana.

O PSol também entrará com representação contra a desembargadora Marília Castro Neves, do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, no Conselho Nacional de Justiça (CNJ), depois de a magistrada ter alegado que a vereadora Marielle Franco, morta na última quarta-feira, tinha laços com o crime organizado. Até o fechamento desta matéria, a reportagem não conseguiu contato com a desembargadora.

Líderes do PT na Câmara, os deputados Paulo Pimenta (RS) e Wadih Damous (PT-RJ) protocolaram ontem representação na Procuradoria Federal dos Direitos do Cidadão contra Fraga.Os deputados afirmam na petição que não houve um pedido formal de desculpas de Fraga e pedem que o parlamentar seja obrigado a se retratar perante os eleitores de Marielle. “O discurso do ódio no Brasil tem não apenas ferido a honra e a dignidade de pessoas e grupos sociais, como produzido dor, sofrimento e levado à morte. Embora não seja um fenômeno recente na história é perceptível, infelizmente, o seu crescimento, notadamente estimulado pelo uso de instrumentos de comunicação de massa como as redes sociais”, argumentam os petistas.

Segurança

Está prevista para hoje a votação do pacote de segurança que cria o Sistema Único de Segurança Pública (Susp). A proposta regula a forma de integração de dados e ações estratégicas entre os órgãos de segurança pública. O relator da matéria é Fraga. Para Rodrigo Garcia, líder do DEM, a polêmica envolvendo Fraga não atrapalhará a aprovação do pacote. “Não se pode misturar as coisas. O Susp é um tema importante para o Brasil e não deve ser impactado por esse assunto (fake news), que está encerrado.”

Polícia descarta envolvimento de dono de carro apreendido em morte de Marielle

Folhapress

O dono do veículo suspeito de ter sido usado por criminosos no assassinato da vereadora Marielle Franco (PSOL), no Rio de Janeiro, apreendido na cidade mineira de Ubá na madrugada do domingo (18), foi localizado e ouvido pela polícia. Segundo a Polícia Civil de Minas Gerais, a princípio seu envolvimento no crime foi descartado. Só um laudo pericial confirmará, porém, se seu carro foi usado no assassinato de Marielle e do motorista Anderson Pedro Gomes.

O carro de Marielle foi atingido por nove tiros na noite de quarta (14), em ação que a polícia acredita ter sido premeditada. Ela levou quatro tiros e Anderson, três. Uma assessora que também estava no veículo não foi atingida. Imagens de câmeras de segurança divulgadas no sábado (17) mostram dois carros de cor prata seguindo o veículo de Marielle, que participava de um evento na Lapa. Assim que a vereadora partiu, um veículo que estava estacionado logo atrás começou a sair da vaga. Antes, deu seta e deixou outro carro, que pode ser o segundo envolvido, passar.

O veículo da vereadora seguiu por quatro quilômetros até o Estácio, na região central da cidade, até ser interceptado pelos criminosos por volta das 21h30.

Entenda o caso
A vereadora Marielle Franco (PSOL), 38, foi morta na noite de quarta (14) na zona norte do Rio. Ela e o motorista do carro em que estavam foram baleados e ambos morreram. Uma assessora que a acompanhava sobreviveu. Ela voltava do evento “Jovens Negras Movendo as Estruturas”, uma roda de conversa na Lapa (centro), quando foi interceptada pelos criminosos.

A vereadora era aliada de Marcelo Freixo, que ficou em segundo lugar na eleição para prefeito do Rio. Segundo ele, nem o partido nem a família de Marielle sabiam de ameaças contra ela. A morte ocorreu no momento em que a intervenção federal na segurança pública do Rio completa um mês. A medida, inédita, foi anunciada pelo presidente Michel Temer (MDB) em 16 de fevereiro, com o apoio do governador Luiz Fernando Pezão, também do MDB.

Temer nomeou como interventor o general do Exército Walter Braga Netto. Ele, na prática, é o chefe dos forças de segurança do estado, como se acumulasse a Secretaria da Segurança Pública e a de Administração Penitenciária, com PM, Civil, bombeiros e agentes carcerários sob o seu comando.

O Rio de Janeiro passa por uma grave crise política e econômica, com reflexos diretos na segurança pública. Desde junho de 2016, o estado está em situação de calamidade pública e conta com o auxílio das Forças Armadas desde setembro do ano passado. Não há recursos para pagar servidores e para contratar PMs aprovados em concurso. Policiais trabalham com armamento obsoleto e sem combustível para o carro das corporações. Faltam equipamentos como coletes e munição.

A falta de estrutura atinge em cheio o moral da tropa policial e torna os agentes vítimas da criminalidade. Somente no ano passado 134 policiais militares foram assassinados no estado.

Policiais, porém, também estão matando mais. Após uma queda de 2007 a 2013, o número de homicídios decorrentes de oposição à intervenção policial está de volta a patamares anteriores à gestão de José Mariano Beltrame na Secretaria de Segurança (2007-2016). Em 2017, 1.124 pessoas foram mortas pela polícia. Em meio à crise, a política de Unidades de Polícia Pacificadora ruiu -estudo da PM cita 13 confrontos em áreas com UPP em 2011, contra 1.555 em 2016. Nesse vácuo, o número de confrontos entre grupos criminosos aumentou.

Apesar da escalada de violência no Rio, que atingiu uma taxa de mortes violentas de 40 por 100 mil habitantes no ano passado, há outros estados com patamares ainda piores. No Atlas da Violência 2017, com dados até 2015, Rio tinha taxa de 30,6 homicídios para cada 100 mil habitantes, contra 58,1 de Sergipe, 52,3 de Alagoas e 46,7 do Ceará, por exemplo.

Novo Protocolo garante tratamento de hepatite C

Todos as pessoas diagnosticados com Hepatite C contarão com tratamento gratuito no Sistema Único de Saúde (SUS), independentemente do dano no fígado. A atualização do Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas das Hepatites Virais foi publicada no Diário Oficial da União desta quinta-feira (15/3). A ampliação da assistência faz parte da estratégia do Ministério da Saúde que visa atingir a meta de eliminar a enfermidade até 2030.

A universalização do tratamento foi anunciada ano passado pelo ministro da Saúde, Ricardo Barros, durante a abertura da Cúpula Mundial de Hepatites 2017 – World Hepatitis Summit. O evento reuniu Ministros da Saúde, especialistas em saúde pública e ONGs para discutir a eliminação das hepatites virais em todo o mundo.

“Este é mais um passo que o Brasil dá para garantir amplo acesso ao tratamento de hepatites, compromisso assumido por esta gestão” enfatizou o ministro Ricardo Barros. A expectativa é tratar 657 mil pessoas nos próximos anos para hepatites virais. No caso da hepatite C, a expectativa é ofertar tratamento para mais 50 mil pessoas neste ano.

O novo documento atualiza a ampliação do tratamento, diminuindo o tempo e melhorando a qualidade da assistência, na medida em que proporciona menos efeitos colaterais. Com o novo protocolo, o Ministério amplia o tratamento a todos os pacientes, permitindo inclusive alternativas para aqueles que não tiverem obtido a resposta virológica em tratamentos anteriores.

O protocolo também traz novas indicações de tratamento, como nos casos de coinfecção hepatite B e C que serão priorizados, independente do grau de fibrose; ampliação do acesso aos pacientes com Hemoglobinopatias e outras anemias hemolíticas, hemofilia e outras coagulopatias hereditárias que acentuam a evolução da lesão hepática.

Acesse a Campanha

NOVOS MEDICAMENTOS
Também foi publicada hoje no Diário Oficial, a incorporação de novas de terapias para Hepatite C com genótipo 1 e 4, que inclui os medicamentos elbasvir + grazoprevir e ledispavir + sofosbuvir. Além de serem drogas com a mesma eficácia, são mais modernas e provocam menos efeitos colaterais. A incorporação também impacta na ampliação da oferta, já que, de acordo com as avaliações realizadas pela Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no SUS (CONITEC), esses medicamentos possuem custo menor.

Também foram incorporados métodos não invasivos para avaliar fibrose e indicação de tratamento imediato: APRI e FIB4 como primeira escolha. Antes era necessário biópsia hepática ou elastografia que comprovassem o grau de fibrose F3 ou F4 ou F2 há mais de 3 anos.

O novo protocolo possibilita também o tratamento para casos recém-diagnosticados com doença hepática avançada. Antes era necessário que o paciente apresentasse duas cargas virais com intervalo de 6 meses para que comprovasse a hepatite crônica , independente do grau de fibrose. Outra novidade é a extensão do tratamento de 12 para 24 semanas para os casos de Genótipo 3 com cirrose. Isso se deu devido aos resultados insatisfatórios do tratamento de 12 semanas.

Também são indicados ao tratamento, pacientes F2 diagnosticado por elastografia há mais de 3 anos. Antes, o paciente portador de lesão hepática fibrose F2 tinha acesso ao tratamento caso apresentasse biópsia há mais de 3 anos. Atualmente o paciente que tiver o diagnóstico de F2 através da elastografia também terá acesso ao tratamento. Outra indicação contemplada no novo protocolo são os portadores de genótipo 5 e 6. Não havia até 2015 – data do último protocolo – casos identificados do genótipo 5 e 6 no nosso Sistema de Gerenciamento de Ambiente Laboratorial (GAL).

Ministério inicia Campanha de Prevenção de Acidentes do Trabalho

O adoecimento ocupacional e as quedas do trabalho em altura serão o foco da Campanha Nacional de Prevenção de Acidentes do Trabalho (CANPAT), que será realizada pelo Ministério do Trabalho em todo país a partir de abril. “A novidade para 2018 é que, diferente dos anos anteriores, a campanha se estenderá por todo o ano, com o intuito de firmamos uma cultura de prevenção contínua contra acidentes do trabalho”, ressaltou o ministro interino do Trabalho, Helton Yomura, que participou na segunda-feira (19), em Brasília, de reunião sobre o tema com vários parceiros do governo e da sociedade civil.

Yomura destacou que o Ministério vai realizar eventos em todos os estados, com foco em datas específicas, como o 1º de maio, o Dia D de Inclusão de Pessoas com Deficiência e outras datas importantes para a Inspeção do Trabalho, como o Dia Nacional de Prevenção de Acidentes do Trabalho (27/07) e o Dia Nacional de Segurança e Saúde nas Escolas (10/10). “Queremos o engajamento de todos para que consigamos alcançar as metas e atividades previstas na campanha este ano”, enfatizou.

A diretora do Departamento de Saúde e Segurança do Ministério do Trabalho, Eva Patrícia Gonçalves Pires, chama a atenção para os dados da Organização Internacional do Trabalho (OIT) demonstrando que as incapacitações e danos à integridade física dos trabalhadores decorrentes de acidentes e doenças do trabalho representam 4% do PIB, o que ultrapassa o valor de R$ 200 bilhões /ano somente no Brasil.

“A Canpat 2018 foi pensada de forma coletiva, junto com instituições apoiadoras, sejam parceiros institucionais ou associações relacionadas aos profissionais. Contamos ainda com o apoio de confederações de empregadores e centrais de trabalhadores, além de profissionais da área de segurança e saúde no trabalho no país”, salientou a diretora.

Entre as várias ações desenvolvidas na campanha deste ano, serão realizados estudos e diagnósticos envolvendo questões de segurança e saúde, a exemplo de acidentes e adoecimentos, temas da campanha. Dados da OIT de 2013 mostram que, do total de acidentes e doenças do trabalho observados em outros países, as doenças ocupacionais representam, em média, 84% desse número.

Já no Brasil, o número de Comunicações de Acidentes de Trabalho – CAT correspondentes a doenças ocupacionais é inferior a 2% do total, o que remete à necessidade de uma real verificação e estudo da questão. “Isso não quer dizer que os trabalhadores não adoecem, mas sim que os números, seja em vista da grande subnotificação e pela invisibilidade da doença do trabalho, não estão refletindo a realidade”, explica Eva.

Segundo a diretora, acidentes com trabalho em altura são frequentes e muitos prejudiciais no Brasil, tanto que o fato motivou a publicação de uma norma específica em 2012: a Norma Regulamentadora nº 35. “Mesmo assim, quedas de trabalho em altura ainda persistem em segundo lugar em óbitos por acidentes do trabalho típicos com CAT registrada, o que justifica a urgência em massificar o tema”, avalia.

Estratégia – Durante a campanha de 2018, o Ministério pretende publicar diversos materiais que serão distribuídos, como cartilhas sobre trabalho em altura e a NR-35, direcionado a pequenas empresas; cartilha sobre manutenção em fachadas; manual consolidado explicativo sobre a NR-35; Guia de Procedimentos da Inspeção do Trabalho (Manual de Fiscalização do trabalho em altura) e ainda cartilha sobre adoecimento ocupacional, que buscará orientar trabalhadores e empregadores sobre o tema.

Além disso, serão produzidos cartazes, banners e folhetos, que serão distribuídos pelas Superintendências Regionais nos estados e também por meio digital, numa extensa divulgação do tema nas redes sociais e nos sites dos parceiros. No link da Escola Nacional da Inspeção do Trabalho, via página do Ministério, todo o material da campanha estará livre para download ao público em geral.

A Canpat 2018 será iniciada em abril e finalizada só em outubro. Nesse período, o Ministério vai realizar vários eventos em todo país. “Entre os eventos estão previstos a realização de palestras de conscientização para país e alunos nas escolas, o lançamento do Prêmio de Frase e de Redação Escolar relacionados à Prevenção de Acidentes do Trabalho, destinados aos estudantes do ensino fundamental e médio e, paralelamente, a realização de operativos de fiscalização e seminários estaduais sobre conscientização”, frisou.

“Todo dia é dia de luta para mulher”, afirma Laura

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Ao falar no ato de premiação do concurso literário para mulheres idosas, na segunda, 19, à tarde, para um público feminino de 2 mil pessoas, Laura Gomes, líder da bancada do PSB na Alepe, enalteceu a capacidade de superação das participantes e observou que “além da vitória desse momento outras conquistas serão obtidas porque todo dia é dia luta da mulher em busca do respeito à sua dignidade embora seja longo o caminho a percorrer até vivermos tempos de igualdade para todos e todas”.

O concurso foi promovido pela Secretaria Estadual da Mulher, em parceria com entidades da sociedade civil, mobilizando mulheres acima dos 60 anos em todo o Estado. A premiação foi prestigiada pela secretária da Mulher, Sílvia Cordeiro, pelo governador Paulo Câmara e ocorreu no Teatro Guararapes, premiando dez concorrentes nas categorias de conto e poesia.

A deputada também observou que o prêmio, denominado Anita Paes Barreto, homenageou uma educadora de “sensibilidade social”, ex-secretária de Educação de Arraes e que foi presa na Ditadura acusada de subversão. Para Laura Gomes isso denota as históricas barreiras ao empoderamento feminino, que, todavia, não impediram conquistas e ações afirmativas. “Não serão assassinatos covardes, preconceitos, discriminações e violências morais e físicas que impedirão nossa marcha no rumo de um mundo melhor e mais justo”, declarou a socialista.

Museu Itinerante chega em Caruaru

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Com o objetivo de difundir a arte e a história de Pernambuco, o projeto Um Museu Itinerante, apoiado pelo FUNCULTURA, está em sua segunda edição levando cultura para o interior do Estado. O público poderá conhecer um pouco do rico acervo da coleção de obras do Museu do Estado de Pernambuco – MEPE, por meio de reproduções fotográficas das principais obras presentes no Museu, além de vídeo.

No período de 20 de março a 1º de abril, o projeto ficará no Museu Memorial de Caruaru. Antes, a exposição passou pelas cidades de Goiana e Limoeiro. O encerramento da segunda edição do projeto acontece em Recife, no próprio Museu do Estado de Pernambuco, em Recife, de 04 a 15 de abril.

“Expandir o acesso do público ao acervo do Museu do Estado de Pernambuco é um dos desafios desse projeto e acredito que estamos conseguindo realizá-lo com muito êxito. As pessoas têm recebido a exposição com muito interesse, ampliando seus conhecimentos sobre a história e a cultura do nosso Estado”, explica o produtor cultural e coordenador da exposição, Otavio Barros.

O público poderá conhecer um pouco mais da história do Estado, sua memória e arte, além das relações através do tempo com outras culturas. O material da exposição é composto por reproduções fotográficas de peças do acervo físico do MEPE, além de apresentação em vídeo com o histórico do MEPE e suas coleções e a produção de um catálogo e cartilha (exemplares também em braile) para auxiliar professores no trabalho de arte educação.

A primeira edição do projeto “Um Museu Itinerante” ocorreu em 2009, também incentivado pelo FUNCULTURA, onde percorreu seis municípios (Surubim, Gravatá, Caruaru, Jaboatão do Guararapes, Igarassu e Recife), contemplando cerca de 10 mil visitantes, realizando capacitação dos professores e extensão do trabalho educativo nas escolas estaduais.

ACERVO – Atualmente, a coleção do Museu do Estado de Pernambuco – MEPE, considerada um referencial para a arte e a história pernambucana, é composta por mais de 15 mil peças, divididas nas seguintes coleções: Carlos Estevão de Oliveira (arqueologia, arte indígena e etnográfica), Liceu de Artes e Ofícios (mobiliário estilo pernambucano), Brás Ribeiro (arte decorativa), Lívio Xavier (ex-votos), Afro-brasileira, Iconografia pernambucana e a de pinturas e desenhos enriquecida através dos Salões de Arte de Pernambuco.

Armando destaca trabalho de Mendonça à frente do MEC

SENADOR ARMANDO MONTEIRO EM ALMOÇO/REUNIAO NA FIEPE

Ao participar do projeto “FNDE em Ação”, iniciativa do Ministério da Educação (MEC), no município de Gravatá, na segunda-feira (19), o senador Armando Monteiro (PTB-PE) destacou o trabalho realizado pelo ministro Mendonça Filho à frente da pasta. Armando listou iniciativas realizadas durante a gestão de Mendonça no MEC, como a reforma do Ensino Médio, a mudança na Base Nacional Curricular, entre outras ações. No evento, que reuniu diversos prefeitos, o ministério anunciou a liberação de R$ 85 milhões para a construção de escolas, creches, quadras, mobiliário, equipamentos e aquisição de novos ônibus escolares.

“Hoje há uma compreensão no Brasil de que o maior desafio é o da educação. Qualquer que seja a dimensão da vida do País, seja na área social ou econômica, nós vamos encontrar sempre na raiz desses problemas a questão da educação”, afirmou Armando Monteiro. O senador pernambucano também ressaltou o trabalho desenvolvido pelo MEC em Pernambuco, ao estabelecer parcerias com municípios para o desenvolvimento da educação em todas as regiões do Estado.

“Eu sou testemunha de que todos os pleitos que dizem respeito a Pernambuco, de todos os atores políticos, independentemente de partidos, o ministro sempre teve a compreensão de essa é uma agenda suprapartidária. E a todos acolhia, recebia e dava posição. Você, Mendonça, fez muito por Pernambucano. Fez parcerias com os municípios e com o governo do Estado. Esse grande encontro foi um tributo e justo reconhecimento ao trabalho que realizou”, encerrou.