Capacitações serão destaques da Bio Extratus na Super Mix 2015

Contribuir com a qualificação de profissionais da beleza e lançar novos produtos são os objetivos da Bio Extratus durante a Super Mix, maior feira de atacadistas, distribuidores e supermercadistas do Norte/Nordeste, que será realizada entre os dias 22 e 24 de julho, no Polo Caruaru. A Cosmética Natural, distribuidora da marca em 105 cidades, prepara o maior stand do evento, oferecendo capacitação, interação com o público e oportunidades de negócio.

Uma das atrações será o “Camarim”, onde Neiva Pena, hair stylist e técnica da marca, fará, gratuitamente, penteados e aplicação de produtos nos visitantes. Na ocasião, ela também promoverá o workshop Penteados e Tratamentos Capilares, voltado para profissionais de beleza que são clientes Bio Extratus. O curso vai das 16h40 até as 18h. Serão disponibilizadas 40 vagas por dia e as inscrições custam R$ 30. Clientes que fizerem compras a partir de R$ 500 também poderão participar da capacitação. Em 2014, Neiva foi eleita pela revista Cabelos & Cia a melhor cabeleireira do ano, por voto popular.

Em parceria com o Sebrae, também haverá a palestra Gestão Moderna para Salão de Beleza, ministrada pela consultora Adriane Carvalho, especialista na área. Ela dará dicas sobre como administrar de forma mais inovadora e produtiva os salões, garantindo uma administração rentável e organizada. O objetivo é despertar uma visão empreendedora nos participantes, agregando valor à gestão do negócio. A palestra será no dia 23, a partir das 19h.

A Bio Extratus vem investindo no setor supermercadista através de um relacionamento direto com compradores. Uma das apostas da marca para essa aproximação é a presença em feiras e eventos. “Vamos mostrar que os nossos produtos são rentáveis e que o setor supermercadista tem muito a ganhar com a nossa parceria. Temos uma marca reconhecida no mercado e uma equipe de apoio ao ponto de vendas sempre pronta a realizar ações e maximizar o giro dos produtos nos pontos de venda atendidos pela Cosmética Natural” explica Tiê Oliva Gomes, gerente geral da distribuidora.

Receita libera primeiro lote de restituição do Imposto de Renda 2015

A Receita Federal libera hoje (15), na rede bancária, os valores do primeiro lote de restituições do Imposto de Renda Pessoa Física 2015 (IRPF 2015). Ao todo, 1.495.850 contribuintes terão direito à restituição nesse lote, com correção de 1,9%, totalizando mais de R$ 2,3 bilhões.

Contribuintes idosos, com doença grave ou deficiência física, que não tenham cometido erros ou omissões na hora de enviar os dados, são a maioria no lote.

Serão liberadas também restituições dos exercícios de 2008 a 2014 que foram retiradas da malha fina, elevando para R$ 2,4 bilhões o valor total de liberações.

As informações sobre o primeiro lote estão disponíveis na página da Receita na internet ou por meio do Receitafone 146. Por meio de aplicativo para tablets e smartphones com sistemas Android e iOS também é possível consultar o lote.

O supervisor do Programa do Imposto de Renda, Joaquim Adir, tem alertado para que os contribuintes que não são listados nos lotes de restituição verifiquem sempre o extrato da declaração para ver se não há pendência ou inconsistências no documento enviado à Receita e realizar a correção para evitar cair na malha fina. O procedimento pode ser feito no Centro Virtual de Atendimento da Receita Federal (e-CAC). Se não for cadastrado, é só informar os números dos recibos de entrega das declarações do Imposto de Renda Pessoa Física (Dirpf) dos exercícios referentes às declarações ativas das quais o contribuinte seja titular.

A restituição ficará disponível durante um ano. Se o contribuinte não fizer o resgate nesse prazo, deverá requerê-la por meio do Formulário Eletrônico – Pedido de Pagamento de Restituição, ou diretamente no e-CAC, no serviço Extrato do Processamento da DIRPF, na página da Receita Federal na internet.

Caso o valor não seja creditado, o contribuinte poderá contatar pessoalmente qualquer agência do Banco do Brasil ou ligar para a Central de Atendimento por meio do telefone 4004-0001 (capitais), 0800 729 0001 (demais localidades) e 0800 729 0088 (telefone especial exclusivo para pessoas com deficiência auditiva), para agendar o crédito em conta-corrente ou poupança, em seu nome, em qualquer banco.

 

‘O brasileiro não costuma analisar o seu orçamento’, diz presidente do SPC

O presidente do SPC Brasil, Roque Pelizzaro Júnior, esteve ministrando palestra na 24ª Convenção do Comércio Lojista de Pernambuco. Promovido na semana passada, no Teatro Difusora, em Caruaru, o evento reuniu representantes do setor, bem como componentes da CDL de Caruaru, FCDL de Pernambuco e da CNDL. Após discursar para uma plateia lotada, o gestor do SPC comentou, em entrevista concedida ao blog, sobre o atual momento econômico do país. Nela, Roque Pelizzaro ainda apontou dicas para os consumidores que não querem se tornar inadimplentes.

Blog do Wagner Gil – Como o senhor classifica a realização deste evento para o comércio de Caruaru?

Roque Pelizzaro Júnior – De extrema importância, na medida em que o segmento local recebeu a visita de diversos lojistas de todo o país. Além de estimular as suas atividades, a convenção também serviu para que eles pudessem conhecer novas tendências de mercado, bem como novas estratégias para superarem esse momento de turbulência financeira.

BWG – Devido à crise econômica, o número de inadimplentes tem crescido a passos largos no país. Que dicas o senhor daria para o consumidor que não pretende entrar nessa estatística?

RPJ – Em termos gerais, infelizmente o brasileiro não costuma analisar o seu orçamento doméstico. A principal dica seria ele especificar as despesas fixas para, em seguida, gastar apenas o saldo que restou do orçamento. Do contrário, ou seja, sem um planejamento correto e uma avaliação prévia, o consumidor acaba se tornando mais um inadimplente. Não contrair financiamentos longos também é um dica.

BWG – Que ações o SPC Brasil tem desenvolvido para auxiliar o consumidor na fuga pela inadimplência?

RPJ – Poderíamos citar a criação do site www.meubolsofeliz.com.br, que vem dando dicas importantes às pessoas sobre a melhor maneira de montar os seus orçamentos. Nele, os clientes fazem simulações e ainda verificam, por exemplo, quando estão se aproximando da linha vermelha, que representa a inadimplência. O serviço é simples de ser manuseado e bastante eficaz.

BWG – De acordo com a avaliação do SPC Brasil, 2015 tem sido um dos piores dos últimos anos em termos de inadimplência?

RPJ – Sem dúvida nenhuma, até porque nos últimos anos a inadimplência vinha crescendo no mesmo passo do aumento das vendas. Ou seja, o mercado conseguia suportá-la, mas agora não. Atualmente, ela continua crescendo, mas as vendas encontram-se baixas. Isso é preocupante. Por isso, estamos sugerindo aos comerciantes que adotem mais cautela na hora em que forem conceder crédito.

BWG- Qual a projeção do comércio e da economia em termos gerais para o segundo semestre?

RPJ – O Brasil e seus segmentos econômicos não deverão ter profundas mudanças até o segundo semestre de 2016. Isso quer dizer na prática, que teremos um comércio bastante morno, nas próximas datas festivas. Infelizmente, o Governo Federal está tendo de dar uma dose de remédio bastante forte para superar a crise e isso está abalando todas as nossas estruturas. Mas conseguiremos ultrapassá-la.

Em tempos de crise, estratégias nas empresas podem trazer bons resultados

Devido ao tempo de crise no Brasil, muitas empresas, grandes ou pequenas, acabam demitindo funcionários e, consequentemente, resulta na diminuição da qualidade do serviço. Com isso, mais na frente, pode-se perder clientes e sobrecarregar quem fica na empresa, comprometendo a organização no ambiente de trabalho. Em um momento delicado, com o corte de funcionários e com os gastos rotineiros, é natural que surjam as dúvidas, principalmente do que fazer e como agir quando o momento da empresa não está proporcionando um bom retorno.

Toda equipe que trabalha por saldos positivos dentro de um determinado ambiente tende a realizar o seu serviço para gerar boas vendas, boa produção e tudo que favoreça tanto o seu serviço como o negócio. A Estratégias e Resultados Consultoria Empresarial é responsável justamente pelo papel de montar planos que podem, mesmo em tempos de crise, levantar a empresa somando pontos positivos e, consequentemente, diminuindo os pontos negativos.

Ela faz com que a empresa alcance a visibilidade de mercado e posicionamento diante dos consumidores e dos concorrentes, buscando equilibrar para formação de novas práticas e transformações de práticas já existentes.

Para uma empresa que já vem com pontos negativos é interessante que haja uma consultoria interna, onde será realizada qualificação de equipes e negociações com a constante busca de novas práticas de mercado e visibilidade em seu campo de atividade e desempenho. Alguns empresários devem se perguntar se isso realmente pode funcionar, principalmente quando o momento não está favorável financeiramente.

“No momento de tempestade é preciso se proteger dos possíveis danos e aguardar a mudança desse tempo para enfrentar a realidade vivida. Durante o tempo de crise é primordial cuidar da empresa e da equipe, sem perder o foco no negócio e sem entrar em desespero para que o problema seja resolvido. A empresa quando passa por uma crise fica muito vulnerável, por isso o planejamento e as estratégias que possibilitem planejar e inovar são muito importantes. Nessa crise que o Brasil vivencia quem tem planejamento, preparação e foco definido pode aguardar com tranquilidade e renovação”, explica a consultora em gestão, Vanderli Paes.

O serviço de consultoria não só é indicado em tempos de crise, ao contrário, é importante que se tenha uma organização interna antes mesmo que aconteça algum tipo de problema, tendo em vista que, quando houver qualquer desgaste, não chegue com tanto impacto. A empresa que tem uma boa consultoria também é mais confiável e traz mais segurança e conforto ao cliente.

Estratégias e Resultados Consultoria

Atuando no mercado caruaruense há 20 anos, a Estratégias e Resultados é comprometida em apresentar soluções estratégicas para obter o melhor resultado para seus clientes. Tendo como sócios os consultores em gestão estratégica, Vanderli Paes e Allyson Hildegard, a empresa é licenciada para utilizar a metodologia TGI Consultoria em Gestão.

Malls investem em atrativos juninos

Pedro Augusto

Até o próximo dia 30, os centros de compras da Capital do Forró estarão em clima de São João. E não era para menos. Atentos ao grande fluxo de clientes que costumam circular por seus corredores nesta época, os malls capricharam mais uma vez em suas operações sazonais para impulsionar as vendas.

Desde o início deste mês, o Shopping Difusora, na avenida Agamenon Magalhães, no bairro Maurício de Nassau, encontra-se com a sua “Vila Junina” instalada. Erguido no primeiro piso do mall, o espaço conta com ambiente decorado, bem como com uma réplica da igrejinha do Alto do Moura.

Mercearia, casinhas, bandeirolas e barraquinhas também estão enriquecendo a vila cenográfica, que ainda vem oferecendo o melhor da culinária junina e apresentações de quadrilhas. Em paralelo as atividades do local, trios de forró pé-de-serra também estão circulando pelo mall sem deixar os consumidores desanimarem. “Numa época em que o povo se encontra sem dinheiro para gastar, nada melhor do que esses atrativos para entrarmos no clima da festa. São João é uma vez por ano, então precisamos fazer um esforcinho para comprarmos aquela roupa nova. Foi o que fizemos”, disse a cliente Carla França.

Assim como o Difusora, o Polo Caruaru, às margens da BR-104, também entrou no clima junino para impulsionar as vendas. Lá, os visitantes não só da região, mas de todo o país, estão tendo a oportunidade de conferir os últimos lançamentos da moda local sob a animação de trios de forró pé-de-serra e o oferecimento de guloseimas regionais. Gerente de dois restaurantes instalados no Polo, Gustavo Gomes acredita que, a partir deste fim de semana, o número de consumidores deverá aumentar no empreendimento.

“Tradicionalmente o mês de junho é um período em que os turistas vêm visitar a cidade e passam por aqui. Já percebemos uma mudança em relação à movimentação e nossa expectativa é a melhor possível, mesmo em tempos de crise”, afirmou. Para o superintendente do Polo Caruaru, Henrique Camello, a ambientação proporcionada faz com que os visitantes entrem no espírito junino. “O público já visita o Polo naturalmente, mas todos esses investimentos no período acaba estimulando o desejo de consumo dos clientes”, explicou.

Barraqueiros reclamam de movimento, apesar de multidões

Pedro Augusto

Mesmo com os bons públicos apontados pela Prefeitura de Caruaru – na última sexta-feira (5) foram mais de 70 mil e no sábado (6) mais de 100 mil pessoas presentes – até agora os comerciantes que estão atuando no Parque de Eventos Luiz “Lua” Gonzaga durante o São João têm registrado queda no faturamento em relação ao mesmo período do ano passado. As justificativas, destacadas por eles na noite do domingo (7), vêm se referindo à diminuição no consumo provocada pela crise financeira nacional, bem como ao suposto enfraquecimento na grade de programação do evento. Para a autônoma Elisângela Ferreira, que há quatro anos está operando com barraca no local, a redução nas datas de shows no palco principal tem prejudicado o movimento.

“Na verdade é um somatório de fatores. É claro que as pessoas se encontram mais cautelosas para consumir, até porque essa crise vem afetando os bolsos de todo mundo, porém na medida em que as datas de shows vêm diminuindo, a tendência é de menos lucratividade para os comerciantes. Este já é o quarto São João que coloco barraca no Parque de Eventos e posso afirmar que cada ano o movimento tem caído.”
Com a proibição por parte da Polícia Militar na entrada de bebidas em coolers, isopores e bolsas térmicas, a expectativa é de dias melhores para os comerciantes do local. “Não só eu, mas outros colegas chegaram a comemorar a decisão da polícia, porque pagamos impostos caros e muitas pessoas vinham trazendo bebida de casa”, acrescentou Elisângela.

Em relação à cobrança de impostos para negociar no local, um comerciante, que preferiu não ter o nome revelado, disse ter gastado R$ 200 a mais para operar neste ano. “Não sei qual foi o motivo, mas houve um aumento, sim, em relação a 2014. Como geralmente neste período trabalho com duas barracas, desembolsei dinheiro em dobro. Resultado: estamos tendo de repassar essa conta para o consumidor”, pontuou. Esse repasse o qual o comerciante se referiu corresponde aos preços dos produtos que estão sendo praticados no espaço. Em várias barracas, os valores têm atingido o teto máximo estipulado pelo Procon de Caruaru.

Mas apesar das adversidades apontadas, ainda há quem mantenha o otimismo, como é o caso da comerciante Jacira Nobre. “Se o São João de Caruaru não fosse lucrativo, não sairia de Salvador (BA) para colocar barraca aqui. Desde 2008 venho atuando no local. Estamos apenas no começo da edição 2015 e, tenho certeza, que o movimento irá melhorar com a proximidade das datas importantes.”

O sentimento de Jacira foi compartilhado pela também comerciante Maria Geni. “Pelo menos para mim, até agora, esse São João tem sido o pior dos últimos 20 anos em termos de faturamento. Mas, mesmo assim, não podemos desanimar. Ainda tem muito show bom para ser realizado.”

Respostas

No que diz respeito à proibição de utilização de coolers e demais recipientes por parte dos consumidores, o assessor de imprensa da PM, capitão Edmilson Silva, afirmou que a medida visa dar mais segurança ao Parque de Eventos. Já no que se refere às críticas feitas pelos dois primeiros comerciantes citados na matéria, a PMC enviou nota afirmando que por questões de segurança e também em função da crise financeira que os municípios têm enfrentado por conta da crescente queda de repasse do FPM, precisou fazer adaptações na festa. “Optamos por elaborar uma grade de shows de qualidade, capaz de atrair um bom público todas as noites no Parque de Eventos. É uma forma de atender, gerando movimento, os comerciantes localizados no Pátio e no seu entorno”, informou o texto.

Dieese: preço da cesta básica aumenta em 17 capitais no mês de maio

Pelo segundo mês consecutivo, o preço da cesta básica subiu em 17 das 18 capitais pesquisadas pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese). De acordo com a pesquisa, divulgada hoje (9), as maiores elevações em maio foram registradas nas cidades do Nordeste: Salvador (10,69%), Fortaleza (8,89%) e Recife (7,73%). O único decréscimo foi registrado em Aracaju (-1,58%).

Em maio, o maior custo da cesta foi registrado em São Paulo (R$ 402,05), seguido do Rio de Janeiro (R$ 395,23), Florianópolis (R$ 394,29) e Vitória (R$ 387,92). Os menores valores foram observados em Aracaju (R$ 277,16), João Pessoa (R$ 303,80) e Natal (R$ 312,41).

Os produtos com maiores altas de preços foram tomate, pão francês, carne bovina, leite e  óleo de soja, enquanto o feijão apresentou retração de valor na maioria das capitais.

O preço do tomate aumentou em 18 cidades, com taxas que oscilaram entre 3,02% (em Aracaju) e 63,94% (em Florianópolis). Houve elevação do preço do pão francês em 16 capitais, estabilidade em Aracaju e redução em Goiânia (-0,83%). Os aumentos oscilaram entre 0,12% (em João Pessoa) e 3,67% (em Curitiba).

A carne bovina aumentou em 16 cidades, no mês de maio, com taxas que oscilaram entre 0,41% (em Vitória) e 8,09% (em Fortaleza). Os recuos foram anotados em Aracaju (-2,83%) e Vitória (-0,95%). O preço do leite aumentou na maioria das cidades pesquisadas. Houve redução em três capitais: Manaus (-1,33%), Belém (-0,65%) e Recife (-0,63%). As altas variaram entre 0,32% (no Rio de Janeiro) e 5,02% (em Brasília).

O óleo de soja ficou mais caro em 12 cidades. As maiores altas foram verificadas em Natal (4,12%), Florianópolis (3,96%), Belo Horizonte (3,30%) e Goiânia (2,33%). As maiores retrações ocorreram em Aracaju (-9,38%) e Rio de Janeiro (-3,30%).

O preço do feijão diminuiu em todas as capitais pesquisadas, exceto Belém. Tanto o tipo preto (pesquisado nas cidades do Sul, no Rio de Janeiro, em Vitória e Brasília) quanto o carioquinha (pesquisado no Norte, Nordeste, em Campo Grande, Goiânia, São Paulo e Belo Horizonte) mostraram reduções que variaram entre -8,43% (em Florianópolis) e -1,14% (em Manaus).

Segundo o Dieese, em maio de 2015, o valor necessário para arcar com as despesas de uma família era R$ 3.377,62 – 4,29 vezes o salário mínimo em vigor, de R$ 788.

Nos últimos 12 meses (junho de 2014 a maio de 2015), as 18 capitais acumularam altas da cesta básica que variaram de 3,12% (em Belo Horizonte) e 5,07% (em Porto Alegre) a 25,41% (em Salvador). Também foram registradas fortes altas acumuladas em Goiânia (16,94%) e Aracaju (14,66%).

Da Agência Brasil

Bancos europeus investem em pesquisa com clientes secretos

Pioneira na metodologia de pesquisa que avalia o atendimento ao consumidor por meio da percepção de clientes secretos, fui convidada a palestrar, no final de maio,  na Mystery Shopping Providers Association Conference Europe, realizada em Riga, capital da Letônia. Embarquei com a clara missão de discorrer sobre inovação, crise e mercado latino-americano. E as notícias eram boas: a despeito da crise econômica, o mercado brasileiro de mystery shopping cresceu 15%; as empresas faturaram R$ 100 milhões.

A Shopper Experience – empresa que presido e que é líder no segmento – cresceu 30%. Eu não fui a única a portar novas; a Europa apresentou um crescimento significativo, impulsionada pela popularização da metodologia entre as instituições financeiras.

Em conversa com Chris Brindley, diretor do britânico Metro Bank, fui informada que aperfeiçoar o atendimento ao cliente tem sido uma verdadeira obsessão das instituições financeiras europeias. Na Europa, o crescimento anual da indústria de mystery shopping é de cerca de 20%; juntas, as 550 empresas faturaram US$ 397 milhões em 2014. Em contrapartida, com cerca de 100 empresas, a América Latina faturou, no mesmo ano, cerca de R$ 114 milhões.

Essa consolidação da metodologia tem sido validada por uma verdadeira revolução tecnológica. Com o apoio de interfaces mobile, o contratante da pesquisa pode ter acesso em tempo real aos relatórios elaborados pelos “clientes secretos”. Na prática é possível corrigir um atendimento desastroso no momento em que ocorre. Nos bancos, vale lembrar que um atendimento inadequado pode gerar um prejuízo significativo – sobretudo entre as novas gerações de clientes, cuja impaciência é notória. Entre os mais velhos, a barreira da automatização do atendimento deve ser cuidadosamente estudada.

No Brasil, a Shopper Experience foi pioneira não apenas na metodologia como no atendimento a instituições bancárias. Há mais de 15 anos atendo, diretamente, dois dos maiores bancos privados do país e tenho acompanhado a melhoria promovida no atendimento ao cliente. Na pesquisa “As empresas que mais respeitam o consumidor”, que coordeno há 12 anos, esses bancos são presença garantida, justamente porque mostram que é possível melhorar o atendimento de diferentes perfis de correntistas e não correntistas.

Voltei ao Brasil positivamente surpreendida. É claro que os Estados Unidos, berço da metodologia, continua a ditar tendências e a apresentar os melhores resultados financeiros. No entanto, o crescimento da América Latina tem sido consistente; por sua vez, o velho continente tem se rendido à metodologia. Há espaço para crescer, há espaço para a contribuição do cliente secreto na evolução do atendimento. E essa é a melhor notícia que trago da Mystery Shopping Providers Association Conference Europe.

Instituições financeiras esperam por mais inflação e queda na economia

Analistas do mercado financeiro esperam por mais inflação e piora na economia este ano. De acordo com pesquisa do Banco Central (BC) em instituições financeiras, a projeção para a inflação, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), subiu de 8,39% para 8,46%, este ano. Essa projeção subiu pela oitava semana seguida. Para 2016, a estimativa segue em 5,50%.

O IPCA, produzido pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), tem por objetivo medir a inflação de um conjunto de produtos e serviços comercializados no varejo, referentes ao consumo pessoal das famílias, com rendimento de 1 a 40 salários mínimos.

A expectativa dos analistas de mercado para a retração da economia passou de 1,27% para 1,30%. Essa é a terceira piora seguida na estimativa para o Produto Interno Bruto (PIB), soma de todos os bens e serviços produzidos no país. No próximo ano, a projeção é de recuperação da economia, com crescimento de 1%.

Mesmo com a economia fraca, as instituições financeiras esperam por mais elevação na taxa básica de juros, a Selic, para controlar a inflação. Na última quarta-feira (3), o Comitê de Política Monetária (Copom) do BC elevou a Selic pela sexta vez seguida para 13,75% ao ano. Com o reajuste, a Selic retornou ao nível de janeiro de 2009. Para as instituições financeiras, a Selic vai chegar ao final de 2015 em 14% ao ano.

As elevações da Selic são tentativas do BC de conter a inflação, que deve estourar o teto da meta para o ano. A projeção do próprio BC indica inflação este ano acima da meta, em 7,9%.

A taxa é usada nas negociações de títulos públicos no Sistema Especial de Liquidação e Custódia (Selic) e serve como referência para as demais taxas de juros da economia. Ao reajustá-la para cima, o BC contém o excesso de demanda que pressiona os preços, porque os juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança. Quando reduz os juros básicos, o Copom barateia o crédito e incentiva a produção e o consumo, mas alivia o controle sobre a inflação.

Embora ajude no controle dos preços, o aumento da taxa Selic prejudica a economia, que atravessa um ano de recessão, com queda na produção e no consumo.

Para o mercado financeiro, a produção industrial deve ter uma queda de 3,20%, este ano. A estimativa da semana passada era retração de 2,80%.

A inflação medida pelo Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna (IGP-DI) foi alterada de 7,03% para 7,05%. Para o Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M), a estimativa passou de 6,87% para 6,88%, este ano. A estimativa para o Índice de Preços ao Consumidor da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (IPC-Fipe) subiu de 8,17% para 8,35%, este ano.

A previsão para o superávit comercial (saldo positivo de exportações menos importações) subiu de US$ 3 bilhões para US$ 3,1 bilhões. A estimativa para o saldo negativo em transações correntes (registros de compra e venda de mercadorias e serviços do Brasil com o exterior) foi ajustada de US$ 83,3 bilhões para US$ 84,1 bilhões, este ano.

A projeção para a cotação do dólar segue em R$ 3,20, ao final de 2015. A expectativa das instituições financeiras para o investimento estrangeiro direto (recursos que vão para o setor produtivo do país) passou de US$ 66 bilhões para US$ 67,5 bilhões, em 2015.

A projeção das instituições financeiras para a relação entre a dívida líquida do setor público e o PIB permanece em 37,9%, em 2015.

Da Agência Brasil

Ascensão de famílias à classe média deve ser associada ao consumo consciente

slogan do Dia Mundial do Meio Ambiente, celebrado esta semana, “Sete bilhões de sonhos. Um planeta. Consuma com moderação”, convida as pessoas a repensarem seus estilos de vida e a se verem como parte da coletividade, em uma comunidade global. A expectativa do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma) é que de um a três bilhões de consumidores de classe média sejam somados à população global até 2030 e o Brasil tem um papel importante neste contexto.

Para a consultora do Pnuma na área de consumo sustentável, Fernanda Daltro, o país tem grande potencial para se tornar modelo de sustentabilidade e exportar esse conceito para o mundo, com a ascensão de novas famílias para a classe média. “Temos uma relação diferenciada com a natureza e uma população mais sensível ao tema e que está construindo seu modelo de consumo. O Brasil está em um momento de virada, com o acesso de boa parte da população à classe média e que podem agora ter o supérfluo e não apenas o necessário para subsistência. Então precisamos trabalhar a mentalidade dessas pessoas para que não tenham só o consumismo como objetivo de vida”, disse.

Fernanda explica que o planeta não tem como sustentar o padrão da classe média no modelo atual, construído desde a segunda guerra mundial, principalmente pelos Estados Unidos, e exportado para mundo. Ela diz que as empresas e o poder público têm instrumentos importantes para incentivar a produção e o consumo sustentáveis, como campanhas de conscientização, critérios em compras públicas e incentivos econômicos. Para ela, cada movimento, cada mudança de hábito das pessoas importa e também faz a diferença no contexto final.

“Se cada um pudesse mudar uma coisa nos seus hábitos que favoreça o meio ambiente e se sete bilhões de nós fizermos isso também? Pequenos hábitos fazem a diferença, dão exemplo e vão contaminando as pessoas ao seu redor”, explicou Fernanda.

A gerente de Comunicação e Campanhas do Instituto Akatu, organização não governamental que trabalha pelo consumo consciente, Gabriela Yamaguchi, lembrou que o país está vivendo uma crise de escassez de água e a população sente os efeitos na prática. Para ela, esse é o momento de promover a educação e a mudança de comportamento para o consumo sustentável. “As pessoas devem visualizar que realmente estamos próximos desses recursos se esgotarem se continuarmos nesse ritmo de consumo”, disse.

Segundo Gabriela, a ideia de que a riqueza de um país está ligada apenas ao giro da sua economia está ficando ultrapassada e cada vez mais as instâncias internacionais têm um olhar mais social, além do econômico. “O Brasil tem sido muito reconhecido pela inclusão de pessoas no acesso aos bens de consumo, mas tem um desafio muito grande que é a educação dessa população. Só dar poder de compra não forma cidadãos que analisam e fazem as escolhas conscientes. Precisamos ajudar as pessoas a questionarem o que é mais importante na vida delas, a fazerem escolhas que priorizem menos bens materiais e sigam no caminho da qualidade de vida”, explicou.

Instituto Akatu possui uma rede de aprendizagem para troca de conhecimentos e práticas sobre consumo consciente entre professores e alunos do Ensino Fundamental de escolas em todo o Brasil. O Edukatu reúne informações e materiais sobre o tema e convida os participantes a realizar atividades por meio de circuitos de aprendizagem.

Já o Pnuma desenvolve no Brasil, desde 2008, a campanha Passaporte Verde que procura sensibilizar turistas para contribuir com o desenvolvimento sustentável local por meio de escolhas responsáveis durante as férias e o lazer. Na próxima semana, o programa das Nações Unidas lança, em parceria com a Federação das Indústrias do Estado de São Paulo, o Guia Produção e Consumo Sustentáveis: tendências e oportunidades para o setor de negócios.

Segundo a consultora do Pnuma, o guia é uma forma simplificada de explicar esse conceito de produção e consumo sustentáveis. “Isso vai além da chamada gestão ambiental, de reduzir o desperdício, mas desenhar produtos mais sustentáveis, um ferro elétrico que consome menos energia, por exemplo. O guia traduz esse conceito mais complexo para uma linguagem que as pequenas e médias empresas entendem e se apropriam. É uma conversa com todos os elos da cadeia também para sensibilizar o consumidor a prestigiar esses produtos. Optar pelos mais sustentáveis serve de recado para a indústria, de que [o consumidor] quer mais desses produtos”, explicou Fernanda.

Da Agência Brasil