Gerência de Educação de Trânsito da Destra promoverá ações esta semana

De hoje (20) até a quarta (22), a gerência de educação de trânsito da Destra estará realizando atividades educativas em alguns pontos da cidade. Confira o calendário:

Segunda (20/10) 09h30 – Palestra sobre direção defensiva e educação para o trânsito – SESI Caruaru;

Terça (21/10) 07h – Palestra sobre direção defensiva e normas gerais de circulação prevenção de acidentes – NESTLÉ (Distrito Industrial);

Terça (21/10) – 16h – Palestra voltada aos motociclistas prevenção de acidentes – SESI Caruaru;

Quarta (22/10) horário integral – Ação em frente ao SESI para fiscalizar a chegada de alunos que conduzem veículos e não são habilitados.

Confira as propostas dos candidatos à Presidência para educação

Por CAROLINA GONÇALVES
Da Agência Brasil

Educação é um dos temas que mais reúne propostas entre os programas dos candidatos à Presidência da República entregues à Justiça Eleitoral. As principais promessas são de melhoria da qualidade do ensino, ampliação de investimentos na área e implantação do sistema integral nas escolas brasileiras.

Confira as propostas dos candidatos à Presidência para educação:

Aécio Neves (PSDB) defende a universalização da educação básica, dos 4 aos 17 anos, e promete criar incentivos para melhorar a formação, a carreira e a remuneração dos professores. O candidato tucano defende a vinculação das remunerações de professores à melhoria da aprendizagem dos alunos, com salário inicial atrativo e a coordenação de uma política nacional de formação de professores, com instituições formadoras públicas e privadas e secretarias municipais e estaduais de educação. Aécio quer implantar a escola de tempo integral e eliminar progressivamente o ensino noturno para jovens que não trabalham. Ele promete apoiar a modernização dos equipamentos escolares, incluindo a instalação de bibliotecas e laboratórios, computadores e acesso a internet e adequação térmica dos ambientes. Outras propostas do candidato incluem o aprimoramento do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) e o compromisso de destinar 10% do Produto Interno Bruto (PIB) para a área, sendo 7% até 2019.

Dilma Rousseff (PT) promete, em um eventual segundo mandato, um governo focado na transformação da qualidade do ensino. Dilma destaca, no programa de governo entregue à Justiça Eleitoral, a decisão de destinar recursos originários da exploração do petróleo, no pré e no pós-sal, para as ações nessa área e disse que o orçamento da educação “teve considerável aumento em doze anos”. Segundo ela, a soma dessas duas fontes vai permitir a implantação do Plano Nacional de Educação (PNE). A candidata também destaca a ampliação de creches e a qualificação da rede de educação integral para que atinja até 20% da rede pública até 2018. Dilma ainda garante que vai conceder, até 2018, mais 100 mil bolsas do Ciência sem Fronteiras e fazer uma mudança curricular e na gestão das escolas e criar mecanismos de valorização dos professores.

Eduardo Jorge (PV) se compromete a buscar mais recursos para as políticas públicas de saúde e educação. As duas áreas, segundo ele, terão prioridade no remanejamento dos recursos previstos no orçamento a partir de uma reforma tributária e cortes de gastos. O ambientalista promete criar carreira nacional para professores, começando pelo ensino fundamental, e definir um piso nacional que pode ter adicionais municipais, estaduais ou federal. Eduardo Jorge ainda promete realizar concursos para valorizar profissionais de educação e rever o currículo do ensino fundamental. Segundo ele, além dos conteúdos tradicionais, serão incluídas disciplinas que tratam da formação de valores do trabalho, da solidariedade, do respeito à diversidade, a observação da natureza e a música.

Eymael (PSDC) disse que vai dar prioridade à educação. Entre as promessas estão investimentos para que o ensino fundamental do país se enquadre nas recomendações da Organização das Nações Unidas e a defesa da educação inclusiva. Eymael também promete informatizar as escolas, promover o ensino integral e ampliar a oferta de cursos técnicos e profissionalizantes. Para o candidato, o currículo do ensino fundamental tem que incluir a disciplina Educação Moral e Cívica. A valorização das carreiras de profissionais de educação e o incentivo à municipalização do ensino também estão no programa de Eymael.

Levy Fidelix (PRTB) afirmou que vai implantar a informatização nas escolas, desde a alfabetização ao ensino médio, com internet de banda larga em todos os municípios. Fidelix ainda promete alimentação de qualidade para os alunos e reestruturação de cargos e salários dos professores.

Luciana Genro (PSOL) propôs uma ampliação gradual dos investimentos públicos, “coibindo o repasse para as instituições privadas de modo a universalizar o acesso a todos os níveis de educação de forma gratuita através de instituições públicas”. A candidata ainda garante que vai ampliar “radicalmente” os investimentos públicos em saúde e educação.

Marina Silva (PSB) defende uma educação de qualidade, promete refundar a educação pública a partir de critérios de efetiva equidade social e promover mudanças curriculares, de metodologia e de organização e formato das escolas. A ex-senadora afirmou que vai garantir as condições para o combate ao analfabetismo nos próximos anos e avançar na superação do analfabetismo funcional, estabelecendo a meta de reduzi-lo drasticamente em quatro anos. Entre as propostas da candidata ainda estão a transformação do Programa Mais Educação em política de Estado de educação integral para toda a educação básica, investimento na infraestrutura das escolas e na construção de novas unidades e parcerias com as universidades federais para formação contínua dos profissionais que atuam na educação integral. Para Marina, também é preciso incentivar novas metodologias de aprendizagem com uso de tecnologias e garantir que valores como o diálogo, a justiça social, o respeito à diversidade, a democracia, a participação em questões socioambientais e os esportes estejam presentes nos currículos.

Mauro Iasi (PCB) diz que vai priorizar a educação pública, gratuita e de qualidade em todos os níveis. Segundo ele, as recentes decisões políticas sucatearam o sistema educacional. Iasi defende a “desmercantilização” imediata do setor, assim como o de áreas como a saúde, a moradia, os transportes “que devem se tornar imediatamente públicos através de processos de estatização com controle popular”.

Pastor Everaldo (PSC) defende uma reforma na educação pautada na descentralização da gestão, mais participação de agentes privados e melhorias das disciplinas matemática e português. O candidato também defende a participação das famílias nas escolas e a expansão do programa Universidade para Todos (Prouni) para o ensino médio, fundamental e infantil como forma de incentivar a inserção de alunos na rede privada. Segundo ele, isso possibilitará que estudantes carentes possam ter acesso ao mesmo ensino de qualidade dos brasileiro com melhores condições financeiras.

Rui Costa Pimenta (PCO) quer priorizar o ensino público, gratuito, laico e de qualidade para todos, em todos os níveis. O candidato defende a estatização das escolas privadas e o fim da municipalização do ensino. Pimenta quer garantir a autonomia escolar tanto na questão educacional quanto na área política e administrativa e colocar as escolas sob o controle da comunidade. O comunista ainda promete reabrir todas as escolas e salas de aulas fechadas, acabar com a “aprovação automática”, reduzir o número de alunos por sala e fixar um piso salarial que atenda às necessidades do professor e de sua família “que hoje não poderia ser de menos de R$ 5 mil”.

Zé Maria (PSTU) quer garantir os 10% do PIB para a educação. O candidato lembra em seu programa de governo que as melhorias nessa área estavam entre as principais reivindicações dos brasileiros que se juntaram às manifestações em junho do ano passado. “Lutamos por 10% do PIB para a educação já , e não em dez anos como prevê o Plano Nacional de Educacão do governo”, destaca.

Secretaria de Educação certifica alunos no Curso de Inglês Instrumental

Os alunos que participaram durante seis meses das aulas de Inglês Instrumental, promovido pela Casa das Juventudes, já poderão comemorar a conclusão das aulas e demonstrar os conhecimentos que foram adquiridos, pois os mesmos terminarão o curso neste sábado, 27.

No dia 11 de outubro, os estudantes irão receber o certificado na Casa das Juventudes Urbana, que fica localizada, na Rua Maria Celestina, 109 A – São Francisco.

A Gerência de Juventude de Caruaru tem previsão de formar novas turmas para o Curso de Inglês Instrumental e pretende abrir novas vagas no início de 2015.

Secretaria de Educação terá representantes na formação do Pronacampo

Representantes da Secretaria de Educação participarão da formação continuada realizada pelo PRONACAMPO, através do Projeto Escola da Terra.

O objetivo da capacitação é ampliar o desenvolvimento dos profissionais que atuam na educação do campo, prioritariamente em classes multisseriadas e quilombolas, visando melhorar as diretrizes curriculares para as escolas do campo.

A formação continuada acontecerá nos dias 25 e 26 deste mês, na UFPE – Universidade Federal de Pernambuco, campus Caruaru, e abordará o tema Educação do Campo e Agroecologia.  O público alvo são os professores e tutores que trabalham na zona rural.

Tem início a 14ª Feira de Educação de Trânsito do Detran

O evento acontece em Recife, nos dias 24 e 25 de setembro, das 9 às 17h, no Sítio da Trindade, bairro de Casa Amarela, e traz atrações como o projeto Calçada Itinerante e demonstrações, ao vivo, do Projeto AVATAR em 3D para Educação de Trânsito em Libras.

Nos dias 24 e 25 de setembro, das 9 da manhã às 5 da tarde, o Sítio da Trindade abrigará, pelo segundo ano consecutivo, em seus 6,5 hectares de área verde, a 14ª Feira de Educação de Trânsito, com público estimado de cinco mil pessoas. Organizada pelo Detran, a Feira marca o ápice da Semana Nacional de Trânsito que, em 2014, tem como tema “Cidade para as pessoas: proteção e prioridade ao pedestre”, formulado pelo Conselho Nacional de Trânsito em sintonia com a Década de Ações para a Segurança no Trânsito, promovida pela Organização Mundial de Saúde (OMS) objetivando reduzir em 50% o índice mundial de acidentes de trânsito até 2020.

Os visitantes serão recepcionados pela Turma do Fom Fom e terão acesso a 26 stands, nos quais estarão expostos projetos de Educação de Trânsito, além de plataformas tecnológicas e jogos, desenvolvidos por órgãos públicos, escolas e empresas de Pernambuco e de outros estados.  Haverá, ainda, espaço cênico onde alunos dos ensinos fundamental e médio das redes pública e particular de Ensino realizarão performances de teatro e dança. A Programação da 14ª Feira de Trânsito está disponível no site do DETRAN-PE (www.detran.pe.gov.br).

Detran promove 14ª Feira de Educação de Trânsito

O evento acontece, nos dias 24 e 25 de setembro, das 9 às 17h, no Sítio da Trindade, bairro de Casa Amarela, e traz atrações como o projeto Calçada Itinerante e demonstrações, ao vivo, Projeto AVATAR em 3D para Educação de Trânsito em LIBRAS

Nos dias 24 e 25 de setembro, das 9 da manhã às 5 da tarde, o Sítio da Trindade abrigará, pelo segundo ano consecutivo, em seus 6,5 hectares de área verde, a 14ª FEIRA DE EDUCAÇÃO DE TRÂNSITO, com público estimado de cinco mil pessoas. Organizada pelo DETRAN-PE, a Feira marca o ápice da Semana Nacional de Trânsito que, em 2014, tem como tema “Cidade para as pessoas: proteção e prioridade ao pedestre”, formulado pelo Conselho Nacional de Trânsito em sintonia com a Década de Ações para a Segurança no Trânsito, promovida pela Organização Mundial de Saúde (OMS) objetivando reduzir em 50% o índice mundial de acidentes de trânsito até 2020.

Os visitantes serão recepcionados pela Turma do Fom Fom e terão acesso a 26 stands, nos quais estarão expostos projetos de Educação de Trânsito, além de plataformas tecnológicas e jogos, desenvolvidos por órgãos públicos, escolas e empresas de Pernambuco e de outros estados.  Haverá, ainda, espaço cênico onde alunos dos ensinos fundamental e médio das redes pública e particular de Ensino realizarão performances de teatro e dança. A Programação da 14ª Feira de Trânsito está disponível no site do DETRAN-PE (www.detran.pe.gov.br).

Projovem Urbabo abre seleção simplificada para contratação de profissionais de ensino

A Secretaria de Educação está com inscrições abertas para o processo seletivo simplificado que contratará, por tempo indeterminado, Professores do Ensino Fundamental, Educadores da Participação Cidadã, Educadores de Qualificação Profissional, Apoios à Preparação de Lanches, Educadores do Acompanhamento do Acolhimento de Crianças e Tradutor de Intérprete de Libras para atuarem no Programa Nacional de Inclusão de Jovens – PROJOVEM URBANO.

A carga horária é de 20 (vinte) horas semanais, distribuídas de segunda a sexta-feira, das 17h às 22h e a remunerações vai de R$ 750,00 até R$ 1.500,00.

A ficha de inscrição está disponível no portal da Prefeitura de Caruaru – http://www.caruaru.pe.gov.br – na aba informativo. Assim que estiver preenchida, a mesma deve ser entregue na sede da Secretaria de Educação, que fica localizada na Rua José Marques Fontes, 21- Bairro Santa Rosa.

O prazo é até sexta-feira, 19, e o horário de atendimento vai das 8h às 12h.

Coluna: Educação: as pedras no meio do caminho

Por Menelau Júnior

Divulgado no início do mês, o resultado do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) revelou uma realidade que expusemos neste espaço há algumas semanas: o ensino médio no Brasil é desastroso. Em 16 estados brasileiros, a meta do governo não foi alcançada. E, diga-se de passagem, as “metas” são notas na casa dos 4 pontos. Parece piada: o Brasil está lutando para ter uma nota quatro.

Os números oficiais também mostram que, nos anos iniciais do ensino fundamental, as metas estão sendo cumpridas. Mas a partir do 6º ano os problemas se intensificam. No 9º ano, quando os alunos terminam o ensino fundamental, o rendimento deles já está bem abaixo do esperado. Quem vai segurar a “bomba”? Os professores do ensino médio, claro. Recebem alunos incapazes de entender um texto, sem conhecimentos mínimos em matemática e “viciados” em aprovações que envergonhariam qualquer aluno medíocre de países desenvolvidos.

É importante salientar, claro, que o Ideb – assim como o Enem – não deve ser o único meio para considerar melhorias na educação, mas é um indicador. Fatores como tempo que o aluno passa na escola, realidade sociocultural e econômica devem ser levados em conta. A formação dos professores também. Aliás, aí está outro problema: a cada ano cai o número de alunos que ingressam em cursos de licenciatura. O caso mais grave é o do curso de Letras, que teve uma diminuição de 13% no número de matrículas entre 2012 e 2013. Resumindo: professores formam juízes, advogados, engenheiros, médicos, jornalistas. Mas os jovens não querem ser professores.

Caiu também, pela primeira vez nos últimos 10 anos, o número de alunos que concluem um curso superior. A redução ficou em torno de 5%. Mas o ministério da Educação comemorou o aumento no número de matrículas, que foi de 3,8%. Em outras palavras, para o governo o importante é dizer que os alunos estão chegando à universidade. Se vão sair, isso é um problema deles. E não é preciso pensar muito para entender porque está caindo o número de formandos do ensino superior: muitos chegam à universidade sem hábitos de estudos, sem conhecimento necessário e precisando trabalhar.

As médias que permitem aprovação em muitos cursos ficam abaixo de 3,0. Ou seja, há uma “bola de neve” na educação brasileira: os alunos saem muito ruins do ensino fundamental, ficam ainda piores no ensino médio e são jogados nas universidades. Pesquisa feita no Distrito Federal revelou que 50% dos alunos que terminam um curso superior são analfabetos funcionais – não conseguem entender um texto mais complexo, mesmo em sua área de atuação.

No Brasil da propaganda governamental, basta falar em construção de universidades, em programas de financiamento para que boa parte acredite em reais avanços. É o populismo desavergonhado a serviço da mediocridade. Há muitos cursos de universidades públicas sem alunos, sem estrutura adequada, sem professores assíduos. Enquanto isso, de cada R$ 100 arrecadados no Brasil, R$ 57 ficam com o governo federal, R$ 25 com os 26 estados e o Distrito Federal e apenas R$ 18 com os 5.700 municípios.

Aos estados e municípios cabe a educação básica, área em que está o grande problema da educação brasileira – o número de alunos é infinitamente superior aos da educação superior e a verba é infinitamente menor. Sem resolver o problema na base, oferecendo escolas com infraestrutura decente, com professores bem-remunerados e motivados, precisaremos maquiar as universidades para dizer que estamos avançando na educação. E o pior: precisaremos de metas ridículas para justificar esse avanço.

Menelau Júnior é professor de português

Em conversa com jovens, Fernando defende mais recursos para Educação

fbcInteriorização de escolas técnicas e um projeto para a criação da carreira federal de professor foram algumas das propostas que o candidato a senador,Fernando Bezerra Coelho (PSB), apresentou a um grupo de alunos de uma escola particular da Zona Norte do Recife.

O encontro, realizado nesta segunda-feira (15), faz parte do projeto É Nós!, que tem desenvolvido uma série de conversas do postulante ao Senado com o eleitorado jovem de Pernambuco.

Fernando respondeu perguntas sobre vários temas, mas o assunto prioritário
do bate-papo foi relacionado à Educação. O candidato da Frente Popular
destacou os avanços que tornaram Pernambuco o 4° melhor colocado entre os
estados brasileiros no ranking do IDEB (Índice de Desenvolvimento da
Educação Básica), como a criação de escolas de referência. Ainda assegurou
que o tema é uma de suas prioridades para o Senado, onde pretende buscar
recursos para melhorar a rede estadual de ensino, além de ajudar a
interiorizar as escolas técnicas.

Apesar das conquistas na Educação do Estado, Fernando alertou que é preciso
investir mais no setor, em especial, na valorização dos docentes. “Hoje,
existem mais de 240 mil vagas em aberto para professores porque os jovens
não têm interesse nos cursos de licenciatura, devido às baixas
remunerações. Por isso, eu defendo um fundo federal que destine recursos
para os estados e municípios, além da criação de uma carreira federal de
professor para estimular os profissionais e qualificar o ensino”, explicou
Fernando.

Coluna: Educação: as pedras no meio do caminho

Por Menelau Júnior

Divulgado no início do mês, o resultado do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) revelou uma realidade que expusemos neste espaço há algumas semanas: o ensino médio no Brasil é desastroso. Em 16 estados brasileiros, a meta do governo não foi alcançada. E, diga-se de passagem, as “metas” são notas na casa dos 4 pontos. Parece piada: o Brasil está lutando para ter uma nota quatro.

Os números oficiais também mostram que, nos anos iniciais do ensino fundamental, as metas estão sendo cumpridas. Mas a partir do 6º ano os problemas se intensificam. No 9º ano, quando os alunos terminam o ensino fundamental, o rendimento deles já está bem abaixo do esperado. Quem vai segurar a “bomba”? Os professores do ensino médio, claro. Recebem alunos incapazes de entender um texto, sem conhecimentos mínimos em matemática e “viciados” em aprovações que envergonhariam qualquer aluno medíocre de países desenvolvidos.

É importante salientar, claro, que o Ideb – assim como o Enem – não deve ser o único meio para considerar melhorias na educação, mas é um indicador. Fatores como tempo que o aluno passa na escola, realidade sociocultural e econômica devem ser levados em conta. A formação dos professores também. Aliás, aí está outro problema: a cada ano cai o número de alunos que ingressam em cursos de licenciatura. O caso mais grave é o do curso de Letras, que teve uma diminuição de 13% no número de matrículas entre 2012 e 2013. Resumindo: professores formam juízes, advogados, engenheiros, médicos, jornalistas. Mas os jovens não querem ser professores.

Caiu também, pela primeira vez nos últimos 10 anos, o número de alunos que concluem um curso superior. A redução ficou em torno de 5%. Mas o ministério da Educação comemorou o aumento no número de matrículas, que foi de 3,8%. Em outras palavras, para o governo o importante é dizer que os alunos estão chegando à universidade. Se vão sair, isso é um problema deles.

E não é preciso pensar muito para entender porque está caindo o número de formandos do ensino superior: muitos chegam à universidade sem hábitos de estudos, sem conhecimento necessário e precisando trabalhar. As médias que permitem aprovação em muitos cursos ficam abaixo de 3,0. Ou seja, há uma “bola de neve” na educação brasileira: os alunos saem muito ruins do ensino fundamental, ficam ainda piores no ensino médio e são jogados nas universidades. Pesquisa feita no Distrito Federal revelou que 50% dos alunos que terminam um curso superior são analfabetos funcionais – não conseguem entender um texto mais complexo, mesmo em sua área de atuação.

No Brasil da propaganda governamental, basta falar em construção de universidades, em programas de financiamento para que boa parte acredite em reais avanços. É o populismo desavergonhado a serviço da mediocridade. Há muitos cursos de universidades públicas sem alunos, sem estrutura adequada, sem professores assíduos. Enquanto isso, de cada R$ 100 arrecadados no Brasil, R$ 57 ficam com o governo federal, R$ 25 com os 26 estados e o Distrito Federal e apenas R$ 18 com os 5.700 municípios.

Aos estados e municípios cabe a educação básica, área em que está o grande problema da educação brasileira – o número de alunos é infinitamente superior aos da educação superior e a verba é infinitamente menor. Sem resolver o problema na base, oferecendo escolas com infraestrutura decente, com professores bem-remunerados e motivados, precisaremos maquiar as universidades para dizer que estamos avançando na educação. E o pior: precisaremos de metas ridículas para justificar esse avanço.

Menelau Júnior é professor de português