Ajude a combater a dengue e a chikungunya no final do ano : lugar de pneu velho é no ponto de coleta

Calor e chuva se somam todo ano para estimular a dengue com a proliferação do mosquito Aedes Aegipti em águas paradas. Agora o problema se agravou com outra doença transmitida pelo mesmo inseto, achikungunya. Os possíveis criadouros do mosquito das doenças são poças de água nas ruas e terrenos baldios, e recipientes abertos com água estagnada, como latas, vasos e pneus largados nas residências e em outras áreas.

Para minimizar o problema com pneus inservíveis, a Reciclanip, entidade do Sistema ANIP – Associação Nacional da Indústria de Pneumáticos, realiza o trabalho de recolhimento em 834 “Pontos de Coleta” mantidos pelas Prefeituras Municipais e outras entidades, e os encaminha para a destinação final ambientalmente adequada. Por essa razão a Reciclanip recomenda que, além dos revendedores e frotistas, também os consumidores levem sempre pneus velhos para os pontos de coleta.

O programa da Reciclanip cobre todo o Brasil e seu funcionamento começa a partir dos chamados “Pontos de Coleta”, que são obrigatórios pela legislação em cidades com mais de 100 mil habitantes. Quando o município não atinge esse total a recomendação é a formação de um consórcio com outros para instalar o Ponto de Coleta, que sempre deve ser um galpão ou local coberto. Os pneus são recolhidos pelo serviço público como parte da retirada de lixo, por revendedores ou ainda descartados voluntariamente pelo munícipe e devem ser levados a esses locais (veja o mais próximo em www.reciclanip.org.br) .

“Nosso programa é desenvolvido por meio de parcerias com as Prefeituras, que cedem terrenos dentro das normas específicas de segurança e higiene para receber os pneus inservíveis vindos de origens diversas. A Reciclanip os recolhe e encaminha à destinação correta”, diz o coordenador da entidade, Cesar Faccio.

Todas estas destinações corretas precisam ser aprovadas pelo IBAMA como ambientalmente adequadas. Hoje, parte significativa dos pneus coletados é utilizada como combustível alternativo nas fábricas de cimento, substituindo óleo ou carvão. Para que seja ambientalmente correta, a queima deste material nas cimenteiras é cercada de todos os cuidados ambientais necessários, com o uso de filtros especiais. Outra destinação é a trituração para aproveitamento posterior da borracha, do aço e do tecido que compõem o pneu. Os principais usos da borracha reciclada são tapetes, pisos e a produção do asfalto borracha para estradas e ruas.

Só em 2014, até 30.09, a Reciclanip coletou e destinou de forma ambientalmente correta mais de 334 mil toneladas de pneus inservíveis. Esta quantia equivale a 68.000.000 (sessenta e oito milhões) de unidades de pneus de carros de passeio. Um pneu é considerado inservível quando não há mais condição de ser utilizado para circulação ou reforma. Esse recolhimento e destinação, possibilitado pelos pontos de coleta, supera anualmente a meta estabelecida pelo IBAMA para os produtores nacionais (os importadores têm ficado abaixo da meta definida pelo IBAMA, razão pela qual se vê ainda muitos pneus não recolhidos).

Desde 1999, quando os fabricantes de pneus iniciaram esse processo, 2,97 milhões de toneladas de pneus inservíveis foram coletados e destinados adequadamente, o equivalente a 594 milhões de pneus de passeio. Desde então, os fabricantes de pneus já investiram R$ 581,3 milhões no programa até setembro de 2014. Para saber mais acesse o site: WWW.reciclanip.org.br

Saiba mais sobre a chikungunya

Até 11 de outubro foram registrados 337 casos de febre chikungunya no Brasil, de acordo com dados divulgados recentemente pelo Ministério da Saúde. Do total dos infectados em 2014, 87 foram confirmados por meio de exames laboratoriais e o restante por critérios clínico-epidemiológicos, que levam em consideração os sintomas apresentados e o vínculo do paciente com pessoas que já contraíram a doença. A chikungunya provoca sintomas semelhantes aos da dengue e é causada por um vírus transmitido pelos mosquitos Aedes aegypti e Aedes albopictus.

O que é chikungunya?

É uma doença infecciosa febril, causada pelo vírus Chikungunya, que pode ser transmitida pelos mosquitos Aedes aegypti e Aedes albopictus.

Quais são os sintomas?

Febre acima de 39ºC, dores nas articulações, na cabeça e nos músculos e manchas vermelhas na pele que costumam durar de três a 10 dias. Os sintomas surgem entre dois a dez dias após a picada do inseto.

Uma pessoa doente pode infectar outra saudável?

A única forma de infecção é pela picada dos mosquitos.

Quem se infecta com o vírus fica imune?

Sim. Quem apresentar a infecção fica imune o resto da vida.

Ficarei doente se for picado por um mosquito infectado?

Não necessariamente. Em média, 30% das pessoas infectadas não apresentam os sintomas clássicos da doença.

Como o vírus é transmitido?

Pela picada da fêmea de mosquitos infectados: o Aedes aegypti, que vive em área urbana e tropical; e o Aedes albopictus, presente em áreas rurais.

Posso ter chikungunya e dengue ao mesmo tempo?

Sim, se tiver contato com os mosquitos portadores de ambos os vírus.

Como se identifica um caso suspeito?

Quem tiver febre de início súbito acima de 38,5ºC e dor articular ou artrite intensa e que tenham viajado recentemente às áreas onde o vírus circula.

Medidas de Combate à dengue e a chikungunya

  • Não deixe água acumulada sobre a laje de sua residência
  • Não deixe a água parada nas calhas da residência
  • Retire água parada que fica abaixo dos vasos de plantas
  • Caixas de água devem ser limpas constantemente e mantidas sempre fechadas e bem vedadas. O mesmo vale para poços artesianos ou qualquer outro tipo de reservatório de água
  • Vasilhas que servem para animais (gatos, cachorros) beber água não devem ficar mais do que um dia com a água sem trocar
  • As piscinas devem ter tratamento de água com cloro (sempre na quantidade recomendada). Piscinas não utilizadas devem ser desativadas (retirar toda água) e permanecer sempre secas
  • Garrafas ou outros recipientes semelhantes (latas, vasilhas, copos) devem ser armazenados em locais cobertos e sempre de cabeça para baixo. Se não forem usados devem ser embrulhados em sacos e descartados no lixo (fechado)
  • Não descartar lixo em terrenos baldios e manter a lata de lixo sempre bem fechada
  • Sempre que observar alguma situação (que você não possa resolver), avise imediatamente o agente público de saúde da sua cidade
  • Cobre os mesmos cuidados dos vizinhos e, principalmente, das autoridades

Saúde repassa R$ 150 milhões de recurso adicional para a prevenção de dengue e chikungunya

O período de chuvas este ano trará, além do perigo da dengue, uma nova ameaça à saúde: a febre chikungunya. Para intensificar as medidas de vigilância, prevenção e controle dessas doenças, o Ministério da Saúde irá repassar um recurso adicional de R$ 150 milhões a todos os estados e municípios brasileiros. Os recursos são para qualificação das ações de combate aos mosquitos transmissores das doenças Aedes aegypti e Aedes albopictus, o que inclui vigilância epidemiológica e o aprimoramento dos planos de contingência.

Do total repassado, R$ 121,8 milhões serão destinados às secretarias municipais de saúde e R$ 28,2 milhões às secretarias estaduais. O recurso adicional é exclusivo para ações contra dengue e chikungunya e será repassado em uma parcela única. O valor representa um subsídio de 12% do valor anual do Piso Fixo de Vigilância e Promoção da Saúde de R$ 1,25 bilhão.

Em contrapartida, os municípios precisam cumprir algumas metas, como disponibilizar quantitativo adequado de agentes de controle de endemias; garantir cobertura das visitas domiciliares pelos agentes; adotar mecanismos para a melhoria do trabalho de campo; realizar o LIRAa (Levantamento Rápido de Infestação por Aedes Aegypti) com ampla divulgação nos veículos de comunicação locais; notificar os casos graves suspeitos de dengue, entre outras ações.

O número de casos registrados de dengue caiu 61% entre janeiro e 15 de novembro de 2014, em comparação ao mesmo período de 2013. Foram 1,4 milhão de casos em 2013 contra 566,6 mil neste ano, no mesmo período. Todas as regiões do país apresentaram redução de casos notificados, sendo que a região Sudeste teve a queda mais representativa, correspondente a 67%, seguida pelo Sul (64%), Centro-Oeste (58%), Nordeste (42%) e Norte (12%).

“Mesmo com a redução nos casos de dengue, a prevenção precisa ser mantida. A combinação do trabalho preventivo em cada residência, com as ações do poder público, é capaz de reduzir a presença do  mosquito do Aedes aegypti no meio ambiente e, consequentemente, evitar epidemias”, afirma o ministro da Saúde, Arthur Chioro.

O estado com a maior diferença entre 2013 e 2014 foi o Rio de Janeiro, que conseguiu reduzir em 97% o número de casos, seguido pelo Mato Grosso do Sul (96%) e Minas Gerais (86%). Os óbitos por dengue no Brasil também apresentaram queda em comparação a 2013. Neste ano, foram 398 mortes, contra 652 confirmados no ano passado, uma redução de 39%.

O secretário de Vigilância em Saúde, do Ministério da Saúde, Jarbas Barbosa, alerta que a população deve redobrar os cuidados no período de dezembro a maio. “A população precisa fazer vistoria em suas casas para verificar o adequado armazenamento de água, o acondicionamento do lixo e a eliminação de todos os recipientes sem uso,  que possam acumular água e virar criadouros do mosquito. Este mesmo cuidado deve ser adotado no ambiente público”, orienta o secretário.

LIRAa  Elaborado pelo Ministério da Saúde, em conjunto com estados e municípios, o Levantamento Rápido do Índice de Infestação pelo Aedes aegypti (LIRAa), é considerado um instrumento fundamental para orientar as ações de controle da dengue, o que possibilita aos gestores locais de saúde anteciparem as ações de prevenção. Até o momento, 1.824 municípios realizaram o levantamento, um crescimento de 26,8% em relação aos 1.438 municípios que realizaram a pesquisa no ano passado. O LIRAa revela que 137 municípios brasileiros estão em situação de risco para a ocorrência de epidemias de dengue, outros 659 em alerta e 1.028 cidades com índice satisfatório.

Segundo dados do LIRAa – pesquisa que identifica os bairros onde estão concentrados os focos de reprodução do mosquito – o panorama dos criadouros do mosquito varia entre as regiões. Enquanto na Região Nordeste, 76,1% dos focos está no armazenamento de água, na região sudeste 56% dos focos está no depósito domiciliar. Já as regiões Norte, Centro-Oeste e Sul tem no lixo o principal desafio, com taxas de – 42,5%, 45,5% e 47,3% –, respectivamente.

CHIKUNGUNYA – Em relação à febre chikungunya, o Ministério da Saúde registrou até 15 de novembro, 1.364 casos, sendo 125 confirmados por critério laboratorial e 1.239 por critério clínico-epidemiológico. Do total, 71 casos são importados, ou seja, de pessoas que viajaram para países com transmissão da doença, como República Dominicana, Haiti, Venezuela, Ilhas do Caribe e Guiana Francesa. Os outros 1.293 foram diagnosticados em pessoas sem registro de viagem internacional para países onde ocorre a transmissão. Destes casos, chamados de autóctones, 531 foram registrados no município de Oiapoque (AP), 563 em Feira de Santana (BA), 196 em Riachão do Jacuípe (BA), um em Matozinhos (MG), um em Pedro Leopoldo (MG) e um em Campo Grande (MS).

Nova tecnologia para combate à dengue e chikungunya chega a Caruaru

Uma nova tecnologia está disponível em Caruaru para o combate à dengue e à febre chikungunya, ambas transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti. A Secretaria de Saúde de Caruaru adquiriu quatro nebulizadores costais motorizados de ultrabaixo volume (UBV).

O novo equipamento permite que o inseticida seja expelido em quantidade ideal, de tal forma que as gotículas permaneçam suspensas no ar por mais tempo. Vale salientar, que até o momento, não houve casos registrados na cidade da febre chikungunya, mas o combate ao mosquito Aedes foi intensificado para evitar a doença.

De acordo com o Diretor de Vigilância em Saúde, Paulo Florêncio, os antigos equipamentos darão lugar aos novos, que poluem menos o meio ambiente e tem um menor custo operacional, pois o seu diluente é à base de água.

Técnicos da empresa Guarany, representantes do equipamento em Caruaru, estiveram no pátio externo da Secretaria de Saúde, nesta última quarta-feira (4) passando instruções e tirando as dúvidas dos servidores que irão manusear o equipamento. Os agentes de combate às endemias começaram a utilizar o equipamento no mesmo dia.

Ministério da Saúde atualiza situação do vírus Chikungunya

Até o dia 11 de outubro, o Ministério da Saúde registrou 337 casos de Febre Chikungunya no Brasil, sendo 87 confirmados por critério laboratorial e 250 por critério clínico-epidemiológico. Do total, são 38 casos importados de pessoas que viajaram para países com transmissão da doença, como República Dominicana, Haiti, Venezuela, Ilhas do Caribe e Guiana Francesa.

Os outros 299 foram diagnosticados em pessoas sem registro de viagem internacional para países onde ocorre a transmissão. Desses casos, chamados de autóctones, 17 foram registrados no município de Oiapoque (AP), 274 no município de Feira de Santana (BA), sete em Riachão do Jacuípe (BA) e 1 em Matozinhos (MG).

Caracterizada a transmissão sustentada de Chikungunya em uma determinada área, com a confirmação laboratorial dos primeiros casos, o Ministério da Saúde recomenda que os demais casos sejam confirmados por critério clínico-epidemiológico, que leva em conta fatores como: sintomas apresentados e o vínculo dele com pessoas que já contraíram a doença.

AÇÕES – Como parte das medidas para o combate à dengue e à febre Chikungunya, o Governo Federal, em parceria com estados e municípios, realiza até o final de outubro, o Levantamento Rápido do Índice de Infestação de Aedes aegypti (LIRAa ). O objetivo é identificar as larvas dos mosquitos Aedes Aegypti e Aedes Albopictus, onde estão os focos e os depósitos de água onde foi encontrado o maior número de focos de mosquito.

Desde que foram confirmados os casos da febre Chikungunya no Caribe, no final de 2013, o Ministério da Saúde elaborou um plano nacional de contingência da doença, que tem como metas a intensificação das atividades de vigilância; a preparação de resposta da rede de saúde; o treinamento de profissionais; a divulgação de medidas às secretarias e a preparação de laboratórios de referência para diagnósticos da doença.

Também foram intensificadas as medidas de prevenção e identificação de casos. Nas regiões com registro da febre, foram constituídas equipes, composta por técnicos das secretarias locais, para orientar a busca ativa de casos suspeitos e emitir alerta às unidades de saúde e às comunidades. Para controle dos mosquitos transmissores da doença, são realizadas ações de bloqueio de casos suspeitos e eliminação de criadouros.

PREVENÇÃO – A febre Chikungunya é uma doença causada por vírus do gênero Alphavirus, transmitida por mosquitos do gênero Aedes, sendo o Aedes Aegypti (transmissor da dengue) e o Aedes Albopictus os principais vetores. Os sintomas da febre são febre alta, dor muscular e nas articulações, cefaleia e exantema e costumam durar de três a 10 dias. A letalidade da Chikungunya, segundo a Organização Pan-Americana de Saúde (Opas), é rara, sendo menos frequente que nos casos de dengue.

Para evitar a transmissão do vírus, é fundamental que as pessoas reforcem as ações de eliminação dos criadouros dos mosquitos. As medidas são as mesmas para o controle da dengue, ou seja, verificar se a caixa d ¿água está bem fechada; não acumular vasilhames no quintal; verificar se as calhas não estão entupidas; e colocar areia nos pratos dos vasos de planta, entre outras iniciativas deste tipo.

DOENÇA NO MUNDO – De acordo com a OMS, desde 2004, o vírus havia sido identificado em 19 países. Porém, a partir do final de 2013, foi registrada transmissão autóctone (dentro do mesmo território) em vários países do Caribe e, em março de 2014, na República Dominicana e Haiti – até então, só África e Ásia tinham circulação do vírus.

Atualização periódica do número de casos nos demais países do continente americano, onde ocorre transmissão de chikungunya, pode ser obtida por intermédio do endereço eletrônico:

http://www.paho.org/hq/index.php?option=com_topics&view=article&id=343&Itemid=40931

Ministério da Saúde intensifica medidas de controle da febre Chikungunya

O Ministério da Saúde informa que foram registrados dois casos da febre Chikungunya em pessoas sem registro de viagem internacional para países onde ocorre transmissão da doença. Os casos foram registrados no município de Oiapoque, no Amapá. Os pacientes apresentaram os primeiros sintomas nos dias 26 e 27 de agosto e os diagnósticos foram confirmados nesta semana. A febre por vírus Chikungunya é uma doença parecida com a dengue, sendo transmitida pelos mesmos mosquitos, entretanto a letalidade é rara e menos frequente do que a registrada nos casos de dengue.

Diante da confirmação dos casos, o município de Oiapoque, com apoio do Ministério da Saúde e da Secretaria de Estado da Saúde do Amapá, intensificou as medidas de controle da doença. Dentre as ações, estão a busca ativa de novos casos suspeitos com alerta nas unidades de saúde e comunidade, a remoção e tratamento químico de criadouros de mosquitos Aedes aegypti, além da aplicação de inseticida (fumacê) para reduzir a densidade dos vetores. Os profissionais de saúde já receberam orientações para o manejo adequado dos pacientes.

O tratamento da doença consiste no alívio dos sintomas, que são semelhantes aos da dengue – febre alta, dor muscular e nas articulações, cefaleia e exantema – que costumam durar de três a 10 dias. A terapia utilizada é composta de analgésicos (paracetamol), hidratação e repouso.

A Chikungunya é causada por um vírus do gênero Alphavirus, transmitida por mosquitos do gênero Aedes, sendo o Aedes Aegypti e o Aedes Albopictus, que também podem transmitir a dengue, os principais vetores.