“Poderemos entrar em greve durante o São João”

Pedro Augusto

A afirmação acima é do presidente do Sindicato dos Policiais Civis de Pernambuco (Sinpol), Áureo Cisneiros, que esteve visitando a redação do Jornal VANGUARDA, na tarde da última terça-feira (26), em Caruaru. De acordo com ele, uma nova assembleia com o Governo do Estado está prevista para ser realizada no próximo dia 8, no Recife, com o objetivo de que ambas as partes chegue num acordo quanto às reivindicações solicitadas pela categoria. Do contrário, a ameaça é de que os policiais civis do Estado paralisem as suas atividades em pleno período junino.

“Apresentamos a nossa pauta de reivindicações no dia 30 de janeiro deste ano, mas na época a Secretaria Estadual de Administração solicitou que esperássemos o fechamento do primeiro quadrimestre. Acatamos o pedido e, como não obtivemos nenhuma resposta, tivemos de fazer uma paralisação de advertência no último dia 19 de maio. Na ocasião, o governo nos informou que apresentará o balanço do primeiro quadrimestre neste sábado (30) e já no dia 8 divulgará o seu posicionamento em relação à pauta. Caso não haja avanços para a categoria, infelizmente entraremos em greve durante o São João”, destacou Áureo.

O Sinpol solicita que a gratificação por função policial seja fixada em um percentual de 225% para todos os civis do Estado. Além disso, o sindicato também reivindica modificações no Plano de Cargos, Carreiras e Vencimentos (PCCV), que promovam aumentos salariais por tempo, qualificação e faixa etária. Em paralelo, a entidade exige que os peritos papiloscopistas integrem o Quadro Técnico Policial e que o Governo do Estado realize a reposição inflacionária para o ano base de 2015.

Em nota, a Secretaria Estadual de Administração informou: “O Governo do Estado vem negociando com a categoria desde o início deste ano, onde já concedeu aumento no vale-refeição, de R$ 7 para R$ 11,20, ao dia. Nas negociações, o governo também está buscando atender às demandas da categoria, embora precise ser cauteloso com os pleitos do Sinpol, pois precisa respeitar a capacidade financeira do Estado. As reuniões com a categoria vão continuar ocorrendo. O próximo encontro está agendado para o dia 8 de junho.”

Professores estaduais retomam greve

Em assembleia realizada na última quinta-feira (21), no Recife, os professores estaduais de Pernambuco decidiram retomar a greve da categoria a partir desta sexta-feira (29). Os educadores não aceitaram a proposta do Governo do Estado de 7,01% de reajuste para os docentes e de 6,12% para analistas e o setor administrativo. A categoria solicita um aumento de 13,01% nos salários para os cerca de 50 mil profissionais. Segundo o presidente do Sindicato dos Trabalhadores de Educação de Pernambuco (Sintepe), Fernando Melo, após a suspensão da primeira greve, no último dia 4, o movimento se reuniu por duas vezes com o governo.

Os encontros não obtiveram êxito. “A proposta do Governo do Estado ainda está distante do que pedimos, do que é direito. Então, vamos engrossar a nossa luta”, comentou o sindicalista. Em nota divulgada ainda na quinta, a Secretaria Estadual de Educação lamentou “a decisão tomada pela categoria de profissionais da educação em assembleia, nesta quinta-feira (21), em não aprovar proposta construída mediante diálogo na mesa de negociação. Decisão esta que prejudica a educação, os estudantes e suas famílias”. A categoria irá promover nova reunião na sexta (29), em frente à Assembleia Legislativa de Pernambuco.

Secretaria de Educação do Estado realiza balanço da greve

O levantamento realizado nesta segunda-feira (04) pela Secretaria Estadual de Educação nas escolas da Rede aponta que 63% (658 escolas) não paralisaram as atividades, enquanto 33% (342 unidades) paralisaram parcialmente e 4% (45 escolas) aderiram totalmente à paralisação.

Com base no baixo índice de adesão total da greve, a Secretaria de Educação do Estado continua reforçando a solicitação para que os pais e responsáveis encaminhem os estudantes para as escolas a fim de voltarem à normalidade das aulas.

Secretaria de Educação do Estado divulga balanço da greve

O levantamento realizado na última quarta-feira (29) pela Secretaria Estadual de Educação nas escolas da Rede aponta que 58% (604 escolas) não paralisaram as atividades, enquanto 35% (370 unidades) paralisaram parcialmente e 7% (71 escolas) aderiram totalmente à paralisação.

Com base no baixo índice de adesão total da greve, a Secretaria de Educação do Estado continua reforçando a solicitação para que os pais e responsáveis encaminhem os estudantes para as escolas a fim de voltarem à normalidade das aulas.

Balanço da greve nas escolas da Rede Estadual é divulgado

O levantamento realizado nesta quinta-feira (23), pela Secretaria Estadual de Educação, nas escolas da Rede aponta que 56% (586 escolas) não paralisaram as atividades, enquanto 37% (382 unidades) paralisaram parcialmente e 7% (77 escolas) aderiram totalmente à paralisação. Os números são referentes ao turno da manhã.

A Secretaria de Educação do Estado reforça a solicitação de que os pais e responsáveis encaminhem os estudantes para as escolas a fim de voltarem à normalidade das aulas. O Governo do Estado reitera o firme propósito de retomar o diálogo com o Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Pernambuco (Sintepe), via mesa de negociação, assim que os profissionais retomarem as suas atividades nas escolas, com vistas a encontrar solução para o acordo coletivo dos profissionais da educação da Rede Estadual de Ensino.

Oposição cobra solução imediata para greve dos professores

A liderança da oposição na Assembleia Legislativa resolveu cobrar do Governo do Estado solução imediata para que a greve dos professores, iniciada na tarde desta sexta-feira (10), seja resolvida e os estudantes não sejam prejudicados. Para a oposição, a greve se deu por inabilidade do governo em negociar com a categoria e pelo não cumprimento da lei do piso salarial do magistério.

“Até agora, o Estado não cumpriu o piso, que era para ter sido feito em janeiro. Esse aumento de 13,01% já foi implementado em mais da metade dos Estados brasileiros. Nós não estamos nem cobrando a promessa de campanha que foi de dobrar o salário dos professores, até porque o governador ainda tem tempo. Queremos que a lei possa ser cumprida. É fundamental que o governo apresente solução o quanto antes para impedir que a greve dos professores se estenda por mais alguns dias”, disse o líder da oposição, deputado Sílvio Costa Filho (PTB), exigindo que o governo abra imediatamente o diálogo com os professores e implante o piso para toda a categoria.

A liderança da oposição ainda se dispôs a ajudar nas negociações entre sindicato dos trabalhadores em educação e Governo do Estado.

BNDES terá greve de servidores por 24h nesta quarta-feira

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) enfrentará uma greve de servidores por 24 horas nesta quarta-feira (12). A paralisação foi aprovada em assembleia geral da associação dos funcionários do banco, a AFBNDES, numa tentativa de acelerar uma solução para o acordo coletivo da categoria deste ano.

Segundo a associação, a direção do BNDES oferece um reajuste salarial inferior aos 9% conquistados pelos funcionários dos demais bancos federais, como Banco do Brasil e Caixa Econômica. Além disso, a AFBNDES reclama que a proposta de reajuste do auxílio-refeição também foi menor que os 12,2% aplicados à categoria bancária, por meio da Convenção Coletiva de Trabalho. Os representantes dos servidores acusam ainda o banco de tentar retirar a gratificação salarial (ex-abono) do futuro acordo coletivo.

Estadão Conteúdo

Bancos fechados a partir de hoje por tempo indeterminado

Bancários de bancos públicos e privados decidiram em assembleias realizadas nesta segunda-feira (29) entrar em greve a partir de hoje por tempo indeterminado, segundo informou em nota a Contraf-CUT (Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro).

Até as 22h desta segunda, 20 estados confirmaram adesão à greve, além do Distrito Federal: Acre, Amapá, Alagoas, Bahia, Ceará, Espírito Santo, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Maranhão, Minas Gerais, Paraíba, Paraná, Pernambuco, Piauí, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Rondônia, Santa Catarina, São Paulo e Sergipe.

Os trabalhadores que decidiram pela greve pedem reajuste salarial de 12,5%, além de piso salarial de R$ 2.979,25, PLR de três salários mais parcela adicional de R$ 6.247 e 14º salário. A categoria também pede aumento nos valores de benefícios como vale refeição, auxílio creche, gratificação de caixa, entre outros.

Humberto diz que apoio do Governo Federal foi fundamental para o fim da greve

O líder do PT no Senado, Humberto Costa,  afirmou que o apoio do Governo Federal e a presença das Forças Armadas em Pernambuco foi fundamental para o fim da greve no Estado. “A presidente Dilma se dedicou pessoalmente para garantir a segurança. O empenho foi de todo o governo e o apoio foi dado desde o primeiro momento em que foi solicitado pelo governador João Lyra”, afirmou.

Desde a manhã desta quinta-feira (15), a Força Nacional e o Exército foram às ruas para assegurar a ordem no Recife e na Região Metropolitana. O ministro da Justiça, José Eduardo Cardoso, por sua vez, embarcou no fim da tarde, em Brasília, acompanhado do senador Humberto Costa, para debater pessoalmente com o governador a situação no Estado.

Os dois chegaram após por volta das 18h30 no Recife e foram direto para a sede da Secretaria de Planejamento de Pernambuco (Seplag). Após reunião inicial, José Eduardo Cardoso, João Lyra e Humberto Costa, além de representantes do Governo do Estado e das Forças Armadas, concederam coletiva à imprensa.

Na ocasião, o ministro assegurou apoio incondicional ao Estado. “Vamos garantir todas às forças e tropas que forem necessárias para estabelecer a lei e a ordem”, disse.

Logo após a coletiva, os líderes do movimento decretaram o fim da greve. Humberto, que desde o primeiro momento trabalhou para que fosse garantida a segurança no Estado, disse que os homens da Força Nacional e do Exército devem continuar nas ruas até que a situação se normalize. “O importante é estabelecer a paz. O nosso povo não pode continuar sofrendo”, afirmou. 

Termina a greve dos policiais militares em Pernambuco

Do NE10

Após três dias de braços cruzados, termina a greve da Polícia Militar e Bombeiros de Pernambuco. A decisão foi tomada nesta quinta-feira (15) à noite, depois de assembleia tensa dos PMs, ao lado do Palácio do Campo das Princesas, área central do Recife. A paralisação começou na última terça-feira (13) e, nas últimas 48 horas, a população pernambucana viveu um verdadeiro clima de guerra, com tanques do Exército circulando nas ruas da Região Metropolitana do Recife. O fim da greve não foi unânime, mas os soldados devem voltar ao trabalho na noite desta quinta.

A categoria conquistou quatro pontos considerados emergenciais. São eles: incorporação de gratificação por risco de morte ao salário base, beneficiando ativos e inativos; plano de cargos e carreiras a partir da próxima segunda-feira (19), com a criação de uma comissão que irá avaliar junto aos deputados estaduais as promoções na categoria; reestruturação do Hospital da Polícia Militar e criação de unidades de saúde para a categoria no interior do Estado; além da promessa do governo estadual de que o aumento salarial voltará a ser debatido na primeira semana de janeiro de 2015, após os impedimentos causados pela Lei de Responsabilidade Fiscal e Lei Eleitoral.

O clima de insegurança começou com ondas de boatos nas redes sociais e se concretizou com cenas de vandalismo e saques em vários supermercados. Nesta quinta-feira terceiro dia da greve, lojas, escolas e instituições públicas fecharam as portas. A Força Nacional de Segurança do Exército esteve nas ruas na ação intitulada “Operação Pernambuco”.

Nessa quarta-feira, o Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE) declarou a ilegalidade da greve.