Caixa lidera ranking de reclamações de clientes pelo terceiro mês seguido

Da Agência Brasil

A Caixa Econômica Federal lidera, pelo terceiro mês seguido, o ranking de reclamações de clientes bancários. Em setembro, o Banco Central (BC) recebeu 842 reclamações contra a instituição consideradas procedentes.

Segundo o BC, a maioria das queixas contra a Caixa são de irregularidades relativas a integridade, confiabilidade, segurança, sigilo ou legitimidade das operações e serviços de cartões de crédito.

Para fazer o ranking, as reclamações são divididas pelo número de clientes da instituição financeira que originou a demanda e multiplicadas por 1 milhão. Assim, é gerado o índice, que representa o número de reclamações de cada instituição financeira para cada grupo de 1 milhão de clientes.

No caso da Caixa, o índice ficou em 10,88. Em seguida, vem o Bradesco, com índice em 9,28. Em terceiro lugar ficou o Itaú, com 7,69. No ranking estão as instituições financeiras com mais de 2 milhões de clientes.

A maioria das reclamações registradas em setembro foi relacionada à restrição de portabilidade de operações de crédito consignado, com 435 casos considerados procedentes. Em seguida estão as irregularidades relativas à integridade, confiabilidade, segurança, ao sigilo ou à legitimidade das operações e serviços relacionados a cartões de crédito (411 casos). Em terceiro lugar ficaram as queixas relativas a débito em conta de depósito não autorizado pelo cliente, com 293 situações.

Em nota, a Caixa disse que avalia todas as reclamações registradas no Banco Central, procedentes ou não, assim como as demandas dos clientes nos canais do banco, como Serviço de Atendimento ao Cliente (SAC) e Ouvidoria. “A redução das reclamações e o aumento da solução nos canais externos e internos são prioridades do banco”. O banco diz ainda que “constantemente adota medidas para aprimorar o atendimento, produtos e serviços, para garantir a satisfação dos clientes”, acrescentou o banco.

Procurados pela Agência Brasil, o Bradesco e o Itaú ainda não se manifestaram sobre a divulgação do ranking.

Depois de atuação do Banco Central, dólar opera em baixa hoje

Da Agência Brasil

Depois de forte oscilação ontem (24), o dólar comercial opera em baixa, na manhã de hoje (25). Às 9h19, o dólar estava cotado a R$ 3,89, chegou a R$ 3,93, por volta de 9h40 e às 10h estava em R$ 3,91. Por volta das 10h50, o BC anunciou mais um leilão de swap cambial (operação equivalente à venda de dólares no mercado futuro) de até 20 mil contratos. Nesse horário, o dólar voltou a R$ 4. Ontem, a moeda chegou a R$ 4,248 na máxima do dia, por volta das 10h30, mas fechou cotada a R$ 3,99.

A cotação passou a cair depois que o presidente do Banco Central (BC), Alexandre Tombini, não descartou a possibilidade de venda de dólares das reservas internacionais, no mercado à vista.

“Todos os instrumentos estão no raio de ação do Banco Central caso seja necessário”, disse Tombini, que participou, pela primeira vez, do início da coletiva de imprensa sobre o Relatório Trimestral de Inflação, divulgado ontem. A venda de dólares das reservas internacionais não é feita desde fevereiro de 2009.

Ontem, a autoridade monetária renovou integralmente 9,4 mil contratos de swap cambial que venceriam em outubro e leiloou 20 mil (US$ 1 bilhão) novos contratos com vencimento em 1º de setembro de 2016.

Para hoje, o BC faz mais um leilão de swap, também de US$ 1 bilhão, além de rolagem (renovação) de contratos. O BC também atua hoje com um leilão de venda de até US$ 1 bilhão das reservas, com compromisso de recompra em janeiro de 2016.

As reservas internacionais funcionam como um instrumento de segurança para o país em caso de crise no mercado de câmbio. Normalmente, o BC evita vender diretamente recursos das reservas para não comprometer esse mecanismo de proteção, preferindo operações no mercado futuro, como os swaps cambiais, que transferem a demanda pela moeda norte-americana do presente para o futuro. Em caso de turbulência severa, no entanto, a autoridade monetária pode lançar mão das reservas cambiais.

Novos diretores do Banco Central são efetivados

A presidenta da República, Dilma Rousseff, e o presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, efetivaram hoje (24) Tony Volpon e Otávio Ribeiro Damaso para a diretoria da instituição. A efetivação dos dois, respectivamente, para a Diretoria de Assuntos Internacionais e Diretoria de Regulação do BC foi publicada no Diário Oficial da União.

O anúncio de Volpon e Damaso como diretores aconteceu no início de fevereiro deste ano. Ambos tiveram o nome aprovado no Senado Federal, após passarem por sabatina no última dia 14 de abril. Anteriormente, Volpon ocupava o cargo de diretor executivo e chefe de pesquisas para mercados emergentes das Américas na Nomura Securities. Já Damaso foi chefe de gabinete e coordenador da assessoria econômica de Tombini.