Governador cobra da presidente Dilma via de mão dupla

Do Diario de Pernambuco

Um dia depois de oferecer ajuda para conter a votação da chamada pauta-bomba, em tramitação no Congresso Nacional, o governador Paulo Câmara (PSB) cobrou o mesmo apoio do governo Dilma Rousseff. Segundo ele, há sete Upas em construção no Estado, quatro delas praticamente prontas, mas ainda sem condições de funcionar porque o Estado não consegue credenciar no SUS. O Hospital da Mulher, em Caruaru, também passa pelo mesmo problema.

“Eu não tenho condições de abrir porque não vou ampliar os serviços com dificuldade de caixa, porque isso vai gerar uma bola de neve. Também não estamos conseguindo credenciar junto ao SUS. Mesmo que tivéssemos recursos próprios, teria esse dificultador. É preciso esperar a melhoria do cenário fiscal. Eu não tenho condições de abrir (as unidades de saúde) sem ajuda do governo federal”, disse, em entrevista a uma rádio local. Ele lembrou que, no final do ano passado, os repasses do SUS atrasaram pela primeira vez em 20 anos.

Na entrevista, o governador expôs não somente dificuldades enfrentadas nas transferências dos recursos da União para a saúde do Estado, mas pediu atenção do governo federal para os anseios dos estados do Nordeste.

Previsibilidade foi a palavra chave do discurso adotado por Câmara ao opinar sobre a postura que o governo federal deveria adotar. “A gente precisa ter a previsibilidade em relação a investimentos. É importante para os governadores saberem com o que vão contar em 2016, 2017, 2018. Isso vai permitir a gente planejar”, avaliou Câmara, afirmando que compreende o momento difícil que a União está passando.

O governador voltou a falar em “previsibilidade” ao falar sobre os constantes anúncios de contingenciamento. “Não adianta, por exemplo, a transposição terminar se as adutoras não estão prontas. A questão hídrica seria, então, algo que levaria. Ela sempre colocou que não haveria contingenciamento em relação ao Nordeste”, lembrou.

Na contramão da crise, Caruaru atrai investidores

A partir do 1º de agosto Caruaru contará com um investimento de R$ 30 milhões que vai gerar mais de mil empregos, sendo 350 diretos. O novo supermercado, de uma rede alagoana, ficará no bairro Maurício de Nassau e atesta a certeza de que a Capital do Forró enfrenta a crise com trabalho e determinação. A Prefeitura participa do empreendimento com obras de infraestrutura como o asfaltamento de todas as ruas de acesso e a urbanização da área.

A rua Ibicuí foi a primeira a receber o pavimento. Agora, o asfalto passará na Dr José Paes e por último na rua Maracaíba, onde também será feito um serviço de drenagem. Juntas, essas vias somam quase 522 metros lineares de novo asfalto, que trará maior conforto e segurança para quem trafegar na localidade. Além de valorizar os imóveis em volta.

O prefeito José Queiroz, que faz questão de acompanhar tudo de perto, esteve no empreendimento na, última semana, acompanhado do vice Jorge Gomes, do deputado federal Wolney Queiroz e do secretário de infraestrutura Bruno Lagos.

Queiroz destacou a chegada do Unicompra como um presente. “Caruaru continua sendo a terra da prosperidade atraindo investidores e fortalecendo a oferta de empregos. Por isso, melhorar a mobilidade nessa área é primordial”, pontuou o prefeito sobre a urbanização em execução nas proximidades do supermercado.O investimento municipal será de pouco mais de R$ 216 mil.

Ambev anuncia investimento de R$ 400 mi no Estado

O governador Paulo Câmara recebeu, na noite desta quarta-feira (15), no Palácio do Campo das Princesas, o presidente da cervejaria Ambev, Bernardo Paiva. Em pauta, a ampliação da fábrica e a concentração de novas operações logísticas na planta situada no município de Itapissuma, na Região Metropolitana do Recife. Para tal, a empresa vai investir mais de R$ 400 milhões no Estado nos próximos dois anos. O staff da Ambev voltará a Pernambuco para detalhar a nova operação ao lado do chefe do Executivo.
 
Para o governador Paulo Câmara, o investimento da Ambev é uma clara demonstração da confiança que os investidores, nacionais e internacionais, têm no Governo de Pernambuco. “Nos últimos oito anos, construímos um ambiente de confiança, de regras claras, estabilidade e transparência na relação com as empresas que querem investir em Pernambuco. Por isso que, apesar da crise nacional, nos últimos meses, pudemos ver a consolidação de vários empreendimentos, que criam empregos e geram renda para a nossa população”, destacou.
 
Com a expansão, a fábrica em Pernambuco será a primeira do Nordeste a produzir o portfólio da nova linha Long Neck da cervejaria, que compreende as gigantes Budweiser, Stella Artois e Skol Senses. Além da ampliação da capacidade produtiva, a filial pernambucana será também a primeira da região a importar cerveja da linha Super Premium, a Corona. E mais, a partir de Pernambuco será feita a distribuição dos produtos para toda a região Nordeste.
 
Secretario estadual de Desenvolvimento Econômico, Thiago Norões ressaltou o diferencial de Pernambuco para atração de empresas do segmento. “Nós temos uma peculiaridade. As regiões de Igarassu e Itapissuma estão sobre o Aqüífero Beberibe. Com isso, as cervejarias têm acesso a uma das águas de melhor qualidade do País. Para produção de cervejas, isso é uma razão determinante”, afirmou, ao destacar a importância do investimento para o fortalecimento do polo cervejeiro no Estado e para geração de emprego e renda.
 
Este ano, Paulo Câmara já participou da inauguração de uma fábrica da Itaipava, em Itapissuma, e da ampliação da planta da Brasil Kirin, em Igarassu. Também estiveram na reunião de hoje Eduardo França e Marcus Galeb, que respondem pela área de Relações Corporativas da Ambev.
 
FCA – Nesta quinta-feira (16), o governador Paulo Câmara terá uma audiência com o vice-presidente de Manufatura e membro do Conselho Executivo da Fiat Chrysler Automobiles (FCA), Stefan Ketter, e demais integrantes da direção do grupo. O encontro será às 9h, no Palácio do Campo das Princesas. 

Paulo: Pernambuco está preparado para receber novos investimentos estruturadores

A ampliação da fábrica da Brasil Kirin em Igarassu, inaugurada nesta segunda-feira (13), reforçou o polo de bebidas do Litoral Norte. Durante o ato, o governador Paulo Câmara enfatizou que Pernambuco está preparado para receber mais investimentos estruturadores e que no seu governo o Estado continuará sendo conduzido de maneira a atrair novos empreendimentos do tipo.
 
“Pernambuco se preparou muito nos últimos anos para receber novos investimentos. Não foi pouco o que foi feito. Criamos aqui uma política tributária diferenciada, que possibilitou o desenvolvimento desse grande polo de bebidas aqui no Litoral Norte. Também fizemos um amplo processo de capacitação profissional; ação que tem possibilitado a efetiva contratação da mão de obra pernambucana pelas empresas que aqui se instalam. E garantimos ainda a infraestrutura necessária para receber os empreendimentos”, argumentou Paulo Câmara.
 
A ampliação da planta, que recebeu um aporte inicial de R$ 500 milhões, compreende uma área de 38 mil metros quadrados em toda a unidade e conta com três linhas de produção. Pela posição estratégica, às margens da BR-101 Norte, a fábrica abastecerá, além de Pernambuco, os estados da Paraíba, Rio Grande do Norte e Alagoas. O plano de expansão será realizado em seis etapas, totalizando um investimento de R$ 900 milhões, em cinco anos.
 
A Brasil Kirin, subsidiária do grupo global Kirin Holdings Company, é uma das principais empresas de bebidas do País, com 13 fábricas em 11 estados e mais de 11 mil funcionários. Em Pernambuco, o grupo atua desde 2003, mas foi no ano de 2012 que a empresa aderiu ao Programa de Desenvolvimento do Estado de Pernambuco (Prodepe), que visa atrair e fomentar investimentos na atividade industrial e no comércio, através da concessão de incentivos fiscais.
 
A empresa é responsável pela fabricação das marcas Schin, Nova Schin, Schin no Grau, Devassa, Baden Baden, Eisenbahn, Kirin Ichiban, Cintra, Glacial, Água Schin, Fibz, Ecco!, Schin Refrigerantes, Schin Tônica, Itubaína, Mini Schin, Fruthos e Skinka. As cervejas, refrigerantes, sucos e energéticos estão presentes em mais de 600 mil pontos de venda em todo o Brasil. 
 
Para o chefe do Executivo pernambucano, a confiança do empresariado no Estado é mais uma prova de que estamos no caminho certo do desenvolvimento. “Sabemos o que vem passando esse País com a crise econômica e política. Mas, acima de tudo, com uma crise de confiança. No momento, não é possível saber o que pode acontecer. E a falta de expectativas leva, muitas vezes, o investidor a colocar o pé no freio e esperar para ver o que vai acontecer. Mas é bom saber que as pessoas que investem em Pernambuco têm confiança no nosso trabalho e continuam seguindo em frente”, argumentou Câmara.
 
Antes da solenidade, o chefe do Executivo estadual visitou as novas instalações. Após o corte da fita, Paulo e as demais autoridades presentes degustaram a cerveja Schin, uma das marcas produzidas pela Brasil Kirin. Na ocasião, o governador salientou que a confiança de Pernambuco é a característica mais forte para os que decidem apostar no Estado. 
 
“Nós temos que continuar trabalhando da forma que a gente sabe que deve: fazendo novas parcerias, buscando soluções aqui e mostrando ao mundo as qualidades de Pernambuco. Confiar nos pernambucanos vale a pena! Confiar e trabalhar por Pernambuco faz com que a gente continue no caminho certo. Fico feliz, em um momento como esse, que as pessoas saibam que investir em Pernambuco é um grande negócio. Temos instituições sólidas; uma classe empresarial guerreira e um povo que, acima de tudo, quer viver e criar os seus filhos nessa terra”, cravou Paulo Câmara.
 
Presidente da Brasil Kirin, Gino Di Domenico lembrou que o grupo foi um dos primeiros a investir em Pernambuco, impulsionando o desenvolvimento do polo de bebidas. “O Nordeste é uma das regiões mais importantes para o grupo e Pernambuco tem se destacado através do seu crescimento constante e sólido”, enalteceu Domenico, dizendo, ainda, que a planta de Igarassu é uma das mais modernas do mundo.
 
EDUARDO – No dia em que se completaram 11 meses do seu falecimento, o ex-governador Eduardo Campos foi homenageado pela Brasil Kirin com uma placa que ficará na ala industrial da ampliação inaugurada hoje. Campos, que atuou para interiorizar o desenvolvimento em Pernambuco, foi representado no ato pelo seu irmão, o advogado e escritor Antônio Campos.  

Petrobras assegura a Paulo Câmara continuidade dos investimentos e aumento da produção da Abreu e Lima

A Petrobras vai retomar os investimentos para colocar em plena operação a Refinaria Abreu e Lima (Rnest). A conclusão do empreendimento foi fixada para dezembro de 2018. As boas notícias foram transmitidas ao governador Paulo Câmara, nesta quarta-feira (8), pelo diretor de Abastecimento da Petrobras, Jorge Celestino Ramos, e pelo consultor da direção da empresa Armando Sérgio Prado de Toledo. A Abreu e Lima está no Plano de Negócios da Petrobras para o período 2015-2019 e receberá mais US$ 1,4 bilhão em investimentos.
 
Paulo Câmara, que esteve reunido, no dia 1º de junho passado, em São Paulo, com a direção da Petrobras justamente para falar da retomada do projeto, disse que a notícia é importante para o Estado, já que a paralisação do empreendimento causou forte impacto sobre a geração de empregos na região do Complexo Industrial e Portuário de Suape. “É fundamental que a Refinaria Abreu e Lima seja concluída e consiga trabalhar a pleno vapor. É importante não apenas para Pernambuco, mas também para a economia brasileira, que precisa voltar a crescer e criar empregos”, afirmou o governador de Pernambuco.
 
Com a continuidade dos investimentos, a Petrobras pretende, ainda neste segundo semestre, dar início à testes de longa duração, garantindo as emissões ambientais, para aumentar a capacidade de produção da Rnest de 74 mil barris por dia para 120 mil. O cronograma dos testes será definido pela equipe técnica da refinaria, que, a partir de agora, inicia discussões para elaborar esse calendário.
 
“Há um esforço para que as equipes da Petrobras e do Governo do Estado busquem implementar todas ações para que a gente obtenha os melhores resultados da Refinaria”, explica Jorge Celestino, que complementa. “E a Petrobrás agora está trabalhando no planejamento de continuidade das obras”.
 
Pela manhã, os executivos da Petrobras estiveram na Rnest para apresentar o novo plano de negócios aos funcionários. Também participaram da audiência, os secretários estaduais Thiago Norões (Desenvolvimento Econômico) e Márcio Stefanni (Fazenda).
 
PERFIL – A Rnest é a mais nova e moderna unidade de refino da Petrobras após 35 anos de construção da última refinaria pela Estatal. Localizada em Ipojuca, no Litoral Sul de Pernambuco, a Abreu e Lima ocupa uma área de 6,3 km2 no Complexo Industrial e Portuário de Suape. Quando estiver em plena operação, a unidade terá capacidade para processar 230 mil barris diários de petróleo, em dois trens de refino (conjuntos de unidades), ambos com capacidade de processamento de 115 mil barris por dia. 
 
A Rnest é a refinaria com a maior taxa de conversão de petróleo cru em diesel S-10 (teor de enxofre 10 ppm – partes por milhão) prevista para os dois conjuntos de unidades é de aproximadamente 26.000 m2. Além de diesel, a refinaria produz nafta petroquímica, gás liquefeito de petróleo, óleo combustível e coque. 

Crise faz Estados reduzirem seus investimentos em 46% neste ano

Da Folha de S. Paulo

A crise econômica e a dificuldade de arrecadação levaram os governos estaduais a cortar drasticamente os investimentos neste ano.

Obras paradas, adiamento de novos projetos e atrasos em pagamentos de serviços são realidade em alguns dos Estados mais ricos do país.

Levantamento realizado pela Folha mostra que o volume de investimentos nos 26 Estados e no Distrito Federal caiu de R$ 11,3 bilhões nos quatro primeiros meses de 2014 (valor corrigido pela inflação) para R$ 6,2 bilhões no mesmo período de 2015, uma queda de 46%.

Os dados foram extraídos dos balanços financeiros divulgados pelos governos.

Há casos em que o corte foi quase total, como Minas, com queda de 97%, e Distrito Federal, 91%. Entre as dez maiores economias do país, só a Bahia elevou seu volume de investimentos no ano.

Esses gastos abrangem despesas com obras públicas e aquisição de equipamentos ou instalações permanentes.

Sem essas obras, a economia como um todo acaba sendo afetada. O mercado de máquinas para construção, por exemplo, estima para este ano uma queda de 36% na demanda de novos equipamentos – valor comparável apenas ao registrado em meio à crise de 2009.

Além disso, com a crise, os gastos dos governos ficam limitados e acabam voltados à remuneração de servidores, a projetos já existentes e ao custeio da máquina.

Sem caixa, o desafio maior para os governadores hoje é ao menos manter em andamento obras que já vinham sendo feitas, o que nem sempre está sendo cumprido.

“A realidade atual é muito diferente da de 2014. Existe uma inércia em relação ao que o Estado já vinha fazendo”, reconhece a secretária da Fazenda de Goiás, Ana Carla Abrão; o Estado é governado por Marconi Perillo (PSDB).

Até gastos menores, como intervenções em saneamento e mobilidade, também vêm sendo atingidos.

O governo de Minas, comandado por Fernando Pimentel (PT), afirma ter constatado em abril que havia 497 obras paradas no Estado desde o mandato anterior, sendo 346 por falta de verbas. Entre elas, há dois hospitais regionais, no norte do Estado, estimados em R$ 196 milhões.

No Paraná, que vive uma crise política com greves e protestos contra o governador Beto Richa, (PSDB) obras em estradas foram afetadas. O investimento passou de R$ 242 milhões no primeiro quadrimestre de 2014 para R$ 18 milhões agora.

No Rio Grande do Sul, o governador José Ivo Sartori (PMDB) vem adiando o pagamento das parcelas da dívida com a União e cogitou parcelar salários. A Secretaria da Fazenda prevê que terá o menor investimento proporcional do país neste ano e só garante o “mínimo do mínimo”. Em relação a 2014, o valor investido no Estado caiu 75%.

“A despesa com pessoal e com dívida é muito rígida. Quem acaba sofrendo maior ajuste é sempre o investimento”, diz o subsecretário de Tesouro, Leonardo Busatto.

CONSEQUÊNCIAS

A paralisação de obras e a estagnação de melhorias de infraestrutura dificultam a retomada do crescimento.

“Quando uma empresa não recebe pagamentos, cancela os contratos com os sub-empreiteiros, estes não compram máquinas e demitem empregados. É uma reação em cadeia”, diz Mário Humberto Marques, vice-presidente da Sobratema, associação que reúne fabricantes de máquinas para construção.

Em Minas, o sindicato da indústria de construção pesada diz que metade dos postos de trabalho foi fechada desde o fim do ano passado.

“É um ajuste de má qualidade. O investimento é a variável que mais dinamiza crescimento e emprego. É um gasto que aumenta a produtividade da economia”, diz o economista Rodrigo Orair, do Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada).

CNI: investimentos em logística estimularão atividade econômica

Anunciado ontem (9) pelo governo federal, o Programa de Investimento em Logística representa um sinal positivo para empresas e financiadores do setor de infraestrutura , na avaliação da Confederação Nacional da Indústria (CNI) . De acordo com o presidente da CNI, Robson Braga de Andrade, a nova rodada de concessões será uma chance de o país suprir uma de suas principais carências para a melhora do ambiente de negócios. Ele, no entanto, ressalta que é preciso assegurar condições para que a implantação dos projetos se confirme no prazo estabelecido.

“O anúncio de investimentos em infraestrutura é o que o país mais precisa hoje. Nosso gargalo é muito grande”, disse Braga, em nota divulgada nesta quarta-feira. Segundo o presidente da CNI, antes mesmo do anúncio, já vinha se percebendo melhora nas expectativas do empresariado quanto à situação do país, em parte devido à cotação do dólar.

“Quando a gente conversa com empresários, principalmente estrangeiros e bancos, eles têm sentido uma tendência de melhora no ambiente de negócios no Brasil, e [alguns deles estão] até achando que tem negócios que começam a ser alavancados. [Nesse sentido,] muitas empresas brasileiras estão aproveitando a taxa de câmbio e o juro baixo fora do Brasil para buscar dinheiro e para fazer empréstimos em dólar lá fora, porque está vantajoso”, disse Braga.

De acordo com o empresário, a segunda etapa do Programa de Investimento em Logística é uma sinalização a investidores brasileiros e estrangeiros de que o Brasil tem projetos importantes de infraestrutura, que vão estimular a retomada da atividade econômica, acionando setores estratégicos. Na avaliação da CNI, apesar do “sensível progresso em alguns modais” ocorrido nos últimos anos, a indústria ainda se ressente do déficit histórico na infraestrutura. Isso, do ponto de vista da CNI, representa entrave à competitividade do setor.

Para que o programa resulte, sem atrasos, em benefícios práticos para o país, a CNI sugere “boa governança e gestão”, uma vez que o tempo de maturação de projetos de infraestrutura é longo. Para Braga, é preciso elevar o aporte desse tipo de investimento em relação ao Produto Interno Bruto (PIB, soma de todos os bens e serviços produzidos no país). Segundo ele, o Brasil investe, em média, R$ 100 bilhões por ano em infraestrutura, o equivalente a 2,1% do PIB – percentual que, a título de comparação, é inferior ao investido pela China (7,3%), pelo Chile (6,2%) e pela Índia (5,6%).

Da Agência Brasil

Em Brasília, deputados tratam sobre investimentos para o Nordeste

Uma comissão de deputados estaduais formada pelos pernambucanos Miguel Coelho (PSB), Rodrigo Novaes (PSD), Claudiano Filho (PSDB) e pelo paraibano Bruno Cunha Lima (PSDB) se reúne nesta terça-feira com os ministros Mangabeira Unger (Assuntos Estratégicos) e Gilberto Occhi (Integração Nacional). Os encontros terão como pauta uma agenda de ações para a região do semiárido e a situação de obras estratégicas em andamento no Nordeste como a transposição e transnordestina.

O grupo de deputados integra o movimento União pelo Nordeste, que desde fevereiro vem articulando lideranças políticas da região para sensibilizar o Governo Federal a fim de estabelecer um plano permanente de desenvolvimento do semiárido. No primeiro encontro, os parlamentares irão apresentar a Mangabeira Unger as propostas principais do movimento e pedir sugestões. “O ministro se tornou uma referência em estudos sobre o desenvolvimento do semiárido. Queremos pedir o apoio dele e contribuições para um documento que está sendo formatado e será discutido num fórum em agosto para tratar sobre políticas permanentes para nossa região”, explica Rodrigo Novaes.

No encontro com o ministro da Integração Nacional, os deputados irão solicitar informações sobre obras importantes que estão com atrasos e ameaçadas pelos cortes no orçamento federal. “Queremos sensibilizar o ministro sobre a situação que o Nordeste passa após quatro anos de seca. Vamos pedir garantias de que obras como a transposição, adutora do Agreste e transnordestina não sejam prejudicadas pelos ajustes que o Governo Federal vem fazendo por conta da crise econômica”, afirma Miguel Coelho.

Além das agendas com os ministros, o grupo deve procurar lideranças das bancadas nordestinas tanto no Senado como na Câmara de Deputados para se engajarem à União pelo Nordeste. Após a passagem por Brasília, os parlamentares buscarão mais apoios na Conferência da União Nacional dos Legisladores e Legislativos Estaduais (UNALE), que ocorre em Vitória (ES) entre os dias 10 e 12 de junho, e reúne parlamentares de todo o Brasil.

Armando Monteiro coordena encontro entre empresários de Brasil e México

O ministro Armando Monteiro participa nesta terça-feira (26), na Cidade do México, do Seminário Empresarial Brasil-México, promovido pelo Ministério Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, com a presença de empresários de cinco setores: automotivo, cosméticos, alimentos, eletroeletrônicos e tecnologia da informação.

O evento acontece durante a visita oficial da presidente Dilma Rousseff ao presidente mexicano, Enrique Peña Nieto. Promovido em parceria com o Ministério das Relações Exteriores, a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos e com a Confederação Nacional da Indústria, o encontro vai apresentar painéis sobre oportunidades de negócios e de investimentos bilaterais.

O ministro Armando Monteiro integra a comitiva presidencial, sendo responsável por temas comerciais da agenda oficial, como as trocas bilaterais, investimentos recíprocos, cooperação e assuntos internacionais.

MI garante investimentos na Adutora do Agreste

O Ministério da Integração Nacional garantiu na quarta-feira (13), em Brasília (DF), o investimento de R$ 1,07 bilhão pelo governo federal na Adutora do Agreste, obra complementar do Projeto de Integração do Rio São Francisco, por meio do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). O montante é referente à primeira etapa e à primeira fase da segunda etapa do empreendimento. A pasta assegurou ainda o apoio federal ao estado via Operação Carro-Pipa.

As garantias partiram do ministro Gilberto Occhi, durante reunião com o deputado federal Fernando Monteiro (PP/PE) e o diretor da Companhia Pernambucana de Saneamento (Compesa), Roberto Tavares. Na ocasião, Monteiro pleiteou ampliação das metas da Adutora. O projeto será entregue à Secretaria Nacional de Infraestrutura Hídrica (SIH) do MI, que analisará a viabilidade do plano.

Essas etapas da Adutora do Agreste atenderão 17 dos 68 municípios do estado. A obra conta com 419 quilômetros de adução de água bruta, estações de tratamento e elevatórias e reservatórios. O percentual de execução física do empreendimento é de 61%.