Ministério da Saúde destina R$ 4,8 milhões para hospitais universitários

O Ministério da Saúde destinou R$ 4,8 milhões para a ampliação ou melhoria do atendimento realizado em cinco hospitais universitários, localizados em Santa Cruz (RN), Fortaleza (CE), Teresina (PI), Dourados (MT) e Rio Grande (RS). O recurso faz parte das ações do Programa Nacional de Reestruturação dos Hospitais Universitários Federais (REHUF), desenvolvido e financiado em parceria com o Ministério da Educação. Medida foi publicada no Diário Oficial da União.

Os valores passados são definidos de acordo com indicadores e metas de desempenho de cada hospital. Esse montante, pago em parcela única, vai reforçar o orçamento das instituições universitárias que comprovaram o cumprimento das metas de qualidade relacionadas a porte e perfil de atendimento, capacidade de gestão, desenvolvimento de pesquisa e ensino e integração à rede do Sistema Único de Saúde (SUS) local.

Para o Hospital Universitário da Universidade Federal do Piauí serão destinados R$ 2,47 milhões para a implantação da Unidade de Assistência de Alta Complexidade em Oncologia (Unacon). No Rio Grande do Sul, o Hospital Universitário Miguel Riet Corrêa Júnior receberá R$ 340 mil, o que possibilitará a abertura dos serviços da Unidade de Terapia Intensiva (UTI). A verba para o Hospital Universitário Ana Bezerra da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, de R$ 510,4 mil, será destinada à construção de um reservatório elevado.

Já o Hospital Universitário Walter Cantídio, em Fortaleza, no Ceará, receberá o aporte de R$ 433,9 mil, que serão utilizados em serviços complementares. Para suplementar o orçamento do Hospital Universitário da Universidade Federal da Grande Dourados, no Mato Grosso do Sul, foi liberado R$ 1,09 milhão.

De 2010 a 2014, o Ministério da Saúde destinou mais de R$ 2,3 bilhões aos hospitais universitários de todo o país. No mês passado, também foram enviados por meio do REHUF, R$ 100 milhões, em parcela única, para 49 instituições, localizadas em 35 municípios de 24 estados.

Além dos recursos do REHUF para reestruturação e revitalização dos hospitais universitários, o Ministério da Saúde já repassou, somente em 2015, R$ 735,4 milhões de incentivo para estes estabelecimentos. Os hospitais universitários são vinculados às instituições de ensino superior do Ministério da Educação, responsável pelo pagamento e contratação dos profissionais.

Ministério da Saúde confirma primeiro caso de Febre do Nilo

O Ministério da Saúde confirmou o primeiro caso de Febre do Nilo Ocidental (FNO), em um trabalhador rural do estado do Piauí. O caso estava em investigação desde agosto deste ano, quando o paciente apresentou encefalite e foi notificado como caso suspeito. A doença foi confirmada no dia 28 de novembro, após a realização de dois exames sorológicos com reagente para o vírus do Nilo Ocidental-VNO (IH e ELISA). Outras quatro pessoas apresentaram sintomas neurológicos considerados suspeitos, no entanto, os exames laboratoriais descartaram a possibilidade de Febre do Nilo. Além dos casos que apresentaram sintomas, foram realizados testes em mais 18 pessoas da região e todos os resultados deram negativo.

Cabe ressaltar que o caso se trata de evento isolado, sem identificação de cadeia de transmissão e que passa por investigação detalhada para que se busque esclarecer a maneira de transmissão. Não representa significado epidemiológico relevante para o Brasil e nem risco para saúde pública do Piauí e do Brasil. O paciente, que estava internado no Instituto de Doenças Tropicais Natan Portela, em Teresina (PI), já teve alta e vai passar por reabilitação e fisioterapia para recuperar o seu estado de saúde.

A DOENÇA – A Febre do Nilo Ocidental é uma infecção viral causada por um vírus e transmitida por meio da picada de mosquitos comuns, principalmente do gênero Culex. A doença é originária do Egito, norte da África, e cerca de 80% dos casos em humanos não apresentam sintomas. Apenas 20% dos casos apresentam sintomas semelhantes aos da gripe, como febre, fadiga, dores de cabeça e dores musculares ou articulares, e menos de 1% dos humanos infectados ficam gravemente doentes, sendo que a maioria dos casos graves acomete idosos.

Os sintomas graves incluem febre alta, rigidez na nuca, desorientação, tremores, fraqueza muscular e paralisia. As pessoas gravemente afetadas podem desenvolver encefalite (inflamação do cérebro) ou meningite (inflamação das membranas do cérebro ou da espinal medula). Não existe tratamento específico para a Febre do Nilo. O tratamento do paciente infectado é de suporte e envolve hospitalização, reposição intravenosa de fluidos, suporte respiratório e prevenção de infecções secundárias.

CONTROLE – Equipes do Ministério da Saúde e da Secretaria Estadual de Saúde do Piauí estão na região onde o caso foi confirmado. O trabalho consiste em visitas as propriedades rurais, com o objetivo de investigar a possível ocorrência de novos casos, além de orientar a rede do SUS e avaliar a transmissão por meio da população animal de equídeos e aves. Para as outras regiões do país, a recomendação é alertar a rede de serviços de saúde para ampliar a vigilância de casos humanos suspeitos da febre, notificando o Ministério de Saúde em até 24 horas. É considerado caso suspeito, paciente com quadro de doença febril inespecífica, acompanhada de manifestações neurológicas de causa desconhecida (compatíveis com meningite, encefalite ou meningoencefalite).