Reunião deve definir futuro de João Lyra

Por CAROL BRITO
Da Folha de Pernambuco

Após pressionar a cúpula do PSB por uma definição sobre a disputa eleitoral em Caruaru, o ex-governador João Lyra Neto (PSB) e a deputada estadual Raquel Lyra (PSB) devem definir o seu futuro partidário em reunião com o governador Paulo Câmara (PSB). Um encontro entre as lideranças está pré-agendado para hoje à noite e a expectativa é que o socialista defina com quem ficará o comando do diretório da legenda em Caruaru. Com a intenção de lançar a candidatura de Raquel Lyra no município, o grupo dos Lyra é cobiçado por outras siglas e poderá deixar as hostes socialistas caso não tenha a garantia para a viabilização do seu projeto eleitoral.

Segundo a Coluna Fogo Cruzado, do jornalista Inaldo Sampaio, na Folha de Pernambuco, a Executiva Estadual do PSB já teria decidido entregar o controle da legenda ao ex-governador João Lyra Neto. Contudo, as lideranças socialistas adotam a cautela sobre a resposta. Dentro do PSB há restrições à antecipação do debate sobre as eleições de 2016. O governador Paulo Câmara é apoiado por todos os grupos políticos da cidade: o prefeito José Queiroz (PDT), o vice-prefeito Jorge Gomes (PSB) e o deputado estadual Tony Gel (PMDB). A avaliação é que bater o martelo sobre a disputa com tanta antecedência seria criar conflitos desnecessários na base governista.

PTB e PSDB promovem filiações

Do Blog da Folha

A garimpagem em busca de filiações e pré-candidaturas a majoritárias e proporcionais segue a todo vapor no ninho do PTB e do PSDB. Neste fim de semana, as legendas realizaram várias filiações e confirmaram algumas pré-candidaturas. Nas hostes petebistas, declararam a pré-candidatura ao Executivo Municipal os já petebistas Romero Sales (Ipojuca), Vavá Rufino (Moreno), Ramos (Paulista), o ex-prefeito Wilson Lima (Belém de Maria) e os atuais prefeitos Mário Ricardo (Igarassu) e Paulo Batista (Itamaracá).

Já os pré-candidatos que assinaram a ficha de filiação ao PTB foram: Demóstenes Meira (Camaragibe), Bruno Pereira (São Lourenço da Mata) e Joaquim Lapa (Carpina). As filiações foram realizadas pelo ministro de Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Armando Monteiro Neto (PTB), e com o secretário-geral petebista, José Humberto. Na ocasião, as lideranças reforçaram a importância da preparação da legenda para a disputa eleitoral de 2016, antecipando que intensificarão o debate com a população sobre o futuro de seus municípios.

Já no PSDB-PE, o dirigente estadual e deputado, Antônio Moraes, assinou a filiação dos militantes Hugo Valadares e Guilherme Nunes. O primeiro será pré-candidato as eleições para o comando de São José do Egito, no Sertão; e Nunes disputará a direção de Vicência, na Zona da Mata. Enquanto isso, o presidente da Juventude do PSDB-PE, Caio Lessa, fortaleceu a legenda na Região Metropolitana do Recife comandando um encontro da Juventude em Igarassu.

A estratégia da Frente Popular

Por CAROL BRITO
Da Folha de Pernambuco

O PSB monta estratégia ambiciosa para as próximas eleições municipais. Nas contas dos dirigentes, a expectativa é que a sigla conte com pré-candidaturas em cerca de 100 das 185 prefeituras do Estado. Atualmente, possui 58 gestões municipais, mas o número ampliará com as recentes filiações permitidas pela janela eleitoral.

Já estão de malas prontas para o PSB: o prefeito de Exu, Léo Saraiva; de Chã Grande, Daniel Alves Lima; Amaraji, Jânio Gouveia; Trindade, Éverton Costa; Bom Conselho, Danilo Godoy; Abreu e Lima, Pastor Marcos; e de Arcoverde, Madalena Brito.

As aquisições provêm de siglas tanto da oposição quanto da base do governo. O desafio da legenda é conciliar o seu projeto eleitoral com a Frente Popular, sem o ex-governador Eduardo Campos, que controlava o PSB com mão de ferro.

Restará ao governador Paulo Câmara (PSB) a responsabilidade de ser o principal articulador da base. “Vamos superar (a perda de Eduardo) dialogando. Eduardo tinha profundo conhecimento da geografia política do Estado. Tinha presença forte e influência com todas as lideranças. Para garantir a unidade, nos resta dialogar. O governador Paulo Câmara está empenhado em exercer esse papel de buscar convergências e tem muita gente ajudando”, destacou o presidente estadual do PSB, Sileno Guedes.

Apesar do PSB ter atraído lideranças até mesmo de partidos aliados, o dirigente garante que não há estremecimentos na Frente Popular. “Com uma frente tão ampla, você acaba atraindo prefeitos da própria base, mas temos cuidado para não atrair prefeitos aliados dos nossos aliados. O que acontece é que a conjuntura local e as rivalidades acabam levando a este tipo de movimento”, destacou.

Contudo, a decisão é que os socialistas que não apoiaram a candidatura de Paulo Câmara perderão espaço na legenda e devem deixar as hostes socialistas. Estão nesta situação o prefeito de Lagoa de Itaenga, Lamartine Mendes, e os dirigentes do PSB de Lagoa do Ouro e Jataúba.

“Não vamos punir quem não apoiou Paulo, mas essas pessoas não terão o comando do partido. Então, a expectativa é de que essas pessoas saiam do partido porque ficaram desconfortáveis no PSB”, afirmo Guedes.

Em relação à possibilidade de conflito entre as candidaturas do PSB e dos aliados, Sileno Guedes avalia que o momento é de apresentar os projetos para só definir o cenário no próximo ano.

“Não estamos tomando o espaço de ninguém. Se a política apresentar convergência para os nomes do PSB, vamos seguir mas vamos apoiar muitos alia dos também. O momento de colocar as pré-candidatura para explorar nossos candidatos. Não temos a pretensão de causar conflito na frente” relatou.

Desafio da Frente Popular no pós-Eduardo

Por CAROLINA ALBUQUERQUE
Do Jornal do Commercio

Quem construiu o amplo arco de aliança, com 14 partidos, para eleger Geraldo Júlio prefeito do Recife em 2012 foi o ex-governador Eduardo Campos, morto há um ano em acidente aéreo. A candidatura do “técnico” foi levada a cabo às vésperas da campanha eleitoral, após a briga do PT que trouxe uma derrota ao reduto político que governou por 12 anos. De lá para cá, a Frente Popular que elegeu Geraldo Julio (PSB) não é mais a mesma. Primeiro a embarcar em 2012, o PTB virou oposição em 2014. A base governista do prefeito socialista ganhou as cores do DEM e PSDB. Sem a liderança do padrinho, o técnico que virou político tem o desafio de chegar a 2016 com uma frente forte e unida. O problema é que, a um ano das eleições, os partidos aliados mais parecem um “arremedo” do passado, visto que pipocam de todos os lados pré-candidaturas de oposição.

Quando menos esperava, o prefeito Geraldo Julio se deparou com o nome do ex-governador e deputado federal Jarbas Vasconcelos (PMDB) na imprensa como cotado a entrar na disputa municipal de 2016. A declaração dada por ele próprio sobre as especulações deixou a questão ainda mais em suspenso: “Não vou explicar algo que nunca falei”. Para a eleição de 2014, uma das razões que levou Jarbas a abdicar da reeleição ao Senado, como queria Eduardo Campos para satisfazer Fernando Bezerra Coelho (PSB), foi o fato de ele não estar mais com total disposição para enfrentar uma candidatura majoritária, o que exigia circular todo o Estado. Contudo, o desaparecimento da liderança de Eduardo deixou um vácuo em Pernambuco. Aliados de Jarbas têm apostado que ele tem toda a envergadura para ocupar o espaço e estimulam seu protagonismo em 2016.

Presidente estadual do PMDB, o vice-governador Raul Henry afirma que qualquer análise sobre 2016 ainda é prematura. “Esse processo para formação de alianças está apenas no início. Tem muito chão pela frente. Mas as eleições no Recife sempre são duras, apertadas, basta olhar as últimas. João da Costa, mesmo com o apoio de João Paulo, Eduardo, Lula, todo mundo, ganhou com uma margem apertada”, disse.

Numa situação delicada visto que é vice do PSB no Estado, Henry disse que nunca ouviu Jarbas falar sobre candidatura. “Mas se ele vier a tomar essa decisão, claro que o partido está com ele. Podemos dizer que o PMDB está aguardando a decisão da sua maior liderança”, pontuou. Não se sabe, porém, se a manutenção da especulação no ar é uma estratégia para que o partido ganhe mais espaço nas próximas disputas. Além disso, o nome de Jarbas é um dos cotados para a presidência da Câmara dos Deputados após a denúncia de envolvimento na Lava Jato que foi feita contra Eduardo Cunha (PMDB).

Câmara e o desafio de unir aliados

Por CAROL BRITO
Da Folha de Pernambuco

Apontado pelo presidente estadual do PSB, Sileno Guedes, como o principal articulador das eleições no Estado, governador Paulo Câmara (PSB) reafirma seu papel de protagonismo no próximo pleito e adianta que deseja ter a frente que o apoiou nas últimas eleições unida.

Para o gestor, a união é a principal forma de manter o desenvolvimento de Pernambuco. Mas com 21 siglas abrigadas na Frente Popular, a missão do gestor estadual não será fácil, principalmente, em alguns dos principais municípios do Estado.

Aliados recentes dos socialistas, lideranças do PSDB reiteram que o alinhamento à sigla com o Palácio das Princesas não é automático em todas as cidades, em especial, no Recife. “Trabalhamos para isso (a unidade da frente). Eu acho que todos querem o bem de Pernambuco, nós entendemos que é dessa forma e com essa Frente que vamos manter Pernambuco seguindo avançando”, defendeu, após inauguração de Unidade Básica de Saúde da Família, em Paulista.

O principal ponto de divergência na Frente Popular é o Recife. A reeleição do prefeito o Recife, Geraldo Julio (PSB), é considerada a prioridade do partido do governador e possíveis candidaturas na base governista causam preocupação no Palácio do Capibaribe e, consequentemente, no Palácio do Campos das Princesas.

Os deputados federais Daniel Coelho (PSDB) e Jarbas Vasconcelos (PMDB) aparecem como prováveis adversários do socialista na disputa. Diante do impasse, Sileno Guedes ponderou que o governador Paulo Câmara agirá “no momento certo” para garantir a unidade da Frente Popular, em entrevista à Folha de Pernambuco na última quarta-feira.

Nas demais cidades polos, a Frente Popular também dá sinais de divisão. Em Caruaru, o gestor conseguiu unir quatro grupos políticos distintos em torno de sua campanha ao governo de Pernambuco, mas, dificilmente, conseguirá manter os grupos do prefeito José Queiroz (PDT), do ex-governador João Lyra Neto (PSB), do deputado estadual Tony Gel (PMDB) e da ex-deputada estadual Laura Gomes (PSB) no mesmo palanque.

Em Petrolina, a divisão se acentua no próprio PSB. O deputado estadual Lucas Ramos (PSB) e o grupo liderado pelo senador Fernando Bezerra Coelho (PSB) pavimentam seus projetos – isoladamente – na cidade.

Em Jaboatão, o caminho é semelhante: o vice-prefeito Heraldo Selva (PSB) e o deputado federal João Fernando Coutinho (PSB) alimentam suas pretensões, enquanto o prefeito da cidade, Elias Gomes (PSDB), e o deputado federal Anderson Ferreira (PR) também constroem seus planos na base do governador.

Para Raul Henry, PMDB pode fazer alianças em 2016

Do Blog da Folha

A pouco mais de um ano para as eleições municipais, o vice-governador de Pernambuco, Raul Henry (PMDB), assumiu a presidência estadual da legenda, neste sábado (18). A ideia, de acordo com o dirigente, é esperar até o final de setembro para se ter uma noção do tamanho do partido no próximo pleito municipal. E, a partir daí, dar início às articulações para as eleições de 2016.

“Não estamos começando articulações para eleições. Estamos num processo de fortalecimento do partido. De fazer o partido crescer com qualidade. É claro que essas pessoas que se filiam têm projetos eleitorais. Mas a formação desses projetos só se dará no próximo ano quando a gente de fato for discutir eleição municipal e vai discutir o arco de alianças em cada município do Estado”, garantiu.

Questionado sobre a relação do PSB, do governador Paulo Câmara, com o PMDB, Raul Henry afirmou que acredita em alianças em diversos municípios de Pernambuco. O peemedebista também disse que conversa com o gestor socialista com frequência sobre o assunto.

“Eu acho que nós faremos aliança em grande parte dos municípios de Pernambuco. Em outros municípios, onde a realidade política não permitir, cada um vai seguir seu caminho. O exemplo de Petrolina é claro, nós temos um prefeito do PMDB que disputou eleição com um candidato do PSB. E lá a política é muito radicalizada. Dificilmente nós faríamos uma aliança em Petrolina. Há municípios como Caruaru, também; o que se fala hoje nas colunas políticas é que Caruaru pode ter três candidaturas, uma do PSB, uma do PDT e a nossa do PMDB. Isso tudo é muito natural para a gente. A gente tem conversado sobre isso com a direção do PSB. Eu, pessoalmente, tenho conversado quase que diariamente com o governador Paulo Câmara, ele tem acompanhado tudo isso. Nós compreendemos isso como um processo absolutamente natural”, disse.

Ele citou, ainda, a eleição de 2014 que, em alguns municípios, o PMDB teve o apoio de forças antagônicas. “Caruaru é um exemplo, Vitória de Santo Antão é outro exemplo. Então há um conjunto de exemplos em que nós tivemos o apoio de duas forças que vão querer disputar eleição municipal. Uma pelo PSB, outra pelo PMDB, pelo PR, pelo PCdoB, pelo PSD, pelos partidos que compõem essa aliança”, explicou.

Henry disse também não ter, ainda, uma meta de candidatos ou prefeitos para o próximo pleito. Segundo ele, o partido vai trabalhar com intensidade até o final de setembro e a partir de setembro poder ter, pelo menos, uma noção do tamanho que o partido terá na próxima eleição municipal.

“É claro que será uma expectativa que a gente vai ter, mas muitas alianças vão se dar no próximo ano. Lugares onde potencialmente o partido pode ter um candidato a gente pode chegar à conclusão que é melhor fazer uma aliança e não ter o candidato. Em outros lugares, onde a gente não tenha potencialmente o candidato, pode resultar de ter um candidato que seja ponto de convergência de um conjunto de partidos da aliança. Então, esse processo tem uma dinâmica muito grande. Nós teremos, naturalmente, um primeiro balanço no final de setembro e outro em maio do próximo ano, às vésperas das convenções municipais”, revelou.

“Não estamos preocupados com nomes, mas com projeto”

Por WAGNER GIL
Do Jornal VANGUARDA

VANGUARDA traz uma entrevista com Djalma Cintra Júnior, um dos nomes mais cotados do PSDB para disputar a Prefeitura de Caruaru em 2016. Com 51 anos, o empresário faz uma análise da atual conjunta política, dos governos Dilma Rousseff (PT), Paulo Câmara (PSB) e José Queiroz (PDT) e ainda comenta sobre a saída da Sulanca do Parque 18 de Maio. Esta semana, inclusive, os tucanos apresentaram um modelo que poderia ser adotado para transferir os feirantes. Irmão do senador Douglas Cintra (PTB), principal aliado da presidente Dilma na Capital do Agreste, ele diz que as posições políticas não interferem no relacionamento familiar. “Nos damos bem”, conta. Leia abaixo:

Jornal VANGUARDA – Como analisa a sucessão de 2016? O senhor é o nome do PSDB?
Djalma Cintra Júnior – Nossa preocupação não é fazer uma análise da conjuntura da eleição, e sim construir uma proposta para Caruaru. Com essa proposta, será apresentado um candidato que não foi escolhido ainda. Nós queremos discutir o que precisa ser feito pela cidade com a sociedade.

JV – Mas há um comentário sobre seu nome dentro dos quadros do PSDB. Isso já saiu várias vezes na mídia.
DCJ – Eu realmente tenho escutado e vejo comentários de pessoas próximas e na mídia. No partido não existe discussão sobre nomes. Quando esse projeto for executado, discutiremos nomes e essa pessoa caberá ou não aceitar a indicação.

JV- Quem é o PSDB hoje? O partido passou muito tempo no ostracismo e, mesmo com grande força nacional, não tem representação destacada na cidade.
DCJ – Recentemente, o partido ganhou uma grande quantidade de filiados. Eu, Manoel Santos (ex-presidente do Sindloja), Jackson Carvalho (publicitário), capitão Evandro. Nosso objetivo é fortalecer o partido com uma representação forte na eleição proporcional, já que o PSDB não tem hoje nenhum vereador na Câmara. Estamos fazendo um trabalho de conscientização desses possíveis candidatos. Eles, quando forem eleitos, devem estar comprometidos com o projeto do partido, não com projetos pessoais. Não vão poder votar projetos em troca de cargos.

JV – Recentemente, o PSDB entregou uma proposta para a transferência da Feira da Sulanca. Isso já seria uma oposição ao governo José Queiroz?
DCJ – Não diria oposição, mas uma proposta na qual entendemos que contempla de forma mais coerente as necessidades dos diversos tipos de sulanqueiros. A proposta do PSDB dá oportunidade a quem não tem nada de poder começar um negócio na cidade. Criaríamos também uma área coberta para abrigar lojas e outra para o feirante que não pode comprar um boxe. O modelo de negócio que estamos propondo é diferente. A forma do projeto atual está errada. No nosso modelo, o controle da feira fica com a prefeitura. Teríamos a criação de uma autarquia e aí, nesse caso, poderia haver uma eleição para presidente desse órgão. O custo ficaria muito mais barato e o processo, mais transparente. No nosso projeto, as coisas ficam muito mais claras.

JV – Quais as principais dificuldades de Caruaru na área de infraestrutura e as prioridades num eventual governo tucano?
DCJ – O que o PSDB entende como mais importante para Caruaru e o país é a gestão. As pessoas não têm a real dimensão de que dinheiro público é dinheiro nosso. A gestão precisa ser mais eficiente. Você não pode sobrecarregar a máquina com cargos em troca de favores eleitorais. A quantidade de cargos comissionados precisa diminuir. Em Caruaru, por exemplo, são 19 secretários. A pergunta é: precisa de tudo isso? Na nossa opinião, não.

JV – Como o PSDB pretende se comportar em relação à gestão de José Queiroz? O prefeito está na Frente Popular de Pernambuco, assim como os tucanos.
DCJ – O PSDB não está nascendo em Caruaru dentro da atual gestão. Nossa intenção não é bater no prefeito nem nos outros candidatos. Nosso objetivo é apresentar propostas e construir uma agenda de discussões em bairros. Coletar necessidade e elaborar programa de governo junto à comunidade.

JV- E em relação ao seu irmão, o senador Douglas Cintra (PTB)? Ele está na base do governo Dilma e o senhor, no principal partido de oposição. Existe ‘briga’ em casa?
DCJ – Faz tempo que estamos em lados opostos, mas não existe briga. Não pesa nada. Estou trabalhando como voluntário em um projeto. Um projeto a favor da cidade.

JV – Existe a possibilidade de Douglas Cintra ser um dos candidatos a prefeito. O senhor bateria chapa com ele?
DCJ – Nesse aspecto, não vou falar nada. Nós vamos manter a ideia original. Construir uma proposta para Caruaru e lá na frente, se o meu nome for escolhido, terei a prerrogativa de aceitar ou não. Mas repito: não existe essa ideia dentro do partido (escolher nomes). Também não temos a preocupação de quem serão os adversários.

JV – Como o senhor enxerga a relação prefeitura-Câmara e como seria num eventual governo do PSDB?
DJC – Essa relação tem que mudar e não é uma crítica ao prefeito (José Queiroz). Falo em relação ao Brasil. Os gestores precisam ter coragem de fazer essa relação de forma diferente.

JV- Como o senhor avalia o governo Dilma?
DCJ – Uma tragédia. Não é um acidente de percurso. Todo problema que estamos atravessando é fruto do governo anterior. A diferença é que Lula conseguiu manter o rumo da economia.

JV- E a administração de Paulo Câmara?
DCJ – Nossa avaliação é positiva, dentro do que pode ser feito até agora. Paulo Câmara tem a vantagem da humildade, sabe ouvir e reconhece o momento de dificuldade. Está aí para trabalhar e acredito que vai fazer um bom governo.

JV- Que nota o senhor daria ao governo José Queiroz?
DCJ – Não vou dar nota. Vamos trabalhar em um projeto e em alguns pontos, como o da Feira da Sulanca. É claro que vão acontecer diferenças. Uma delas está no número de secretarias. No governo do PSDB, isso vai ser resumido.

De olho em 2016, PT começa a traçar estratégias

Por CAROLINA ALBUQUERQUE
Do Jornal do Commercio

De olho nas eleições municipais de 2016, o Diretório Estadual do PT começou a traçar seu plano estratégico, a partir da reunião realizada na manhã deste domingo (12). Oito municípios pernambucanos estão sob o comando de prefeitos petistas, todos com possibilidade de reeleição. Recife, onde o PT tem uma história de 12 anos de gestão, foi colocado como “importante”.

De acordo com a presidente estadual do partido, a deputada Teresa Leitão (PT), um grupo tático será formado para traçar e acompanhar a movimentação política para o pleito do ano que vem. “A criação desse grupo de trabalho eleitoral será antecipado. Ele vai atuar nas unidades de todos os municípios, na articulação, e também vai começar as conversas com outros partidos, sobre possíveis alianças”, disse.

Numa reflexão sobre as desavenças políticas internas, um dos motivos que levaram o PT a perder a cadeira de prefeito no Recife em 2012, a deputada estadual disse que a busca por “unidade” partidária é uma das prioridades. “Esse ponto é algo muito importante, colocado por todos. A unidade interna é uma preponderante”, afirmou.

Essa foi a primeira reunião do Diretório Estadual com o objetivo de debater as eleições de 2016. O PT ainda definiu que as plenárias regionais vão ter início em agoste e setembro. O encontro reuniu parlamentares, prefeitos, dirigentes etc., no Recife.

PMDB se articula no Sertão do Estado visando 2016

Do Blog da Folha

O vice-governador e futuro presidente estadual do PMDB, Raul Henry, o deputado federal Jarbas Vasconcelos e o deputado estadual Ricardo Costa iniciaram pelo Araripe o esforço de fortalecer o partido em todo o Estado. Durante a passagem na região, houve conversas com lideranças políticas e novas filiações.

“Muita gente reclama que político só aparece nas eleições, por isso viemos aqui bem antes, com mais de um ano de antecedência, para conversar, mostrar nossas propostas e fortalecer o partido com companheiros que queiram construir uma história limpa, com respeito, compromisso e trabalho”, disse Jarbas.

De acordo com Raul Henry, o partido está disposto a se fortalecer com conversas mais aprofundadas. “O PMDB pernambucano vai continuar fazendo uma política transparente e responsável”, relatou.

A primeira parada dos peemedebistas foi em Araripina, onde foram recepcionados pelo vice-prefeito Valmir Lacerda que organizou um jantar na sexta (10). Neste sábado (11), ocorreu uma coletiva do grupo em Ouricuri.

Douglas Cintra é peça importante no xadrez político de Caruaru

Por CAROLINA ALBUQUERQUE
Do Jornal do Commercio

Suplente do ministro Armando Monteiro (PTB), o senador Douglas Cintra (PTB), empresário caruaruense, certamente participará com mais propriedade do xadrez político de 2016. Em Caruaru, seu nome já circula como possível candidato majoritário, confirmação difícil de ser feita a um ano das eleições.

“Se tivermos Tony Gel e João Lyra como candidatos, serão 36 anos em que Caruaru teve apenas três prefeitos. É muito tempo. Será que não há espaço para renovação? Não estará na hora de uma novidade?”, provocou.

» Forças tradicionais de Caruaru se articulam para disputa inédita

Douglas Cintra é uma carta “curinga” no jogo já aquecido para o pleito de 2016. Num cenário marcado por rivalidades políticas profundas, ele tem possibilidade de diálogo tanto com Queiroz quanto com João Lyra.

Foi o atual prefeito, de quem já foi secretário municipal, que indicou seu nome para a suplência do então candidato a senador Armando Monteiro, na eleição de 2010. Foi parte desse grupo até 2012 liderado por João Lyra e Queiroz.

Apesar do desentendimento deles, Cintra mantém convergência política com ambas as partes. “Pessoalmente, eu diálogo com todos eles. Politicamente, estou distante da força de Tony Gel, que antigamente era ligado a Drayton. Tenho uma história junto a Lyra e Queiroz”, contou.

Quando questionado se a conjuntura política local de Caruaru permite a abertura de uma nova força, ele responde que a “novidade” pode surgir a partir dos grupos tradicionais. Na posição de ser o primeiro senador oriundo de Caruaru, ele reivindica para si a articulação política.

“O PTB têm hoje o maior cargo na cidade. O prefeito, obviamente, tem a influência na cidade. Mas nacionalmente e no Estado é o senador. Então óbvio que temos que participar do processo. Como petebista, temos obrigação de participar desse cenário do ano que vem”.

Nos bastidores, a leitura é que se Douglas Cintra vier a ser candidato, seja na cabeça de chapa seja na vice, com o apoio de Queiroz, a presença do PDT na Frente Popular estará ameaçada. Isso porque o PTB representa hoje o partido que mais faz oposição ao governo Paulo Câmara (PSB), resultado da eleição acirrada vivida em 2014, quando o socialista venceu Armando Monteiro.