Prefeitura de Riacho perfura poços artesianos para fornecer água

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A Prefeitura de Riacho das Almas, em parceria com a Secretaria Estadual de Recursos Hídricos e a própria comunidade vem tomando mais medidas para ajudar a população a enfrentar os problemas relacionados à falta d’água no município. O município recebeu seis caixas d’água de 10 mil litros cada uma. Os reservatórios serão instalados em vários pontos da cidade, onde a Prefeitura estrategicamente deve perfurar poços artesianos para fornecer água para uso doméstico gratuitamente à população.

Uma das caixas foi instalada no Centro da Cidade. A gestão municipal fez uma parceria com o morador Jucimaciel Belo, que é proprietário de um lava-jato e perfurou um poço com vazão de 18 mil litros de água por hora. Em conversa com o Prefeito Mário Mota, Jucimaciel decidiu ajudar a população. “Eu concordei em ajudar porque sei que as pessoas estão precisando muito dessa água. Alguns vizinhos estão dizendo que estão usando a água do poço até para cozinhar”, explicou.

Diante da disponibilidade dele, a Prefeitura montou a estrutura com a caixa d’água, tubulação, instalação elétrica e bomba e a partir daí, passou a fornecer a água para os moradores, que têm livre acesso ao líquido, desde que seja para uso doméstico: “nós não estamos permitindo a retirada da água para revenda e nem para encher caminhões-pipa. Mas se for para os moradores usarem o líquido em casa para gastos, podem pegar à vontade”, ressaltou o secretário de agricultura Naelson Beserra.

A Prefeitura perfurou ainda um poço artesiano no bairro Nova Esperança, onde um sistema de fornecimento de água semelhante deve ser instalado. O benefício foi custeado com recursos próprios do município e o poço do Nova Esperança, que teve vazão de oito mil litros de água por hora, deve atender às 250 famílias do bairro. O sistema completo, com a caixa d’água, tubulação, instalação elétrica e toda a estrutura deve ficar pronto em duas semanas.

A Prefeitura pretende ainda instalar outros quatro poços artesianos para fazer manobras semelhante em outros bairros de Riacho das Almas. “Estamos realizando estudos para ver os locais nos quais faremos a perfuração dos novos poços. Pretendemos fazer o serviço o mais breve possível, porque sabemos os transtornos causados pela falta d’água”, afirmou Naelson.

​Sistema emergencial vai captar água do volume morto da barragem de Jucazinho

A Compesa vai começar a explorar o volume morto da barragem de Jucazinho, em Surubim, no Agreste do Estado. Uma captação por meio de bomba submersa está sendo instalada para conseguir captar a água restante da barragem, que hoje está acumulando 2,56% de sua capacidade total, que é de 327 milhões de metros cúbicos. A previsão é que o sistema emergencial esteja funcionando em até 15 dias.

Durante esse período, que começa a contar a partir deste sábado (24), as 12 cidades atendidas por Jucazinho ficarão sendo abastecidas por carros-pipa. O sistema emergencial para exploração do volume morto de Jucazinho faz parte do conjunto de obras que a Compesa está executando para reduzir o impacto que vem sendo causado pela maior estiagem dos últimos 50 anos no Estado.

A captação do volume morto de Jucazinho será feita por meio de uma bomba submersa, que atenderá ao ritmo de retirada, que é de até 250 litros por segundo.

Como a tomada d’água por gravidade da barragem já está quase à mostra, o que impossibilita a captação pelo método normal, as cidades atendidas por Jucazinho ficarão recebendo água por carros-pipa até que o sistema emergencial seja implantado, durante os 15 dias previstos. Após esse prazo, o abastecimento voltará a ser feito segundo o rodízio vigente.

O uso do volume morto vai permitir que a retirada de água seja mantida por mais quatro ou cinco meses, dentro do esquema de rodízio atual, para as 12 cidades envolvidas: Cumaru, Passira, Riacho das Almas, Santa Cruz do Capibaribe, Salgadinho, Surubim, Casinhas, Santa Maria do Cambucá, Vertente do Lério, Frei Miguelinho, Vertentes e Toritama, além do distrito de Ameixas. Caruaru, também no Agreste, continuaria sendo atendida pela barragem do Prata, enquanto Gravatá e Bezerros, pelos reservatórios de Brejinho, Cliper, Vertentes e Brejão.

O investimento para execução dessa obra é de R$ 1,3 milhão. Os recursos são provenientes do Governo do Estado e fazem parte do fundo para obras emergenciais de combate à seca. “Garantir água é o maior compromisso da Compesa e é por isso que estamos priorizando obras dessa natureza para evitar o colapso total do abastecimento nessas cidades do Agreste”, ressaltou o diretor regional do interior, Marconi Azevedo.

Bruno Lambreta participa de audiência pública sobre crise hídrica em Caruaru

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Na manhã da última quarta-feira (14), o vereador Bruno Lambreta (PSD), participou na Câmara Municipal de Caruaru da audiência pública que discutiu a crise hídrica na cidade..

Na ocasião, o abastecimento na cidade e nas regiões vizinhas foi o foco da reunião. Também foram debatidas soluções emergenciais que podem ser feitas para minimizar o problema de algumas localidades que não recebem água com frequência.

De acordo com Bruno, a crise não vem afetando só Caruaru, mas a maioria das cidades vizinhas também estão sofrendo com a falta de água nas torneiras. “Além da economia que temos que fazer diariamente, devemos ter conscientização para não desperdiçar e sempre que possível fazer o acúmulo dessa água”, frisou o parlamentar.

Raquel Lyra alerta para a crise hídrica que afeta o Agreste

 

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A grave crise hídrica que atinge o Agreste de Pernambuco exige um esforço maior na reutilização da água e preservação de mananciais, e não somente investimentos em abastecimento. Essa foi a opinião da deputada Raquel Lyra (PSB), em pronunciamento, na Reunião Plenária de ontem quarta (14), na Assembleia Legislativa. A parlamentar aproveitou o discurso, ainda, para comentar audiência pública sobre o tema, promovida pela Câmara Municipal de Caruaru, pela manhã.

“A Barragem de Jucazinho está com apenas 2,5% de sua capacidade, e a Transposição do Rio São Francisco ainda é uma realidade distante”, apontou a socialista. A água do São Francisco deveria chegar à região através da Adutora do Agreste, que está sendo construída pela Compesa, com verbas repassadas pelo Governo Federal. “No ritmo em que está a obra, irá demorar 15 anos para ser concluída”, relatou Raquel.

Para compensar a demora na Transposição, uma série de ações emergenciais está sendo providenciada pelo Governo do Estado, no valor total de R$ 1 bilhão. “É um valor bem menor do que os R$ 3,5 bilhões investidos no Sistema Cantareira em São Paulo, e vale destacar que lá são no máximo seis horas diárias de racionamento, enquanto há cidades do agreste que chegam a passar 30 dias sem água”, comentou a deputada, criticando as prioridades da gestão federal.

Câmara debate crise hídrica em audiência pública

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A Câmara Municipal de Caruaru está realizando neste momento, audiência pública com foco na crise no abastecimento de água. Convocada pelo vereador Edjailson da Caru Forró (PTdoB), a audiência vem trazendo a debate o relatório das visitas realizadas recentemente por uma comitiva de vereadores formada por Edjailson e pelos vereadores Antonio Carlos (DEM), Carlos Santos (PRB) e Rodrigues da Ceaca (PRTB), à Barragem do Prata (Bonito), Serro Azul (Palmares), e à Hidroelétrica do Camevozinho (Palmares).

Nessas visitas, realizadas semana passada, os vereadores constataram uma série de problemas, como o abandono de equipamentos e obras hídricas paralisadas. “Nossa propositura tem a finalidade de urgenciar as ações compartilhadas entre todos os órgãos que tratam direta ou indiretamente da interligação da Barragem de Serro Azul, em Palmares, com o rio da Prata, aqui no Agreste. Precisamos criar um plano de contingência, baseado no relatório que será gerado após essa audiência, para evitar um colapso no abastecimento de água potável, diante de uma previsível falta de chuva””, destacou Edjailson, que defende a interligação entre os dois sistemas – Prata e Camevô – como a medida mais imediata de assegurar que a água não venha a faltar por completo.

Como a questão diz respeito não apenas a Caruaru, também foram convidados prefeitos e vereadores de Altinho, Agrestina, Cachoeirinha, Ibirajuba e São Caetano, além dos parlamentares que representam Caruaru na Assembleia Legislativa e no Congresso Nacional – os deputados federal Wolney Queiroz (PDT) e estaduais Raquel Lyra (PSB) e Tony Gel (DEM), além do senador Douglas Cintra (PTB). Também foram convidados o secretário estadual de Meio Ambiente e Sustentabilidade, Sérgio Xavier, e os presidentes da Apac, Marcelo Asfora, e da Compesa, Roberto Tavares, que já confirmaram presença.

Procon e Compesa definem reforço para atendimento as reclamações de falta de água

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O Procon Caruaru e a equipe técnica da Companhia Pernambucana de Saneamento- Compesa, estiveram reunidos, na manhã de hoje (07), para discutir um formato de trabalho que atenda com mais agilidade as demandas referentes a falta de água que são trazidas para o atendimento do Procon. O encontro foi convocado devido ao aumento de reclamações referentes à Companhia, que no Procon chegam a 50% da demanda diária.

O diretor do Procon, Adenildo Batista, explicou que entre as principais reclamações estão o recebimento da conta de água sem ter chegado o líquido, a promessa de carro pipa feita pela Compesa, que não é cumprida e a irregularidade do rodízio de abastecimento, que foi definido pela Companhia, mas apresenta falhas. “Nós estamos absorvendo uma demanda da Compesa que está nos preocupando, pois sabemos que a situação é realmente crítica. As pessoas que vêm ao nosso atendimento já estiveram na Compesa, porém não foram atendidas em suas demandas. Nós queremos algum esforço por parte do órgão para que tenham maior agilidade no atendimento dessas questões”, destacou.

A gerente da Compesa Caruaru, Nyadja Menezes, esclareceu às dificuldades que levaram à região a esta situação de crise hídrica pela qual passamos atualmente, reforçando que o órgão está trabalhando em busca de minimizar o impacto junto à população. “Desde o mês de agosto deixamos de ser atendidos pela barragem do Jucazinho, ela entrou em colapso. Tivemos que nos reestruturar para atender todo o município apenas pela barragem do Prata. Mas isso é muito pouco para um município do porte de Caruaru. Criamos um rodízio de abastecimentos para tentar organizar, porém, mesmo assim, acontecem problemas pontuais, que dificultam ainda mais a situação”, acrescentou.

A gerente se comprometeu a reforçar o atendimento ao público que é feito nas lojas da Compesa, para que as pessoas resolvam suas questões lá mesmo, sem precisar ir até o Procon para obter êxito. Ela deixou claro que dará atenção especial para os cassos repassados pelo Procon, principalmente as solicitações de caminhões pipas. Também disponibilizou um telefone com linha direta, de forma gratuita, para que o Procon entre em contato com sua gerência nos casos especiais e emergenciais. “Nosso objetivo é fortalecer esta parceria que vem nos ajudando bastante. Tentaremos diminuir o tempo de retorno para os consumidores”.

O atendimento da Compesa em Caruaru é de segunda a sexta, das 8h às 17h e aos sábados, das 8h às 12h, nos endereços: Rua Frei Caneca, 152, Maurício de Nassau (em frente à Estação Ferroviária) e no Expresso Cidadão (dentro do Fábrica da Moda), Avenida Lourival José da Silva, 80, Petrópolis. As pessoas podem também ligar para os números: 0800 081 0195 ou pelo 0800 081 0185.

O Procon Caruaru fica no Centro Administrativo da Prefeitura, na avenida Rio Branco, n° 315, Centro. O atendimento é das 7h30 às 13h. Para mais informações está disponível o telefone (81) 3727-1054.

FBC cobra ações do Governo para crise hídrica

O senador Fernando Bezerra Coelho (PSB) ocupou, ontem (06), a Tribuna do Senado para chamar a atenção do Governo Federal quanto à crise hídrica no Vale do São Francisco. Ele anunciou que nesta quarta, a partir das 10h30, irá coordenar uma audiência pública na Comissão Mista de Mudanças Climáticas para discutir o assunto, com presenças de representantes do Ministério da Integração Nacional, Codevasf, Agência Nacional de Águas e Operador Nacional de Energia. O lago de Sobradinho, principal manancial de abastecimento para a fruticultura irrigada, está com sua capacidade de armazenamento em torno dos 5% e pode chegar a zero até o final de novembro.

“A região vive uma grave expectativa em relação à agua que irriga 25 mil hectares, com a geração de mais de 120 mil empregos e um valor de produção que ultrapassa os R$ 2 bilhões”, disse o senador.

Ele destacou que desde o início do ano os alertas para a situação têm sido dados, como aconteceu na audiência pública realizada pelo Senado em abril, na cidade de Petrolina. Na ocasião, houve uma reivindicação para a instalação de flutuantes no lago de Sobradinho, com capacidade de captar águas mais profundas. “Os recursos só foram liberados em junho e mesmo assim a obra que deveria ter sido contratada em regime emergência teve que cumprir todas as etapas legislação e a Ordem de Serviço só veio em setembro. Queremos saber do Governo se estas obras podem ser aceleradas e vão estar prontas até o fim de novembro. Se assim for, não teremos como colocar água na irrigação. Uma planta como a uva, com um dia, já começa a perder produtividade, quanto mais com 30 ou 45 dias”, afirmou o Senador.

Ele também solicitou ao Governo, como medida de segurança para garantir água até o final de dezembro, a ampliação da vazão de defluência do Lago de Três Marias (MG), dos atuais 500 m³ por segundo para 600 m³ por segundo.

Douglas Cintra articula mais água para evitar colapso no São Francisco 

ONS aprova vazão maior de Três Marias para evitar colapso na produção irrigada de Petrolina

O ONS (Operador Nacional do Sistema) aprovou ontem (segunda-feira, 28) no final da tarde, em reunião no Rio de Janeiro, o aumento de 400 para 500 metros cúbicos por segundo na vazão da barragem de Três Marias, em Minas Gerais, para suprir a deficiência do lago de Sobradinho. Dessa forma, estará afastado o risco iminente de colapso na produção do Perímetro de Irrigação Senador Nilo Coelho, em Petrolina, e no consumo doméstico de água de 130 mil pessoas em 13 municípios do Vale do São Francisco, pela escassez do lago de Sobradinho.  

A medida, a ser oficializada daqui a pouco no site da ANA (Agência Nacional de Águas), foi acertada por gestões do senador Douglas Cintra (PTB-PE) na ANA e do ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Armando Monteiro, na Casa Civil da Presidência da República, por solicitação do prefeito de Petrolina, Júlio Lóssio (PMDB).
  

“Foi uma decisão sensata, baseada em critérios rigorosamente técnicos, que preserva a economia do Vale do São Francisco, mantem o emprego na região e a qualidade de vida de grande parte de sua população”, comemorou Douglas Cintra.

O aumento da vazão da barragem de Três Marias havia sido sugerido à ANA pelo Distrito de Irrigação Nilo Coelho (DINC), em ofício no qual alertava para o risco da escassez do lago de Sobradinho interromper a irrigação do Perímetro Nilo Coelho e o abastecimento do consumo doméstico de 13 municípios do Vale do São Francisco.

“A economia local vai quebrar e haverá desemprego em massa”, alertava o ofício. A solução emergencial para a queda da reserva de Sobradinho – a instalação de motobombas sobre flutuantes para captação do volume morto e algumas obras complementares – demorará 90 dias e até lá a produção irrigada seria paralisada, com previsão a partir de meados de outubro, advertiu o DINC.

Segundo maior perímetro irrigado do país, com 23 mil hectares produzindo principalmente uva e manga, o DINC é ocupado por mais de 2.300 produtores e gera 120 mil empregos diretos. A concentração da safra de exportação de uva e manga no perímetro ocorre entre setembro e novembro, justamente o período em que há o risco de paralisação da produção por falta de água.

Bruno Lambreta discute abastecimento de água em reunião

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Atento e preocupado com a situação do abastecimento de água em Caruaru, o vereador Bruno Lambreta (PSD), participou na última quarta-feira (23), de uma reunião na Secretaria Municipal de Desenvolvimento Rural e Agricultura Familiar, com a participação da gerente regional da Compesa, Nyadja Menezes e alguns vereadores da cidade.

Na pauta, o abastecimento de água para as comunidades da zona rural e urbana de Caruaru e as medidas que podem ser tomadas para diminuir o problema. “Nosso objetivo junto a gerente foi, além de discutir sobre a situação atual da nossa cidade, apontar as possibilidades que podem ser feitas para melhorar este abastecimento”, afirmou Bruno.

Ainda de acordo com o parlamentar e com a gerente, no momento as cisternas comunitárias é o meio alternativo para a diminuição da falta de água.

Prefeito pede pressa ao presidente da Compesa

Na tarde de ontem 24, o prefeito José Queiroz manteve contato telefônico com o presidente da Compesa, Roberto Tavares, para falar sobre o abastecimento d’água de Caruaru. Queiroz externou preocupação não apenas com a atual situação de racionamento, mas principalmente pediu pressa numa solução mais segura para o problema, tendo em vista a previsão de seca para o próximo ano e a limitada capacidade da Barragem do Prata, a única a fornecer o líquido a Caruaru, após o virtual colapso do reservatório de Jucazinho.

Roberto Tavares adiantou que a Compesa já conta com um importante avanço para a implantação da adutora do Rio Pirangi, a dispensa de licitação, por se tratar de ação emergencial. A tubulação levará água para o rio Una e assim manterá a Barragem do Prata em plena acumulação, o que garantirá o abastecimento permanente de Caruaru, ainda que num quadro de rodízio como o que vem sendo praticado pela concessionária.

Mesmo assim, Queiroz pediu o máximo empenho da Compesa e deverá voltar ao assunto com o governador Paulo Câmara, tão logo confirme a audiência no Palácio do Campo das Princesas, juntamente com o vice-prefeito Jorge Gomes, para discutir temas administrativos e ações em parceira da Prefeitura com o Governo Estadual.