Paulo Câmara e Alckmin discutem cenário nacional

O governador Paulo Câmara visitou ontem o governador Geraldo Alckmin no Palácio dos Bandeirantes, em São Paulo. O encontro durou 1 hora e 20 minutos e contou com a presença do vice-governador Márcio França. Na pauta, os gestores trataram de questões federativas, previdência, dívida dos Estados, subfinanciamento da Saúde e as chamadas “pautas-bombas” em discussão no Congresso Nacional.

Os dois também discutiram previsões para o ano de 2016. Os governadores concordam que o ano que vem também será “difícil e desafiador”. “O governador Geraldo Alckmin, como sempre, foi muito atencioso. Conversamos sobre temas federativos e nossa preocupação com o país, que precisa sair deste conjunto de crises, que vem afetando o emprego, o crescimento e a geração de renda”, relatou Paulo Câmara.

O dilema de Eduardo: Alckmin ou Marina?

Do Brasil247

O presidenciável do PSB, Eduardo Campos, governador de Pernambuco, está diante de mais um impasse desde a adesão da ex-senadora Marina Silva ao seu partido. No maior colégio eleitoral do país, São Paulo, o PSB caminhava, sem sobressaltos, para uma aliança com o atual governador Geraldo Alckmin (PSDB), mas o acordo foi barrado por Marina, que pressiona por uma candidatura própria do partido – a mais cotada é a deputada federal Luiza Erundina. Em troca, Marina aceita ser a candidata a vice de Campos, sendo anunciada até fevereiro. Mas, Alckmin pressiona por seu lado: ofereceu nesta quinta-feira (9) uma das vagas da chapa majoritária em São Paulo (a de vice-governador ou a de senador). Que caminho Eduardo Campos seguirá?

Esta não é a primeira vez que Marina derruba acordos de Campos. Assim que se filiou ao PSB, a ex-senadora se colocou como empecilho à bem encaminhada aliança do pernambucano com os ruralistas, através do deputado federal Ronaldo Caiado (DEM). Campos cedeu. Agora, em troca da esperada turbinada que Marina pode lhe dar com votos, o presidenciável do PSB vai abrir mão de um espaço importante no palanque de Alckmin?

A aliança em São Paulo com os tucanos só produz efeitos positivos para o governador de Pernambuco, uma vez que, atualmente, o PSB não possui grande estrutura no maior colégio eleitoral do país. Mesmo com a candidatura de Erundina, o partido não teria muito tempo de TV e rádio e nem conseguiria montar palanques competitivos em cidades paulistas. Ceder ao apelo de Marina é muito mais útil à principal candidatura de oposição em São Paulo, que é a do petista Alexandre Padilha, pois fragiliza o projeto de reeleição do tucano.

Mas Marina é arredia. Enxerga no apoio a Alckmin uma contradição. Para ele, há incompatibilização na defesa das mudanças na política ao apoiar um grupo que comanda o Palácio dos Bandeirantes há 20 anos. Não é sem lógica a visão da ex-senadora. Se Campos peitar Marina, pode perder seu principal ônus eleitoral até o momento. Pesquisas de consumo interno dos socialistas mostram um crescimento importante para o governador pernambucano quando o eleitor é informado que Marina é sua vice. Ele ultrapassa, assim, o candidato tucano, o senador Aécio Neves.

Neste momento – e nos próximos dias –, o presidenciável do PSB fará suas contas e verá em que situação perderá mais. Na que sair menos fragilizado, ele embarcará. Atualmente, a posição mais provável é que ele ceda ao pedido da ex-senadora. Com uma visão mais nacional, ele tende a abrir mão da aliança com Alckmin, mesmo tendo a ampla maioria dos dirigentes do PSB em São Paulo favoráveis ao acordo mais seguro com os tucanos.

Embora tenha alcançado generosos espaços na mídia desde a aproximação de Marina Silva, Campos tem enfrentado muitos percalços no caminho até a concretização de seu projeto eleitoral neste ano. Se no decorrer da campanha, a partir de agosto, o apoio da ex-senadora não empolgar o eleitor, terá valido a pena ter cedido tanto? A aposta do candidato do PSB em Marina pode estar sendo muito alta.

PSDB e PSB articulam encontro entre Alckmin e Campos

Do Poder Online

Apesar de a Rede Sustentabilidade rejeitar a aliança entre o PSB e o PSDB em São Paulo, os dois partidos articulam um encontro para breve entre os governadores de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), e de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB).

Os interlocutores dos dois partidos que negociam a aliança para a candidatura à reeleição do governador tucano em São Paulo consideram que o apoio só não será concretizado caso algum fato novo altere o panorama atual.

Para eles, mesmo o PSDB tendo que abrir palanque duplo em São Paulo – contra a vontade do senador tucano Aécio Neves, pré-candidato à Presidência -, a aliança é a opção mais vantajosa para as duas siglas a longo prazo.

O encontro dos dois governadores deve selar o acordo que colocará o deputado Márcio França, presidente do diretório estadual do PSB-SP, como vice de Alckmin.