ARTIGO — 5 atitudes para transformar sonhos em realidade

Por Erik Penna

Os fogos estouraram, 2016 começou e já se escuta muitas pessoas falando de sonhos e comentando sobre o desejo de implantar novos hábitos na vida. De fato, o calendário tem o poder de nos renovar e encher de energia e esperança.

Mas a maioria se esquece que, para que o desejo se realize, é fundamental adotar algumas práticas que ligarão o sonho à realidade.

Somente imaginar e ainda criar uma meta não basta, pois é preciso:

1- Planejamento

Meta sem planejamento é uma mera intenção. Muitos são os motivos para a falta de planejamento. Lembre-se: quem arruma uma boa desculpa abre mão de um ótimo resultado.

“Se você falha em planejar, está planejando falhar.” (Benjamin Franklin)

2- Comprometimento

Uma pesquisa de uma Universidade da Pensilvânia – Estados Unidos, revelou que apenas 8% das pessoas conseguem cumprir a meta desejada.

Quando escrevemos, o desejo sai da mente e vai para o papel. O sonho começa a ganhar asas e o engajamento com o propósito aumenta consideravelmente.

3- Disciplina

Não adianta fazer algo apenas quando se está com vontade. Disciplina é fazer o que precisa ser feito, praticar o planejamento mesmo quando não se está motivado.

“A disciplina é a mãe do êxito.” (Ésquilo)

4- Follow up

Toda meta precisa ser monitorada. Este acompanhando periódico faz com que possamos aparar arestas, ajustar o rumo e até alterar um sonho que pode ser bem relevante no início do ciclo e que, com o tempo, passe a ser desinteressante.

“É pensando criticamente a prática de hoje que se pode melhorar a próxima prática.” (Paulo Freire)

5- Novos hábitos

Dedique um tempo para novos hábitos em 2016. Eles se constroem com novas atitudes e estas são reflexos de nós. A vida é um espelho, portanto, passe a prestar mais atenção nas palavras que você fala, pois são exatamente elas que nortearão sua vida e ações. Exclua algumas palavras negativas do seu dia a dia, tais como:

– QUASE: Quando se diz: “quase consegui”, é o mesmo que “não consegui”. Quase grávida é o mesmo que não estar grávida.

– TENTAR: Quando alguém diz: “vou tentar”, implicitamente diz que é bem provável que não conseguirá.

– PROBLEMA: Procure focar na solução, afinal, os fracos têm problemas, já os fortes, solução.

Não reclame sobre a falta de tempo, pois todos nós temos as mesmas 24 horas diárias. Repare que sempre temos tempo para o que julgamos realmente importante.

Logo cedo, ao acordar, tome uma dose de vitamina “O” de Otimismo e vá confiante para dar mais um passo ao encontro do seu sonho. Se você achar que ele está muito longe, lembre-se que, mesmo que sua caminhada seja longa e você tiver que percorrer 100 km, assim que der o primeiro passo, já não faltarão mais 100 km. Que a competição este ano não seja com o outro, mas sim, consigo mesmo.

Por fim, conscientize-se que receber os aplausos dos outros é muito bom, no entanto, o verdadeiro aplauso precisa vir do nosso interior.

ARTIGO — Desconfiança dos empresários é significativa e continua aumentando

Por Reginaldo Gonçalves

De acordo com pesquisa feita pela CNI – Confederação Nacional da Industria, o cenário de desconfiança dos empresários, principalmente os que estão nas grandes empresas, continua bem evidente e esse sinal não é favorável para economia em 2016. Os principais fatores de desconfiança envolvem o processo político e econômico que o país enfrenta.

Os empresários acompanham a briga de poderes e os reflexos trazidos para a economia, com redução de capital e do emprego.

A disputa pelo poder e a falta de caixa do governo para justificar os seus gastos e cobrir as pedaladas fiscais não foram bem vistas. Não podemos esquecer também a busca pela aprovação do orçamento de 2016 já com déficit primário. Essa situação denota fragilidade nas bases de apoio do poder, além da briga por cargos internos para apoio e aprovação dos projetos.

O déficit primário pretendido pelo governo não foi aceito e o Congresso obrigou o Executivo a diminuir os seus gastos. Foi evitada ao máximo a alteração dos compromissos sociais, mas, no bojo do orçamento, surgiu o aumento da carga tributária com alta da arrecadação na desoneração da folha e elevação dos impostos que incidem em produtos como cigarro, por exemplo.

Como se não bastasse essa alteração do governo federal, existe também a aprovação da cobrança da CPMF, que deve começar a ser arrecadada no início do segundo semestre de 2016.

O encarecimento do dinheiro para financiar a produção – e precisamos lembrar a previsão de aumento na taxa selic, que deve atingir, na próxima reunião do Copom, 14,75% ao ano, junto com o aumento da energia elétrica e do combustível em 2015, muito superior à inflação, que fechou em 10,67% ao ano, acaba refletindo na venda ao consumidor final.

Não se faz uma boa política econômica simplesmente com a alta na taxa de juros, na tentativa de restringir o crédito. A falta de vendas acaba por prejudicar a cadeia produtiva de todos os setores da economia. O aumento da taxa selic não esta restringindo a redução da inflação – sem estímulo não há como a indústria investir e ter condições de ser competitiva.

É bastante claro que, em alguns segmentos, a desvalorização do real estimulou a exportação e desestimulou a importação, mas esses aspectos podem ser temporários.

A queda na busca por crédito pelas empresas acabou sendo reduzida em consequência do alto custo dos juros, o que impossibilita o repasse ao consumidor, mesmo abrindo mão da margem de lucro o que acaba prejudicando ainda mais as empresas de modo geral e desestimulando qualquer investimento – seja para manter a produção ou expandir, o que poderia reverter o quadro de crescente desemprego.

Em 2015, os empréstimos, sem considerar o subsídio do BNDES, atingiram R$ 1,332 trilhão, com fechamento em novembro, mas, não devem atingir mais do que R$ 1,525 trilhão no fechamento do ano passado. Isso demonstra que, além dos custos financeiros, os bancos, para fazer empréstimos, estão peneirando os clientes para evitar inadimplência. Qualquer débito protestado ou importo não pago é motivo para não haver linha de crédito, ou o custo ser maior pelo risco gerado pelo empreendedor.

Sobre a queda significativa do Petróleo, que está na casa dos US$ 28,61 (cotado em 18/01/2016) no preço Brent: mesmo com o real desvalorizado, esse preço poderia ser reduzido, de forma a baratear o custo de toda cadeia produtiva refletindo no preço final ao consumidor. Mas, de acordo com o Governo, essa iniciativa foi refutada e pagamos mais caro pelo petróleo consumido internamente no País, com relação ao que é importado. Ou seja, pagamos a conta novamente, pagando mais caro por conta do problema do combustível.

A energia elétrica em 2015 subiu significativamente. Para justificar essa alta foram criadas as bandeiras verde, amarela e vermelha em decorrência do uso da energia por meio das termoelétricas, por uma crise hídrica ocasionada pela falta de chuva. Mas, com os reservatórios voltando à normalidade, não se fala em mudança da bandeira. A justificativa continua a ser que está sendo utilizada a termoelétrica em seu potencial máximo – algo deve estar errado – e a falta de transparência afugenta investidores no mercado interno e internacional.

Existe a expectativa de que o barril do petróleo deva cair à faixa de US$ 20, já que houve um acordo entre os Estados Unidos e Irã retirando as sanções. Isso vai liberar futuramente a negociação de forma legal e pressionará os preços internacionais para baixo.

O cenário como vemos não é favorável, mas, em momentos de crise, é que grandes negócios poderão acontecer – desde que o governo pense em investir em saúde, transporte, educação, moradia e não utilize a política dos preços administrados para forçar o aumento dos preços. Qualquer preço administrado acaba auxiliando no aumento do processo inflacionário e desemprego.

ARTIGO — Passos para transformar períodos de crise em grandes oportunidades

Por Bernd Isert e Diego Aieta

Refletindo sobre a dinâmica da crise que afeta o Brasil, além de outros momentos delicados que ciclicamente passamos, é bom ter um marco de referência para nos orientar de forma eficaz.

Uma maneira de fazer isto é pensar em quatro processos fundamentais, que vêm do Coaching e do Pensamento Sistêmico. Observe a lista abaixo e identifique quanto você já pratica destas atitudes. É um ótimo exercício!

1. Desenvolvimento pessoal

. Soltar cargas do passado, crenças e medos.
. Soltar aquilo que não é mais necessário.
. Desenvolver suas capacidades e criatividade.
. Entrar em novas atividades, conhecimento e sabedoria.

2. Cooperação Ganha-Ganha

. Encontre as pessoas certas para trabalhar junto e cooperar.
. Apoiar-se no dar e receber mútuo.
. Praticar a excelência na comunicação, clareza e disciplina.
. Responsabilizar-se por si mesmo, suas tarefas e o seu contexto.

3. Desenvolver novos produtos, serviços e mercados

. Descubra o que falta e o que está precisando.
. Ofereça soluções que ninguém está oferecendo.
. Distribua as descobertas que você achar valiosas.
. Espalhe sua mensagem para o mundo e escute o retorno.

4. Pensamento Sistêmico

. Entenda como as coisas, as pessoas e as ações se relacionam.
. Aprenda o que faz a diferença e experimente.
. Apoie quem lhe apoia e abra mão de apoiar aqueles que apenas recebem.
. Mude-o, ame-o ou deixe-o.

Revise com atenção esta lista e perceba os pontos que mais lhe chamam a atenção. Quanto mais atividades desta lista você estiver envolvido, mais liberdade de evolução terá em períodos de crise. Procure equilibrar atividades nos quatro processos.

Há algo que lhe surpreende? Algo que ainda não tentou? Tem dificuldades com alguma área em especial? Quem sabe seja esse seu ponto de evolução? O Coaching Sistêmico apoia as pessoas a crescer e evoluir nas áreas que terão o melhor impacto nos seus resultados e qualidade de vida.

Cada crise carrega uma grande oportunidade de aprendizado, porém, é necessário algum método. Hoje em dia existem novas aplicações que vêm da Europa e dos Estados Unidos que fazem uma grande diferença. Você pode se apoiar no seu desenvolvimento pessoal e profissional participando de várias atividades que te levarão a um novo patamar.

ARTIGO — Orçamento de 2016 é uma caixa de Pandora

Por Reginaldo Gonçalves

A proposta de orçamento do governo federal, com déficit de R$ 30,5 bilhões, gerou uma situação difícil – até mesmo para o Congresso. A aprovação de um orçamento com déficit primário poderia gerar outras situações de descumprimento e mais desconfiança no cenário internacional. O orçamento enviado já previa aumento de arrecadação impostos de produtos como bebidas, cigarros e artigos de higiene e limpeza, assim como trazer de volta a cobrança do CPMF. Mas, mesmo que as medidas engordassem a arrecadação, não seria possível gerar superávit primário honrando a cobertura da dívida pública.

A briga de foice entre o Executivo e outros poderes ainda é latente. Porém, para aprovar o orçamento com superávit primário de R$ 24 bilhões, houve a necessidade de uma força-tarefa na redução de gastos que envolvem todos os três poderes. Ou seja, aconteceu o corte de R$ 54,5 bilhões, mas que não envolveu o Bolsa Família – embora muitos fossem favoráveis a redução de seu benefício.

Os gastos previstos para 2016 estão fixados em aproximadamente R$ 3 trilhões e algumas receitas extraordinárias, que ficam entre R$ 100 bilhões e R$ 120 bilhões, foram excluídas do cálculo por serem de difícil recebimento. Uma parte da redução dos gastos foi alcançada com o funcionalismo público e redução de investimentos. Mesmo porque a LDO – Lei de Diretrizes Orçamentárias precisa ser respeitada e exige orçamento com superávit primário, para que sejam estabelecidas metas pontuais e controle dos gastos públicos.

A principal crítica com o envio da proposta orçamentária com déficit é reconhecer que não haverá uma arrecadação ou geração de outras receitas possíveis para bancar os gastos públicos. Isso demonstra falta de maturidade, principalmente de alguns deputados, que diziam que o orçamento é mais realista e transparente.

A situação é que o excesso de gastos e uma redução da arrecadação gerada por uma perda de competitividade da indústria é latente. Criar mecanismos diferentes para cobrança de tributos ou venda de ativos parece ser muito fácil. Mas a principal fonte de renda é que as empresas possam gerar resultado por meio dos seus investimentos. Desta forma sera possível engordar a arrecadação do governo para que aconteçam os investimentos nas áreas prioritárias como saúde, educação, transporte e habitação.

Para que ocorra o cumprimento das metas fiscais e redução dos índices inflacionários é importante que haja uma política fiscal sustentável, além de serem criadas linhas de financiamento com juros baixos e estímulo à produção, assim como investimentos nas áreas de portos, aeroportos e ferrovias para baratear o custo da produção e estimular as empresas a investirem nas indústrias, seja o investidor brasileiro ou estrangeiro. É preciso que exista transparência para que o empreendedor possa vislumbrar lucro e o investimento, que sejam canalizados para a área social, que está perdendo cada vez mais espaço em virtude da perda de emprego e redução da capacidade de compra.

ARTIGO — Gestão política leva Petrobras para a lama

Por Reginaldo Gonçalves

As operações efetuadas por meio das investigações da Lava-Jato têm identificado a ação de desvio de recursos em uma das maiores estatais brasileiras. E também indicando os pontos de fragilidade e o uso da empresa para alicerçar algumas manobras na economia brasileira.

Há muito tempo o governo vem utilizando a estatal para a famosa operação tapa-buraco do orçamento, fazendo exportações de plataforma para aumentar a balança comercial. Outra ação é segurar o preço do petróleo para evitar o aumento da inflação. Isso, além de descapitalizar a empresa, acaba prejudicando seus investimentos.

Após a identificação de má gestão e desvio de recursos para patrocinar partidos politicos, a contabilidade criativa entrou em ação, com a postergação da perda com variação cambial que foram lançadas no patrimônio líquido e cuja amortização será efetuada em sete anos, antecipando indevidamente os lucros e aumentando o dividendo pago ao governo para melhorar o seu caixa.

Em virtude de toda política na qual o governo é o principal acionista e participante do conselho de administração, muitas ações deixaram de ser realizadas e com isso, o seu planejamento estratégico foi prejudicado. Isso porque o foco do governo foi a exploração do pré-sal como alternativa para fugir das importações e ser um país autosuficiente e não dependente da importação.

A identificação do rombo da operação Lava-Jato, em torno de R$ 6,194 bilhões, é um valor considerado pequeno para o tamanho já identificado, inclusive pela própria Lava-Jato, que poderia atingir cerca de R$ 42,8 bilhões. O montante não reconhecido na peça contábil e que de forma indireta foi desvalorizado em seu ativo por meio da operação chamada de teste de impairment (avaliação dos ativos a valor de Mercado) demonstra que seus ativos tiveram um ajuste significativo mas não reconhecido pelos desvios que ocorreram em obras em Pernambuco e no Rio de Janeiro.

Com um dos maiores endividamentos apontados no terceiro trimestre do ano passado, a dívida bruta de R$ 506,5 bilhões faz com que a Petrobras seja apontada como a seguda empresa mais endividada da América Latina.

Com a perda da nota de crédito pelas agências internacionais, a busca por capital para investimentos ficou mais difícil e mais caro e pressiona a empresa.Trata-se de um momento delicado para se desfazer de ativos que podem acabar sendo desvalorizados, já que muitos deles podem ser vendidos na “bacia das almas”, ou seja a preço de mercado muito ruim.

A Brasken, indústria química pode ser a próxima a sair do seu portfólio de investimentos, atingindo em sua venda o valor aproximado de R$ 5,8 bilhões. O valor é considerado baixo, já que seu endividamento é significativo e registrou aumento em virtude da desvalorização do real, que vem ocorrendo desde dezembro de 2015.

A guerra de forças está no preço internacional do barril de petróleo que atingiu o valor de US$ 30,44 em 12 de janeiro último e que leva por água abaixo o investimento no pré-sal – o custo de extração está em torno de US$ 45, inviabilizando a atual matriz de exploração e toda a sinergia vertida para esse negócio. Esse fato deve mudar o planejamento estratégico, inclusive na reavaliação de custos na extração do pré-sal ou até a sua descontinuidade temporária, já que o mercado acredita que o preço do barril de petróleo pode atingir US$ 20.

O ganho na importação do produto, mesmo com a desvalorização do real, está sendo criticado. O valor na bomba, na aquisição do combustível, é mais caro do que o petróleo importado. Mas a empresa mantém seu preço para recuperação do caixa da estatal, já que infelizmente os financiamentos de longo prazo estão bem mais caros, em virtude da desconfiança na liquidação das suas dívidas.

Restam os problemas das empresas, como a Sete Brasil, constituída com a Petrobras para locação de sondas. Por conta da identificação de desvio de finalidade, por meio da operação da Lava-Jato, foram paralisados os contratos. Ou seja, é uma empresa que tem a participação da Petrobras e indo à deriva. Ela está em busca da recuperação judicial e sua descontinuidade poderá refletir futuramente em seu balanço, ou seja, mais uma gestão duvidosa.

A próxima publicação das demonstrações financeiras poderá trazer mais surpresas, mas no curto prazo a sua recuperação é inviável. Haverá a necessidade de técnicos mais preparados para mudar a sinergia da Petrobras e modificar o perfil da gestão da organização. As ações diretas do governo devem ser minimizadas para não prejudicar a transparência e a prestação de contas para os investidores, embora seja difícil tirar uma parte do poder do governo do Conselho de Administração, já que muitas das decisões acabam tendo influência política.

ARTIGO — Coaching: uma habilidade essencial para exercer a liderança

Por Amauri Nóbrega

Comecei a falar sobre coaching em 2005. Muita coisa aconteceu de lá pra cá. Proliferaram os cursos e até certificações em coaching ao longo desse período. Inclusive, certa vez, presenciei uma pessoa de 20 anos dizendo que era coach com certificação e tudo. Tenho algumas críticas sobre isso, mas nesse texto, quero me ater a um ponto que acredito ser importantíssimo no dia-a-dia de um líder: a habilidade de saber orientar os seus liderados.

Hoje, muita coisa mudou nas escolas de gestão. Antigamente, você recebia a teoria por meio de um aprendizado basicamente estruturado em sala de aula, interagindo com professores bem treinados e experientes pelos anos que exerciam aquela função. Ou seja, quando você lia o currículo e via que o professor tinha 40 anos de experiência em aulas de estratégia, logo acreditava ser um excelente profissional e que tinha muito a te acrescentar.

Nos dias atuais, as escolas têm mudado muito e priorizado as interações entre os alunos com troca de ideias e experiências. Hoje, o que vai te acrescentar num curso que fizer, serão as discussões geradas durante os períodos de aulas e, depois, em fóruns criados para dar continuidade ao processo de aprendizagem. E o professor? Não tem mais protagonismo nesse processo? Tem, e ele é fundamental, pois irá funcionar como mediador e deverá estar apto para trabalhar como tal, fomentando as discussões e dando orientações (mentoring/coaching).

Nas empresas, os seus líderes devem buscar um mesmo ambiente, contratando pessoas multidisciplinares e multiculturais, buscando o melhor de cada um em prol de uma liderança focada no sucesso da execução da estratégia. É fundamental o líder ter a habilidade de trabalhar como coaching/mentoring nesse processo, pois ele, na prática, nunca chegou ao objetivo que a estratégia desenhada deseja chegar. É assim que ele irá conseguir que todos contribuam e tragam as experiências individuais para formar um coletivo vitorioso.

Então o que é fundamental para o sucesso desse processo? Bom, o líder deve começar com uma definição clara do que é sucesso na visão dele. Ninguém sai de casa sem um destino claro, nenhuma empresa lança um produto sem uma estratégia de venda desenhada. Começar sem determinar o que é sucesso é o início do fracasso.

A ideia central não é ser pontual, mas, sim, incorporar a cultura de coaching à organização. O líder não pode delegar o treinamento do seu time, a analogia com a escola funciona muito bem com o que acredito ser importante. Ele deve mesclar reuniões com toda a equipe, criar fóruns de discussões e interações contínuas e reuniões de orientações individuais. Mas adianto: o coaching/mentoring é uma habilidade essencial, mas não é a única. O líder deve também participar de um processo parecido para, assim, em uma análise crítica, buscar ajuda com outros para melhorar as deficiências que ele tem, pois todos nós temos pontos fortes e fracos, correto?

ARTIGO — Regularizar débitos tributários federais está cada vez mais difícil

Por Reginaldo Gonçalves

O período de recessão e o fato de o governo optar pelo aumento de tributos para fazer caixa – na realidade querendo reinventar a roda – começaram a desgastar contribuintes em várias partes do País.

O aumento da carga tributária decorrente dos impostos que incidem no cigarro, bebidas e artigos do setor de higiene e beleza já é uma prática do governo. A justificativa é que esses produtos são supérfluos no consumo do contribuinte.

É evidente que alguns produtos necessitam ser mais taxados para desestimular o consume. Mas outros são necessários à higiene e não poderiam fazer parte dessa lista. Temos, porém, o desespero do governo: colocar a volta da CPMF como prioridade. A cobrança nem foi aprovada ainda mas já faz parte do orçamento e engorda o bolo possível de gasto do governo.

Esse cenário não é diferente dos governos estaduais e municipais. Existem situações em que o contribuinte está assumindo a responsabilidade dos custos de investimento na cobrança de energia elétrica, o que deveria ser responsabilidade dos órgãos.

As indústrias estão agonizando. É cada vez mais difícil faturar e por conseqüência, os que o conseguem muitas vezes não registram retorno. Isso cria uma necessidade de caixa que poderá ter que ser absorvida ou por novos investimentos do bolso dos investidores ou por parte dos bancos, por meio do fomento em empréstimos cada vez mais caros.

O governo trabalha com exigências para empresas de grande porte e esquece que, quem fomenta o emprego, são pequenas e medias. E são exatamente estas que apresentam maior dificuldade para competir. Em muitos casos elas pagam impostos similares às empresas de grande porte e que têm capital disponível mais barato.

Por onze meses consecutivos o emprego na indústria caiu 0,4%, levando em conta o mês de novembro do ano passado. O aumento acentuado de desemprego acaba refletindo no faturamento e na margem de lucro das empresas. O resultado é um total menor de impostos a arrecadar.

Diante desse cenário difícil e complexo, muitos contribuintes com débitos tributários tentam de alguma forma parcelar seus impostos e contribuições. Eles não querem deixar de pagar mas não têm caixa para honrar os compromissos.

Os bancos, assim como fornecedores, não vendem para quem possui pendências com os órgãos públicos.

Por isso a situação fica mais complicada. O desmantelamento do órgão público fica evidente quando grupos de contribuintes, com interesse em parcelar impostos e contribuições na esfera federal, não conseguem atendimento.

Estranha a conduta do governo, que deixa claro que precisa reforçar o caixa. Mas o contribuinte não consegue atendimento para parcelar e dilatar o prazo para ter condições de liquidez. Impossível entender a situação.

O contribuinte para ser atendido precisa de uma senha. Em todas as unidades da federação há uma dificuldade enorme em agendamento. A Receita Federal não atende quem não tem senha, a não ser casos em que o contribuinte é convocado para apresentar documentos ou resolver pendências.

Todo esse desgaste acaba fazendo com que os empresários não encerrem seu negócio. Ele ficam “inativos” e esperam o governo cobrar, inscrever a dívida ou executar. O governo não dá oportunidade.

Os funcionários dos órgãos públicos pedem que o contribuinte ligue para a central de relacionamento. Ou seja, o problema fica com o contribuinte e ele tem que se virar para pagar os tributos. Outra opção nada agradável é se endividar nos bancos, que cobram juros absurdos.

A falta de comprometimento do governo e seus desserviços desestimulam os empresários. Em época de crise eles precisam que o governo colabore, estudando mecanismos para beneficiar as empresas. O caminho é oferecer, por exemplo, um parcelamento – e não aumento da carga tributária. Caso contrário, a única conquista será matar a galinha dos ovos de ouro.

ARTIGO — O ano já começou com a corda toda

 Por Reginaldo Gonçalves

O início de 2016 já começou com desafios que deveremos administrar tanto no cenário nacional quanto no internacional. Os problemas nas Bolsas de Valores do mundo mostram os efeitos das questões conjunturais, como a queda de quase 7% registrada na Bolsa da China. Isso demonstra que um dos países mais populosos do mundo deve ter uma redução em seu crescimento. E não podemos esquecer que, ao sinal de uma pequena gripe, o mundo acaba contraindo uma pneumonia.

A dependência das commodities importadas pela China já vem sendo reduzida. Foram dez meses consecutivos em que vimos a indústria encolhendo. Com isso, o preço das commodities sofre uma retração, já que o mercado chinês é um dos maiores consumidores de petróleo e ferro do mundo. As Bolsas no mundo caíram em virtude desse cenário difícil provocado pela Bolsa Chinesa.

Outra situação que deverá provocar certamente problemas para economia mundial é o problema enfrentado pelo Irã e Arábia Saudita. Desde 1979 são registradas divergências. Como estão em jogo regiões produtoras de petróleo, isso certamente envolverá outros países. Isso poderá refletir na Eurozona e gerar alguns outros impactos negativos, principalmente em países que não estão conseguindo se recuperar da crise globalizada, como Grécia, Portugal, Itália, Espanha.

Na economia brasileira os problemas internacionais acabam sendo potencializados, por conta do quadro político ainda à deriva, com discussões sobre o impeachment da Presidente Dilma Rousseff e as pedaladas fiscais. Os valores foram pagos aos bancos públicos na calada da noite, o que acabou prejudicando ainda mais a economia, em virtude do aumento do endividamento público – que atingiu R$ 3,84 trilhões até novembro do ano passado.

O balanço mostrará que esse total deverá aumentar ainda mais em dezembro de 2015 por causa da situação das empresas, que enfrentam um quadro difícil de faturamento, aumentando a incidência de desemprego.

O aumento dos juros no mercado interno acabou acontecendo em virtude do risco de calote que os bancos podem começar a ter, já que a economia apresenta pontos de saturação.

A falta de credibilidade brasileira dificulta a captação de potenciais investidores nos mercados mercado interno e externo, tanto para empréstimos quanto para participações em negócios por meio de compras e fusões de empresas.

O aumento do salário mínimo para R$ 880 já demonstra que o déficit da Previdência Social será maior ainda. O governo terá problemas com baixa arrecadação também para cumprir compromissos ainda esse ano. E a pressão dos congressistas deve provocar a manutenção dos investimentos sociais no Bolsa Família e no projeto Minha Casa, Minha Vida.

A corrupção, demonstrada em 2015 com os desvios de recursos nas mais diversas áreas, está desiludindo os empresários, que não conseguem fazer investimentos. O aumento dos custos da produção é uma vergonha, já que os preços administrados vêm sendo reajustados sistematicamente -principalmente petróleo e energia elétrica, mesmo com o preço do barril no mercado internacional caindo significativamente. A queda não está sendo repassada aos consumidores com a justificativa de reposicionar o caixa da Petrobrás.

Todos os fatores de desconfiança no quadro político atrelados a uma economia fragilizada por custos cada vez mais altos desestimulam os investimentos, já que o próprio governo deixou de investir na parte logística, o que poderia auxiliar na redução dos preços dos produtos.

No Brasil a bolsa de valores despenca e o dólar dispara. A desvalorização da moeda pode estimular as exportações de produtos, tornando-os mais competitive. Mas quem tem dívidas em moeda norte-americana poderá amargar mais prejuízos. Isso dificulta o cenário para as empresas dependentes de empréstimo do exterior a desestimula a continuidade dos seus negócios.

Se o cenário continuar da forma que vem sendo conduzido, com investimentos efetuados em áreas não prioritárias, com gastos acima da receita orçada e realizada, certamente o desemprego será maior, a situação de endividamento aumentará e teremos em 2016 ambienteainda pior do que o de 2015. Se não houver um reequilíbrio e respeito entre os poderes, a exclusão das pessoas envolvidas com problemas de desvios de finalidade e um investimento nas empresas de modo geral, certamente o cenário não se reverterá. O uso das pedaladas e da contabilidade criativa foram o estopim para comprovar que algo estava muito errado na condução dos negócios. Hoje, a simples troca de presidente não resolve o problema. Se o brasileiro não se informar e se envolver mais nas questões que envolvem a sua qualidade de vida de nada vai adiantar a luta de pequenos grupos. A informação é a chave do sucesso e somente com ela podemos ter sustentação na busca de uma condição melhor para todos.

ARTIGO — Mercado eletrônico: uma esperança para a economia brasileira

Por Bruna Carneiro

Quem não gostaria de trabalhar do conforto do lar e ganhar dinheiro de uma forma simples e rápida? Já pensou em sair de férias e ainda assim continuar trabalhando? Ser dono do próprio negócio e ter independência financeira é um desejo de muitas pessoas, ou pelo menos era, uma vez que cada dia que passa a realização deste projeto está se tornando mais fácil.

O e-commerce, expressão usada para denominar o mercado de vendas pela internet, tem crescido de forma acelerada no País. Enquanto muitas empresas físicas estão fechando as portas, demitindo funcionários e buscando a redução de gastos, o mercado virtual tem ido na contramão da crise que tem invadido o Brasil. O setor tem ganhando forças e o que antes era tido como uma fonte de renda complementar, hoje em dia tem se tornado a principal atividade para muitas famílias, uma vez que o País sofre com falta de emprego em todos os ramos.

Vários são os fatores que levam os empreendedores a optarem pelo comércio eletrônico, desde os mais experientes até os iniciantes. Tudo tem começado através da abertura de sites, página nas redes sociais, anúncios em grupos e comunidades; ou tudo isso junto. O baixo custo, uma vez que não há necessidade de investir em uma loja física, é um dos fatores importantes. O que antes era burocrático e demorado, e que ainda exigia um alto investimento, hoje é possível com bem menos dinheiro e a contratação de alguns poucos profissionais.

A flexibilidade também é outro atrativo para essa modalidade de comércio, uma vez que os profissionais podem exercer suas funções do conforto de casa, fazer o próprio horário e roteiro de trabalho, além disso, geram receitas durante 24 horas por dia, já que as lojas virtuais ficam sempre ativas. Todos esses fatores e facilidades levaram várias pessoas a entrarem de cabeça no mercado eletrônico.

De acordo com uma pesquisa feita pela Câmera Brasileira de Comércio Eletrônico através o 32º relatório Webshoppers, a previsão é que o comércio eletrônico cresça ainda mais até o final de 2015. Segundo a publicação, o varejo virtual ultrapassou R$ 18 bilhões de arrecadações somente no primeiro semestre. Um crescimento que ultrapassa cerca de 16% em relação ao mesmo período do ano de passado, que faturou R$ 16 bilhões.

Apesar das comprovações numéricas, a estimativa é que o mercado virtual seja ainda maior, uma vez que nem todo o comércio eletrônico gera suas receitas através de sites. Boa parte deste comércio também gira em torno das páginas e grupos nas redes sociais. É possível ver com frequência pessoas vendendo produtos em páginas de Facebook e Instagram, e grupos de discursão. Ou seja, as redes sociais, que antes eram vistas apenas como uma forma de socialização, hoje se tornaram um comércio imenso de produtos e serviços. Vale lembrar que dentro desde imenso mercado criou-se ainda um grande espaço para a venda e troca de produtos usados, os famosos “brechós virtuais”.

É fato que o e-commerce é um setor que está em ascensão no Brasil, e de acordo com os dados, tende a crescer ainda mais. E em meio a uma onda de crise financeira, o comércio virtual tem se tornado a esperança para muitos brasileiros e até mesmo para a economia do País.

ARTIGO — Por que as marcas morrem

Por Cleber Muniz

No mundo dos negócios, a todo tempo vemos o nascimento de marcas e negócios das mais variadas vertentes e nichos. Ao mesmo tempo, vemos muitos sepultamentos. Estudos apontam que entre 40% a 70 % dos novos lançamentos de marcas não sobrevivem após de um ano de mercado.

Existem variáveis externas e internas que influenciam diretamente no processo de construção de uma marca, e que devem ser avaliadas com determinado critério para que a mesma seja consolidada em alto nível em um mercado altamente competitivo. Com o crescimento das marcas e o seu fortalecimento, geri-las torna-se um desafio de certa forma complexo.

Muitos empresários atribuem a morte de suas marcas ao fator CRISE, mas poucos têm a consciência de que usar apenas esse pretexto para o fracasso de seus negócios já é algo ultrapassado. Vejamos alguns fatores que influenciam na “falência múltipla” das marcas:

1 – Despreparo na Gestão: Muitos se denominam diretores ou gestores, mas não têm conhecimento dos processos gerenciais do seu negócio. Conhecer o seu produto e serviço e os processos que o fazem subsistir é algo fundamental na posição do gestor. É necessário ter a visão ampla do processo, pois é através disso que vem as tomadas de decisão para o rumo dos negócios.

2 – Falta de posicionamento: Se a marca não sabe porque veio, ela não tem razão de existir. O posicionamento define a missão e os valores da marca, define o seu processo de diferenciação e o público-alvo que deve ser alcançado. Se esses fatores não estiverem bem claros no escopo das estratégias de posicionamento, o negócio caminhará sem rumo.

3 – Falha na promessa de entrega: A expectativa que as marcas geram em seus consumidores devem estar alinhadas com sua entrega. Quando as mesmas estão discrepantes, o consumidor tende a se frustrar e acaba se tornado um stakeholder negativo, fazendo com que tudo que foi construído seja diluído e em muitos casos destruído de um modo avassalador.

4 – Resistência a mudanças: O mundo muda e, atualmente, em velocidade estrondosa. Se o mundo muda, consequentemente, as pessoas e a sua forma de consumo também, e as marcas precisam acompanhar esses ciclos. Marcas que não se atualizam e não se reposicionam tendem a se enquadrar no grupo de retrógradas e antiquadas.