Taxa de embarque aumenta 16,5% em 12 terminais

Do G1/PE

A Agência de Regulação de Pernambuco (Arpe) homologou, nesta terça-feira (19), o reajuste de 16,5% das taxas de embarque cobradas em 12 terminais rodoviários de Pernambuco administrados pela empresa Socicam. Os novos valores entrarão em vigor na quarta-feira (20). As informações foram publicadas no Diário Oficial de Pernambuco desta terça.

Entre as rodoviárias que passarão a cobrar o aumento está o Terminal Integrado de Passageiros (TIP), na Zona Oeste do Recife. As demais ficam no interior. São elas: Caruaru, Petrolina, Palmares, Garanhuns, Gravatá, Salgueiro, Serra Talhada, Limoeiro, Araripina, Petrolândia e Arcoverde. Essas são as maiores do estado.

O reajuste é cobrado de acordo com a quilometragem rodada pelo ônibus. Para coletivos que percorrem até 50 quilômetros, como nas viagens entre o Recife e Vitória de Santo Antão, na Zona da Mata, o passageiro paga, até esta terça-feira, R$ 0,40. Com o aumento, passará a desembolsar para o mesmo trecho R$ 0,50.

Para as viagens muito longas, com 200 quilômetros ou mais, a taxa de embarque custa R$4,80. Vai passar para R$ 5,55. Um exemplo é o percurso entre o Recife e Petrolina, no Sertão pernambucano. O passageiro também passará a pagar R$ 5,55 para viagens interestaduais, de qualquer distância.

O diretor de regulação financeira da Arpe, Hélio Lopes, explicou que a correção de preços baseada no índice de inflação do período compreendido entre 1º de janeiro de 2013 e 31 de maio de 2016, medido pelo Índice de Preços ao Consumido Amplo (IPCA), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (/IBGE), esse foi o mesmo percentual aplicado, no dia 30 de junho de 2016, para o aumento de passagens de ônibus intermunicipais.

Segundo ele, a Socicam mantém um contrato de concessão com o governo de Pernambuco. E as bases de reajuste são as mesmas dos aumentos das tarifas.  “A remuneração do sistema é feita toda a partir das taxas de embarque”, informa.

Passagens

Com o aumento das passagens de ônibus intermunicipais, a viagem entre o Recife e Caruaru, no Agreste, que custava R$ 26,90, passou para R$ 31,20. Hélio Lopes informou que o reajuste atingiu esse percentual para poder repor a inflação de um período muito grande. Desde 2013, segundo ele, não era feito um cálculo desse tipo.

Aumento salarial de ministros preocupa os estados

Os estados estão preocupados com os efeitos do aumento salarial dado aos ministros do Supremo Tribunal Federal, pois os salários dos desembargadores dos tribunais de Justiça, dos procuradores do Ministério Público e dos conselheiros dos tribunais de contas equivalem a 90,25% do salário do STF.

Também há uma liminar conseguida em 2015 pela Associação dos Magistrados Brasileiros no Conselho Nacional de Justiça que determina o reajuste imediato sempre que houver aumento para os ministros do Supremo.

Estimativas do Executivo de São Paulo apontam que se o reajuste do STF passar a valer ainda este mês, haverá um gasto adicional de R$ 183,5 milhões para todos os poderes, e, em 2017, um gasto adicional de R$ 508 milhões.

No Rio de Janeiro, o impacto será de R$ 258 milhões em 2017. O TJ-RJ, o MP-RJ e o TCE-RJ projetam um gasto extra de mais R$ 130 milhões.

Vendas online de passagens de ônibus no Carnaval crescem 36,2% no Nordeste

O setor rodoviário foi movimentado durante o Carnaval. A ClickBus, líder em vendas online de passagens de ônibus, registrou em sua base que o número de bilhetes comprados pela internet, site ou celular, para esse feriado superou em 70% as vendas efetuadas na mesma época do ano passado, além de bater o recorde de vendas desde o seu lançamento em agosto 2013.  Passagens compradas por pessoas que embarcaram ou desembarcaram na região Nordeste registraram um crescimento de 36,2% nas vendas se comparadas com o mesmo período de 2015.

Para o feriado, os destinos mais visitados na região Sul por turistas que viajaram de ônibus e compraram suas passagens na plataforma de vendas online foram: Fortaleza (17,9%), Salvador (9,7%) e Aracaju (8,3%). Já as cidades de onde os foliões mais saíram rumo a outros locais foram: Fortaleza (29,8%), Salvador (12,5%) e Aracaju (8%).

A data em que as pessoas mais viajaram de ônibus em todo o Brasil foi o dia 05 de fevereiro, gastando, em média, R$ 169,03. Na região Nordeste, as pessoas embarcaram mais no dia 05 também, e gastaram em média R$ 150,21.

Fatores como inflação e taxa de câmbio do dólar motivam as viagens domésticas e a preferência pelo ônibus ao invés do avião ou carro. De acordo com a mais recente pesquisa intitulada Sondagem do Consumidor – Intenção de Viagem, realizada em dezembro pelo Ministério do Turismo, e que mede o interesse do brasileiro em viajar nos próximos seis meses, 86,4% das pessoas que vão viajar pretendem visitar destinos turísticos nacionais, contra 80,2% que afirmavam o mesmo em igual período de 2014. Este levantamento mostra ainda crescimento de 7% nas intenções de viagens de ônibus.

“O consumidor que se planeja com pouca antecedência, encontra no modal rodoviário um preço que não flutua de acordo com a sazonalidade e um conforto superior a outros modais. Em épocas de crise, a melhor decisão é viajar de ônibus e aproveitar os preços mais baratos”, afirma Cesário Martins, co-CEO e fundador da ClickBus.

A ClickBus permite que seus usuários adquiram passagem de ônibus rodoviários de mais de 60 empresas de ônibus incluindo GuanabaraRápido Federal e Salutaris, para mais de 3000 destinos em todo o Brasil. Para comprar a passagem antecipada online, é preciso selecionar o destino e horário, escolher a viação e assento e realizar o pagamento, que pode ser feito em até 12x tanto pelo site quanto pelo aplicativo, disponível em versões Android e iOS.

Aumento de 11,36% para os professores desagrada a estados e municípios

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Do Correio Brasiliense

O ministro da Educação, Aloizio Mercadante, anunciou, ontem, o novo piso salarial dos professores da rede pública de educação básica. O valor passa de R$ 1.917,78 para R$ 2.135,64 — reajuste de 11,36% — e já está valendo. A mudança está prevista em lei, mas desagrada a representantes dos estados e municípios, que temem não conseguir cumprir a norma. Nesta semana, durante reunião com a pasta, eles pediram o adiamento do aumento até agosto e sugeriram a redução do índice para 7,41%. Mercadante, no entanto, disse que não haverá alterações em relação ao que prevê a legislação.

“O índice é este, a lei é esta e nós estamos cumprindo o que ela estabelece”, atestou o ministro. Ele reconheceu que, apesar de o aumento real do piso desde que a lei entrou em vigor, em 2009, ter sido de 46%, esse percentual não foi acompanhado pelo crescimento da receita dos municípios. “Isso tem gerado conflitos sindicais, greves prolongadas, disputas judiciais, o que, evidentemente, não contribui para a qualidade da educação no Brasil”, disse. O ministro pediu que sindicatos e governos locais e estaduais entrem em acordo para encontrar uma política de pagamento do piso que seja compatível com a situação fiscal de cada região. “Não é com greve prolongada que a gente melhora a educação. Então, é preciso diálogo.”

Só no ano passado, o Conselho Nacional de Secretários de Educação (Consed) registrou paralisações em 14 unidades da Federação, muitas delas com duração de 40 a 70 dias. “Já temos relatos de estados e de municípios que estão atrasando e parcelando salários”, afirma o presidente da entidade, Eduardo Deschamps, secretário de Educação de Santa Catarina. Segundo ele, os gestores que estão à frente das pastas de Planejamento, Administração e Orçamento nos estados têm sinalizado que, diante da queda de arrecadação, será difícil aplicar o reajuste e, mesmo que consigam, há a possibilidade de faltar verbas para outras ações ligadas à educação, como compra de equipamento, de material de didático e serviços necessários para o funcionamento das unidades escolares. Outro efeito possível, de acordo com Deschamps, é o achatamento da carreira, uma vez que aumento semelhante não poderá ser dado aos profissionais que não se encontram mais no nível inicial do magistério público.

O piso salarial dos docentes é reajustado anualmente de acordo com a variação no valor anual mínimo por aluno definido no Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb). O cálculo do índice de reajuste anual fica a cargo da Secretaria do Tesouro Nacional do Ministério da Fazenda. O vencimento inicial é pago a profissionais com formação de nível médio e jornada de 40 horas semanais.

Aumenta o valor da multa para quem estacionar em vaga de deficiente

O valor da multa para quem estacionar em vagas exclusivas para idosos e deficientes aumentou. De acordo com o Código de Trânsito Brasileiro, a infração que antes era considerada leve, passa a ser grave, com valor de R$ 127,69 para o uso indevido de vagas de estacionamento para idosos e deficientes físicos, além de cinco pontos na carteira.

A medida passou a valer no dia 07 de janeiro e também vale para quem estacionar nas vagas especiais dentro de estabelecimentos comerciais.

Atualmente, Caruaru possui 28 vagas destinadas a idosos e 22 vagas para deficientes, esses números serão ampliados ainda neste semestre. As novas regras visam gerar mais consciência, segurança e organização nas áreas reservadas.

Casos de abandono de animais durante as férias aumentam cerca de 50%

No período de férias, o número de cães na Gerência de Proteção dos Animais aumenta cerca de 50%. Nos feriados prolongados, esse número tende a se intensificar. Atualmente, o local acolhe 140 animais, entre cães e gatos, adultos e filhotes.

Isso ocorre porque muitos são abandonados nas ruas pelos donos que viajam durante o período de veraneio e não têm com quem deixá-los. Essa prática é contra a lei. O abandono e os maus tratos aos animais são crimes previstos em lei, com punição de três meses a um ano de detenção e multa.

Na opinião do gerente de proteção animal, Fagner Fernandes, a partir do momento que se toma posse do animal, a responsabilidade pelos cuidados e proteção do mesmo é do proprietário. “Frisamos sempre aos adotantes o compromisso que devem ter ao adotar um animal. Ninguém é obrigado a adotar, mas a partir do momento em que a responsabilidade é assumida, precisa saber que o animal exige atenção e que não pode abandoná-lo ao surgimento do primeiro empecilho”, ressalta o gerente.

Conforme o veterinário José Simonal, os motivos do abandono de animais são os mais absurdos possíveis. “Durante o período de férias, muita gente viaja e quer se desfazer dos animais por não ter com quem deixar ou por não dispor de recursos para manter o cão em outro lugar enquanto estiver fora, e esquece que o animal está acostumado ao ambiente familiar. Quando está na rua, ele fica mais suscetível a ser atropelado, a ser ferido, a não se alimentar corretamente”, comentou.

A Gerência conta com um canil com capacidade para 60 cães, não tendo condições de acolher a todos os animais que por ventura forem abandonados. O órgão prioriza o recolhimento de animais que se encontrem em estado de vulnerabilidade, doentes ou correndo risco de morte. Segundo o gerente de proteção dos animais, Fagner Fernandes, algumas pessoas que compram ou adotam os animais não levam em conta que eles irão crescer, precisar de cuidados ou latirem.

A GPA orienta que os donos de cães deixem seus animais com parentes, vizinhos ou cuidadores que ofereçam serviços de hospedagem para cães, dessa forma oferecendo segurança e cuidado para seu cão.

Sempre denuncie os maus tratos. Essa é a melhor maneira de combater os crimes contra animais. Quem presencia o ato é quem deve denunciar. Deve haver testemunha, fotos e tudo que puder comprovar o fato. Não tenha medo. Não é necessário se identificar! Denunciar é um ato de cidadania. Ameaça de envenenamentos, bem como envenenamentos de animais, também podem e devem ser denunciados.

Os casos de abandono, agressão e violência contra animais devem ser relatados ao Disk Denúncia Agreste, através do número 3719-4545, que funciona 24 horas,  durante todos os dias da semana, inclusive feriados. De segunda a sexta-feira, no horário das 7h às 13h, as denúncias também podem ser feitas a Gerência de Proteção Animal do município, através do 3724-0333. Em ambos os órgãos a identidade do denunciante é mantida em sigilo.

Cesta básica em Caruaru aumenta 2,65%

Os alunos dos cursos de Ciências Contábeis e Gestão Financeira do Centro Universitário do Vale do Ipojuca (UNIFAVIP) divulgaram, no mês de Outubro de 2015, o novo valor da Cesta Básica para a cidade de Caruaru – PE. Seguindo a metodologia do Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos), os alunos detectaram um aumento de 2,65% em relação a Setembro.

Considerando os componentes de uma Cesta Básica, os itens de maiores pesos na determinação desse valor foram a carne (25,07%), o pão (19.09%), o tomate (11,93%) e a banana (11,52%). Para comprar a quantidade mensal necessária para um adulto que, segundo o ICB – Ciências Contábeis e Gestão Financeira/UNIFAVIP, é de 4,5kg, o caruaruense precisou desembolsar em média, R$ 58,30 para a carne, para o pão R$ 44,39, para o tomate R$ 27,73 e para a banana R$ 27,01.

Em setembro, o preço dos gêneros alimentícios essenciais aumentou em 9 das 18 capitais onde o DIEESE realiza mensalmente a Pesquisa Nacional da Cesta Básica. As maiores altas foram verificadas em Brasília (2,10% – R$345,38), Natal (0,97% – R$ 285,47) e Aracaju (0,93% – R$ 282,87). Enquanto que a as reduções mais significativas foram registradas nas cidades do sul do país – Curitiba (-1,85% – R$349, 93,20), Porto Alegre (-1,27% – 380,80) e Florianópolis ( -1,21% – R$ 378,45). A mais cara do país foi em São Paulo (R$ 382,13) e a mais barata, foi registrada em Aracajú (R$ 282,87). Recife é a terceira mais barata do Brasil (R$ 297,78). A cesta básica caruaruense apresentou um valor menor que a de Recife: a diferença é de R$ 65,28 (no mês de outubro a caruaruense continuou mais barata que a recifense, com uma diferença de R$ 68,28).

Em três anos, dívida bruta vai de 53% para 72% do PIB

Do Estadão Conteúdo

Após três anos seguidos de baixo crescimento e recessão, com aumento de desemprego, a dívida pública bruta saltará fortemente, deixando o governo mais dependente de um ajuste fiscal para evitar uma crise mais grave. Essa descrição, usada para explicar as turbulências dos últimos anos na Europa, deve servir ao Brasil de 2014 a 2016.

O próprio governo admitiu ao Congresso que a dívida pública bruta chegará a quase 72% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2016. Haverá, portanto, um salto de quase 20 pontos porcentuais da dívida pública em apenas três anos – em dezembro de 2013, ela representava 53,2% do PIB.

A combinação entre recessão e debilidade fiscal pode ser explosiva? Para o economista Luis Eduardo Assis, ex-diretor do Banco Central, o risco para o País é se aproximar da realidade de alguns países europeus, como Itália, Espanha e Portugal, que viram sua dívida pública subir muito em poucos anos e hoje convivem com baixo crescimento econômico. “A diferença é que eles já enriqueceram, nós não. O grande risco aqui não é mesmo o de uma explosão, como na Grécia, mas de uma mediocridade de crescimento por muitos anos.”

Para Nelson Marconi, coordenador do curso de Economia da Fundação Getulio Vargas em São Paulo (FGV-SP), o quadro de baixo crescimento e alta do endividamento é semelhante ao de países europeus, mas, no limite, o Brasil “se salva” pelo fato de a dívida ser predominantemente lastreada em moeda nacional. “Os europeus estão presos ao euro, uma moeda comum, mas que não é controlada por cada país. Nós, no limite, desvalorizamos muito a moeda para pagar a dívida. Seria uma opção dramática, mas é uma saída limite.”

ERROS

Segundo Marconi, a trajetória de forte alta da dívida desde o fim de 2013 é resultado dos erros de política econômica do governo Dilma e da elevada taxa básica de juros, que corrige os títulos do governo. “O governo concedeu uma série de estímulos fiscais e aumentou muito os gastos para fazer a economia crescer, mas a estratégia não deu certo. Isso piorou o quadro das contas públicas e não gerou crescimento. Os dois problemas, juntos, fazem a dívida pública crescer. Não ajuda o fato de termos a maior taxa de juros do mundo”, afirmou.

Segundo o economista Alexandre Schwartsman, ex-diretor do Banco Central, o governo precisa, urgentemente, “arrumar sua casa”. Isto é, reduzir gastos com despesas obrigatórias, em especial na Previdência Social. “O governo precisa fazer um ajuste fiscal que possa, no mais curto espaço de tempo possível, sinalizar que voltará a produzir um superávit fiscal. Isso permitirá ao menos uma estabilização do endividamento público e também a redução dos juros, o que ajuda no crescimento econômico”, disse ele.

Para Schwartsman, a saída preconizada por economistas que defendem mais gastos e mais estímulo ao crédito (como sugeriu o ex-presidente Lula), não faz o menor sentido. “Se gastar fosse a saída, não haveria pobreza no mundo. Bastaria que todos os governos imprimissem dinheiro e entregassem para todas as pessoas.”

Segundo ele, a busca por receitas extraordinárias faz parte do jogo. Nos anos 90, o então governo Fernando Henrique Cardoso (PSDB) usou recursos das privatizações de empresas estatais para pagar os juros da dívida. Agora, o governo Dilma Rousseff pretende usar o dinheiro que pode vir com a regularização e repatriação de ativos de brasileiros mantidos ilegalmente no exterior para reforçar o ajuste fiscal. “A receita extraordinária ajuda. Mas serve apenas para um ano específico, não dá para ficar dependente dela.”

Os analistas, no entanto, concordam que nenhuma reforma estrutural, como mudanças em aposentadorias e pensões e ajustes nas contas públicas, sairá do papel no atual contexto de crise política. “A sociedade brasileira precisa discutir o Estado que ela quer, e isso terá impacto no futuro da dívida pública. Mas esse debate hoje é absolutamente impossível. Só depois de resolvida a crise política”, disse Assis. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Aumento da gasolina fez inflação avançar em outubro, diz FGV

A inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Semanal (IPC-S) encerrou outubro com alta de 0,76%, informou o Instituto Brasileiro de Economia (Ibre) da Fundação Getulio Vargas (FGV).

A taxa é 0,09 ponto percentual superior ao resultado do último dia 22 quando a variação atingiu 0,67% e ficou bem acima da taxa do fechamento de setembro (0,42%). No acumulado desde janeiro, o índice teve elevação de 8,48% e, nos últimos 12 meses, a alta atinge 10,01%.

O levantamento mostra que sete dos oito grupos pesquisados tiveram aumento de preços na comparação com a semana terminada em 22 de outubro. O destaque foi o grupo transportes: este índice subiu de 1,57% para 1,92% sob a influência da gasolina. Este combustível avançou de 3,15% para 5,27%.

Em saúde e cuidados pessoais, a variação passou de 0,54% para 0,65% e entre os itens que mais causaram impacto nesta classe de despesa foram os artigos de higiene e cuidado pessoal (de 0,17% para 0,68%). No grupo habitação, o índice aumentou de 0,68% para 0,73% com a elevação, principalmente, dos eletrodomésticos e equipamentos (de 0,19% para 0,7%).

Já os alimentos tiveram altas mais modestas com correções na média de 0,47%, ligeiramente acima da medição passada (0,46%). O que tem ajudado a equilibrar os preços neste grupo são as hortaliças e os legumes, mas estes itens já evidenciam uma tendência de alta. Na média, a cotação desses alimentos indicou queda de 10,13%. Porém, o recuo na apuração anterior foi mais expressivo: 10,91%.

Em despesas diversas, a variação passou de 0,07% para 0,15%, sob o impacto dos serviços em clínica veterinária (de 0,1% para 0,98%). No grupo educação, leitura e recreação , a taxa elevou-se de 0,23% para 0,28%, puxado pelo aumento nos ingressos de salas de espetáculo (de 0,33% para 1,3%). E, em comunicação, houve variação de 0,21% sobre uma alta anterior de 0,18%. Neste caso, a alta foi provocada, principalmente, pela tarifa de telefone móvel (de 0,11% para 0,32%).

O único decréscimo ocorreu em vestuário (de 0,59% para 0,43%) com os preços das roupas subindo mais lentamente (de 0,62% para 0,44%).

As principais influências de alta vieram dos seguintes itens: gasolina (5,27%); etanol (9,21%); gás de bujão (6,60%); tarifa de ônibus urbano (1,67%) e tarifa de eletricidade residencial (1,13%)

Em sentido oposto, os itens que mais ajudaram a segurar os preços foram a cebola (-40,73%); a batata-inglesa (-14,11%); a manga (-11,97%); a banana-prata (-3,60%) e a cenoura (-7,61%).

Governo aumenta taxa de juros máxima de crédito consignado de aposentados

Os aposentados e pensionistas da Previdência Social vão pagar mais caro por empréstimos consignados. O Conselho Nacional de Previdência Social (CNPS) aprovou, ontem (29), as novas taxas limites de crédito consignado. Para empréstimo pessoal, o percentual passa de 2,14% para 2,34%. Para empréstimos feitos pelo cartão de crédito, a taxa sai de 3,06% para 3,36%. A mudança passará a valer somente com a publicação no Diário Oficial da União, nos próximos dias.

Segundo o Ministério da Previdência Social, desde maio passado, o conselho já debatia o aumento dos juros. As instituições financeiras pleiteavam taxa limite de 2,48% para o empréstimo pessoal e 3,49% para a modalidade cartão de crédito, mas segundo o ministério, essa proposta não foi aceita.

No último dia 22, o Diário Oficial da União publicou a lei que amplia o limite de renda que pode ser comprometido com crédito consignado, descontado em folha de pagamento. O limite passou de 30% para 35%. O percentual adicional de 5% só pode ser destinado para pagar dívidas de cartão de crédito ou para saque por meio de cartão.