MP elege lista tríplice para procurador-geral de Justiça

Do JC Online

Com o fim do recesso, ontem, os membros do Ministério Público Estadual escolhem, hoje, os nomes que comporão a lista tríplice para definição do novo procurador geral de Justiça. São ao todo 165 promotores e procuradores elegíveis, mas até o final da semana passada só oito fizeram campanha interessados no cargo. A votação acontece das 9h às 17h, no Centro Cultural Rossini Couto, Avenida Visconde de Suassuna, no Centro do Recife.

Duas horas em média depois será possível conhecer os três mais votados. Se houver empate, contará a antiguidade na carreira, no serviço e a idade, preferindo-se os mais antigos e mais idosos. A lista seguirá então para o Palácio do Campo das Princesas, para análise do governador Paulo Câmara (PSB). Não está ainda definido se ele enunciará na mesma noite o escolhido. A expectativa dos membros do MPPE é de que Câmara mantenha uma tradição inaugurada por Miguel Arraes (PSB), quando governou o Estado, de nomear o de votação mais expressiva.

Concorrem declaradamente ao cargo o atual procurador-geral de Justiça, Carlos Guerra, o coordenador do Centro de Apoio Operacionais às Promotorias do Patrimônio, Maviael Souza, Francisco Dirceu de Barros, de Garanhuns, o procurador Charles Hamilton Lima, que já foi chefe de gabinete de Romero Andrade e secretário de Francisco Sales (governo Jarbas), o promotor de Petrolina Júlio César Lira e José Paulo Cavalcanti, da Central de Inquéritos e ex-integrante da Corregedoria.

Podem participar da disputa todos os promotores e procuradores com mais de 35 anos de idade e dez anos de atividade na instituição.

“Não se pode calar a Justiça”, diz Cármen Lúcia

Da Folha de São Paulo

A presidente do STF (Supremo Tribunal Federal) e do CNJ (Conselho Nacional de Justiça), ministra Cármen Lúcia, divulgou nota nesta quarta-feira (30) em que lamenta o resultado da votação das medidas anticorrupção na Câmara dos Deputados.

Para ela, o texto aprovado ameaça a independência dos juízes. Os deputados aprovaram uma emenda que prevê punição a magistrados e integrantes do Ministério Público por crimes de abuso de autoridade com base em várias condutas, algumas de caráter subjetivo.

“A democracia depende de Poderes fortes e independentes. O Judiciário é, por imposição constitucional, guarda da Constituição e garantidor da democracia […] Pode-se tentar calar o juiz, mas nunca se conseguiu, nem se conseguirá, calar a Justiça”, afirma a nota.

“A ministra Cármen Lúcia reafirma o seu integral respeito ao princípio da separação de Poderes. Mas não pode deixar de lamentar que, em oportunidade de avanço legislativo para a defesa da ética pública, inclua-se, em proposta legislativa de iniciativa popular, texto que pode contrariar a independência do Poder Judiciário”, diz.

O pacote de dez medidas anticorrupção foi proposto pelo Ministério Público Federal e reuniu assinaturas de cerca de 2,3 milhões de apoiadores para ser enviado ao Congresso.

A punição a juízes, promotores e procuradores não estava no relatório aprovado na comissão especial da Câmara criada para transformar as dez medidas em lei. O relator do projeto na comissão, deputado Onyx Lorenzoni (DEM-RS), afirmou que seus colegas fizeram um “picadinho” de seu relatório.

Leia a nota da presidente do STF na íntegra.

A presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) e do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), ministra Cármen Lúcia, reafirma o seu integral respeito ao princípio da separação de poderes. Mas não pode deixar de lamentar que, em oportunidade de avanço legislativo para a defesa da ética pública, inclua-se, em proposta legislativa de iniciativa popular, texto que pode contrariar a independência do Poder Judiciário.

Hoje, os juízes respondem pelos seus atos, na forma do estatuto constitucional da magistratura.

A democracia depende de poderes fortes e independentes. O Judiciário é, por imposição constitucional, guarda da Constituição e garantidor da democracia. O Judiciário brasileiro vem cumprindo o seu papel. Já se cassaram magistrados em tempos mais tristes. Pode-se tentar calar o juiz, mas nunca se conseguiu, nem se conseguirá, calar a Justiça.

Justiça garante direito de resposta a Mendonça Filho

O ministro da Educação, Mendonça Filho, conseguiu direito de resposta no site Mídia Popular, ligado a um membro do PSOL do Piauí, que veiculou informações atribuídas a ele contra professores e ataques sobre a sua atuação no MEC. O pedido, assinado pelo próprio ministro, foi feito por intermédio da Advocacia Geral da União (AGU). As informações propagadas pelo Mídia Popular atribuíam ao ministro e à equipe do MEC declarações de que seria “preciso enxugar regalias dos professores para equilibrar cofres de estados e municípios”.

“Propagar mentiras é, antes de tudo, um desrespeito com a população, com os estudantes e professores. Não abrimos mão de restabelecer a verdade”, afirmou Mendonça Filho, ressaltando que, além da ação de direito de resposta, o Mídia Popular vai responder a outra por danos morais. “Na democracia todo mundo tem direito de dizer o que quiser. Da mesma forma que tem obrigação de responder pelo que diz”, afirmou o ministro.

Confira o esclarecimento na íntegra:

“Desde que assumi o Ministério da Educação, tenho sido vítima de campanha permanente de propagação de notícias inverídicas na internet, espalhadas nas mídias sociais – Facebook, Instagram, Twitter –, tendo como base de conteúdo sites de notícias ligados a políticos, partidos e militantes partidários, cujo único compromisso é gerar falsas informações para atingir a imagem dos adversários. É uma verdadeira guerrilha digital montada para atingir a minha honra, a minha imagem e gerar tumulto junto a diversos segmentos da sociedade, como professores, estudantes, beneficiários de programas desenvolvidos pelo MEC e a sociedade em geral.

Enquanto cidadão com 30 anos de vida pública de ficha limpa e como ministro de Estado da Educação, tenho a obrigação de trabalhar com a verdade, assim como de restabelecer a verdade junto à sociedade. O primeiro passo, acredito, foi desmentir as informações falsas que chegaram ao nosso conhecimento. No entanto, como é de conhecimento de todos, vivemos na era da comunicação em tempo real, em que um post em um site de notícia ou em um perfil de rede social atinge, em minutos, a colocação em trending topics, em uma velocidade capaz de danificar a imagem de qualquer cidadão e destruir, em questão de horas, a reputação de uma personalidade pública.

Entre os diversos conteúdos inverídicos veiculados pelo site Mídia Popular, está uma matéria intitulada “’É preciso enxugar regalias dos professores para equilibrar cofres de estados e municípios’, diz governo federal”. O material atribui a supostos “burocratas do MEC” a afirmação de que “eles [os professores) têm férias de 45 dias, aposentadoria especial, descanso pedagógico, piso nacional e até lanche grátis. Que outro trabalhador possui tantas regalias? É preciso enxugar tudo isso ou o país continuará quebrado”. O texto foi veiculado acompanhado de uma foto minha, truncada, para induzir a erro e associar a mim as falsas afirmações.

Apesar de o MEC e eu mesmo já termos esclarecido, oficialmente, na página do Ministério, que se tratam de informações inverídicas, a referida matéria espalhou-se nas redes sociais e em outros sites que reproduzem o link do Mídia Popular”.

Justiça torna réus Cunha, Henrique Alves e mais 3

O juiz Vallisney de Souza Oliveira, da primeira instância da Justiça Federal em Brasília, recebeu nesta quarta-feira (26) uma denúncia apresentada contra o deputado cassado Eduardo Cunha(PMDB-RJ), o ex-ministro Henrique Eduardo Alves, o doleiro Lúcio Funaro, o ex-sócio de Funaro Alexandre Margotto, o ex-vice-presidente da Caixa Fábio Cleto.

Com a decisão, os cinco se tornam réus e responderão a ação penal na 10ª Vara do Distrito Federal. Eduardo Cunha está preso em Curitiba, acusado por investigadores da Operação Lava Jato de receber propina de contrato de exploração de Petróleo no Benin, na África, e de usar contas na Suíça para lavar o dinheiro.

As acusações que o juiz Vallisney Oliveira recebeu envolvem cobrança e recebimento de propina por parte de empresas interessadas em obter empréstimos do Fundo de Investimentos do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FI-FGTS) e se baseiam na delação premiada – no âmbito da Operação Lava Jato – de Fábio Cleto, indicado para a diretoria da Caixa por influência de Cunha.

Em depoimento aos investigadores, Cleto narrou que as irregularidades teriam ocorrido entre 2011 e 2015. Nesse período, segundo o ex-diretor, Cunha ficava com 80% da propina desviada do fundo, Funaro com 12%, Cleto com 4% e Margotto, com outros 4%.

Além de participar da indicação de Cleto à Caixa, Henrique Alves, segundo a denúncia, também teria sido beneficiado com repasses depositados na Suíça sem declaração às autoridades brasileiras.

Antônio de Melo é novo corregedor-geral da Justiça

tj

O Pleno do Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE) escolheu, nesta segunda-feira (24/10), por maioria absoluta dos votos, o desembargador Antônio de Melo e Lima para o cargo de corregedor-geral da Justiça Estadual. A vacância do cargo aconteceu por conta do falecimento do desembargador Roberto Ferreira Lins, no dia 5 de outubro. A posse solene será definida posteriormente.

O presidente do TJPE, desembargador Leopoldo Raposo, parabenizou o magistrado. “Não preciso fazer elogios ao desembargador Antônio de Melo porque todos nós conhecemos a sua competência. Quero apenas ressaltar que ele tem o perfil voltado para as funções de corregedor. Desejo uma gestão profícua, uma gestão de atenda aos ditames da Justiça e de todos os jurisdicionados”.

Na oportunidade, o desembargador Antônio de Melo e Lima assinou o termo de posse, sob o aplauso de toda a Corte. “Prometo manter, defender e cumprir a Constituição da República Federativa do Brasil e a deste Estado, respeitar as leis, promover o bem coletivo e exercer o meu cargo, sob as inspirações das tradições de lealdade, bravura e patriotismo do povo pernambucano”.

Trajetória – Atualmente, o desembargador Antônio de Melo e Lima exerce a Presidência da Segunda Câmara Criminal e acumula Presidência da Primeira Câmara Extraordinária Criminal do TJPE.

O magistrado iniciou a judicatura na Comarca de Parnamirim, em 1981, atuando posteriormente na Comarca de São Bento do Una e no seu Termo, a cidade de Capoeiras.  Em 1985, foi promovido para o cargo de Juiz Substituto de 2ª Entrância, onde atuou nas Comarcas de Caruaru, Jaboatão dos Guararapes, Paulista e no Termo, à época, Abreu e Lima, acumulando em todas elas, a Justiça Eleitoral. Em 1989, foi promovido à 3ª entrância (Comarca do Recife), atuando na 1ª Vara de Família, 3ª Vara de Delitos de Trânsito e 3ª Vara Criminal por Distribuição.

Em 21 de junho de 1994, foi designado como titular na 2ª Vara Criminal da Capital, onde atuou por quase 12 anos. Neste mesmo período, por seis anos consecutivos, exerceu cargo de desembargador substituto, atuando com frequência em todas as Câmaras Criminais.

A predileção pelo Direito Criminal, já observada na 2ª instância, provém da experiência de mais de 15 anos na área. O desembargador participou de vários cursos de atualização em matéria criminal, no Fórum da Capital, em outros estados da federação, inclusive no exterior.

Em 23 de maio de 2006, o Tribunal de Justiça de Pernambuco, promoveu, solenemente, Antônio de Melo e Lima a desembargador, pelo critério de antiguidade. A partir de então, atuou na 8ª Câmara Cível e na 3ª Câmara Criminal e em 05 de outubro de 2010 tornou-se presidente da 2ª Câmara Criminal.

Em novembro de 2007, foi eleito membro titular da Corte Especial do Tribunal de Justiça de Pernambuco, tendo sido reeleito em novembro de 2009, para mais um período de 02 anos. Em 2009, foi eleito desembargador substituto do Tribunal Regional Eleitoral de Pernambuco.

Em dezembro de 2011, foi eleito membro do Conselho da Magistratura do Tribunal de Justiça, para o biênio 2012/2013, tendo sido reeleito em dezembro de 2013, para mais um período de 02 anos. Em junho de 2015, o Pleno do Tribunal de Justiça o elegeu, mais uma vez, desembargador substituto do Tribunal Regional Eleitoral de Pernambuco, para o biênio 2015/2017.

Temer acerta permanência de ministro da Justiça

Da Folha de São Paulo

Após reunião nesta terça-feira (27) pela manhã, o presidente Michel Temer ratificou sua decisão de manter o ministro da Justiça, Alexandre de Moraes, no cargo depois de suas declarações polêmicas no domingo (25), dizendo que “nesta semana” haveria uma nova Operação da Lava Jato.

No encontro, Temer repreendeu pessoalmente seu ministro pelas declarações dadas em Ribeirão Preto (SP), repetindo as reclamações já feitas no dia anterior por telefone. O presidente alertou seu ministro da Justiça que não quer a repetição deste tipo de comportamento, porque gera desgaste para o Palácio do Planalto.

Depois da reunião, Alexandre de Moraes disse a interlocutores que estava tudo resolvido entre ele e o presidente depois da conversa realizada nesta manhã. Assessores de Temer chegaram a defender sua demissão, mas o peemedebista avaliou que isto iria trazer uma crise pior para o Palácio do Planalto e seria uma admissão oficial de que houve vazamento da Lava Jato.

Alexandre de Moraes foi acusado por petistas de usar politicamente uma informação, de que haveria operação da Lava Jato nesta semana, o que, de fato, ocorreu, quando foi preso nesta segunda (26) o ex-ministro Antonio Palocci (Fazenda e Casa Civil) dos governos Lula e Dilma. Moraes negou ter a informação privilegiada sobre a realização da operação.

Temer disse a assessores que vai realizar o mesmo tipo de conversa com os demais ministros de sua equipe que têm dado declarações que provocam desgaste em seu governo. Na lista, além de Moraes, estão Geddel Vieira Lima (Secretaria de Governo), Ricardo Barros (Saúde) e Ronaldo Nogueira (Trabalho).

Lula na mira da Justiça, PT prepara Wagner para 2018

O Partido dos Trabalhadores começa a preparar o ex-governador da Bahia Jaques Wagner para ser lançado ao Planalto em 2018, diante da segunda denúncia contra Lula da Silva acolhida pela Justiça Federal, revelam grãos petistas.

Outrora plano B, o governador de Minas Gerais, Fernando Pimentel, em evidência no 3º colégio eleitoral do País, está enrolado com a Justiça na Operação Acrônimo.

A cúpula do PT já espera a condenação do ex-presidente Lula da Silva pelo juiz Sérgio Moro até ano que vem, e em seguida a inevitável confirmação da sentença em segunda instância, o que tira de vez o Barba da corrida presidencial  por causa da Lei Ficha Limpa.

Por sua vez, o presidente dos Correios, Guilherme Campos, garantiu aos sindicatos de categorias dos funcionários ontem que a estatal não será privatizada, apesar do déficit no caixa.

O Ministro das Comunicações, Gilberto Kassab, e Guilherme Campos também evitaram nova greve dos carteiros e brecaram a série após sete anos de paralisações pontuais. O acordo com os sindicatos foi assinado com reajuste de 9%.

V Semana da Justiça Pela Paz em Casa mobiliza Garanhuns‏

Em comemoração aos 10 anos da Lei Maria da Penha, a Câmara Técnica de Enfrentamento à Violência de Gênero, composta pela Secretaria da Mulher de Garanhuns, Secretaria de Assistência Social, Poder Judiciário, Ministério Público Estadual, Secretaria de Justiça e Direitos Humanos de Pernambuco, Polícia Civil e Militar; promove, a partir da próxima sexta-feira (12), a V Semana da Justiça Pela Paz em Casa. A abertura acontece às 19h da data, no auditório da Autarquia do Ensino Superior de Garanhuns (Aesga).

Durante o momento – que será aberto ao público –, haverá a formação de uma mesa redonda para discussão acerca dos principais avanços e desafios após uma década da promulgação da lei 11.340/06 (Maria da Penha). Também será ministrada uma palestra com a juíza Maryluzia Feitosa, da Vara Especializada em Violência Doméstica e Familiar do Recife. Também estarão presentes, na ocasião, delegados, promotores de justiça e autoridades de diversas esferas públicas do município.

Ainda na grade de programação está incluída a culminância do primeiro semestre do projeto “Maria da Penha vai à Escola”, prevista para o dia 17 deste mês, às 14h. O encontro acontecerá na Escola Municipal Governador Miguel Arraes e reunirá alunos, corpo docente e comunidade para a discussão de temas relevantes ao gênero.

Projeto Movimento – As ações do projeto Movimento, que busca garantir a integralidade dos serviços para as mulheres em situação de violência, continuam sendo realizadas em paralelo à Semana. As atividades prosseguem nesta quarta-feira (10), com visitação à Unidade Básica de Saúde (UBS) do Indiano. Já na quinta-feira (11) as UBS’s da Brasília I e Magano III serão atendidas. A zona rural também está incluída na programação, as UBS’s do distrito de Miracica recebem as ações na terça-feira (23).

Justiça manda tirar textos de blog com críticas à PF

Folha de S.Paulo 

O Juizado Especial Cível de Curitiba determinou que fossem retirados do ar textos publicados no blog do jornalista carioca Marcelo Auler, 60, com críticas a condutas da Polícia Federal na Operação Lava Jato, em Curitiba. A defesa do jornalista já recorreu da decisão.

Dez textos foram retirados do ar, dois deles em maio e o restante há uma semana. As sentenças do juiz Nei Roberto Guimarães, 8º Juizado, e da juíza Vanessa Bassini, do 12º Juizado, são do final de março e do início de maio, respectivamente.

As decisões atendem processo movido pelos delegados da Polícia Federal Erika Marena e Mauricio Moscardi Grillo, integrantes da força-tarefa da Lava Jato em Curitiba.

Os dois são citados nas reportagens do blog de Auler, criado há 11 meses, com textos principalmente sobre política. Com 42 anos de carreira, o jornalista tem passagens por alguns dos principais veículos de comunicação do país e foi ganhador de prêmios como o Esso de Jornalismo em 1993 por reportagem publicada na revista Veja.

Os textos removidos por ordem judicial fazem críticas à conduta da PF, por exemplo, no episódio de suposta escuta encontrada na cela de Alberto Youssef e quanto aos custos para a reforma de uma unidade da PF em Curitiba. Em outra reportagem, Auler afirma que a delegada Erika Marena fez vazamentos seletivos de delações premiadas da Lava Jato.

Segundo o advogado Rogério Bueno, que defende o jornalista, uma das sentenças determina que o blog não só retire do ar as reportagens listadas no processo como deve se abster de divulgar novas matérias, diz a sentença, “com conteúdo capaz de ser interpretado como ofensivo ao reclamante [delegado Grillo]”.

Para o defensor, trata-se de “censura prévia”. Ele impetrou um mandado de segurança na Turma Recursal dos Juizados Especiais na semana passada para que as reportagens voltem a ser publicadas no blog.

O jornalista disse defender o direito democrático de pessoas que se sentirem atingidas pela imprensa de recorrer à Justiça, mas fez críticas à decisão judicial.

“O absurdo é o juiz censurar, mais ainda sem pedir antes que se apresente provas. O absurdo é a censura, ela não pode existir”, disse Auler. A reportagem tentou repercutir a crítica com os dois magistrados, mas não houve resposta da assessoria do Tribunal de Justiça do Paraná.

A reportagem procurou ainda os dois delegados por meio da assessoria de imprensa da PF do Paraná, mas não obteve resposta. A defesa dos dois também não foi localizada.

Sarney diz que está implantada ditadura de Justiça

O ex-senador e ex-presidente José Sarney disse que “está implantada” a “ditadura da Justiça”, que “é a pior de todas”.

É um homem justo. A outra, que durou de 1964 a 1985, não lhe fez mal algum.

Na ditadura dos generais, a namorada do ex-governador paulista Adhemar de Barros tinha um cofre com mais de US$ 2 milhões. Boa parte vinha de empreiteiros. A organização em que militava Dilma Rousseff levou-o.

A ditadura que combatia a subversão torturando presos orgulhava-se de combater a corrupção. A namorada de Adhemar disse que o cofre estava vazio, os generais acreditaram e ninguém incomodou os financiadores da famosa “caixinha do Adhemar”. Os empreiteiros eram gente de confiança.