Para Humberto, Marina é desagregadora e autoritária

Líder do PT no Senado, Humberto Costa, criticou a postura “desagregadora” da candidata à Presidência da República, Marina Silva (PSB). Segundo o petista, a candidata não tem “trabalho prestado por Pernambuco”. “Marina Silva foi ministra comigo, passou quase oito anos como ministra do ex-presidente Lula. E quem achar um tijolo ou uma pá de cimento que ela botou em Pernambuco vai ser escolhido rei do nosso Estado”, afirmou Humberto, durante plenária com lideranças da coligação Pernambuco Vai Mais Longe, ontem, à noite, no Recife.

Para o senador, Marina “não representa o novo”. “Dizem que Marina é o nome para mudar, que é o nome para transformar, mas eu a conheço. Ali representa o autoritarismo, uma visão atrasada que não quer progresso e nem desenvolvimento“, disse.

Acompanhado do candidato da chapa ao Governo do Estado, Armando Monteiro (PTB) e do candidato a senador, João Paulo (PT), Humberto ainda fez questão de lembrar as ações do Governo Federal em Pernambuco, como o estaleiro Atlântico Sul, a refinaria Abreu e Lima e a transposição do Rio São Francisco. “Para a gente seguir tem que ter aqui em Pernambuco gente capaz de liderar o Estado, capaz de dar continuidade das parcerias com Dilma. E o nome para isso é o de Armando”, defendeu

Humberto ainda reforçou a importância e eleger João Paulo para uma vaga no Senado Federal. “João Paulo estará comigo, ao lado de Dilma e de Armando, defendo os interesses do nosso Estado. Precisamos de um nome como o dele no Senado Federal”, afirmou o petista.

Eduardo e Marina abrem campanha em favela do DF

eduardo_campos_1No primeiro dia de campanha autorizada pela Justiça Eleitoral, o candidato do PSB à Presidência da República, o ex-governador de Pernambuco Eduardo Campos, visitou neste domingo (6) a comunidade Sol Nascente, favela no Distrito Federal a cerca de 35 quilômetros de Brasília.

Acompanhado da candidata a vice em sua chapa, Marina Silva, e do candidato a governador do Distrito Federal pelo PSB, Rodrigo Rollemberg, Campos percorreu ruas da cidade, conversou com moradores, comerciantes e ouviu deles reclamações quanto à violência na região, ruas sem asfalto e falta de escolas na cidade.

Cercado por militantes do PSB, o ex-governador dirigiu críticas à política econômica do governo federal e às ações se segurança pública e educação. Ele duas promessas às pessoas com quem conversou: reduzir os índices de inflação e garantir escola de ensino integral, ‘para que as mães das crianças possam trabalhar’.

Em uma das ruas do Sol Nascente, em Ceilândia, um morador que cobriu o rosto com uma camisa chamou Campos de ‘ladrão’ e disse que era para o candidato do PSB sair da cidade. Campos não respondeu e nenhum dos militantes discutiu com o homem.

Ao passar por lojas e barracas, ele conversou com jornalistas e criticou a quantidade de lixo e lama na principal avenida do Sol Nascente. No local, o candidato do PSB voltou a criticar o governo federal e afirmou que a população da região foi ‘esquecida’.

‘Esta comunidade do Sol Nascente representa todas as prioridades que nós chamamos a atenção nas nossas diretrizes, que são as prioridades da população. Eu fui andando, junto com a Marina, e perguntando o principal problema da comunidade. E todas as respostas vieram ao encontro do nosso programa’, disse Campos.

Durante a caminhada pelo Sol Nascente, Eduardo Campos também dirigiu críticas ao governador do Distrito Federal, Agnelo Queiroz (PT), e disse que o governo deveria ter humildade e não disputar as eleições deste ano após o que ele chamou de “fracasso”.

O candidato do PSB afirmou ainda que o governo local ‘fechou os ouvidos’ e ‘deu as costas para a população’ mais pobre da região.

‘Não se pode admitir que, a 35 quilômetros do Palácio do Planalto, em um estado governado pelo mesmo partido [PT], você ande em uma comunidade que sequer tem o lixo retirado das ruas. [O atual governo] não deveria nem disputar a eleição, deveria ter a humildade de dizer que fracassou”, disse Campos.