PL da Sulanca será votado na terça

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O projeto de Lei nº 6.490/2015, enviado pelo Poder Executivo, tratando da transferência da Feira da Sulanca, será votado em reunião extraordinária na próxima terça-feira (28), às 20h. A definição da data aconteceu na reunião do presidente do Poder Legislativo, vereador Leonardo Chaves (PSD), e seus pares, na manhã desta quinta-feira (28), depois do parecer favorável das comissões parlamentares encarregadas de analisar o projeto.

Alguns vereadores, como o democrata Antonio Carlos, líder da oposição, e o socialista Gilberto de Dora, se posicionaram a favor da ampliação da discussão pela complexidade do assunto, chegando a defender a realização de uma consulta popular. “O presidente da Câmara falou sobre a questão do plebiscito, explicou que não pode entrar em votação nesse período de recesso. A data para uma nova reunião, onde será decidido o destino do projeto, foi marcada, mas eu acredito que não será decidido o destino da feira, mas pelo menos o do projeto, que entrará em votação”, opinou Gilberto de Dora. Já o vereador Antonio Carlos ponderou que não houve a discussão necessária para um assunto de tanta relevância, que mexe com a espinha dorsal da economia da cidade. “Pedi, através de ofício, a realização de uma audiência pública, mas não fui atendido”, lamentou o parlamentar.

O presidente Leonardo Chaves concordou que o tema é polêmico, mas acredita que os vereadores terão tempo suficiente para votar com segurança. “Existem alguns vereadores que estão ausentes da cidade, outro vereador está recentemente operado, então resolvemos fazer a reunião na próxima terça-feira, o que será bom também para que os vereadores possam ainda rever e ler o projeto”, afirmou o presidente Leonardo.

Para ser aprovado, o PL necessitará de 2/3 dos votos dos 23 vereadores, ou seja 16 votos, após o que deverá ser enviado para o Executivo, que terá 15 dias para sancioná-lo. Mas se o projeto não for aprovado, não poderá mais entrar na pauta de deliberações deste ano.

Recesso na Câmara não significa descanso para Edmilson

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O vereador Edmilson do Salgado (PCdoB) continua levando muito a sério uma das atribuições que seu cargo lhe confere: o de fiscal do povo. Nesta quarta, 22, o parlamentar visitou obras e conferiu solicitação atendida pela Prefeitura, no canal do Salgado (limpeza e remoção de entulhos) e terraplanagem na passagem molhada da Rua Nossa Senhora Aparecida do Norte.

Por causa das chuvas, o local estava intransitável, causando muitos transtornos aos moradores, mas a situação foi bastante amenizada, conforme destaca o senhor Manoel Dimas, morador do local. “Antes não havia condições de passar por aqui, nem a pé, nem de carro, mas melhorou bastante, com o trabalho da Prefeitura, em atenção ao vereador. Ai de nós, se não fosse ele”, agradeceu.

O parlamentar também visitou a Creche do São João da Escócia, que está na fase final da construção e saiu muito satisfeito com o andamento dos trabalhos. A obra, cujo requerimento é de sua autoria, atende uma solicitação antiga da comunidade.

Edmilson encerrou a agenda de visitas, em passagem pelo Núcleo Integrado de Segurança do Salgado – NISC, obra de responsabilidade do Governo Estadual, que está na reta final do processo de reforma. Um equipamento extremamente importante para a segurança da população, que não vê a hora da reinauguração acontecer, como destaca a dona de casa Margarete Rodrigues. “Já não era sem tempo de voltar a funcionar. Estamos ao Deus dará”, desabafou.

 

Vereadores votarão projeto da nova Sulanca na próxima terça

A Câmara de Vereadores de Caruaru agendou para a próxima terça-feira (28) a votação do projeto de lei que trata da transferência da Feira da Sulanca. A data foi decidida após reunião realizada na manhã de hoje.

O projeto, que foi aprovado no início da semana pelas comissões da Casa mesmo com parecer contrário do jurídico da Câmara, possui vários pontos polêmicos – entre eles a ausência de processo licitatório para execução da obra – e deve ser alvo de questionamentos na Justiça.

Câmara dos Deputados recebe edição 2015 do Projeto Politeia

Entre os dias 20 e 24 de julho, a Câmara dos Deputados sedia nova edição do Politeia. Idealizada como projeto de ensino, pesquisa e formação política, a iniciativa pretende promover o aprendizado prático das atividades legislativas, a partir de simulação das atividades parlamentares e do processo legislativo, iniciando-se dentro da Universidade e culminando com a simulação na própria Câmara dos Deputados. O participante atua diretamente na construção de uma proposta de lei e a encaminha para apreciação dos colegas, em processo semelhante ao do sistema legislativo adotado no Brasil.

O Politeia é um projeto de extensão da Universidade de Brasília (UnB), por meio do Instituto de Ciência Política (Ipol), realizado em parceria com a Câmara dos Deputados, formado por estudantes de graduação nos cursos de ciência política e comunicação social, entre outros da UnB.  Em sua décima edição, tem a participação de 179 estudantes universitários de todo o país. Destes, 135 atuam como deputados (estudantes-deputados), 16 têm a função de jornalistas (estudantes-jornalistas) e 28 são estudantes responsáveis pela organização do projeto.

A simulação conta com o apoio das seguintes comissões parlamentares: Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJC); Comissão de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural (CAPADR); Comissão de Seguridade Social e Família (CSSF); Comissão de Educação (CE); Comissão de Legislação Participativa (CLP); Comissão de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado (CSPCCO); e Comissão de Desenvolvimento Econômico, Indústria e Comércio (CDEIC).

Assim como em 2014, antes da realização da simulação na Câmara, o Centro de Formação, Treinamento e Aperfeiçoamento (Cefor), ofereceu aos estudantes-deputados o curso EAD Processo Legislativo, no período de 22 de junho a 16 de julho.

Jarbas prega saída de Eduardo Cunha

Da Folha de S.Paulo

A denúncia de que Eduardo Cunha (PMDB-RJ) teria recebido US$ 5 milhões em propina no esquema da Petrobras tem sido avaliada como grave por um grupo de deputados, que passou a pregar sua saída temporária da Presidência da Câmara.

Fundador do PMDB, o deputado federal Jarbas Vasconcelos (PE) uniu-se neste domingo (19) ao vice-líder do governo, Sílvio Costa (PSC-PE), e à bancada do PSOL na defesa do afastamento imediato do peemedebista.

“Como ele vai ficar na Presidência da Câmara acusado como foi, com todas as letras e toda a clareza possível, por uma pessoa que diz que ele pediu US$ 5 milhões? Fica difícil, imensamente complicado”, disse ele à Folha. “Não custa nada deixar o cargo temporariamente.”

Vasconcelos também criticou a reação de Cunha, que rompeu com o Planalto e acusou o governo de articular seu envolvimento na Lava Jato.

“Ele está em um comportamento oportunista, de aproveitar um governo fragilizado para criar dificuldade.”

O afastamento de políticos envolvidos na Lava Jato também foi defendido neste domingo (19) pela ex-senadora Marina Silva. Em artigo no site G1, ela ressaltou, sem citar nomes, a necessidade de denunciados formalmente deixarem seus cargos para evitar interferências nas decisões.

Câmara entra em recesso com dois pontos da reforma política em aberto

Do G1

A Câmara dos Deputados iniciou neste sábado (18) o recesso parlamentar sem concluir dois tópicos da proposta de emenda à Constituição da reforma política – financiamento de campanha e idade mínima para ser deputado.

A PEC foi aprovada em dois turnos na Casa e a maioria dos destaques destinados a mudar o texto foi votada, mas faltou analisar duas propostas de modificação – uma tenta derrubar a doação de empresas aos partidos e outra quer retomar para 21 anos a idade mínima exigida para se candidatar a deputado federal (o texto-base reduziu para 18 anos).

A previsão era de que a votação da PEC fosse concluída ainda neste semestre, mas um impasse sobre um destaque do PT que tratava de financiamento empresarial adiou a votação. Os petistas queriam retirar a palavra “pessoas jurídicas” do artigo que permite financiamento de empresas a partidos políticos.

Na prática, a retirada da palavra inviabilizaria as doações de companhias. Somente a doação de pessoas físicas seria permitida. A iniciativa foi questionada pelos líderes do DEM e do PMDB, e o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), decidiu adiar a votação para analisar o caso.

Segundo Cunha (PMDB-RJ), a análise da reforma política pelo plenário em 4 de agosto. A Câmara aprovou, até o momento, 11 modificações à legislação atual, mas duas foram posteriormente derrubadas pelo plenário:

– fidelidade partidária;
– prazo para desfiliação do partido sem perda de mandato;
– novas regras para projeto de iniciativa popular;
– possibilidade de policiais e bombeiros voltarem à ativa após mandato;
– emissão de recibo em papel nas urnas;
– fim da reeleição;
– mandato de cinco anos para todos os cargos eletivos (derrubado na votação de destaques)
– redução da idade mínima para candidatos a senador, deputado e governador;
– restrições de acesso de pequenos partidos ao fundo partidário;
– alteração na data da posse de presidente e governador (derrubado na votação de destaques)
– permissão de doações de empresas a partidos.

Além dos itens aprovados, os parlamentares também rejeitaram algumas mudanças estruturais no modelo político brasileiro:

– instituir o voto facultativo nas eleições do país;
– obrigar o candidato a registrar programa de campanha;
– autorização para candidatura a mais de um cargo na mesma eleição;
– alterar o atual sistema proporcional com lista aberta para escolha de deputados;
– proposta de eleições simultâneas para todos os cargos eletivos;
– proposta que previa o fim das coligações entre partidos nas eleições para a Câmara;
– cota para as mulheres no legislativo;
– perda de mandato a parlamentar que assume cargo no Executivo;
– criação do cargo de “senador vitalício” para ex-presidentes da República;
– voto em trânsito para todos os cargos eletivos;
– formação de federações partidárias.

Além da PEC da reforma política, a Câmara aprovou um projeto de lei que complementa a proposta de emenda à Constituição. Entre outros pontos o texto impõe limite às doações, estabelece um teto de gastos em campanhas e limita a punição de partidos políticas que tiverem contas de campanhas rejeitadas.

TEMPO DE CAMPANHA

O projeto de lei aprovado reduz de 90 para 45 dias o tempo de duração das campanhas políticas. No caso da propaganda eleitoral gratuita em cadeia nacional de rádio e TV, o tempo foi reduzido de 45 para 35 dias.

DOAÇÃO DE EMPRESA COM CONTRATO PÚBLICO

Empresas que executam obras públicas serão proibidas de fazer doações para campanhas eleitorais na circunscrição do órgão com o qual mantêm o contrato. A pessoa jurídica que descumprir a regra poderá pagar multa no valor de cinco a dez vezes a quantia doada, além de ficar proibida de participar de licitações e celebrar contratos com o poder público pelo período de cinco anos.

TETO DE DOAÇÕES

O projeto fixa teto de R$ 20 milhões como gasto máximo para o financiamento de campanha eleitoral por pessoas jurídicas. Atualmente, doações de empresas a campanhas obedecem à regra do limite de 2% do faturamento bruto, o que foi mantido pelo texto aprovado nesta quinta. No entanto, a norma atual não estabelece teto com valor monetário fixo.

LIMITAÇÃO À DOAÇÃO AO MESMO PARTIDO

Projeto impede uma companhia de doar mais que 0,5% do faturamento bruto a um único partido. Ou seja, o limite de 2% continua, mas desde que diluído entre ao menos quatro siglas. A pessoa jurídica que não obedecer a regra poderá ser impedida de participar de licitações e de firmar contratos públicos por cinco anos, além de pagar multa de cinco a dez vezes o valor da doação.

DOAÇÃO DE PESSOA FÍSICA

O texto mantém o limite de contribuições de pessoas físicas a 10% dos rendimentos brutos obtidos no ano anterior à eleição, mas prevê que a soma de doações para um mesmo partido ou candidato não pode ultrapassar um quarto desse valor.

TETO DE GASTO PARA CAMPANHAS DE PRESIDENTE, GOVERNADOR E PREFEITO

Até 70% do maior gasto declarado para o cargo, quando a disputa for definida em primeiro turno. Nos casos em que a eleição foi para o segundo turno, o limite será de 50% do maior gasto declarado.

TETO DE GASTO PARA SENADOR, VEREADOR E DEPUTADO ESTADUAL E DISTRITAL

Até 70% do valor gasto na última eleição.

TETO DE GASTO PARA DEPUTADO FEDERAL

Até 65% do valor da campanha mais cara da eleição anterior à entrada em vigor da lei. O PT criticou essa diferenciação alegando que irá aumentar o gasto de campanha.

DEBATE ELEITORAL

Pelo texto aprovado pelos parlamentares, será assegurada a participação de candidatos dos partidos com representação superior a nove representantes na Câmara dos Deputados. Atualmente têm direito a participar candidatos de partidos que possuam pelo menos um representante na Câmara dos Deputados. O projeto prevê que, no primeiro turno, se 2/3 dos candidatos concordarem, o número de participantes nos debates poderá ser reduzido aos com mais chance de vitória.

DESAPROVAÇÃO DE CONTAS DA CAMPANHA

De acordo com o texto aprovado, a desaprovação de contas dos partidos terá como sanção “exclusivamente” a devolução do montante considerado irregular, acrescido de multa de 20%. Não poderia haver, por exemplo, suspensão de cotas do fundo partidário.

REDUÇÃO DA PUNIÇÃO A PARTIDOS

Na sessão desta terça, os deputados aprovaram flexibilizar as punições referentes às contas de campanha, por meio de emenda que impede a suspensão de registro do partido e isenta a direção partidária de culpa quando as contas não forem apresentadas ou forem rejeitadas. Pelo novo texto, só poderá sofrer punições da Justiça Eleitoral “a esfera partidária responsável pela irregularidade”.

LIMITE A COLIGAÇÕES

Para desestimular coligações grandes, os parlamentares aprovaram um novo cálculo da divisão do tempo de propaganda eleitoral gratuita no caso de eleições majoritárias. Pela nova regra a 90% do tempo de TV e rádio irá para os seis maiores partidos da coligação. Hoje o cálculo leva em conta todos os partidos que integram a coligação.

Em balanço, Cunha diz que Câmara está mais conectada com a população

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Peemedebista anunciou seu rompimento político com o governo da presidente Dilma Rousseff (Foto: ABr)

Da Agência Brasil

O presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), fez ontem, em rede nacional de rádio e televisão, um balanço do primeiro semestre no comando da Casa. No pronunciamento, feito após ter anunciado seu rompimento político com o governo da presidente Dilma Rousseff, Cunha destacou, entre outros pontos, a aprovação da proposta de Emenda à Constituição (PEC) que reduz a maioridade penal de 18 para 16 anos nos casos envolvendo crimes hediondos.

“Com coragem e maturidade, debatemos a redução da maioridade e aprovamos um projeto com 323 votos, com ampla maioria”, informou.

Eduardo Cunha fez referência ao período da ditadura, quando a independência dos Poderes foi suprimida. Ao lembrar o retorno da democracia, ele ressaltou que a Câmara está “mais conectada” com a população e que as principais demandas da sociedade “estão pautando” o trabalho dos deputados.

O presidente da Câmara pautou o pronunciamento na quantidade de propostas aprovadas. Ele lembrou a aprovação do projeto que transforma em crime hediondo o assassinato de policiais e parentes, a aprovação da PEC da Bengala, o fim do fator previdenciário, marco da biodiversidade, regulamentação da terceirização e dos direitos trabalhistas das empregadas domésticas. “Uma vitória que beneficia pessoas simples e batalhadoras.”

O deputado também explicou a proposta da Câmara Itinerante e a aprovação de projetos que tratam da relação da União com estados e municípios. Eduardo Cunha destacou ainda o debate sobre o Pacto Federativo, que altera a redistribuição de recursos entre os entes federativos, e o projeto que renegocia dívidas de estados e municípios.

Outro votação lembrada por Cunha foi a da reforma política, destacando, entre outras iniciativas, o fim da reeleição, limite de gastos, redução do tempo de campanha e comprovante de voto impresso.

Ao abordar as medidas do ajuste econômico, ele disse que “a Câmara tem avaliado com critério e sempre atenta a governabilidade do país”. O presidente da Casa reafirmou que vai continuar trabalhando com “independência, coragem, responsabilidade e eficiência”.

MANIFESTAÇÕES

Durante os cinco minutos do pronunciamento de Eduardo Cunha, o assunto ganhou destaque nas redes sociais. No Twitter, a hashtag #CunhaNaCadeia liderou os assuntos da rede social no Brasil e apareceu em segundo lugar nos tópicos mundiais. Durante a tarde, pelo Facebook e Twitter, usuários incentivaram um “barulhaço” durante o pronunciamento.

No Facebook, no evento Barulhaço no Pronunciamento de Eduardo Cunha, 67 mil pessoas confirmaram presença. A descrição do evento é ampla: “Vale apito, lata, panela, tambor, guitarra, grito…Vale até lobisomem”.

Também pelo Facebook, Cunha pediu um “aplausaço”: “Hoje às 20h25 o presidente da Câmara, deputado Eduardo Cunha, fará um pronunciamento em rede nacional. As demonstrações de apoio já começaram”, disse no perfil oficial. Também foi disponibilizado um aplicativo que imita palmas para que os apoiadores usassem.

Pelas redes os usuários informaram as manifestações tanto contrárias como em apoio ao presidente da Câmara. Em Brasília, enquanto na Asa Sul um usuário informou que houve panelaço, na Asa Norte, outro disse que ouviu gritos de apoio: “Vai Cunha”.

No Facebook, o perfil da Mídia Ninja postou um vídeo no qual pessoas se reuniram nas ruas do Rio de Janeiro e fizeram um panelaço contra Cunha. Há vídeos também de manifestações contrárias em São Paulo.

Nova Sulanca: Comissões pedem mais tempo para analisar parecer

As comissões de Legislação e Redação de Leis, de Finanças e Orçamento e de Obras, Urbanismo e Serviços Públicos, que estão avaliando o parecer jurídico da Câmara de Vereadores de Caruaru sobre o projeto de lei nº 6.940/2015, que trata da transferência da Feira da Sulanca, anunciaram, após reunião ocorrida na manhã desta quinta-feira (16), que vão precisar de mais tempo para analisar o documento, que tem 33 páginas. Havia a expectativa que o projeto fosse a plenário para votação já nesta sexta.

“Como se trata de um parecer extenso e de bastante estudo detalhado, precisamos de mais tempo para analisá-lo e depois emitir a decisão final para que possa ir à votação”, explicou o vereador Marcelo Gomes (PSB), presidente da Comissão de Legislação e Redação de Leis.

A próxima reunião das comissões foi marcada para a terça-feira (21), às 10h, quando elas deverão se pronunciar sobre o encaminhamento que sugerem que seja dado ao projeto.

EMENDAS

Das oito emendas apresentadas pelos parlamentares, foram retiradas três, uma aditiva e duas modificativas. A aditiva, de autoria do vereador Heleno do Inocoop (PRTB), sugeria a criação de dormitório gratuito para os motoristas que trazem sulanqueiros de outros municípios. Já as emendas modificativas, uma também do vereador Heleno e a outra de Edjailson da Caru Forró (PTdoB), solicitavam gratuidade no estacionamento dos ônibus que transportam os sulanqueiros e implantação de uma área popular comercial para bancos móveis permanentes.

Plenário da Câmara volta atrás e derruba mandatos de cinco anos

O plenário da Câmara dos Deputados voltou atrás e derrubou ontem (15) a duração de cinco anos para os mandatos de presidente da república, governadores, prefeitos, deputados, vereadores e senadores. As matérias haviam sido aprovadas durante a votação da proposta de emenda à Constituição (PEC) da reforma política, em primeiro turno. Com a decisão, os cargos do Executivo, deputados vereadores retornam o mandato de quatro anos e oito anos para senadores.

Foram duas votações, na primeira foi aprovado um destaque do PMDB que retirava do texto aprovado a alteração nos mandatos do Legislativo. Por 294 votos a favor dos cinco anos e 154 contra. Para que os cinco anos fossem mantidos, eram necessário os votos de no mínimo 308 deputados.

Na segunda votação, os deputados também voltaram atrás e reduziram, por 363 votos favor e 68 contra, o tempo de mandato, de cinco para quatro anos, para presidente da República, governadores e prefeitos.

Nesta quarta-feira, durante a votação das emendas ao texto aprovado em segundo turno, uma emenda apresentada pelo líder do DEM, Mendonça Filho (PE), tentou restabelecer a reeleição para presidente da República, mas foi rejeitada pelos deputados.

Um dos temas mais polêmicos no debate da reforma política, a que trata do financiamento de campanha por empresas, dividiu mais uma vez o plenário. Um destaque do PT e do PPS pretendia excluir do texto a possibilidade de empresas fazerem doações a partidos políticos.

Para o deputado Henrique Fontana (PT-RS), o fim do financiamento de pessoas jurídicas para campanhas eleitorais deveria ter sido votado hoje. “Quem quer manter empresa financiando eleições tem que colocar 308 votos no segundo turno e não fazer uma manobra regimental para impedir a votação que vai decidir se vai ter empresa ou não no financiamento eleitoral brasileiro”, disse. Mas um questionamento do líder do PMDB, deputado Leonardo Picciani (RJ), sobre a validade do destaque, resultou no cancelamento da sessão e, consequentemente, no adiamento da decisão para agosto.

Já o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), afirmou que precisa de mais tempo para ter segurança jurídica a fim de votar as emendas restantes. “Eu preciso decidir com segurança. Todas as decisões que tomei, regimentais, aqui, foram todas confirmadas pelo Poder Judiciário, não posso correr o risco de tomar uma decisão que eu possa sofrer contestação e não ganhar”.

Câmara regulamenta uso de carros de som em campanhas

O plenário da Câmara aprovou, na noite desta terça-feira (14), emenda aglutinativa do deputado Efraim Filho (DEM-PB) ao projeto de lei da minirreforma eleitoral (Projeto de Lei 5735/13) regulamentando o uso de carros de som em campanhas eleitorais. De acordo com a emenda, até mesmo veículos de tração animal podem ser utilizados para este tipo de divulgação eleitoral.

A emenda também limita a meio metro quadrado o adesivo de propaganda partidária que pode ser usado em bens particulares e proíbe as emissoras de rádio e TV de transmitir, a partir de 30 de junho, programas apresentados ou comentados por candidatos. O texto-base do deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ) para a minirreforma foi aprovado na semana passada. Nesta terça-feira, a Câmara começou a analisar os destaques e emendas ao projeto.

A regulamentação do uso de carros de som nas campanhas gerou polêmica. A sessão do Plenário da Câmara dos Deputados chegou a ser suspensa duas vezes para que se chegasse a um acordo sobre o texto a ser votado.

O deputado Domingos Neto (Pros-CE) defendeu a limitação do uso do carro de som. Ele afirmou que a medida representa um alto custo nas campanhas eleitorais. “Não só trata de redução de custos, mas também da poluição sonora e de notório incômodo que causa na maior parte da sociedade”, afirmou.

Para o líder do DEM, deputado Mendonça Filho (PE), a proibição do uso de carros de som seria um retrocesso. “Quem conhece política nas cidades menores sabe que esse é um instrumento único em que a população acompanha a política local”, disse. O líder do Solidariedade, deputado Arthur Oliveira Maia (BA), lembrou que muitos municípios não têm sequer uma rádio, especialmente na zona rural.