Integração Nacional ampliou em mais de 245% os investimentos na Adutora do Agreste

Desde o início do governo Temer, o Ministério da Integração Nacional ampliou em 245% a média mensal de repasses financeiros para a Adutora do Agreste, em Pernambuco. Só entre os meses de junho e dezembro do ano passado, os investimentos federais em uma das maiores obras hídricas em execução no Brasil somaram R$ 113,2 milhões. No período de janeiro a maio, R$ 23,4 milhões foram destinados ao governo estadual, executor das obras. O último repasse da União, no valor de R$ 42 milhões, foi depositado na conta do Estado na última semana de dezembro, cumprindo a decisão de antecipar R$ 230 milhões para obras de combate aos efeitos da seca em estados do Nordeste.

A ampliação de recursos e o novo ritmo das obras vão possibilitar, segundo o Estado de Pernambuco, a chegada da água do rio São Francisco no município de Toritama em maio deste ano e, em setembro, Capibaribe. Quatro mil empregos diretos e indiretos serão criados em canteiros de obras em Caruaru, Toritama, Santa Cruz do Capibaribe, Itaíba, Águas Belas e São Caetano, em 15 frentes de trabalho ao longo das BRs 232 e 104. A expectativa é de que mais um trecho de 40 quilômetros da adutora comece a ser implantado também em maio, entre Belo Jardim, São Bento do Uma e Lajedo.

O início da Adutora está situado a 256 quilômetros da capital do Estado, na cidade de Arcoverde (PE). A primeira fase está organizada em cinco lotes que somam 571 quilômetros de extensão incluindo adutoras, reservatórios, estação de tratamento de água, entre outras estruturas de engenharia.

Garantia de água

A Adutora do Agreste é um dos empreendimentos estruturantes para garantir o fornecimento de água à população pernambucana que sente os impactos da irregularidade de chuvas no estado. Ao todo, o projeto completo da adutora terá cerca de 1.300 quilômetros de extensão, atenderá 68 municípios e beneficiará mais de dois milhões de habitantes em áreas urbanas e rurais. A obra também será conectada ao Ramal do Agreste do Projeto de Integração do Rio São Francisco – atualmente em fase de licitação pelo Governo Federal.

Adutora do Moxotó vai levar água para cidades do Agreste e Sertão‏

Sete municípios do Interior do estado serão beneficiados por uma obra
estruturadora para melhoria do abastecimento de água. Trata-se da Adutora
do Moxotó, um empreendimento hídrico no valor de R$ 85 milhões que vai
atender 325 mil pessoas de Arcoverde, no Sertão, e Pesqueira, Alagoinha,
Sanharó, Belo Jardim, Tacaimbó e São Bento do Una, no Agreste. A primeira
etapa do projeto, orçada em R$ 40 milhões, já está sendo licitada. Quando a
empresa que vencer o certame iniciar os trabalhos, a expectativa é que, em
12 meses, essa etapa da obra fique pronta.

A primeira etapa da Adutora do Moxotó consiste na implantação de cerca de
35 km de adutora de ferro fundido de 600 mm de diâmetro. As tubulações irão
margear a BR-232, entre as estações de bombeamento EB-1, que fica ao lado
do Reservatório de Moxotó, na Transposição do Rio São Francisco, e EB-2,
localizada em Cruzeiro do Nordeste. Todo o projeto está dividido em três
etapas, totalizando R$ 85 milhões, sendo o Ministério da Integração
Nacional a fonte dos recursos. Quando as três etapas forem concluídas, será
possível bombear até 450 litros de água por segundo para os 325 mil
beneficiados. “Trata-se de uma obra estruturadora que vai levar água do Rio
São Francisco para essas sete cidades, que ficarão livres do rodízio de
abastecimento”, explicou o presidente da Compesa, Roberto Tavares.

O Sistema Adutor do Moxotó, cuja primeira etapa teve a licitação
autorizada, começa com a captação no Reservatório de Moxotó, no Eixo Leste
da Transposição do Rio São Francisco, a partir de um canal de aproximação.
A barragem, que faz parte do projeto do Governo Federal, já foi construída
e fica no distrito de Rio da Barra, em Custódia. Segundo o Ministério da
Integração Nacional, a expectativa é que ela comece a receber água do Rio
São Francisco até o final deste ano, a partir do avanço das obras do Eixo
Leste.

Para jogar essa água para a Adutora do Moxotó, a Compesa vai construir uma
Estação de Bombeamento de Água Bruta (EB-1), nas proximidades da barragem
de Moxotó. Também vai instalar estações de bombeamento intermediárias (EB-2
e EB-3), que ficarão ao longo do traçado da adutora.

Com comprimento total de aproximadamente 70 km, a Adutora do Moxotó fará a
condução da água entre a EB-1 e as Estações de Tratamento de Água (ETA) de
Arcoverde, ETA Pesqueira, ETA Sanharó e ETA Belo Jardim, que através do
sistema integrado do Bitury transportará água tratada até as cidades de
Tacaimbó, São Bento do Una e parte de Sanharó. É na chegada da ETA
Arcoverde que a Adutora do Moxotó será interligada ao Sistema Adutor do
Agreste, projeto que também está sendo tocado pela Compesa.

Compesa esclarece sobre obra da Adutora do Agreste‏

Em resposta ao movimento realizado nesta terça (10) na cidade de Águas Belas, que responsabilizou a Compesa  pelo atraso da obra da Adutora do Agreste, a  companhia  esclarece  o seguinte:

1) defendemos toda articulação para ajudar a retomarmos as obras, que consideramos a mais importante obra hídrica em nosso Estado;
2) as obras da Adutora do Agreste estão em ritmo lento e em alguns trechos paralisadas devido à diminuição dos repasses do Governo Federal;
3) Pelo convênio assinado e publicado em 23/12/2011, o Governo Federal é responsável pelo repasse de 90% dos recursos, ou seja, R$ 1,246 bilhões.
4) Executamos cerca de R$ 510 milhões do total de R$ 1,38 bilhões, mas os repasses diminuíram muito nos últimos anos.
5) Caso os repasses tivessem sido realizados a contento, a cidade de Águas Belas e algumas outras não estariam sofrendo a situação de colapso atual.

A Compesa se solidariza com a população de Águas Belas e de todo o Agreste Pernambucano e afirma que continua lutando pela regularização dos repasses junto ao Governo Federal, principalmente no momento em que temos a maior seca dos últimos 60 anos.

Nova adutora vai levar água a Pesqueira e Arcoverde

A Companhia Pernambucana de Saneamento (Compesa) vai divulgar, nos próximos dias, um edital de licitação para a execução da Adutora do Moxotó. Trata-se de uma obra que vai permitir o transporte da água da barragem de Moxotó, no Eixo Leste da Transposição do Rio São Francisco, para as cidades de Arcoverde e Pesqueira. A construção do novo sistema foi aprovada no Plano de Trabalho da Adutora do Agreste fechado, na semana passada, em Brasília, pelo ministro da Integração Nacional, Gilberto Occhi, o governador Paulo Câmara, o Secretário de Desenvolvimento Econômico, Thiago Norões, e o presidente da Compesa, Roberto Tavares.

A Adutora do Moxotó é uma alternativa para levar água a municípios que deveriam ser atendidos pelo Ramal do Agreste, que conecta o Eixo Leste da Transposição do São Francisco à Adutora do Agreste, esta última executada pela Compesa. No entanto, como a ordem de serviço para o ramal ainda não foi dada e por se tratar de um empreendimento que consome, em média, três anos para ficar pronto, a Compesa buscou uma solução mais rápida para levar água para Arcoverde e Pesqueira antes de todo o projeto da transposição ser totalmente concluído.

Em entrevista a uma emissora de rádio local, o presidente da Compesa, Roberto Tavares, explicou que todo o sistema da Adutora do Agreste foi pensado para ser alimentado pelo Ramal do Agreste. Contudo, como a previsão é que essa obra só fique pronta depois de 2020, alternativas de abastecimento foram criadas para poder operar a adutora antes desse prazo. “Conversamos sobre isso em setembro do ano passado e concluímos agora com a assinatura desse plano de trabalho. Considero uma vitória porque, se os recursos forem liberados, vamos poder fazer a obra sabendo que ela vai funcionar antes mesmo de o Ramal do Agreste se conectar ao Eixo Leste”, comemorou Tavares.

Orçada em R$ 80 milhões, a Adutora do Moxotó vai sair das proximidades de Custódia, quase na metade do trajeto da transposição, onde a água deverá chegar primeiro. A água seguirá numa tubulação de 600 mm percorrendo 70 km até Arcoverde e Pesqueira, com uma vazão total de 300 litros por segundo. O sistema adutor será composto, ainda, de três estações de bombeamento de água bruta.

No Plano de Integração da Adutora do Agreste com outras fontes de água, estão previstas duas adutoras que vão levar água da Zona da Mata para o Agreste. Da Mata Sul, sairá a Adutora de Pirangi, cuja primeira etapa já está sendo licitada. Ela sairá do Rio Pirangi, em Catende, e será interligada ao Sistema do Prata, incrementando uma vazão de até 950 litros por segundo, servindo ao abastecimento de Caruaru. Da Mata Norte, a Adutora do Siriji sairá de Vicência chegando em Surubim, abastecendo também as cidades no Tramo Norte do Sistema de Jucazinho, que hoje está passando por um rigoroso rodízio,

Tavares adiantou que alguns recursos já estão garantidos para essas obras, que receberão dinheiro de várias fontes. “A Adutora do Pirangi já tem dinheiro garantido do Banco Mundial. A Adutora da Mata Sul tem uma parte no plano emergencial da Defesa Civil que deve ser aprovado no próximo mês e a outra parte no pedido de financiamento ao BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social). Sobre essa parte, o governador Paulo Câmara está discutindo e as negociações estão bem avançadas. A Adutora do Moxotó também já tem recursos garantidos do Ministério da Integração, assegurou.

Governador assina plano para acelerar Adutora do Agreste

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O governador Paulo Câmara e o ministro da Integração Nacional, Gilberto Occhi, assinaram, ontem (27), em Brasília, o Plano de Trabalho da Adutora do Agreste.

De acordo com o gestor pernambucano, a principal mudança provocada pelo instrumento será a consolidação de uma estratégia elaborada pela Compesa que vinha sendo discutida com os técnicos do Ministério para que a Adutora tenha funcionalidade antes da construção do Ramal do Agreste, obra federal que deverá ser executada até 2020.

“Esse acordo com o Governo Federal é fundamental para que a gente consiga realmente beneficiar Pernambuco a partir da Transposição das águas do Rio São Francisco. Precisamos, agora, é assegurar o fluxo de recursos para dar mais velocidade às obras”, comentou Paulo Câmara.

O governador esteve na Integração Nacional acompanhado do Secretário de Desenvolvimento Econômico, Thiago Norões, do deputado federal Fernando Monteiro e do presidente da Compesa, Roberto Tavares.

No novo Plano de Trabalho, foi aprovada a construção da Adutora do Moxotó, que trará água da barragem de mesmo nome, no Eixo Leste da Transposição do São Francisco, para os municípios de Arcoverde e Pesqueira. A iniciativa poderá se estender para todo o eixo principal da Adutora do Agreste, passando por Sanharó, Belo Jardim, Tacaimbó e São Caetano. Essa obra está estimada em R$ 80 milhões e será colocada em licitação nos próximos dias.

Com relação ao fluxo financeiro que será disponibilizado pela Integração Nacional para este ano, o Governo de Pernambuco solicitou que sejam alocados R$ 420 milhões em 2016 e R$ 350 milhões para 2017, dos cerca de R$ 770 milhões que faltam ser repassados.

Gilberto Occhi informou que não pode definir, neste momento, pois o decreto que distribui os tetos orçamentários do Governo Federal deverá ser publicado em fevereiro, quando haverá uma nova reunião no Ministério da Integração.

Paulo fez uma explanação do quadro da seca no Estado, apesar das chuvas de verão ocorridas neste mês. A zona rural apresentou melhoras na situação de pequenas barragens e algumas cidades estão voltando a ter o abastecimento pela rede de distribuição (Águas Belas, Caetés e Capoeiras, por exemplo). Mas Jucazinho, a principal barragem que atende a muitos municípios do Agreste, continua em situação crítica.

Na reunião com a presidente Dilma Rousseff, ocorrida no final de novembro de 2015, o governador Paulo Câmara apresentou um plano de trabalho com ações para enfrentamento da seca, com adutoras emergenciais, implantação de flutuantes nas captações do São Francisco e de estações compactas de tratamento.

Paulo Câmara cobrou do ministro a formalização desses investimentos, que dependem de decisão orçamentária. Occhi sinalizou que Pernambuco receberá cerca de R$ 33 milhões. Também ficou acertado que a Compesa irá refazer os planos de trabalho, priorizando as obras para que a assinatura desses convênios seja feita o quanto antes.

A principal obra desse programa é a interligação emergencial do Sistema Palmeirinha, em Bom Jardim, ao Sistema Jucazinho, entrando pela cidade de Surubim e atendendo os municípios do entorno: Salgadinho, Casinhas, Santa Maria do Cambucá, Vertentes, Vertente do Lério, Frei Miguelinho e Toritama.

​Compesa explica fase de testes da 2ª etapa da Adutora do Pajeú

A Companhia Pernambucana de Saneamento – Compesa ainda não recebeu oficialmente a 2ª etapa da Adutora do Pajeú, executada pelo Departamento Nacional de Obras Contra a Seca – DNOCS, mas já iniciou a fase de testes da unidade, que irá beneficiar as cidades de São José do Egito e Tuparetama, a partir da cidade de Afogados da Ingazeira.

Em função dos testes experimentais, quando há necessidade de alterações de vazão e pressão para o atendimento das referidas cidades, e as constantes faltas de energia elétrica nas estações elevatórias (sistemas de bombeamento), localizados em Floresta, todo o Sistema Adutor do Pajeú está sendo afetado com falta de água, causando desabastecimento nas cidades de São José do Egito e Tuparetema, além das localidades beneficiadas pela 1ª etapa da Adutora do  Pajeú, que são as cidades de Afogados da Ingazeira, Calumbi, Serra Talhada, Carnaíba, Quixaba, Tabira, Flores, além de Canaã (distrito de Triunfo).

Segundo a coordenadora técnica de Engenharia da Compesa do Alto Pajeú, Mirella Santos, desde o início dos testes da 2ª etapa da Adutora do Pajeú, no dia 22/12, até hoje, já foram contabilizadas 10 quedas de tensão no sistema elétrico, o que tem provocado sucessivos estouramentos na adutora. “Quando ocorrem panes elétricas no início do sistema adutor as cidades posteriores ao problema tem o abastecimento suspenso para que reparos sejam realizados”, explicou a coordenadora técnica da Compesa.

A coordenadora da Compesa explicou ainda que a fase de testes é imprescindível na busca dos ajustes operacionais necessários a qualquer sistema adutor recém implantado para que abasteça satisfatoriamente a população de São José do Egito e Tuparetama, cidades prejudicadas pelo colapso da Barragem Rosário, que abastecia as duas cidades. “As cidades de Ingazeira, Iguaraci e o distrito de Jabitacá, também atendidas pela barragem do Rosário, só poderão receber água do Sistema Adutor do Pajeú quando os municípios de São José do Egito e Tuparetama estiverem com a distribuição regularizada por meio da Adutora do Pajeú”, adiantou Mirella Santos

Para tentar resolver a questão das frequentes quedas de energia (variação de tensão na rede elétrica), a Compesa já acionou a Companhia Energética de Pernambuco-CELPE e aguarda uma solução para o caso. “Pedimos a compreensão da população dessas cidades e estamos trabalhando para agilizar todos os procedimentos necessários para que a água do rio São Francisco chegue com regularidade nas casas dos sertanejos”, complementou Mirella Santos.

Ritmo de investimento na Adutora do Agreste tem de aumentar, diz Humberto

Depois de participar de uma longa caminhada no domingo (22) com centenas de pessoas no Agreste de Pernambuco para chamar a atenção dos perversos efeitos da seca no semiárido nordestino, o líder do PT no Senado, Humberto Costa, foi nesta terça-feira (24) à tribuna do plenário da Casa cobrar mais investimentos federais para concluir a obra da Adutora do Agreste.

Segundo ele, o empreendimento inserido no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e fundamental para combater a seca na região tem recebido menos recursos do que o programado pelo Governo Federal. “As etapas I e II do projeto são orçadas em cerca de R$ 1,2 bilhão. Mas, segundo os dados mais recentes, executamos apenas algo em torno de R$ 450 milhões”, declarou.

Humberto explicou que o restante da quantia está previsto para ser pago em parcelas de R$ 10 milhões mensais, mas que os desembolsos feitos nos últimos meses não alcançaram esse valor. De acordo com o parlamentar, os mais recentes ficaram em aproximadamente R$ 6 milhões.

“Em um ritmo assim, uma obra dessa relevância prevista para estar concluída em 2018 só vai ficar pronta em 2021 ou 2022. É muito tempo para quem está precisando de uma solução para ontem”, afirmou.

Humberto avalia que o Governo Federal, mesmo enfrentando dificuldades orçamentárias, deve priorizar a conclusão da obra, pois a adutora vai beneficiar diretamente 32 municípios da região do Agreste do Estado, “muitos dos quais têm áreas que não veem uma gota de chuva há mais de cinco anos”.

“Eu me comprometi com as lideranças sociais e políticas da região a buscarmos uma solução aqui em Brasília, que envolva também o Governo de Pernambuco, para que, em conjunto, consigamos sair desse impasse”, declarou.

Ele já solicitou uma audiência com o ministro da Integração Nacional, Gilberto Occhi, para discutir o assunto com a Central Única dos Trabalhadores (CUT), os movimentos dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) e dos Trabalhadores Sem Teto (MTST), a Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Estado de Pernambuco (Fetape) e os prefeitos de Águas Belas, Canhotinho, Iati e Tupanatinga.

“A região tem o pior balanço hídrico do Estado, que é a relação da oferta natural de água e da demanda habitacional. A falta de chuvas combinada com a não conclusão de obras estruturantes leva a um quadro em que crise hídrica só se agrava, com municípios entrando sequencialmente em colapso”, alertou.
Para o líder do PT, com a adutora em funcionamento – mesmo sem contar com o ramal do Agreste para levar a água da transposição do São Francisco – já seria possível poder movimentar grandes volumes hídricos disponíveis na região para equilibrar as necessidades dos municípios.

No último domingo, o senador esteve ao lado de sindicalistas e trabalhadores rurais, organizados pela Fetape, lideranças políticas da região e outros representantes da sociedade civil, na chamada Marcha das Águas: uma caminhada de mais de 100km organizada para gritar contra os perversos efeitos da seca que se abatem sobre o semiárido nordestino.

A marcha teve início na cidade de Iati, de onde o pessoal saiu na quinta-feira, caminhando a pé até chegar no domingo de manhã ao município de Tupanatinga, onde Humberto se integrou na andança dos 6km finais, sob forte sol.

Humberto vai a ministro por obras da Adutora do Agreste

O líder do PT no Senado, Humberto Costa (PT), se integrou, ontem (22), à Marcha das Águas formada por sindicalistas, trabalhadores rurais, membros da sociedade civil e lideranças políticas para pedir agilidade nas obras da Adutora do Agreste. Centenas de pessoas saíram na última quinta-feira (19) do município de Iati e percorreram a pé cerca de 100 quilômetros até chegar à cidade de Tupanatinga, na manhã de hoje.

“É uma alegria poder participar desta marcha e assumir um compromisso de a gente continuar lutando pela adutora. O que se vê aqui é a união de forças de diferentes atores políticos que estão dizendo o quanto é importante esta obra para a população. Não adianta o governo federal e o governo estadual ficarem jogando a responsabilidade um para o outro. O que a gente tem que fazer é trabalhar juntos, é garantir mais recursos. Asseguro aqui que vou fazer o possível e o impossível para que a obra caminhe com mais celeridade. Vou, inclusive, pedir uma audiência pública para conversarmos com o ministro da Integração”, garantiu o senador Humberto Costa, que vai agendar um encontro da comitiva com o gestor da pasta, Gilberto Occhi.

Também presente ao evento, o prefeito de Águas Belas, Genivaldo Menezes (PT), fez questão de agradecer o empenho do senador em garantir mais recursos para a adutora. “O que a gente viu aqui foi o compromisso do senador Humberto com o povo, de caminhar lado a lado e entender a seca que a gente está passando”, afirmou. Para o prefeito de Tupanatinga, Manoel Tomé (PT), a ação foi apenas o início de uma série de atividades que irão garantir a agilidade na construção da adutora. “Vamos em frente. Vamos ao Palácio do Campo das Princesas, vamos a Brasília. Esta Marcha não vai parar até atingir o seu objetivo”, afirmou.

Orçada em R$ 1,3 bilhão, a Adutora do Agreste faz parte do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), mas vem sofrendo com o atraso na obra, que foi iniciada há dois anos e ainda não tem previsão definitiva para a sua conclusão. A adutora deve beneficiar diretamente 32 municípios da região e a sua conclusão se torna ainda mais importante por conta do período prolongado de estiagem, que vem atingindo todo o Agreste.

Em algumas regiões, há cinco anos não chove. Segundo o coordenador do MST em Pernambuco, Jaime Amorim, o problema da falta de água, que vem afetando a região, pode ter um grande efeito acelerador. “A seca é um grande problema, mas também pode ser o início da solução. É a possibilidade da gente lutar para resolver as coisas”, afirmou.

Paulo pede mais velocidade para Adutora do Agreste

Na segunda reunião de trabalho ontem (27), em Brasília, o governador Paulo Câmara se encontrou com o ministro da Integração Nacional, Gilberto Occhi. O governador apresentou a grave situação pela qual passa o Estado de Pernambuco, sofrendo o seu quinto ano consecutivo de seca. De acordo com Paulo, em virtude da crise, a Adutora do Agreste, que poderia estar resolvendo esse problema, encontra-se em ritmo muito lento por conta da falta de repasses de recursos federais.

“Reiteramos ao ministro Occhi a nossa preocupação com mais um ano de seca. É urgente acelerar as obras em andamento e promover os ajustes na pactuação dos projetos. Precisamos otimizar a utilização dos recursos de maneira que possamos antecipar os benefícios à população. O Plano de antecipação foi apresentado em setembro”, argumentou o governador pernambucano, que esteve na Integração Nacional acompanhado do deputado federal Fernando Monteiro e do presidente da Compesa, Roberto Tavares.

Paulo Câmara pediu ao ministro da Integração para acelerar a análise do pleito, feito no mês passado, para mudar o plano de trabalho para que a Adutora do Agreste. Faltam ser repassados pelo Governo Federal cerca de R$ 800 milhões e o pleito de Pernambuco é que o repasse mensal seja aumentado para que o Estado possa enfrentar a grave seca prolongada.

Bancada federal destina R$ 150 milhões para Adutora do Agreste

A reunião da bancada parlamentar de Pernambuco no Congresso Nacional decidiu, em reunião na noite de ontem (14), por consenso, que vai destinar R$ 150 milhões para contribuir com a conclusão da obra da Adutora do Agreste em 2016 por meio de uma emenda impositiva. O encontro ocorreu na Câmara dos Deputados, em Brasília, e reuniu mais de 20 senadores e deputados federais.
Segundo o líder do PT no Senado, Humberto Costa, a União terá que liberar os recursos previstos no orçamento de 2016, obrigatoriamente, por se tratar de um instrumento impositivo previsto na legislação.
“Usamos todo o limite de que a gente dispunha para financiar essa importante e estruturante obra no Estado. O objetivo é conclui-la o mais rápido possível”, afirmou o senador. Ele explicou que a destinação coletiva dos recursos para a obra foi subscrita por todos os parlamentares federais pernambucanos.
“Tratamos das prioridades das nossas emendas no encontro e todos foram extremamente sensíveis à conclusão da Adutora do Agreste. Sabemos que é uma obra que vai garantir o abastecimento de água a mais dois milhões de pessoas em 68 municípios no Agreste do Estado”, ressaltou.
A primeira etapa do empreendimento vai beneficiar, quando concluído, 32 municípios. O projeto tem orçamento total de R$ 1,2 bilhão e faz parte do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) do Governo Dilma.
O senador explicou que as emendas de bancada são consensos formados pelos parlamentares que, conjuntamente, planejam recursos às obras relevantes dos seus Estados.