Nova adutora vai levar água a Pesqueira e Arcoverde

A Companhia Pernambucana de Saneamento (Compesa) vai divulgar, nos próximos dias, um edital de licitação para a execução da Adutora do Moxotó. Trata-se de uma obra que vai permitir o transporte da água da barragem de Moxotó, no Eixo Leste da Transposição do Rio São Francisco, para as cidades de Arcoverde e Pesqueira. A construção do novo sistema foi aprovada no Plano de Trabalho da Adutora do Agreste fechado, na semana passada, em Brasília, pelo ministro da Integração Nacional, Gilberto Occhi, o governador Paulo Câmara, o Secretário de Desenvolvimento Econômico, Thiago Norões, e o presidente da Compesa, Roberto Tavares.

A Adutora do Moxotó é uma alternativa para levar água a municípios que deveriam ser atendidos pelo Ramal do Agreste, que conecta o Eixo Leste da Transposição do São Francisco à Adutora do Agreste, esta última executada pela Compesa. No entanto, como a ordem de serviço para o ramal ainda não foi dada e por se tratar de um empreendimento que consome, em média, três anos para ficar pronto, a Compesa buscou uma solução mais rápida para levar água para Arcoverde e Pesqueira antes de todo o projeto da transposição ser totalmente concluído.

Em entrevista a uma emissora de rádio local, o presidente da Compesa, Roberto Tavares, explicou que todo o sistema da Adutora do Agreste foi pensado para ser alimentado pelo Ramal do Agreste. Contudo, como a previsão é que essa obra só fique pronta depois de 2020, alternativas de abastecimento foram criadas para poder operar a adutora antes desse prazo. “Conversamos sobre isso em setembro do ano passado e concluímos agora com a assinatura desse plano de trabalho. Considero uma vitória porque, se os recursos forem liberados, vamos poder fazer a obra sabendo que ela vai funcionar antes mesmo de o Ramal do Agreste se conectar ao Eixo Leste”, comemorou Tavares.

Orçada em R$ 80 milhões, a Adutora do Moxotó vai sair das proximidades de Custódia, quase na metade do trajeto da transposição, onde a água deverá chegar primeiro. A água seguirá numa tubulação de 600 mm percorrendo 70 km até Arcoverde e Pesqueira, com uma vazão total de 300 litros por segundo. O sistema adutor será composto, ainda, de três estações de bombeamento de água bruta.

No Plano de Integração da Adutora do Agreste com outras fontes de água, estão previstas duas adutoras que vão levar água da Zona da Mata para o Agreste. Da Mata Sul, sairá a Adutora de Pirangi, cuja primeira etapa já está sendo licitada. Ela sairá do Rio Pirangi, em Catende, e será interligada ao Sistema do Prata, incrementando uma vazão de até 950 litros por segundo, servindo ao abastecimento de Caruaru. Da Mata Norte, a Adutora do Siriji sairá de Vicência chegando em Surubim, abastecendo também as cidades no Tramo Norte do Sistema de Jucazinho, que hoje está passando por um rigoroso rodízio,

Tavares adiantou que alguns recursos já estão garantidos para essas obras, que receberão dinheiro de várias fontes. “A Adutora do Pirangi já tem dinheiro garantido do Banco Mundial. A Adutora da Mata Sul tem uma parte no plano emergencial da Defesa Civil que deve ser aprovado no próximo mês e a outra parte no pedido de financiamento ao BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social). Sobre essa parte, o governador Paulo Câmara está discutindo e as negociações estão bem avançadas. A Adutora do Moxotó também já tem recursos garantidos do Ministério da Integração, assegurou.

Sistema Jucazinho para por 48 horas

Sem registro de chuva na bacia do Capibaribe que alimenta a barragem de Jucazinho, em Surubim, o manancial vem perdendo nível a cada dia. Para continuar retirando água do volume morto do reservatório, a Compesa realizou uma nova intervenção no local. Para isso, foi necessário paralisar o Sistema Jucazinho na quinta-feira (14) e sexta-feira (15). A previsão é que o sistema voltasse a funcionar neste sábado (16), a partir das 6h. Durante esse período, foi preciso suspender o abastecimento para as cidades de Santa Cruz do Capibaribe e Riacho das Almas.

Com o Sistema Jucazinho desativado, os técnicos da Compesa montaram uma balsa flutuante, uma estrutura que permite a captação da água do ponto mais profundo da barragem. A iniciativa irá prolongar a retirada de água por mais dois meses, evitando o colapso do abastecimento para 12 cidades do Agreste atendidas pela barragem. Desde novembro do ano passado o volume morto estava sendo explorado por meio de uma bomba instalada de forma provisória. Com a redução do nível do reservatório, a bomba teve de ser remanejada para a balsa flutuante.

A estratégia da balsa flutuante é o último recurso para a exploração da água disponível da barragem de Jucazinho. Se não chover até março, o reservatório entrará em colapso. Com a capacidade de armazenar 327 milhões de metros cúbicos, o manancial está hoje com apenas 1,8 % do seu volume total.

Enquanto espera a chuva, a Compesa irá administrar a distribuição de água para as cidades de Cumaru, Passira, Riacho das Almas, Santa Cruz do Capibaribe, Salgadinho, Surubim, Casinhas, Santa Maria do Cambucá, Vertente do Lério, Frei Miguelinho, Vertentes e Toritama, com uma vazão de 250 litros de água por segundo. “Temos esperança que chova nos próximos meses e que Jucazinho consiga recuperar o seu nível para que possamos melhorar a distribuição de água nessas cidades”, apela o coordenador técnico da Gerência Regional do Alto Capibaribe, George Ramos.

A barragem de Jucazinho vive o seu pior cenário desde a sua inauguração, em 2000. Não tem chovido o suficiente para a recuperação do nível do manancial, desde 2011, reflexo de cinco anos consecutivos de seca na região. A exploração do volume morto está sendo possível graças ao planejamento rigoroso e à gestão do reservatório, desde o início da sua operação. Para isso foi criado um Centro de Controle Operacional (CCO) na cidade de Caruaru para acompanhar, diariamente, as condições e a operação da barragem. A Compesa adianta também que, desde 2013, a vazão e retirada da água vêm sendo monitoradas por hidrólogos do Banco Mundial, mediante o Programa Monitor de Secas, desenvolvidos em áreas atingidas por estiagem, como o Nordeste do Brasil e áreas do México, Estados Unidos e Espanha.

​Abastecimento de água de Porto de Galinhas será ampliado

A praia de Porto de Galinhas, um dos destinos mais procurados do Litoral Sul, terá o sistema de abastecimento de água ampliado. A obra, executada pela Companhia Pernambucana de Saneamento-Compesa, vai permitir um incremento de 800% na produção de água para o balneário. Além de Porto de Galinhas, o empreendimento também irá melhorar a distribuição de água nas praias de Muro Alto, Maracaípe e Nossa Senhora do Ó, todas localizadas no município de Ipojuca, e abrirá  perspectiva  para  outras praias próximas  que não contam com  o atendimento  da Compesa.

Com investimentos na ordem de R$ 32,8 milhões, a obra foi iniciada em outubro do ano passado e tem prazo de 12 meses para a sua conclusão. O empreendimento irá beneficiar cerca 60 mil pessoas e conta com recursos  da Caixa Econômica Federal, com contrapartida do Governo do Estado de Pernambuco. “O aumento da oferta de água nessas praias irá impulsionar o turismo das localidades, gerando emprego e renda, além de melhorar a qualidade de vida dos moradores  e veranistas “, comemora o presidente da Compesa, Roberto Tavares.

Atualmente, embora não exista a prática do rodízio na distribuição de água na praia de Porto de Galinhas, existem algumas áreas com dificuldades  no abastecimento, principalmente a área central do balneário. “Hoje, trabalhamos com uma produção de 45 litros  por segundo em Porto de Galinhas e com o término da obra, essa vazão será de 360 litros por segundo, o que eliminará a questão da falta de água na área, principalmente na alta estação”, adianta o presidente da Compesa.

Nas praias de Muro Alto e Maracaípe, a Compesa registra algumas dificuldades para o atendimento em virtude da grande expansão da localidade, onde as pressões da rede de abastecimento são baixas. Já em Nossa Senhora do Ó, a situação é mais confortável com uma distribuição de água 24 horas, mas com registros pontuais de falta de água, que serão sanadas com o novo sistema de abastecimento. “Passaremos de uma produção de 50 litros/água/segundo para 185 litros/segundo, um aumento de 370%, o que nos garantirá a regularização plena de todo o balneário”, informa o presidente.

O significativo aumento de produção de água para a praia de Nossa Senhora do Ó abrirá perspectiva de expansão do atendimento da Compesa. A praia de Canoas, por exemplo, que não é atendida pela Compesa e contará com uma rede de distribuição própria, levando água encanada para a localidade. “Essa área já tem projeto definido e em breve iniciaremos a obra de implantação da rede de distribuição”, antecipa o presidente da Compesa, Roberto Tavares.

O empreendimento será composto por três reservatórios de água com 11 mil metros cúbicos de capacidade de armazenamento; uma estação elevatória (sistema de bombeamento) e 19,3 quilômetros de adutora, com uma vazão de 540 litros por segundo. Até o momento,  já foram implantados dois quilômetros de adutora de 800 mm, num trecho entre Suape e Nossa Senhora do Ó e iniciada a escavação e concretagem do reservatório apoiado, em Muro Alto, com capacidade para armazenamento de 2.500 metros cúbicos de água.

Durante  a execução dos serviços, a Compesa desenvolverá atividades sociais para apresentar a obra para a população, visando minimizar transtornos e informar sobre andamento dos serviços e dos impactos das intervenções. “Nosso propósito é dar sustentabilidade social ao empreendimento, ampliando os benefícios que ele traz, para além da construção concreta”, informou Fabíola Coelho, Assessora de Relações Públicas e Articulação Social da  Compesa.

Sistema Jucazinho vai parar por 48 horas

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Sem registro de chuva na bacia do Capibaribe ,que alimenta a Barragem de Jucazinho, em Surubim, o manancial vem perdendo nível a cada dia. Para continuar retirando água do volume morto do reservatório, a Compesa irá realizar nova intervenção na barragem. Para isso, será necessário paralisar o Sistema Jucazinho amanhã (14) ,a partir das 06h,por 48 horas. A previsão é que que o sistema volte a funcionar sábado (16), a partir das 06h e durante esse período será preciso suspender o abastecimento de água para as cidades de Santa Cruz do Capibaribe e Riacho das Almas, que pelo calendário vigente, os municípios deveriam receber água nessa data.

Com o Sistema Jucazinho desativado, os técnicos da Compesa irão montar uma balsa flutuante, uma estrutura que irá permitir a captação da água do ponto mais profundo da barragem. A iniciativa irá prologar a retirada de água por mais dois meses, evitando o colapso do abastecimento para 12 cidades do Agreste atendidas pelo Sistema de Jucazinho. Desde novembro do ano passado, o volume morto estava sendo explorado por meio de uma bomba instalada de forma provisória. Com a redução do nível da barragem, a bomba será remanejada para a balsa flutuante.

A estratégia da balsa flutuante será o último recurso para a exploração da água disponível da Barragem de Jucainho, um volume de 5,8 milhões de metros cúbicos de água e continuar abastecendo as 12 cidades do Sistema Jucazinho. Se não chover até março, a barragem entrará em colapso. Com a capacidade de armazenar 327 milhões de metros cúbicos, Jucazinho está hoje com apenas 1,8 % do seu volume total. Enquanto espera a chuva, a Compesa irá administrar a distribuição de água para as cidades de Cumaru, Passira, Riacho das Almas, Santa Cruz do Capibaribe, Salgadinho, Surubim, Casinhas, Santa Maria do Cambucá, Vertente do Lério, Frei Miguelinho, Vertentes e Toritama com uma vazão de 250 litros de água por segundo. “Temos esperança que chova nos próximos meses e que Jucazinho consiga recuperar o seu nível para que possamos melhorar a distribuição de água nessas cidades”, apela o coordenador técnico da Gerência Regional do Alto Capibaribe, George Ramos.

A Barragem de Jucazinho vive o seu pior cenário desde a sua inauguração, em 2000. Não tem chovido o suficiente para recuperação do nível do manancial, desde 2011, reflexo de cinco anos consecutivos de seca na região. A exploração do volume morto de Jucazinho está sendo possível graças ao planejamento rigoroso e à gestão do manancial desde o início da sua operação. Foi criado um Centro de Controle Operacional (CCO) na cidade de Caruaru para acompanhar , diariamente, as condições e a operação da barragem. A Compesa adianta também que, desde 2013, a vazão e retirada da água de Jucazinho vem sendo monitoradas por hidrólogos do Banco Mundial, mediante o Programa Monitor de Secas, desenvolvidos em áreas atingidas por estiagem, como o Nordeste do Brasil e áreas do México, Estados Unidos e Espanha.

Convênio viabiliza implantação de sistemas de abastecimento de água

O governador Paulo Câmara assegurou, ontem (22), em Floresta, no Sertão de Itaparica, a implantação de 52 sistemas de abastecimento de água ao longo dos canais da Transposição do Rio São Francisco. Um investimento de R$ 136,8 milhões, oriundos de convênios com o Ministério da Integração Nacional, que beneficiará 40 mil pessoas em 173 localidades do Estado. A assinatura do termo de compromisso ocorreu durante a cerimônia de entrega da segunda estação de bombeamento do Eixo Leste da Transposição, com a presença da presidente Dilma Rousseff.

Durante a solenidade, Paulo pontuou que os investimentos nos pequenos sistemas de abastecimento são fundamentais para o aproveitamento das águas dos canais de integração do São Francisco. “Temos agora a oportunidade de, em 2016, executar ações que são fundamentais para o projeto da Transposição”, ressaltou o governador. Dos 52 sistemas, 42 serão coordenados pela Secretaria de Agricultura e Reforma Agrária. Os outros dez serão de responsabilidade da Companhia Pernambucana de Saneamento (Compesa).

Juntas, as intervenções vão beneficiar moradores dos municípios de Floresta, Cabrobó, Parnamirim, Verdejante, Betânia, Custódia, Salgueiro, Sertânia, Terra Nova, Petrolândia e Mirandiba. A execução será feita em etapas, e o prazo para a conclusão total das obras é de 24 meses.

O chefe do Executivo pernambucano aproveitou a oportunidade para cobrar do Governo Federal ainda mais atenção para as adutoras e aos ramais hídricos. “É muito importante também continuar essas obras. Isso vale para Pernambuco, Ceará, Rio Grande do Norte e Paraíba. Temos a compressão que estas intervenções precisam ter um olhar diferenciado, como as dos Eixos da Transposição”, destacou Paulo.

TRANSPOSIÇÃO – Ao lado da presidente Dilma Rousseff, o chefe do Executivo estadual acionou um dos motores da segunda estação de bombeamento do Eixo Leste. A água será bombeada da barragem de Itaparica até a de Areias. O trecho tem captação em Petrolândia e prevê conexões para abastecer o Sertão e o Agreste pernambucano, além de municípios da Paraíba.

A presidente Dilma Rousseff apontou que a obra é uma das prioridades do Governo Federal. Ela disse ainda que a sua equipe está tomando providências para garantir água para as comunidades localizadas no entorno da Transposição. “Essa água vai avançando pelos canais e transformando a vida das pessoas do semiárido nordestino”, afirmou a presidente.

Os dois eixos da Transposição têm 477 quilômetros de extensão, sendo 260 do Eixo Norte e 217 no Eixo Oeste. O projeto prevê a garantia de segurança hídrica para 12 milhões de pessoas em 390 municípios nos Estados de Pernambuco, Ceará, Paraíba e Rio Grande do Norte. “É importante chegarmos perto do final do ano e termos a consciência de que um do graves problemas do Nordeste brasileiro, a falta de água, está sendo tratado com seriedade. Sou testemunha do esforço do Governo Federal para que a obra da Transposição do Rio São Francisco não sofra paralisação e nem contingenciamento”, pontuou Paulo.

A prefeita de Floresta, Rorró Maniçoba, frisou a necessidade de integrar o projeto às ações da região. “Esse canal pode tornar ainda mais produtiva terras férteis do nosso município e do Sertão de Itaparica. Temos que nos unir ainda mais para desenvolver a região”, ressaltou a gestora.

Estiveram presentes na solenidade os ministros Gilberto Kassab (Cidades), Marcelo Castro (Saúde), Gilberto Occhi (Integração Nacional), os governadores Camilo Santana (Ceará) e Ricardo Coutinho (Paraíba), o secretário de Agricultura e Reforma Agrária, Nilton Mota, e presidente da Compesa, Roberto Tavares. Além do senador Humberto Costa, prefeitos e parlamentares da região.

 

​Obra vai garantir abastecimento d’água de Surubim e região

Compesa

 

 

O governador Paulo Câmara autorizou, na noite de ontem (23), a realização de uma importante obra para o Agreste Setentrional, a implantação de uma adutora interligando o Sistema Siriji (em Vicência, Mata Norte) ao Sistema Palmerinha (Bom Jardim) e a Cidade de Surubim e região. A obra receberá um investimento de R$ 40 milhões e deverá beneficiar diretamente 12 municípios da região.

Essa interligação irá permitir o reforço do abastecimento de água a partir da Barragem de Palmerinha, também conhecida como Pedra Fina, responsável pelo atendimento das cidades de Bom Jardim, João Alfredo e Orobó, além de reativar o ramal que anteriormente abastecia a cidade de Surubim, hoje assistida pelo Sistema Jucazinho, cuja barragem encontra-se em pré-colapso com menos de 2% da sua capacidade de acumulação. O projeto irá garantir a segurança hídrica dessas três cidades, além de evitar o colapso do abastecimento de Surubim e região.

A interligação do Sistema Siriji com Pedra Fina foi uma sugestão dada pelos secretários de Planejamento e Gestão, Danilo Cabral, e de Agricultura, Nilton Mota, ao governador Paulo Câmara para garantir o abastecimento d’água no Agreste Setentrional, uma das regiões mais afetadas pelo quinto ano de seca consecutivo. “A integração da barragem de Siriji com Pedra Fina é uma reivindicação antiga de Surubim, que foi apresentada no Seminário Todos por Pernambuco, realizado em abril no município, que foi atendida pelo Governo”, destaca Danilo Cabral. O secretário Nilton Mota acrescenta que a “possibilidade da interligação Siriji e Pedra Fina voltar a abastecer a cidade de Surubim e outros municípios da região vai garantir a sustentabilidade hídrica do Agreste Setentrional”.

A decisão do chefe do Executivo foi anunciada durante uma reunião realizada com os secretários Danilo Cabral, Nilton Mota e Thiago Norões, de Desenvolvimento Econômico, e com o presidente da Compesa, Roberto Tavares. Segundo o dirigente da estatal, a obra deve ser executada no prazo de 12 meses e faz parte da estratégia de buscar alternativas para viabilizar obras hídricas que viessem minimizar os efeitos da falta de chuvas para milhares de pernambucanos, em especial a população do Agreste, que enfrenta hoje a situação mais grave do Estado. “A exemplo da água que traremos da Mata Sul para abastecer a Adutora do Agreste, com essa obra, será trazida água da Mata Norte para abastecer o Agreste Setentrional”, afirmou Roberto Tavares.

É no Agreste que está localizada a Barragem de Jucazinho, em Surubim, que está operando hoje com o seu volume morto. Doze cidades estão enfrentando um rigoroso rodízio de distribuição, de dois dias com água contra 28 dias sem, o pior calendário desde a inauguração da barragem em 2011. “Tantos anos sem chuvas consistentes infelizmente farão a barragem de Jucazinho entrar em colapso, obrigando a Compesa a usar carros-pipa e buscar quaisquer alternativas para o abastecimento dessas cidades”, enfatizou Tavares.

Com a obra de interligação dos Sistemas Siriji a Palmerinha, a Compesa irá captar 150 litros de água por segundo, em 37 km de adutoras de 500mm de diâmetro. Com este volume e a reativação do antigo ramal de Surubim, a Compesa pretende ampliar o atendimento deste projeto para outras cidades atendidas pelo Sistema Jucazinho, a exemplo dos municípios de Casinhas e Santa Maria do Cambucá, Vertentes e Vertente do Lério.

​Projetos levam mais água para distritos de Bezerros

Três distritos do município de Bezerros, no Agreste do Estado, a 105 km do Recife, deverão ganhar, em breve, novos sistemas que melhorarão o abastecimento de água. Nesta quarta-feira (18), o gerente da Regional da Companhia Pernambucana de Saneamento (Compesa), Ricardo Malta, o gerente de Projetos da companhia, Flávio Coutinho e o prefeito de Bezerros, Severino Otávio, assinaram a ordem de serviço para o início da elaboração de dois projetos de abastecimento para as localidades de Encruzilhada de São João, Sapucarana e Serra Negra, em Bezerros. Ao todo, 15 mil pessoas deverão ser beneficiadas. A assinatura ocorreu na sede da prefeitura do município.

Na ocasião, o prefeito de Bezerros, Severino Otávio (Branquinho) agradeceu ao governador Paulo Câmara e ao presidente da Compesa, Roberto Tavares pelo atendimento ao pleito dos moradores das três localidades, um sonho de mais de 20 anos. “Em breve essas pessoas terão água encanada em casa, um benefício que irá melhorar a qualidade de vida dessas pessoas”, afirmou o prefeito.

Em Encruzilhada de São João e Sapucarana, a proposta é construir uma nova rede de distribuição nos dois distritos e interligá-la à Adutora do Agreste, que está em execução. Atualmente, o abastecimento das duas localidades é gerenciado pela prefeitura do município a partir do sistema do Poço da Areia, que está em colapso. A população tem recebido água por meio de carros-pipa também administrados pela prefeitura. Para elaborar o projeto, a Compesa está investindo R$ 330 mil com recursos próprios. A expectativa é que em até 7 meses o projeto esteja concluído.

Já em Serra Negra, há uma preocupação tanto da prefeitura quanto da Compesa em atender melhor essa região turística. Hoje, a localidade não é cliente da Compesa. O projeto em questão vai permitir que Serra Negra receba água do Sistema Brejão, o mesmo que atende o município de Bezerros, a partir da expansão e integração do sistema. O prazo para execução do projeto também é de 7 meses e o valor do contrato é de R$ 332 mil com recursos da Compesa.

Audiência debate abastecimento de água no Sertão

Por determinação do governador Paulo Câmara, a Coordenadoria de Defesa Civil de Pernambuco (Codecipe) realizou uma audiência pública no município de Petrolina para discutir a situação do abastecimento de água em seis municípios do Sertão do São Francisco atendidos por carros-pipa. No encontro, realizado na Câmara Municipal de Petrolina, foram apresentados os novos critérios para cadastramento e inclusão de pipeiros na prestação do serviço.

O deputado estadual e vice-líder do Governo na Assembleia Legislativa, Lucas Ramos (PSB), participou do evento e salientou que o poder público pode ajustar o número de carros contratados para que nenhuma família deixe de receber água. “A Codecipe vai intensificar o cadastramento das famílias para que todas sejam atendidas e o Governo mostrou disposição em aumentar o número de veículos que prestam o serviço caso a quantidade prevista no edital seja insuficiente”, afirmou o deputado.

Atualmente, 856 carros-pipa realizam a distribuição de água em 94 municípios, coletando água em mananciais da região e seguindo para abastecer as localidades, conforme rota previamente estabelecida. O valor máximo que cada pipeiro recebe mensalmente é de R$ 5.500,00. De janeiro a setembro deste ano, R$ 35,1 milhões já foram destinados pelo Governo de Pernambuco à realização do serviço, que passa a ser gerenciado pela Codecipe. “Todas as cisternas que eram abastecidas pelo IPA vão continuar sendo atendidas. Fizemos uma readequação usando uma tecnologia dentro do carro-pipa que registra desde o abastecimento do carro até a distribuição na cisterna”, explicou o chefe da Casa Militar, Mário Cavalcanti.

Operação-Pipa: abastecimento de água será iniciado nas comunidades rurais

A pouca incidência de chuvas não é nenhuma novidade para os nordestinos e Caruaru é uma das cidades que vem sofrendo com a falta de água em Pernambuco. Nas comunidades rurais essa situação é ainda mais preocupante e se agrava cada vez mais. Pensando nesta realidade, desde o primeiro semestre, a Prefeitura de Caruaru, Comando Militar do Nordeste e Compesa vêm discutindo estratégias para minimizar esses efeitos. A Operação-Pipa foi uma das medidas adotadas.

De lá para cá muito foi feito. Equipes do Exército e da Defesa Civil realizaram visita in loco, entrevistas, fotografias e marcação de pontos com GPS e submeteram relatório ao Governo do Estado e ao Ministério da Integração Social solicitando projetos e recursos para o município. Em seguida, foi feito o cadastramento das cisternas comunitárias que atenderam aos critérios e serão beneficiadas com o abastecimento de água. Antes do cadastro, os depósitos receberam avaliações para verificar a necessidade de reforma ou manutenção.

Após o trabalho de campo, 50 localidades distribuídas nos quatro distritos foram apontadas como ideais para receber o liquido e serão contempladas com água limpa e tratada, pronta para o consumo. Isso significa dizer que 3.912 pessoas receberão água diariamente nesta 1ª etapa. Mensalmente, cada pessoa receberá 600 litros, o que representa um consumo diário de 20 litros. A distribuição será administrada pela liderança da localidade.

E ontem, 11, após quase seis meses desde o início, os envolvidos nesse projeto estiveram reunidos para apresentar o projeto completo e as comunidades que serão beneficiadas inicialmente. Representantes da Secretaria de Gestão e Serviços Públicos, Exército, Compesa, Ipa e líderes comunitários participaram do encontro.

O trabalho foi concluído e agora chega a vez da última e mais importante etapa: o abastecimento dessas cisternas. “Salientamos que a água que vai preencher as os reservatórios é destinada para beber e cozinhar. Aquelas pessoas que criam animais ou plantam devem utilizar outra água”, explicou o Capitão Juliano, do Exército.
“A chuva é a solução para todas essas dificuldades, mas enquanto ela não cai, trabalhamos medidas paliativas para não deixar de atender as comunidades que tanto precisam”, explicou o secretário de Desenvolvimento Rural e Agricultura Familiar, Zé Ailton.

Cidades do Agreste voltam a receber água do Sistema Jucazinho

Os municípios do Agreste pernambucano atendidos pelo Sistema Jucazinho voltaram a receber água pela rede de distribuição nessa sexta-feira (6), de acordo com o calendário definido para cada cidade. O fornecimento estava suspenso para a realização de uma obra na barragem de Jucazinho para a implantação de um sistema emergencial capaz de explorar o volume morto do reservatório.

As cidades e localidades atendidas pelo Sistema Jucazinho são: Cumaru, Passira, Riacho das Almas, Santa Cruz do Capibaribe, Surubim, Toritama, Vertentes, Santa Maria do Cambucá, Vertente do Lério, Salgadinho, Casinhas, Frei Miguelinho e Ameixas. Essas áreas seguirão o calendário de distribuição de dois dias com água e 28 dias sem água.

A nova bomba submersa está operando com uma vazão de 250 litros por segundo. A expectativa da Compesa é que o sistema emergencial de captação consiga explorar todo o volume morto, que é de cerca de oito milhões de metros cúbicos de água, prolongando a vida útil da barragem por mais quatro meses.

A barragem de Jucazinho, localizada em Surubim, tem capacidade para acumular até 327 milhões de metros cúbicos de água. No entanto, desde maio de 2011, não tem conseguido juntar água de forma significativa por causa da escassez de chuvas. “A Compesa tem se empenhado para preservar esse manancial, que é o maior em volume do Estado e o mais importante do interior. Contudo, nem mesmo todo o cuidado que tivemos com a sua exploração impediu que chegássemos à beira do colapso, com um nível de apenas 2,5% de acumulação, o menor de sua história”, lamentou o diretor regional do Interior, Marconi Azevedo.

Segundo o gestor, a obra estruturadora que vai trazer segurança hídrica para 68 cidades do interior, a Adutora do Agreste, está em execução e conta com 40% de seu projeto concluído. A Adutora do Agreste receberá água do Ramal do Agreste, que estará interligado ao eixo leste do canal da transposição do rio São Francisco, e vai beneficiar cerca de dois milhões de pernambucanos.